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quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

As impressionantes cavernas abertas por derretimento no maior iceberg do mundo, que pode desaparecer

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Durante mais de 30 anos, o Iceberg ficou rigidamente preso nas lamas do fundo do Mar de Weddell, como uma "ilha de gelo" estática, medindo cerca de 4.000 km² de área. Isso é o equivalente a mais de três vezes o tamanho da cidade do Rio de Janeiro.
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TOPO
Por BBC

Postado em 17 de janeiro de 2024 às 07h30m

#.*Post. - N.\ 11.081*.#

Maior iceberg do mundo se desprende e segue em direção ao oceano Antártico

A erosão está tendo efeitos dramáticos no maior iceberg do mundo durante estes que serão, provavelmente, os últimos meses da existência dele.

Um navio operado pela empresa de expedições Eyos chegou ao gigante congelado, A23a, no domingo (14) e encontrou enormes cavernas e arcos escavados em suas paredes congeladas.

O iceberg está sendo destruído pelo ar mais quente e pelas águas superficiais que encontra à medida que se afasta lentamente da Antártida.

Como consequência, ele derreterá e desaparecerá.

"Vimos ondas de uns bons 3 ou 4 metros de altura colidindo com o iceberg", disse o líder da expedição, Ian Strachan, à BBC News. "Isso estava criando cascatas de gelo — um estado constante de erosão".

Foto do espaço: A23a fica a cerca de 200 km a oeste das Ilhas Órcades do Sul, nesta imagem parcialmente coberta por nuvens — Foto: COPERNICUS DATA/ESA/SENTINEL-3
Foto do espaço: A23a fica a cerca de 200 km a oeste das Ilhas Órcades do Sul, nesta imagem parcialmente coberta por nuvens — Foto: COPERNICUS DATA/ESA/SENTINEL-3

O A23a se descolou da costa antártica em 1986, mas só recentemente iniciou uma grande migração.

Durante mais de 30 anos, ele ficou rigidamente preso nas lamas do fundo do Mar de Weddell, como uma "ilha de gelo" estática, medindo cerca de 4.000 km² de área. Isso é o equivalente a mais de três vezes o tamanho da cidade do Rio de Janeiro.

O colosso está atualmente à deriva na Corrente Circumpolar Antártica, a grande corrente de água que circunda o continente no sentido horário.

Essa corrente, juntamente com os ventos de oeste, está empurrando o A23a na direção das Ilhas Órcades do Sul, que ficam a cerca de 600 km a nordeste da ponta da Península Antártica.

Está seguindo firmemente na rota do que os cientistas chamam de "corredor dos icebergs" — o principal caminho de gelo do continente.

A interação entre ventos, frentes oceânicas e redemoinhos determinará o curso desse gigante nas próximas semanas. Mas muitos desses icebergs de topo achatado, ou tabulares, acabam passando pelo Território Britânico Ultramarino da Geórgia do Sul.

O seu provável destino é fragmentar-se e definhar até desaparecer. Seu legado é a vida oceânica que ele semeia ao liberar nutrientes minerais. Desde o plâncton até as grandes baleias — todos se beneficiam do efeito de "fertilização" do degelo dos icebergs.

No domingo, a equipe Eyos chegou perto o suficiente do A23a para fazer imagens usando um drone. Os penhascos de 30 metros de altura do iceberg estavam cobertos por uma névoa densa. Icebergs nesta escala criam seu próprio clima.

"Foi dramático e lindo fotografar", disse o cinegrafista da Eyos, Richard Sidey. "É incrivelmente grande. Na verdade, não acho que possamos entender o quão grande é. Só podemos saber o quão grande é pela ciência. É certamente grande demais para ser fotografado. Ele se estende até onde a vista alcança em qualquer direção."

As observações por satélite podem monitorar a cobertura da sua área e avaliar a sua espessura, que em alguns locais ultrapassa os 300 metros. Em termos de massa, não está muito longe de um bilhão de toneladas, embora ela esteja diminuindo dia após dia.

A grande questão é: quanto tempo o A23a sobreviverá, à medida que se afasta dos climas mais frios da Antártida?

As temperaturas mais amenas do ar criarão lagoas na superfície que se infiltrarão no iceberg, ajudando a abrir fissuras.

