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domingo, 22 de setembro de 2024

Após atingir mínima histórica em 2024, governo estima que gastos com servidores voltarão a crescer no ano que vem

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Projeções constam na proposta de orçamento de 2025. Estudos mostram alto gasto do Brasil com servidores públicos. Analistas citam necessidade de uma reforma administrativa.
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Por Alexandro Martello, g1 — Brasília
22/09/2024 06h17 
Postado em 22 de setembro de 2024 às 06h45m

#.* Post. - Nº.\  11.346 *.#

Vista aérea da Esplanada dos Ministérios em Brasília (DF) em novembro de 2015 — Foto: Ana Volpe/Agência Senado
Vista aérea da Esplanada dos Ministérios em Brasília (DF) em novembro de 2015 — Foto: Ana Volpe/Agência Senado

Após atingir a mínima da série histórica neste ano, os gastos com servidores públicos devem voltar a subir em 2025.

💲Segundo estimativas da proposta de orçamento do próximo ano, enviada no fim de agosto ao Congresso Nacional, os gastos com pessoal devem somar R$ 413,15 bilhões em 2025, o equivalente a 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB).

Em 2024, a projeção que consta no projeto de lei orçamentária, é de que as despesas com servidores somarão R$ 373,79 bilhões, ou 3,2% do PIB.

Se confirmado, o patamar de 2024 será o menor de toda série histórica, que tem início em 1997.

  • Os valores incluem todos os Poderes (Executivo, Legislativo, Judiciário, MPU, DP), considerando servidores ativos, inativos e, também, o pagamento de sentenças judiciais.
  • A comparação histórica foi feita na proporção das despesas com o Produto Interno Bruto (PIB), considerada mais adequada por especialistas.

Gastos com servidores do Executivo
Em percentual (%) do PIB


  • Mesmo em alta, se a previsão de crescimento se confirmar em 2025, o patamar ficará bem abaixo da média da série histórica — que é de 4,2% do PIB até 2023 (considerando anos já fechados).

Gastos com servidores representam a segunda maior despesa do Poder Executivo, perdendo apenas para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), previdência pública que atende aos trabalhadores do setor privado, com estimativa de mais de R$ 1 trilhão em despesas em 2025.

Retrato da administração pública federal

De acordo com o Painel Estatístico de Pessoal (PEP) do Ministério da Gestão e da Inovação, em julho deste ano havia 1,22 milhão de servidores, sendo 437 mil ativos, 415 mil aposentados e 233 mil pensionistas.

Por considerar servidores aposentados e pensionistas, a maior parte tem mais de 60 anos.

Servidores por faixa etária (posição em julho de 2024) — Foto: Reprodução do Painel Estatístico de Pessoal (Ministério do Planejamento)
Servidores por faixa etária (posição em julho de 2024) — Foto: Reprodução do Painel Estatístico de Pessoal (Ministério do Planejamento)

  • Do total de servidores: 713 mil são homens, e, 509 mil, mulheres.
  • 93,2% estão no Regime Jurídico Único, 2,4% possuem contrato temporário, 1,7% estão no Programa Mais Médicos e 1,7% regidos pela CLT.
  • 47,6% trabalham na administração direta federal, 39,7% em autarquias federais e 12,6% em fundações federais.
  • Por cargos, a maioria é professor de Universidades (132,5 mil), seguidos por agentes administrativos (69,3 mil) e por professores do ensino básico técnico (66,7 mil).
Veja a distribuição dos servidores por faixa de remuneração:

Servidores por faixa de remuneração (em julho de 2024) — Foto: Reprodução do Painel Estatístico de Pessoal (Ministério do Planejamento)
Servidores por faixa de remuneração (em julho de 2024) — Foto: Reprodução do Painel Estatístico de Pessoal (Ministério do Planejamento)

Pandemia e retomada de reajustes

O retorno do crescimento das despesas com servidores, estimada para 2025, acontece na esteira da retomada de reajustes aos servidores — que foram suspensos durante a pandemia da Covid-19 pelo governo do presidente Jair Bolsonaro.

Essa diretriz, acatada pelo Congresso Nacional, foi formulada pelo então ministro da Economia, Paulo Guedes que afirmou, em 2022, estar implementando, naquele momento, uma reforma administrativa invisível. Ou seja, sem a necessidade de mudança nas leis.

