DE SÃO PAULO
*||*||* A desoneração tributária dos tablets proposta pelo governo não será suficiente para popularizar a tecnologia, na avaliação de parte da indústria nacional.
Segundo pesquisa da Amcham (Câmara Americana de Comércio) junto a 60 empresas da cadeia produtiva de tecnologia e comunicações, 78% dos entrevistados acreditam que a redução de impostos não basta.
Na avaliação de 62% dos empresários, o preço ainda com os incentivos, continua proibitivo para a aquisição dos tablets.
Outro ponto crucial, apontado por 38% da base, é a disseminação da banda larga.
A justificativa está na própria vocação dos aparelhos. Sem conectividade, o tablet tem poucas funções.
A criação de uma política própria de desenvolvimento do setor e maior financiamento público também foram citados.
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, minimizou o impacto da pesquisa, principalmente em relação à conectividade.
"Estamos prestes a definir a oferta de banda larga e a concorrência ajudará a derrubar também o preço de internet móvel", disse.
Para Benjamin Sicsú, vice-presidente de novos negócios da Samsung, a questão do preço tende a ser melhorada também com a participação dos Estados, que poderão dar incentivos locais.
O desenvolvimento da cadeia produtiva dos componentes dos tablets também se mostra fundamental, na avaliação dos analistas.
"Ainda existe dependência grande de semicondutores importados. Se a cotação do dólar ultrapassar R$ 2, o preço dos tablets fica inviável. É necessário o desenvolvimento também da cadeia de montagem", diz Martim Juacida, da IDC Brasil.
Para a Abinee (que representa a indústria elétrica e eletrônica), as medidas foram os primeiros passos para a popularização dos tablets. e iniciativas adicionais, em longo prazo, poderão ter efeito semelhante de massificação ao que aconteceu com computadores na Lei do Bem, criada em 2005.
As fabricantes que produzirão tablets com desconto fiscal devem receber a portaria com a autorização governamental em 15 dias.
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