E essas espectaculares catacumbas e arcos superficiais entrarão em colapso, deixando extensas áreas de gelo submersas que então se erguerão para corroer as bordas do iceberg.

Mas outro grande bloco de gelo à frente do A23a pelo caminho pode ser instrutivo para compreender a sua potencial longevidade.

O iceberg D28, também conhecido pelo seu nome popular "Molar Berg", está se movendo para o Atlântico Sul, cerca de 200 km a norte da Geórgia do Sul.

Embora tenha perdido cerca de um terço da sua área desde o nascimento na plataforma de gelo Amery, na Antártida, em 2019, o D28 conseguiu manter a sua forma básica.

Poderia o A23a, com suas próprias dimensões quadradas, ter vida igualmente longa?

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terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Estudo aponta que 82% das espécies de árvores exclusivas da Mata Atlântica estão ameaçadas de extinção

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Entre essas espécies se destacam por exemplo o Pau-Brasil, que foi classificado como "criticamente em perigo" porque perdeu 84% da população selvagem.
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Por Caroline Giantomaso, g1 Piracicaba e Região

Postado em 16 de janeiro de 2024 às 18h15m

#.*Post. - N.\ 11.080*.#

Árvore de Pau-brasil — Foto: Terra da Gente
Árvore de Pau-brasil — Foto: Terra da Gente

Um estudo conduzido por pesquisadores brasileiros, e publicado na revista científica Science na última semana, aponta que a maioria das espécies de árvores da Mata Atlântica estão ameaçadas de extinção. Entre as espécies exclusivas do bioma, 82% têm algum grau de ameaça. Entenda abaixo. 👇

A pesquisa foi coordenada pelo professor de ecologia da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP) em Piracicaba (SP), Renato Lima. Segundo ele, do total de 4.950 espécies arbóreas presentes no bioma, cerca de metade são endêmicas, ou seja, exclusivas da Mata Atlântica.

Entre as endêmicas, 82% apresentam algum grau de ameaça de extinção. Já incluindo todas as espécies, mesmo as que ocorrem em outros biomas além da Mata Atlântica, 65% estão ameaçadas de alguma forma.

"O que a gente constatou foi principalmente que boa parte, pelo menos dois terços das espécies árvores, estão classificadas dentro de alguma das categorias de ameaça de extinção da IUCN, a União Internacional para Conservação da Natureza", explicou.

Entre essas espécies se destacam por exemplo o Pau-Brasil, que foi classificado como "criticamente em perigo" porque perdeu 84% da população selvagem. Já Araucária, Palmito-juçara e a Erva-mate tiveram declínio de pelo menos 50%, então são consideradas "em perigo".

Um total de 13 espécies endêmicas - espécies que ocorrem apenas na Mata Atlântica e em nenhum outro lugar do mundo - foram classificadas como possivelmente extintas, ou seja, podem ter desaparecido do planeta.

Araucaria é uma das espécies ameaçadas de extinção, conforme estudo — Foto: Anderson Kassner Filho
Araucaria é uma das espécies ameaçadas de extinção, conforme estudo — Foto: Anderson Kassner Filho

Por outro lado, cinco espécies que antes eram consideradas extintas na natureza foram redescobertas pelo estudo.

A pesquisa foi feita com base nas populações nativas de cada espécie de árvore presente na Mata Atlântica, ou seja, não entraram na conta as árvores plantadas em praças ou jardins, mas sim as que estão presentes em florestas.

"O que entra no cálculo são as populações nativas que estão na mata mesmo. É lá que a IUCN reconhece que todos os processos ecológicos e todos os processos evolutivos necessários para manter a espécie a longo prazo ocorrem e estão sendo mantidos, para garantir que a espécie vai se manter na natureza por si só", explicou.

Categorias de risco ⚠️

As espécies de árvores foram categorizadas conforme quatro critérios, segundo Renato. O principal deles está relacionado à diminuição do tamanho das populações das espécies nas últimas três gerações - um tempo que é específico pra cada espécie.

"O desmatamento gera perda de floresta. Perda de floresta gera perda de árvores. Então, se houve uma perda de mais de 30% nos últimos três tempos de geração da espécie, por exemplo, vamos dizer que a espécie tem um tempo de geração de 20 anos. Então, se nos últimos 60 anos a espécie perdeu mais de 30%, ela está vulnerável à extinção", explicou.