"Fizemos uma reforma administrativa invisível, quando demos uma trégua nos reajustes [salariais de servidores]. Foram R$ 160 bilhões em recursos que não se transformaram em tentativa de reposição de perdas", declarou Guedes, na ocasião.

O ministro Guedes, que ficou conhecido por comparar servidores públicos a "parasitas", até tentou mudar as regras para servidores, por meio de uma reforma administrativa formal apresentada em 2020, mas o texto não foi levado adiante no Legislativo.

Em 2022, após o fim da fase mais grave da pandemia da Covid-19 e, em meio à corrida eleitoral, o governo Bolsonaro propôs, para o orçamento do ano seguinte, uma reserva de R$ 11,9 bilhões para conceder reajuste aos servidores em 2023.

Governo Federal propõe reajuste de 8% a servidores do executivo

Aprovada a proposta, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após vencer as eleições, concedeu, em seu primeiro ano de mandato, um reajuste linear de 9% a todos servidores.

  • O acordo também contemplou um aumento de R$ 200 no auxílio-alimentação. O tíquete passou de R$ 458 para R$ 658 mensais em 2023.

Após a mudança das metas fiscais de 2025 e de 2026que ampliou o espaço para despesas nos próximos anos, a equipe econômica começou a negociar reajustes por carreiras.

Reforma administrativa

Estudo divulgado em 2020 mostra que o Brasil gastou 13,7% do Produto Interno Bruto (PIB), no ano anterior, cerca de R$ 930 bilhões, com servidores públicos federais, estaduais a municipais.

Análise do Banco Mundial, divulgada em 2019, apontou que os servidores federais ganhavam quase o dobro de trabalhador do setor privado. O levantamento foi feito com base em dados de 2017.

Em 2020, a equipe econômica chefiada por Paulo Guedes propôs uma reforma administrativa, com mudanças em leis, somente para futuros servidores, propondo o fim do regime jurídico único da União, com possibilidade de outras formas de vínculo, e o término dos chamados "penduricalhos".

O advogado-geral da União do governo Lula, Jorge Messias, avaliou, no ano passado, que a proposta de Bolsonaro era um "lixo".

Veja comentário de Gerson Camarotti sobre Reforma Administrativa

A comissão, formada por membros da AGU e do Ministério da Gestão e Inovação, tem um prazo para a apresentação de um relatório final em 12 meses a partir da data de sua instalação.

Segundo o Ministério da Gestão, entre os objetivos do grupo está o de tornar a legislação "compatívelcom a Constituição e promover uma 'modernização' do serviço público. O decreto que o governo pretende alterar foi publicado há 57 anos.

Cortes de gastos

  • 💰Isso ocorre porque o arcabouço fiscal traz um limite, anual, de crescimento das despesas de até 2,5% acima da inflação.

Como os gastos obrigatórios (previdência, servidores e despesas assistenciais) crescem acima disso, o espaço para gastos livres (como Farmácia Popular, recursos para bolsas de estudos e fiscalizações) está sendo comprimido e acabará no futuro — se nada for feito.

"O elevado nível de vinculações tende a extinguir a discricionariedade alocativa [possibilidade de escolha de gastos], pois reduz o volume de recursos orçamentários livres que seriam essenciais para implementar projetos governamentais prioritários, que atendam as necessidades da população em cada momento do tempo", avaliou o Tesouro Nacional em 2023, por meio de relatório.

No mês passado, o Tribunal de Contas da União (TCU) alertou para o risco de shutdown” (paralisação) da máquina pública até 2028, com o crescimento das emendas impositivas e dos mínimos constitucionais para saúde e educação.

Outras propostas para conter despesas obrigatórias são:

Uma crítica recorrente é que o governo está focando principalmente no aumento de receitas, e deixando de lado a outra vertente do ajuste fiscal, o controle de despesas.

O ajuste das contas públicas, com a retomada de superávits sustentáveis nas contas públicas, é considerado importante por economistas para impedir um aumento maior da dívida pública e, consequentemente, alta da taxa de juros.

