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sábado, 21 de setembro de 2024

'Caçadores de vírus' rastreiam ameaças para evitar nova pandemia

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Coalizão – que já sequenciou aproximadamente 13.000 amostras desde que iniciou suas operações, em 2021 - reúne médicos e cientistas de universidades e instituições de saúde em todo o mundo.
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TOPO
Por Sara Hussein

Postado em 21 de setembro de 2024 às 06h15m

#.* Post. - Nº.\  11.343 *.#

'Caçadores de vírus' rastreiam ameaças para evitar nova pandemia — Foto: Adobe Stock
'Caçadores de vírus' rastreiam ameaças para evitar nova pandemia — Foto: Adobe Stock

Uma rede global de médicos e laboratórios trabalha para detectar o surgimento de novas ameaças virais, muitas delas motivadas pela mudança climática, em uma tentativa de evitar a próxima pandemia global.

Esta coalizão de "caçadores de vírus", como se autodenominam, já descobriu uma doença rara transmitida por carrapatos na Tailândia e um surto infeccioso na Colômbia transmitido por mosquitos.

"A relação de questões com as quais temos que nos preocupar, como vimos com a Covid-19, não é estática", afirma Gavin Cloherty, especialista em doenças infecciosas que lidera a Coalizão de Defesa contra Pandemias de Abbott.

"Temos que estar muito atentos aos 'bandidos' que já conhecemos e que estão evoluindo (...) Mas também se há novos", diz à AFP.

A coalizão reúne médicos e cientistas de universidades e instituições de saúde em todo o mundo, financiada pela gigante de dispositivos médicos e sanitários Abbott. Ao descobrir novas ameaças, a coalizão concede uma vantagem à empresa na concepção dos testes de diagnóstico, que foram fundamentais na resposta à pandemia de Covid-19.

O seu envolvimento proporciona à coalizão amplos recursos e a capacidade de detectar e sequenciar, mas também de responder aos novos vírus.

"Quando encontramos algo, somos capazes de desenvolver rapidamente testes de diagnóstico a nível industrial", diz Cloherty. "A ideia é conter um surto para podermos prevenir uma pandemia", acrescenta.

A coalizão sequenciou aproximadamente 13.000 amostras desde que iniciou suas operações, em 2021.

Na Colômbia, descobriu um surto de Oropouche, um vírus transmitido por mosquitos que mal havia sido observado anteriormente. O trabalho filogenético para traçar a árvore genealógica da cepa revelou que ela veio do Peru ou do Equador e não do Brasil, outro foco da doença.

"Você pode ver de onde vêm as coisas. É importante do ponto de vista da saúde pública", explica Cloherty.

Cientistas chineses identificam vírus em porcos com 'potencial' para causar nova pandemia

Relação com a mudança climática

Mais recentemente, a coalizão trabalhou com médicos na Tailândia para descobrir que um vírus transmitido por carrapatos estava por trás de um misterioso conjunto de casos de pacientes doentes.

"Naquele momento, não sabíamos qual vírus causava esta síndrome", explica Pakpoom Phoompoung, professor associado de doenças infecciosas no Hospital Siriraj, em Bangcoc.

A análise e o sequenciamento das amostras colhidas desde 2014 concluíram que muitas eram positivas para febre severa com vírus da síndrome trombocitopênica (SFTSV).

"Menos de dez pacientes foram (anteriormente) diagnosticados com SFTSV na Tailândia (...) Não temos um teste de diagnóstico PCR, não temos sorologia para o diagnóstico desta infecção viral", diz Pakpoom à AFP.

Diagnosticá-la "é difícil, trabalhoso e também caro".

Mas, ao mesmo tempo, a necessidade de controlar estas ameaças aumenta porque a mudança climática amplia globalmente o espectro de doenças infecciosas.

O vínculo entre a mudança climática e as doenças infecciosas foi bem estabelecido pela ciência e é multifacetado.

Um clima mais quente permite que transmissores como os mosquitos vivam em novos ambientes, o aumento das chuvas intensas cria mais locais de reprodução e os eventos climáticos extremos deixam mais pessoas ao ar livre, onde são mais vulneráveis.

O impacto humano no planeta incentiva a propagação e evolução de doenças infecciosas de outras formas: a perda de biodiversidade força os vírus a evoluir em novos hospedeiros e empurra os animais para mais perto de áreas povoadas.