Mata atlântica tem 65% das espécies com risco de extinção — Foto: Hans ter Steege
Mata atlântica tem 65% das espécies com risco de extinção — Foto: Hans ter Steege

A partir desses critérios, cada espécie foi incluída em uma das categorias:

  • Vulnerável - perda de 30% a 50%
  • Em perigo - perda de 50% a 80%
  • Criticamente em perigo - perda de 80% ou mais

Além da perda de população, outros três critérios foram usados: distribuição geográfica restrita; populações pequenas em declínio; populações muito pequenas.

Como resolver esse problema? 🌳

A resposta para essa pergunta parece simples, mas vai além de apenas plantar árvores. Segundo Renato, antes disso é preciso preservar as áreas onde os últimos indivíduos arbóreos das espécies ameaçadas estão.

"Muitas dessas áreas estão em propriedades privadas. Então, várias pessoas têm nos seus fragmentos, nas suas fazendas, os últimos estoques dos indivíduos de árvores ameaçadas da mata atlântica. Então, não desmatar esses fragmentos é essencial, senão a gente perde mais indivíduos e a situação piora", argumentou.

Mas, para além disso, o pesquisador aponta que seria necessário fazer planos de ação para conservar ao menos os genes das espécies mais ameaçadas, plantando em jardins botânicos, por exemplo.

Mata atlântica tem maioria das espécies com risco de extinção — Foto: Renato Lima
Mata atlântica tem maioria das espécies com risco de extinção — Foto: Renato Lima

"Às vezes ela está extinta na natureza, mas ela está em algum jardim botânico. Assim como ocorre com algumas espécies animais". completou.

Outra medida essencial é conservar os fragmentos que ainda sobraram das espécies em extinção. "Melhorar as condições deles para que essas espécies possam se manter a longo prazo nessas áreas", explicou.

"É possível reverter sim, mas como em geral a gente vê que a Mata Atlântica continua sendo desmatada, continua sendo perturbada, o prognóstico não é muito bom. A gente teria que realmente parar e tomar providências mais drásticas do que tem sido tomadas atualmente."

Mais uma alternativa que pode trazer resultados a longo prazo é a restauração florestal. "Se a gente for plantar floresta e nessas florestas a gente usar espécies que estão em alto risco de ameaça na mata atlântica, a gente consegue repor na natureza um pouco das populações que foram perdidas. Consegue, ao longo do tempo, dizer que as populações estão sendo repostas."

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Economia da China cresceu 5,2% em 2023, antecipa premiê chinês

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No Fórum Econômico Mundial, Li Qiang afirmou que a taxa de crescimento em 2023 foi alcançada sem “estímulos maciços” e que a economia estava em “progresso constante”.
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TOPO
Por Valor Online

Postado em 16 de janeiro de 2024 às 15h10m

#.*Post. - N.\ 11.079*.#

O novo primeiro-ministro da China, Li Qiang, durante congress do Partido Comunista, em 11 de março de 2023.  — Foto: Greg Baker/ Pool via Reuters
O novo primeiro-ministro da China, Li Qiang, durante congress do Partido Comunista, em 11 de março de 2023. — Foto: Greg Baker/ Pool via Reuters

O premiê chinês, Li Qiang, afirmou nesta terça-feira (16) em um discurso em Davos que a economia da China cresceu cerca de 5,2% no ano passado, superando a meta oficial do país de 5% e a expansão de 3% em 2022, segundo o Financial Times.

Durante sua fala no Fórum Econômico Mundial, Li afirmou que a taxa de crescimento em 2023 foi alcançada sem estímulos maciços e que a economia estava em progresso constante. Para o primeiro-ministro, a economia chinesa pode lidar com altos e baixos no seu desempenho, assim como uma pessoa com um sistema imunológico forte.

Li também disse que o retorno do investimento estrangeiro direto na China foi de cerca de 9% e que o país permaneceu aberto aos negócios internacionais, reiterando que escolher o mercado chinês não é um risco, mas sim uma oportunidade. Abraçamos os investimentos em empresas de todos os países de braços abertos, acrescentou.

A meta de crescimento de 5% para 2023 foi a mais baixa da China em décadas, em meio a emergência econômica prejudicada por uma desaceleração imobiliária após a pandemia de Covid-19, a queda das exportações e a falta de confiança dos investidores.