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sábado, 21 de setembro de 2024

IgNobel 2024: brasileiro é um dos premiados por pesquisa sobre planta que 'copia' outras espécies

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Natural de Botucatu (SP), Felipe Yamashita levou prêmio de botânica após descobrir que a planta Boquila trifoliolata pode copiar as folhas de plantas ao seu redor, inclusive artificiais. Premiação celebra pesquisas que são curiosas e engraçadas.
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Por Roberto Peixoto, g1

Postado em 21 de setembro de 2024 às 17h45m

#.* Post. - Nº.\  11.345 *.#

Duas folhas da Boquila trifoliolata, a planta que imita a forma de outras espécies. Folha da direita está imitando uma folha de plástico. — Foto: Felipe Yamashita
Duas folhas da Boquila trifoliolata, a planta que imita a forma de outras espécies. Folha da direita está imitando uma folha de plástico. — Foto: Felipe Yamashita

Você já ouviu falar de uma planta "copiona"? Exatamente, uma espécie de planta que "olha" para o lado e muda o formato das suas folhas só para imitar a planta vizinha.

🌱 Isso parece papo de ficção científica, mas é algo que acontece com uma espécie conhecida há mais de 200 anos e usada por povos indígenas do sul da América do Sul, a Boquila trifoliolata.

A planta é endêmica do Chile e Argentina e é tão versátil que pode imitar as folhas de mais de uma dúzia de espécies, variando a forma, o tamanho e até a cor.

Esse fenômeno já era conhecido há algum tempo, mas um estudo com a participação do cientista brasileiro Felipe Yamashita revelou recentemente que a Boquila também pode imitar folhas de plantas sem nem mesmo estar em contato direto com elas.

🏆 O achado fez com que ele e seu colega Jacob White fossem premiados com o Ig Nobel 2024, uma honraria apresentada na última quinta-feira (12) que distribui 10 prêmios para os fatos mais inusitados e/ou irrelevantes da ciência mundial.

O objetivo da cerimônia é "celebrar o incomum, homenagear a imaginação e estimular o interesse das pessoas na ciência, na medicina e na tecnologia".

O nome do prêmio é um trocadilho em inglês com o Prêmio Nobel. "Ig Nobel" pode ser lido como "ignóbil", que significa algo que não é "nobre". Portanto, o apelido sugere uma premiação para pesquisas que, embora não sejam "nobres" ou tradicionais, são curiosas e engraçadas.

Percepção visual

Anteriormente, os botânicos acreditavam que essa imitação da Boquila dependia do contato físico com a planta hospedeira.

Em 2014, o professor Ernesto Gianoli, um ecologista do Chile, observou que essas espécies cresciam sobre outras como uma trepadeira e mudavam o formato da folha de acordo com a planta hospedeira.

"Um único indivíduo de Boquila, ao crescer sobre três espécies diferentes, alterava a forma de suas folhas conforme a planta hospedeira", conta Yamashita, doutor em Botânica pelo Instituto de Botânica Celular e Molecular da Universidade de Bonn, na Alemanha.

🔬 Giannulli, inclusive, publicou um artigo sobre isso e sugeriu duas hipóteses:

  1. a primeira era que as substâncias voláteis (compostos químicos que são liberados pelas plantas e podem se espalhar pelo ar) da planta hospedeira eram capturadas pela Boquila, fazendo com que ela mudasse de formato;
  2. a segunda era que micróbios da planta hospedeira eram transferidos para a Boquila, que então modificava seu material genético e, consequentemente, o formato de suas folhas.

Por causa disso, Yamashita e sua equipe decidiram realizar experimentos usando modelos de plástico.

🪴 A ideia aqui era isolar a Boquila da influência direta de compostos químicos e micróbios das plantas hospedeiras, para testar se a imitação das folhas ocorria mesmo na ausência desses fatores.

Com isso, eles observaram que, mesmo na ausência de contato direto, a espécie ainda adaptava a forma de suas folhas para corresponder ao modelo plástico.

👁️ Isso sugeriu que o processo de imitação poderia ser mais complexo do que se pensava, envolvendo uma forma de percepção visual ou outra forma de detecção não antes considerada.

"Conforme as plantas cresceram, elas começaram a imitar os modelos de plástico. Isso levou a nossa equipe a considerar uma nova hipótese: a planta pode ter algum tipo de 'visão' ou percepção do ambiente ao seu redor", destaca Yamashita.

No experimento, a equipe só tinha quatro plantas da Boquila para trabalhar. Por isso, não foi possível criar um grupo de controle adequado, que é quando um grupo de plantas é separado para comparar os resultados e verificar a eficácia da hipótese científica.

Para contornar isso, Yamashita conta que usou folhas como controle. Em vez de ter plantas inteiras para comparar, utilizaram folhas e as compararam com as folhas da Boquila em contato com os modelos de plástico.