Os vestígios da mudança climática estão por todo lado, desde surtos de dengue na América Latina e Caribe até a propagação do vírus do Nilo Ocidental nos Estados Unidos.

Embora a coalizão tenha aproveitado os trabalhos prévios à última pandemia, a propagação global da Covid-19 foi um poderoso lembrete dos riscos destas doenças.

Mas Cloherty teme que a população já tenha se esquecido destas lições.

"Temos que estar vigilantes", alerta. "Algo que está acontecendo agora em Bangcoc pode acontecer amanhã em Boston".

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sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Novo 'sistema de grupo sanguíneo' é descoberto por cientistas britânicos; achado resolve mistério de 50 anos

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Pesquisadores da Universidade de Bristol desvendaram a origem genética do até então misterioso antígeno AnWj.
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Por Roberto Peixoto, g1

Postado em 20 de setembro de 2024 às 05h30m

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— Foto: Freepik
— Foto: Freepik

Cientistas britânicos anunciaram nesta semana a descoberta de um novo sistema de grupo sanguíneo, chamado de MAL (do inglês, proteína de Mielina e Linfócitos). Ele é raríssimo: 0,01% das pessoas no mundo têm este "tipo sanguíneo".

A descoberta resolveu um mistério de 50 anos e foi conduzida por pesquisadores do sistema de saúde britânico e da Universidade de Bristol, que desvendaram a origem genética do até então misterioso antígeno AnWj.

🩸📝 ATENÇÃOAntígeno é a palavra-chave para entender a descoberta e o conceito de "sistemas sanguíneos", que popularmente chamamos de tipos de sangue.

  • Os antígenos são proteínas (ou polissacarídeos) que ficam na superfície das hemácias (células sanguíneas que transportam oxigênio e gás carbônico pelo corpo).
  • Os antígenos atuam como parte do sistema imunológico.
  • Os sistemas de grupo sanguíneo mais conhecidos são A, B, AB O, e se diferenciam pela presença de determinados tipos de antígenos.
  • Atualmente, há inclusive 47 sistemas de grupos sanguíneos reconhecidos, e cada sistema pode ter vários antígenos diferentes.
  • Curiosidade: o sistema número 43 foi descoberto em uma família do Brasil e foi o primeiro sistema a ser descoberto no país.
  • No total, são mais de 360 antígenos identificados, como o AnWj.

Na prática, com a descoberta, agora médicos podem identificar com mais precisão pessoas com esse tipo raríssimo de sangue, evitando complicações em transfusões.

Mistério da década de 1970

O antígeno AnWj foi descoberto em 1972, mas até recentemente, os cientistas não sabiam muito sobre ele. O mistério estava relacionado ao fato de que sua base genética — ou seja, qual parte do DNA é responsável por produzi-lo — ainda não havia sido compreendida por completo.

O que os pesquisadores britânicos conseguiram foi então encontrar uma peça-chave desse quebra-cabeça: eles descobriram que o antígeno AnWj está ligado à proteína Mal, presente na superfície dos glóbulos vermelhos do sangue, as células que transportam oxigênio e dão a cor vermelha ao fluido corporal.

Mais de 99,9% das pessoas em todo o mundo têm o AnWj positivo e expressam a proteína Mal completa em suas células vermelhas, o que não acontece nas células de indivíduos AnWj-negativos.

⚠️ Isso é um problema porque pessoas que não têm o antígeno AnWj podem ter reações adversas se receberem sangue com essa substância durante uma transfusão.

"A importância dessa descoberta é que agora é possível desenvolver testes para identificar pacientes e doadores com o raro fenótipo AnWj-negativo, permitindo transfusões de sangue mais seguras", explicou ao g1 Lilian Castilho, especialista em Hematologia e Hemoterapia pela Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), que não teve envolvimento com a pesquisa.

"Além disso, alguns tipos de câncer podem suprimir o antígeno AnWj, fazendo com que o paciente desenvolva anticorpos que podem complicar a transfusão. Com essa descoberta, será mais fácil identificar esses pacientes e encontrar doadores compatíveis para suas transfusões", completou.

Nicole Thornton (direita) e Louise Tilley, do NHS Blood and Transplant (NHSBT). — Foto: NHS Blood and Transplant
Nicole Thornton (direita) e Louise Tilley, do NHS Blood and Transplant (NHSBT). — Foto: NHS Blood and Transplant

Causas genéticas

A maioria das pessoas com o tipo de sangue AnWj-negativo tem essa condição devido a doenças como alguns tipos de câncer ou problemas no sangue que fazem com que o antígeno AnWj não apareça.