Balança comercial Brasil-China bate recorde em 2023

O anúncio do PIB pelo premiê veio como uma surpresa para os economistas, que esperavam a divulgação oficial dos dados apenas nesta quarta-feira (17) pelo Departamento Nacional de Estatísticas.

Além disso, Li tentou acalmar as preocupações sobre a recuperação do país da pandemia e citou o que ele descreve com um déficit de confiança entre as nações. Em uma crítica velada aos EUA, ele disse que o multilateralismo não significa que apenas alguns países poderiam definir as regras.

Li disse ao público em Davos que a compreensão do momento atual da economia chinesa e para qual direção está indo se assemelha a caminhar nos Alpes, já que para ver a beleza das montanhas é preciso diminuir o zoom e olhar de longe.

Um comunicado divulgado hoje pelo gabinete do presidente chinês, Xi Jinping, mostrou o interesse do país em investir em uma economia voltada para pessoas mais velhas, à medida que procura capitalizar as oportunidades comerciais oferecidas pelo rápido envelhecimento da população.

O documento apresentou um plano para realização da meta, além de abordar a necessidade de investimento financeiro para satisfazer as necessidades dos idosos e um maior acesso a serviços de saúde, educação e lazer.

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segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

Em Davos, Oxfam recomendará que países fixem metas para a 'redução radical e rápida' da desigualdade

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Entidade também sugere tributação permanente sobre os mais ricos e 'controle' do poder das empresas. Fórum Econômico Mundial na Suíça começa nesta segunda e vai até sexta.
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Por Alexandro Martello, g1 — Brasília

Postado em 15 de janeiro de 2023 às 08h00m

#.*Post. - N.\ 11.078*.#

Pobreza e a desigualdade podem desequilibrar uma sociedade a longo prazo — Foto: Getty Images
Pobreza e a desigualdade podem desequilibrar uma sociedade a longo prazo — Foto: Getty Images

A Oxfam, organização independente sem fins lucrativos, vai recomendar no Fórum Econômico Mundial — encontro que reúne anualmente a elite econômica e política do mundo — que os governos estabeleçam metas e planos para "redução radical e rápida" da desigualdade.

O Fórum Econômico Mundial acontece neste ano entre os dias 15 e 19 de janeiro, em Davos (Suíça).

Por meio de relatório, a entidade informou que apoia a proposta do economista ganhador do prêmio Nobel, Joseph Stiglitz, de que cada país deve ter como objetivo que a desigualdade seja reduzida a um nível em que os 40% mais pobres da população tenham aproximadamente a mesma renda dos 10% mais ricos.

"O G20, liderado pelo Brasil, e o processo de reforma da Cúpula do Futuro da ONU têm um papel fundamental na união dos países do Norte e do Sul globais para tornar o mundo um lugar mais igualitário, reduzindo a desigualdade entre países e dentro de cada um deles", acrescentou a Oxfam.

A agenda da Oxfam está alinhada com o governo brasileiro. Em setembro do ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, em discurso na cúpula de líderes do G20, essa diretriz.

Em dezembro de 2023, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falou em tributar a riqueza e aumentar gastos para combater a desigualdade.

De acordo com o relatório da entidade:

  • A riqueza dos cinco homens mais ricos do mundo aumentou 114% desde 2020.
  • O mundo poderá ter seu primeiro trilionário nos próximos 10 anos, enquanto o fim da pobreza poderá levar mais de dois séculos.
  • As 148 maiores empresas do mundo lucraram US$ 1,8 trilhão, 52% a mais do que a média dos últimos três anos, e distribuíram dividendos graúdos para acionistas ricos enquanto milhões de pessoas tiveram cortes em seus salários.
  • Quatro dos cinco bilionários brasileiros mais ricos tiveram um aumento de 51% de sua riqueza desde 2020; ao mesmo tempo, 129 milhões de brasileiros ficaram mais pobres.
  • No Brasil, em média, o rendimento das pessoas brancas é mais de 70% superior à renda de pessoas negras.
  • O 0,01% mais rico do Brasil tem 27% dos ativos financeiros do país; o 0,1% mais rico tem 43%; e o 1% mais rico tem 63%. Já os 50% mais pobres têm apenas 2%.