O cientista brasileiro Felipe Yamashita, premiado com o IgNobel por causa da sua pesquisa sobre uma espécie de planta conhecida há mais de 200 anos e usada por povos indígenas do sul da América do Sul. — Foto: Felipe Yamashita
O cientista brasileiro Felipe Yamashita, premiado com o IgNobel por causa da sua pesquisa sobre uma espécie de planta conhecida há mais de 200 anos e usada por povos indígenas do sul da América do Sul. — Foto: Felipe Yamashita

'Visão de planta'

Essa ideia de percepção visual não é algo novo. No começo do século XX, Gottlieb Haberlandt, um botânico austríaco, e Francis Darwin, filho do botânico britânico Charles Darwin, já falavam na hipótese de "visão de planta" ou "ocelo", uma espécie de olho primitivo nesses seres-vivos.

Mas depois dessas propostas, o conceito caiu em desuso até que voltou a ganhar atenção recentemente.

Alguns estudos mostraram inclusive que cianobactérias como a Synechocystis usam suas células como lentes para focar a luz, o que sugere que mecanismos semelhantes poderiam existir em plantas mais avançadas.

🌿 Além disso, plantas como a Arabidopsis, uma pequena planta herbácea, nativa da Europa, Ásia e África, produzem proteínas associadas a estruturas básicas de visão, presentes em plastoglóbulos, corpúsculos que também estão envolvidos na coloração das folhas.

A receita faz sentido porque as células da camada externa das folhas das plantas funcionam como lentes, direcionando a luz para um ponto específico dentro da folha.

Nesse ponto, podem estar presentes elementos que ajudam a planta a crescer para um lado. E o experimento de Yamashita mostrou que o padrão das veias das folhas está ligado à distribuição de auxinas, hormônios que regulam o seu crescimento.

A ideia é que a Boquila usa essas células e elementos para 'ver' o ambiente ao seu redor. Ela pode concentrar as auxinas em um lado da folha, fazendo-a crescer para aquele lado conforme reage aos estímulos externos. Assim, a folha assume uma forma específica.
— Felipe Yamashita, doutor em Botânica pelo Instituto de Botânica Celular e Molecular da Universidade de Bonn, na Alemanha.

Esse mecanismo não é igual à visão dos animais, que possuem olhos complexos. Nas plantas, é um ajuste das células em resposta ao ambiente externo.

Por isso, realizar novos experimentos é essencial para confirmar a hipótese de que a planta pode "ver" e adaptar suas folhas conforme o ambiente.

Yamashita, conta, porém, que a propagação das plantas e a repetição dos experimentos são tarefas desafiadoras, exigindo tempo e recursos para garantir resultados consistentes que possam validar completamente a teoria.

📅 Fora isso, ele e sua equipe tiveram dificuldades para obter mais plantas entre 2020 e 2022, mas, com a ajuda de Simon, um jardineiro do Jardim Botânico da Universidade de Buenos Aires, conseguiram mais de 120 unidades até o final de 2022.

Outra questão é que a planta não cresce no inverno, então os pesquisadores tem um período limitado, de março a julho, para conduzir os testes e obter folhas jovens para análise.

Por esses motivos, novos experimentos com a espécie só puderam ser realizados este ano e no ano passado, e os resultados ainda não foram publicados.

A nova pesquisa, contudo, é importante porque os experimentos anteriores foram realizados com folhas de plástico em formato tridimensional, mas agora ele está utilizando um formato 2D para evitar críticas sobre o contato mecânico com as folhas feitas com o material.

Boquila trifoliolata imita folhas de planta hospedeira, inclusive aquelas feitas de plástico. — Foto: Felipe Yamashita
Boquila trifoliolata imita folhas de planta hospedeira, inclusive aquelas feitas de plástico. — Foto: Felipe Yamashita

Já sobre a experiência de receber o prêmio, ele conta que soube primeiro da láurea quando foi contatado pela professora Maria Mercedes, da USP, membro do comitê do Ig Nobel. Na época, ele diz que não estava muito familiarizado com a cerimônia, então fez uma pesquisa e consultou seu orientador para entender melhor a importância e o impacto do reconhecimento.

"Percebi que os organizadores do prêmio escolhem palavras específicas dos artigos para criar um tom engraçado, como em um estudo sobre um peixe morto discutindo hidrodinâmica. Embora o prêmio possa parecer humorístico, há uma ciência interessante por trás dos estudos. O objetivo é fazer rir e, ao mesmo tempo, refletir sobre o conhecimento científico envolvido", diz.