Mas, no estudo, os pesquisadores também identificaram que há um grupo menor de pessoas que têm o AnWj-negativo por uma razão genética, ou seja, porque faltam nelas o gene MAL (responsável pela produção da proteína Mal), que é essencial para esse antígeno.

No estudo, os cientistas encontraram cinco pessoas que eram AnWj-negativo por causas genéticas, incluindo uma família de árabes-israelenses.

Uma dessas amostras de sangue era de uma mulher que, na década de 70, foi identificada como a primeira pessoa com esse tipo de sangue.

"Descobrir a base genética do AnWj foi um dos nossos projetos mais desafiadores", afirmou Nicole Thornton, chefe do Departamento de Referência de Células Vermelhas do IBGRL no NHS Blood and Transplant.

"Há muito trabalho envolvido para provar que um gene realmente codifica um antígeno sanguíneo, mas é isso que nos apaixona, fazer essas descobertas para beneficiar pacientes raros ao redor do mundo. Agora, testes genéticos podem ser criados para identificar pacientes e doadores com o AnWj-negativo geneticamente. E esses testes podem ser integrados às plataformas genéticas já existentes", completou.

Para confirmar que a proteína Mal é responsável por se ligar aos anticorpos AnWj, os pesquisadores realizaram alguns experimentos.

Primeiro, eles introduziram o gene MAL normal em células e observaram uma reação específica, indicando que a proteína Mal estava presente e funcionando corretamente.

No entanto, quando usaram o gene mutante, que não funciona como deveria, essa reação não ocorreu. Isso mostrou que a proteína Mal é essencial para a ligação com os anticorpos AnWj.

É muito empolgante que pudemos usar nossa capacidade de manipular a expressão genética em células sanguíneas em desenvolvimento para confirmar a identidade do grupo sanguíneo AnWj, que era um enigma há cinquenta anos.
— Ash Toye, professor de Biologia Celular e diretor da Unidade de Pesquisa em Sangue e Transplante da Universidade de Bristol.

Com essa descoberta, Castilho explica que o próximo passo é desenvolver testes mais precisos, como ensaios de PCR (testes de laboratório extremamente sensíveis), para detectar a falta desse gene.

Ela diz que isso facilitará a identificação de indivíduos com esse fenótipo raro e garantirá que eles recebam transfusões de sangue compatíveis.

Além disso, futuras pesquisas precisam ser feitas para explorar o papel da proteína Mal nas células do sangue e como sua ausência pode impactar a saúde, aprimorando o diagnóstico e tratamento para essas condições raras.

Peixe temido na Amazônia se alimenta de sangue e pode entrar nas partes íntimas de vítima

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quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Copom aumenta Selic pela primeira vez no governo Lula e taxa vai a 10,75%

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Expectativa dos analistas é de que este seja a primeira alta de uma sequência que deve ir até o começo de 2025. Objetivo é conter alta nas expectativas de inflação.
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Por Thiago Resende, g1 — Brasília

Postado em 18 de setembro de 2024 às 19h35m

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumentou nesta quarta-feira (18) a taxa Selic em 0,25 ponto percentual. A Selic — a taxa básica de juros da economia — subiu para 10,75%. É o primeiro aumento de juros desde agosto de 2022 e o primeiro deste mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O Copom justificou que vem percebendo, no cenário interno, risco para alta da inflação.

"Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho tem apresentado dinamismo maior do que o esperado, o que levou a uma reavaliação do hiato para o campo positivo. A inflação medida pelo IPCA cheio assim como medidas de inflação subjacente se situaram acima da meta para a inflação nas divulgações mais recentes", afirmou o Copom em comunicado.

O Copom também disse que o aumento da Selic desta quarta inicia um "ciclo".

"O ritmo de ajustes futuros na taxa de juros e a magnitude total do ciclo ora iniciado serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerão da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos", completou.

Após a decisão do Copom, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que não se surpreendeu com a subida dos juros.

A expectativa do mercado é de que a taxa continue subindo até atingir 11,50% ao ano em janeiro — com um crescimento de 1 ponto percentual ao todo.

Os analistas também estimam que, a partir de julho do ano que vem, a taxa começará a recuar, terminando 2025 em 10,50% ao ano.