Na ONU, Lula cobra ação de ricos contra fome e desigualdade e diz que Conselho de Segurança perdeu credibilidade

Redistribuição de renda

A Oxfam calcula que, se o montante que as empresas gastaram em dividendos e recompras de ações para os 10% mais ricos em 2022 fosse redistribuído aos 40% mais pobres em termos de renda, a desigualdade global poderia diminuir em 21,5% – o equivalente à queda real observada nesse índice ao longo de 41 anos.

Além disso, a entidade também estima que metade do valor pago aos 10% mais ricos em 2022 já poderia acabar com a pobreza global (definida como US$ 6,85 por dia), e que 1,6% dos pagamentos já conseguiria eliminar a pobreza extrema (renda de até US$ 2,15 por dia), conforme definido pelo Banco Mundial.

De acordo com o relatório, uma "imensa concentração do poder" das grandes empresas e monopólios em nível global está exacerbando a desigualdade em toda a economia.

A entidade acrescentou que sete em 10 das maiores empresas do mundo têm bilionários como dirigentes ou principais acionistas.

"Ao pressionar os trabalhadores, evitar o pagamento de impostos, privatizar o Estado e contribuir para o colapso climático, essas empresas estão impulsionando a desigualdade e agindo a serviço da entrega de cada vez mais patrimônio a seus donos, já ricos. Para acabar com a desigualdade extrema, os governos terão que redistribuir de forma radical o poder dos bilionários e das grandes empresas às pessoas comuns.", avaliou a Oxfam.

Segundo Katia Maia, diretora executiva da Oxfam Brasil, a desigualdade de renda e riqueza no país convive com a desigualdade racial e de gênero.

"Nossos super-ricos são praticamente todos homens e brancos. Para construirmos um país mais justo e menos desigual, precisamos enfrentar esse pacto da 'branquitude' entre os mais ricos, avaliou.

Recomendações

Para combater as desigualdades, o relatório da Oxfam, divulgado por ocasião do Fórum Econômico Mundial de Davos, traz uma série de recomendações. Veja abaixo:

  • Revitalizar o Estado: garantir serviços públicos que reduzam a desigualdade, incluindo saúde, educação, assistência e segurança alimentar. Investir em transporte, energia, habitação e outras infraestruturas de caráter público. Melhorar a supervisão das instituições públicas (incluindo as empresas estatais), e reforçar a capacidade reguladora para fazer cumprir as leis e garantir que o "setor privado sirva ao bem comum".
  • Controlar o poder corporativo: romper os monopólios privados e restringir o poder das grandes empresas; e "empoderar" trabalhadores e comunidades. Romper o monopólio do conhecimento e democratizar regras de comércio e patentes, além de apoiar soluções públicas dinâmicas e afirmar um maior controle público. Fortalecer leis para justiça racial e de gênero, e também apoiar e incentivar os sindicatos.
  • Criar novos impostos para os super-ricos e empresas: implementar tributação abrangente e permanente dos mais ricos em todos os países, aumentar impostos sobre dividendos e ganhos de capital, tributar os lucros inesperados, e avançar rumo a uma tributação mais eficaz das grandes empresas, principalmente das suas subsidiárias transfronteiriças, entre outros. A Oxfam estima que um imposto progressivo sobre a riqueza sobre os milionários e bilionários do mundo poderia gerar US$ 1,8 trilhão por ano.
  • Reinventar os negócios: criar e promover uma nova geração de empresas que não priorizem os acionistas – incluindo cooperativas locais e de trabalhadores, empreendimentos sociais e empresas de comércio justo. Proporcionar apoio financeiro a empresas igualitárias por meio de tributos e outros instrumentos econômicos, como compras públicas.
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Mundo terá o primeiro trilionário em 10 anos; pobreza deve perdurar pelos próximos 200 anos, diz Oxfam

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Sete das dez maiores corporações do mundo tem um bilionário como CEO ou principal acionista
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Gabriel Garcia da CNN - Brasília
14/01/2024 às 21:01 | Atualizado 14/01/2024 às 15:00
Postado em 15 de janeiro de 2024 às 06h35m

#.*Post. - N.\ 11.077*.#

Empresas valem, juntas, US$ 10,2 trilhõesEmpresas valem, juntas, US$ 10,2 trilhões 17 de julho de 2022REUTERS/Dado Ruvic

Um relatório da Oxfam, que discute a relação das desigualdades e o poder corporativo global, aponta que o mundo terá seu primeiro trilionário em 10 anos. A pobreza, no entanto, não será erradicada nos próximos 230 anos. A estimativa é calculada em dólar.