Agora, Yamashita explica que, após defender seu doutorado em agosto, está tentando encontrar oportunidades de pós-doutorado, tanto no Brasil quanto na Europa, para continuar suas pesquisas sobre a Boquila, a planta "copiona".

O ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 2007, Eric Maskin, joga um avião de papel durante a 34ª cerimônia anual dos Prêmios IgNobel, no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) em Cambridge, Massachusetts, EUA, em 12 de setembro de 2024. — Foto: REUTERS/Brian Snyder
O ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 2007, Eric Maskin, joga um avião de papel durante a 34ª cerimônia anual dos Prêmios IgNobel, no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) em Cambridge, Massachusetts, EUA, em 12 de setembro de 2024. — Foto: REUTERS/Brian Snyder

Veja por categoria os vencedores da 34ª edição:

A cerimônia do Ig Nobel foi realizada no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) em Cambridge, Massachusetts (EUA), e também contou com a entrega de mais nove prêmios. Veja todos abaixo:

  • Paz: O prêmio foi para o psicólogo B.F. Skinner, que investigou se pombos vivos poderiam ser usados dentro de mísseis para guiar os projéteis aos alvos. Embora o experimento tenha sido bem-sucedido em mostrar um pombo treinado, o projeto foi abandonado.
  • Botânica: Jacob White e Felipe Yamashita foram premiados por descobrir que a planta Boquila trifoliolata pode copiar as folhas de plantas artificiais ao seu redor. Isso sugere que as plantas podem ter algum tipo de percepção visual.
  • Medicina: Um grupo de pesquisadores da Suíça, Alemanha e Bélgica ganhou o prêmio por mostrar que medicamentos falsificados com efeitos colaterais dolorosos podem ser mais eficazes em pacientes do que os que não causam dor.
  • Física: James Liao, da Universidade da Flórida, recebeu o prêmio por sua pesquisa sobre trutas mortas.
  • Probabilidade: Uma equipe de 50 pesquisadores, majoritariamente dos Países Baixos, comprovou a hipótese de Persi Diaconis de que moedas lançadas têm uma leve tendência a cair com o mesmo lado para cima, após 350.757 lançamentos.
  • Química: Uma equipe de Amsterdã foi premiada por usar cromatografia para separar vermes "bêbados" de "sóbrios". O estudo foi parte de uma pesquisa sobre ciência dos polímeros.
  • Biologia: Fordyce Ely e William Petersen foram reconhecidos por seu experimento de 1940, que demonstrou que vacas produzem menos leite quando um gato está em suas costas e sacos de papel estouram perto delas.
  • Anatomia: Roman Khonsari descobriu que há mais cabelos no couro cabeludo que espiralam no sentido anti-horário no hemisfério sul.
  • Fisiologia: Takanori Takebe recebeu o prêmio por sua pesquisa com mamíferos que podem respirar através dos intestinos usando o ânus.
  • Demografia: Saul Newman mostrou que registros de pessoas muito idosas vêm de lugares com vida curta e problemas como falta de certidões e fraudes. Isso desafia a validade dos recordes de idade extrema.
Destaques das edições anteriores

Veja abaixo os estudos premiados em anos anteriores do IgNobel:
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150 mil mísseis e foguetes: conheça o arsenal do Hezbollah

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O principal apoiador e fornecedor de armas do grupo extremista libanês é o Irã, e muitas de suas armas são modelos iranianos, russos ou chineses.
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Por g1

Postado em 21 de setembro de 2024 às 07h35m

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Lançador de mísseis em vídeo do Hezbollah — Foto: Hezbollah/Telegram

Israel lançou nesta sexta-feira (20) o seu maior bombardeio ao Líbano desde o início da guerra contra o Hamas, em outubro de 2023. Ao mesmo tempo , o grupo extremista Hezbollah, aliado do Hamas, anunciou ter lançado foguetes contra Israel, no norte do país.

Mas qual o potencial de destruição do arsenal do Hezbollah? Segundo a Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA), o grupo é um dos não estatais mais fortemente armados do mundo e possui mais de 150 mil mísseis e foguetes.