O aumento de juros acontece após a indicação do economista Gabriel Galípolo, atualmente diretor de Política Monetária da instituição, para o comando do BC a partir de 2025. Ele ainda terá de ser sabatinado e aprovado pelo Senado para poder tomar posse.

Previsões do mercado financeiro para a taxa de juros
Taxa Selic não era elevada desde agosto de 2022




Fonte: Boletim Focus, do Banco Central

O presidente já fez várias críticas ao atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, indicado por Bolsonaro, que fica até o fim deste ano no cargo.

Com a autonomia da instituição aprovada, os diretores e presidente do BC têm mandato fixo. Desse modo, não podem mais ser demitidos pelo presidente da República.

"Um presidente do Banco Central [Campos Neto] que não demonstra nenhuma capacidade de autonomia, que tem lado político e que, na minha opinião, trabalha muito mais para prejudicar o país do que para ajudar o país. Não tem explicação a taxa de juros do jeito que está", afirmou Lula em julho, após os maiores bancos do país projetarem interrupção do processo de corte dos juros

Em agosto, porém, o presidente da República afirmou que não tem problema Galípolo, indicado por ele posteriormente para a Presidência do BC, falar em aumento dos jurospois ele seria uma pessoa "competentíssima", um "brasileiro que gosta do Brasil".

'Ele tem o perfil de uma pessoa competentíssima', diz Lula sobre Gabriel Galípolo

Deflação em agosto e sistema de metas

O mercado acredita que o BC deve subir os juros nesta semana apesar de a inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ter caído, ou seja, terem registrado uma deflação, de 0,02% em agosto.

Pelo sistema de metas, que serve de referência para a atuação do BC, entretanto, o Copom deve nivelar a taxa de juros para atingir as metas fixadas para os próximos anos, e não tendo por base a inflação passada.

  • A meta central de inflação é de 3% neste ano, e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5% neste ano.
  • A partir de 2025, e a meta passou a ser contínua em 3%, podendo oscilar entre 1,5% e 4,5% sem que seja descumprida (sempre considerando o cenário em 12 meses).

As decisões sobre a taxa de juros demoram de seis a 18 meses para terem impacto pleno na economia. Com isso, o BC já está mirando, neste momento, na inflação, no acumulado de doze meses, até março de 2026.

E as projeções do BC e do mercado estão, no jargão técnico, "desancoradas" das metas de inflação fixadas para o futuro, e subindo.

  • Na semana passada, os analistas dos bancos estimaram um IPCA de 4,35% para 2024, de 3,95% para 2025 e de 3,61% para 2026 — acima do objetivo central de 3%, mas dentro do limite de até 4,5%.
  • No fim de junho, o Banco Central projetou uma inflação de 4,2% para 2024, de 3,6% para 2025 e de 3,2% para 2026, também acima da meta central e dentro do intervalo de tolerância.

"O Copom volta a se reunir em setembro após semanas de intensa volatilidade e com fundamentos que justificam o início de um ciclo de alta de juros.", informou o Itaú, em comunicado. A instituição projeta um aumento de 1,5 ponto percentual nos juros nos próximos meses.

Para o Itaú, os fatores que pressionam a inflação e justificam alta dos juros são:

  1. o real seguiu pressionado, ou seja, o dólar continuou alto, próximo das máximas recentes;
  2. as contínuas incertezas sobre os rumos das contas públicas, com dificuldades do governo em equilibrar suas contas;
  3. os dados mais recentes de atividade indicam que a economia se encontra mais aquecida do que o BC esperava na última reunião;
  4. as expectativas de inflação seguem desancoradas (acima das metas fixadas).

O BC defende que sua atuação é técnica, com o objetivo de conter o crescimento da inflação.

Para a instituição, a alta nos preços causa prejuízos, principalmente, à população mais pobre, abocanhando proporcionalmente uma parte maior de sua renda, além de desorganizar a economia e de prejudicar o planejamento das empresas.