Uma imensa concentração do poder das grandes empresas e monopólios em nível global está exacerbando a desigualdade em toda a economia, diz o levantamento.

O relatório completo será divulgado nesta segunda-feira (15) durante o Fórum Econômico Mundial que reúne a elite do mundo corporativo em Davos, na Suíça.

O documento também informa que sete das 10 maiores corporações do mundo tem um bilionário como CEO ou principal acionista.

Essas empresas valem, juntas, US$ 10,2 trilhões, mais do que o PIB combinado de todos os países da África e da América Latina.

Estamos testemunhando o começo de uma década de divisão, com bilhões de pessoas sofrendo os impactos da pandemia, da inflação e das guerras, enquanto as fortunas dos bilionários não param de crescer, afirma Amitabh Behar, diretor-executivo interino da Oxfam Internacional.

Atualmente os três mais ricos do mundo, segundo a Forbes, são Elon Musk (dono da SpaceX e Tesla); Bernard Arnault (diretor do grupo LVMH) e Jeff Bezos (fundador da Amazon).

A fortuna de cada um atualmente está avaliada em US$ 251,3, US$ 200,7, e US$ 168,4 bilhões respectivamente.

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Desde 2020, cinco mais ricos do mundo dobraram fortunas e 5 bilhões ficaram mais pobres, diz Oxfam

Documento também afirma que 1% da população mais rica do mundo detêm 59% dos ativos financeiros globais

Relatório será divulgado nesta segunda-feira (15) durante o Fórum Econômico Mundial
Relatório será divulgado nesta segunda-feira (15) durante o Fórum Econômico Mundial REUTERS/Sukree Sukplang

O relatório da Oxfam, que discute a relação das desigualdades e o poder corporativo global, aponta que os cinco homens mais ricos do mundo duplicaram suas fortunas nos últimos três anos.

No mesmo período, quase 5 bilhões de pessoas em todo o planeta ficaram mais pobres, indica o levantamento.

A fortuna dos cinco bilionários mais ricos do mundo mais do que dobrou desde o início desta década, enquanto 60% da humanidade ficou mais pobre, disse o documento.

O documento também afirma que 1% da população mais rica do mundo detêm 59% dos ativos financeiros globais.

Os bilionários estão 3,3 trilhões de dólares – ou 34% – mais ricos do que no
início desta década de crise, com um patrimônio que cresce três vezes mais rapidamente do que a inflação, diz o documento.

A conclusão é que o aumento acelerado da riqueza extrema solidificou-se, enquanto a pobreza global permanece em níveis pré-pandêmicos.

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Desigualdade: 63% da riqueza do Brasil está nas mãos de 1% da população, diz relatório da Oxfam

Levantamento também aponta que os 50% mais pobres detêm apenas 2% do patrimônio do país

Apenas 0,01% da população brasileira possui 27% dos ativos financeiros
Apenas 0,01% da população brasileira possui 27% dos ativos financeiros Joelfotos/Pixabay

Dados do relatório da Oxfam, que discute a relação das desigualdades e o poder corporativo global, mostram que 63% da riqueza do Brasil está nas mãos de 1% da população.

O levantamento também aponta que os 50% mais pobres detêm apenas 2% do patrimônio do país.

O relatório será divulgado nesta segunda-feira (15), durante o Fórum Econômico Mundial que reúne a elite do mundo corporativo em Davos, na Suíça.

O estudo traz ainda detalhes sobre o grupo que mais acumula riqueza. Segundo o documento, 0,01% da população brasileira possui 27% dos ativos financeiros.

Fica nítido que a propriedade de ações e participações, em termos econômicos, reflete uma plutocracia e não uma democracia, afirma o documento.

Os especialistas destacam também a desigualdade racial. O estudo afirma que, em média, a renda dos brancos está mais de 70% acima da renda da população negra.

No Brasil, a desigualdade de renda e riqueza anda em paralelo com a desigualdade racial e de gênero. Nossos super-ricos são praticamente todos homens e brancos, disse Kátia Maia, diretora executiva da Oxfam Brasil.

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