Os extremistas libaneses afirmam que têm foguetes que podem atingir todas as áreas de Israel e, em 2021, seu líder, Sayyed Hassan Nasrallah, afirmava contar com 100 mil combatentes. Os Estados Unidos, no entanto, estimam que, em 2022, eles teriam até 45 mil combatentes - cerca de 20 mil deles em tempo integral.


Hezbollah faz ameaças a Israel em vídeo e exibe lançadores de mísseis em túneis

No dia 16 de agosto, o Hezbollah divulgou imagens que mostram grandes lançadores de mísseis em imensos túneis subterrâneos, e fez ameaças a Israel, exaltando seu poder bélico:

"A resistência do Líbano hoje possui armas, equipamentos, capacidade, membros, estrutura, habilidade, expertise e experiência, e também fé, determinação, coragem e força como nunca antes. As coordenadas de nossos alvos estão em nossas mãos e os mísseis estão posicionados, prontos e focados neles, em total sigilo".

O principal apoiador e fornecedor de armas do grupo extremista libanês é o Irã, e muitas de suas armas são modelos iranianos, russos ou chineses. Saiba mais sobre o arsenal:

Foguetes e mísseis de ataque terrestre

Mulheres do Hezbollah com foguetes Katyusha em 2007 — Foto: Mohammed Zaatari - 22.jul.2007/AP
Mulheres do Hezbollah com foguetes Katyusha em 2007 — Foto: Mohammed Zaatari - 22.jul.2007/AP

Foguetes não guiados Katyushas, desenvolvidos inicialmente na antiga União Soviética durante a Segunda Guerra Mundial e que podem atingir alvos até 30 km, constituíam a maior parte do arsenal de mísseis do Hezbollah na última guerra com Israel, em 2006.

Porém, segundo o líder do grupo, desde então, eles expandiram seus sistemas de precisão e, agora, têm a capacidade de equipar foguetes com sistemas de orientação dentro do Líbano.

O Hezbollah tem modelos iranianos, como os foguetes Raad (Trovão em árabe), Fajr (Amanhecer) e Zilzal (Terremoto), que têm uma carga útil mais potente e maior alcance que os Katyushas.

Os foguetes Falaq 2, de fabricação iraniana, usados ​​pela primeira vez em junho, podem transportar uma ogiva maior do que o Falaq 1 usado anteriormente.


Imagens mostram foguetes Katyusha lançados em agosto pelo Hezbollah.

Mísseis antitanque

Usados intensamente na guerra contra Israel em 2006, os mísseis antitanque guiados estão sendo usados novamente pelo Hezbollah agora, incluindo o Kornet, de fabricação russa, e o míssil guiado de fabricação iraniana conhecido como "al-Mas", de acordo com um relatório da emissora árabe pró-Irã Al-Mayadeen.

O al-Mas pode atingir alvos além da linha de visão seguindo uma trajetória arqueada, permitindo um ataque de cima, de acordo com relatório do Centro de Pesquisa e Educação Alma de Israel.

O míssil faz parte de uma família de armas fabricadas pelo Irã por meio de engenharia reversa, com base na família de mísseis israelenses Spike.

O Hezbollah derrubou drones israelenses Hermes 450 e Hermes 900, várias vezes, durante este conflito com Israel usando mísseis antiaéreos. Foi a primeira vez que o grupo utilizou esse poder.

Pela primeira vez também, o Hezbollah disse que atirou contra aviões de guerra israelenses, forçando-os a deixar o espaço aéreo libanês, sem dizer que tipo de arma usou. Nenhuma aeronave, no entanto, foi atingida.


Hezbollah lança drones e Israel reage com ataques na fronteira com o Líbano

Drones

Desde outubro do ano passado, o Hezbollah organizou vários ataques com drones explosivos unidirecionais e disse que está usando os equipamentos também para lançar bombas e retornar ao Líbano.

Em alguns ataques , drones foram enviados para distrair as defesas aéreas israelenses, enquanto outros foram lançados contra alvos.

O arsenal do Hezbollah inclui os modelos Ayoub e Mersad, montados localmente, que analistas dizem ser baratos e relativamente fáceis de produzir.

Mísseis antinavio

Foram usados pelo Hezbollah pela primeira vez em 2006, quando o grupo atingiu um navio de guerra israelense a 16 km da costa, matando quatro militares israelenses e danificando a embarcação.

Desde a guerra de 2006, o Hezbollah adquiriu o míssil antinavio Yakhont, de fabricação russa , com alcance de 300 km, dizem fontes familiarizadas com seu arsenal.

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