"O custo de combater a inflação é muito alto para a sociedade, e tem impactos duros no curto prazo. Mas o custo de não combater é muito mais alto e tem impactos muito mais nocivos a médio e longo prazo. Então, nosso trabalho é fazer essa convergência [para as metas de inflação] com o mínimo custo possível [em termos de impacto na atividade]" , afirmou o presidente do BC, Roberto Campos Neto, no ano passado.
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quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Polaris Dawn: turistas fazem primeira caminhada espacial de missão privada

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Dos quatro tripulantes, o bilionário Jared Isaacman e a engenheira de operações espaciais da SpaceX, Sarah Gillis, foram selecionados para sair da nave para flutuar no espaço por alguns minutos.
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Por Darlan Helder, Aline Gomes, g1

Postado em 12 de setembro de 2024 às 08h25m

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Turistas fazem primeira caminhada espacial de missão privada

Dois tripulantes do programa Polaris Dawn, da SpaceX, caminharam no espaço na manhã desta quinta-feira (12).

A missão é considerada histórica porque é a primeira vez que uma empresa privada leva civis para andar no espaço.

Jared Isaacman bilionário que adquiriu a viagem, foi o primeiro passageiro a ter a experiência de sair da nave Crew Dragon para flutuar, às 7h52. Em seguida, às 8h05, foi a vez de Sarah Gillis, que é engenheira de operações espaciais da SpaceX.

Neste momento, eles sobrevoavam entre a Austrália e a Antártida, segundo a SpaceX. Após alguns minutos do lado de fora, a tripulação retornou à Crew Dragon e a porta da nave foi fechada por volta das 8h19.

"Em casa temos muito trabalho para fazer, mas desde aqui a Terra parece um mundo perfeito", disse Isaacman após sair a nave.

A caminhada estava programada para ocorrer a partir das 3h23 (horário de Brasília), mas ainda na madrugada, sem revelar o motivo, a SpaceX mudou o horário de início da preparação para 5h55.

Polaris Dawn: turistas fazem primeira caminhada espacial de missão privada

Antes da saída, a Crew Dragon foi despressurizada e exposta ao vácuo do espaço. A experiência espacial também exigiu trajes específicos, que foram desenvolvidos pela SpaceX para esta missão.

Os dois turistas espaciais saem amarrados por um equipamento de oxigênio, enquanto os demais permaneceram na cabine. A flutuação aconteceu a uma distância de cerca de 700 km da Terra.

Tripulação se preparando para sair da nave — Foto: Reprodução/SpaceX
Tripulação se preparando para sair da nave — Foto: Reprodução/SpaceX

No passado, somente astronautas altamente treinados e financiados pelo governo fizeram caminhadas espaciais. Foram realizadas cerca de 270 na Estação Espacial Internacional (ISS) desde a sua criação em 2000 e 16 por astronautas chineses na estação espacial Tiangong de Pequim, segundo a agência Reuters.

Antes dessa experiência, a equipe da Polaris Dawn já havia feito história. Nesta quarta (11), eles alcançaram 1.400 km de distância da superfície da Terra, a mais alta já atingida por humanos desde o programa Apollo, encerrado em 1972.

Para se ter uma ideia, a Estação Espacial Internacional (ISS) fica a 420 km da Terra.

🚀 Quem está na nave?

SpaceX realiza primeira missão privada com caminhada espacial

  • Jared Isaacman (comandante), presidente-executivo do serviço de pagamentos americano Shift4. Em 2021, ele bancou e participou da missão Inspiration4, também da SpaceX, em que tripulantes civis ficaram na órbita da Terra durante três dias, sem a presença de astronautas profissionais, sum feito histórico no turismo espacial.
  • Scott Poteet (piloto), tenente-coronel aposentado da Força Aérea americana.
  • Sarah Gillis (especialista de missão), engenheira de operações espaciais da SpaceX, responsável pelo programa de treinamento da empresa para astronautas.
  • Anna Menon (especialista de missão e médica), engenheira de operações espaciais da SpaceX e responsável por gerenciamento de missões.

Isaacman tem uma fortuna de quase US$ 2 bilhões (R$ 11 bilhões). Ele é o único da tripulação com experiência em voos espaciais – em 2021, ele financiou a Inspiration4, primeira missão espacial totalmente civil a orbitar a Terra.

O empresário também está financiando o programa Polaris e, apesar dele ter se recusado a dizer quanto gastou, estima-se que o valor tenha chegado a US$ 100 milhões (R$ 550 milhões), segundo a Reuters.

Os passageiros se prepararam durante dois anos para a missão, período em que treinaram paraquedismo, pilotagem de aeronaves, voo em gravidade zero, entre outras técnicas.

Esta reportagem está em atualização.

Detalhes da missão Polaris Dawn — Foto: Arte/g1
Detalhes da missão Polaris Dawn — Foto: Arte/g1

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