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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Google muda seu algoritmo de buscas para reduzir resultados com sites inúteis
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## NOVA YORK - A Google informou na noite de quinta-eiraque fez uma mudança importante em seu algoritmo (método matemático usado em processamento de dados) com o objetivo de melhorar a posição de bons sites no ranking dos resultados de busca e reduzir a visibilidade dos sites de baixa qualidade. Embora a empresa não tenha dito explicitamente, a mudança parece ser dirigida às chamadas fazendas de conteúdo ("content farms", em inglês), como eHow e Answerbag.
Trata-se de sites que geram conteúdo com base em termos de pesquisa corriqueiros e em uma miríade de links (que valem ouro no sistema de buscas da Google) de modo a subir no ranking do site e atrair mais cliques. Ou seja, funcionam como spams, atrapalhando a obtenção de informações que de fato interessam ao internauta quando ele busca algo no site.
A Google vem enfrentando críticas de alguns usuários por mostrar nos resultados da pesquisa muitas páginas inúteis. De acordo com a empresa, isso agora mudou.
Além disso, a mudança no algoritmo é uma medida de sobrevivência nos negócios para a Google. A companhia ainda é líder isoladíssima no mercado de buscas on-line, mas começa a sofrer, sobretudo nos Estados Unidos, concorrência direta de outras ferramentas, como o Bing, da Microsoft (que ainda é pequeno mas cresce bastante).
"Esta atualização é destinada a reduzir o ranking de sites de baixa qualidade - sites que são de baixo valor agregado para os usuários, cópias de conteúdo de outros sites ou páginas que são simplesmente inúteis" escreveram no blog da companhia Amit Singhal, Google Fellow, e Matt Cutts, chefe da equipe de combate a spam. "Ao mesmo tempo, a mudança proporcionará uma melhor classificação para sites de alta qualidade, aqueles com conteúdo original e de informação tais como pesquisas, relatórios, análise etc."
A Google disse que faz cerca de 500 mudanças em seu algoritmo anualmente, mas a maioria é tão pequena que sequer merecem ser divulgadas. Não é o caso dessa de agora, que vai afetar 11,8% das buscas.
O anúncio da Google não mencionou fazendas de conteúdo. Mas Cutts tem falado nas últimas semanas sobre o problema e disse que a Google estava trabalhando em mudanças no algoritmo para consertá-lo.
A empresa também garantiu que, para a mudança no algoritmo, não usou o feedback recebido da Personal Blocklist, extensão para o navegador Chrome lançada há uma semana pela qual os próprios usuários bloqueiam os sites inúteis. Porém, escreveram os engenheiros, a Google comparou a atualização do seu algoritmo com as informações da Blocklist e diz ter constatado que a mudança atingiu 84% dos sites mais rejeitados pelos usuários. Ou seja, está funcionando.
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