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segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

Mundo terá o primeiro trilionário em 10 anos; pobreza deve perdurar pelos próximos 200 anos, diz Oxfam

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Sete das dez maiores corporações do mundo tem um bilionário como CEO ou principal acionista
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Gabriel Garcia da CNN - Brasília
14/01/2024 às 21:01 | Atualizado 14/01/2024 às 15:00
Postado em 15 de janeiro de 2024 às 06h35m

#.*Post. - N.\ 11.077*.#

Empresas valem, juntas, US$ 10,2 trilhõesEmpresas valem, juntas, US$ 10,2 trilhões 17 de julho de 2022REUTERS/Dado Ruvic

Um relatório da Oxfam, que discute a relação das desigualdades e o poder corporativo global, aponta que o mundo terá seu primeiro trilionário em 10 anos. A pobreza, no entanto, não será erradicada nos próximos 230 anos. A estimativa é calculada em dólar.

Uma imensa concentração do poder das grandes empresas e monopólios em nível global está exacerbando a desigualdade em toda a economia, diz o levantamento.

O relatório completo será divulgado nesta segunda-feira (15) durante o Fórum Econômico Mundial que reúne a elite do mundo corporativo em Davos, na Suíça.

O documento também informa que sete das 10 maiores corporações do mundo tem um bilionário como CEO ou principal acionista.

Essas empresas valem, juntas, US$ 10,2 trilhões, mais do que o PIB combinado de todos os países da África e da América Latina.

Estamos testemunhando o começo de uma década de divisão, com bilhões de pessoas sofrendo os impactos da pandemia, da inflação e das guerras, enquanto as fortunas dos bilionários não param de crescer, afirma Amitabh Behar, diretor-executivo interino da Oxfam Internacional.

Atualmente os três mais ricos do mundo, segundo a Forbes, são Elon Musk (dono da SpaceX e Tesla); Bernard Arnault (diretor do grupo LVMH) e Jeff Bezos (fundador da Amazon).

A fortuna de cada um atualmente está avaliada em US$ 251,3, US$ 200,7, e US$ 168,4 bilhões respectivamente.

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Desde 2020, cinco mais ricos do mundo dobraram fortunas e 5 bilhões ficaram mais pobres, diz Oxfam

Documento também afirma que 1% da população mais rica do mundo detêm 59% dos ativos financeiros globais

Relatório será divulgado nesta segunda-feira (15) durante o Fórum Econômico Mundial
Relatório será divulgado nesta segunda-feira (15) durante o Fórum Econômico Mundial REUTERS/Sukree Sukplang

O relatório da Oxfam, que discute a relação das desigualdades e o poder corporativo global, aponta que os cinco homens mais ricos do mundo duplicaram suas fortunas nos últimos três anos.

No mesmo período, quase 5 bilhões de pessoas em todo o planeta ficaram mais pobres, indica o levantamento.

A fortuna dos cinco bilionários mais ricos do mundo mais do que dobrou desde o início desta década, enquanto 60% da humanidade ficou mais pobre, disse o documento.

O documento também afirma que 1% da população mais rica do mundo detêm 59% dos ativos financeiros globais.

Os bilionários estão 3,3 trilhões de dólares – ou 34% – mais ricos do que no
início desta década de crise, com um patrimônio que cresce três vezes mais rapidamente do que a inflação, diz o documento.

A conclusão é que o aumento acelerado da riqueza extrema solidificou-se, enquanto a pobreza global permanece em níveis pré-pandêmicos.

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Desigualdade: 63% da riqueza do Brasil está nas mãos de 1% da população, diz relatório da Oxfam

Levantamento também aponta que os 50% mais pobres detêm apenas 2% do patrimônio do país

Apenas 0,01% da população brasileira possui 27% dos ativos financeiros
Apenas 0,01% da população brasileira possui 27% dos ativos financeiros Joelfotos/Pixabay

Dados do relatório da Oxfam, que discute a relação das desigualdades e o poder corporativo global, mostram que 63% da riqueza do Brasil está nas mãos de 1% da população.

O levantamento também aponta que os 50% mais pobres detêm apenas 2% do patrimônio do país.

O relatório será divulgado nesta segunda-feira (15), durante o Fórum Econômico Mundial que reúne a elite do mundo corporativo em Davos, na Suíça.

O estudo traz ainda detalhes sobre o grupo que mais acumula riqueza. Segundo o documento, 0,01% da população brasileira possui 27% dos ativos financeiros.

Fica nítido que a propriedade de ações e participações, em termos econômicos, reflete uma plutocracia e não uma democracia, afirma o documento.

Os especialistas destacam também a desigualdade racial. O estudo afirma que, em média, a renda dos brancos está mais de 70% acima da renda da população negra.

No Brasil, a desigualdade de renda e riqueza anda em paralelo com a desigualdade racial e de gênero. Nossos super-ricos são praticamente todos homens e brancos, disse Kátia Maia, diretora executiva da Oxfam Brasil.

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domingo, 14 de janeiro de 2024

Islândia: lava de vulcão chega em cidade esvaziada e destrói casas; veja FOTOS

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Esta é a quinta erupção vulcânica na Islândia em quase três anos. A última ocorreu em 18 de dezembro na mesma área, perto da cidade de Grindavik, no sudeste do país.
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Por g1

Postado em 14 de janeiro de 2024 às 18h25m

#.*Post. - N.\ 11.076*.#

Lava de um vulcão em erupção na Islândia consome uma residência perto da cidade de Grindavik, no sudeste da Islândia, neste domingo, 14 de janeiro de 2024. A comunidade foi evacuada durante a noite. — Foto: LIVEFROMICELAND.IS via AP
Lava de um vulcão em erupção na Islândia consome uma residência perto da cidade de Grindavik, no sudeste da Islândia, neste domingo, 14 de janeiro de 2024. A comunidade foi evacuada durante a noite. — Foto: LIVEFROMICELAND.IS via AP

Um vulcão entrou em erupção neste domingo (14) no sudeste da Islândia, perto da cidade de Grindavik, no sudoeste do país, expelindo colunas de lava que estão incendiando casas na região, de acordo com a Agência Meteorológica da Islândia (IMO, na sigla em inglês).

Esta é a quinta erupção vulcânica na Islândia em quase três anos. A última ocorreu em 18 de dezembro na mesma área.

A atividade sísmica se intensificou bruscamente durante a noite, e os residentes de Grindavik, uma comunidade de pescadores, foram retirados de suas casas por volta das 3h no horário local (0h em Brasília), segundo a imprensa do país.

A erupção começou ao norte da cidade de 4.000 habitantes, ainda de acordo com a agência meteorológica. A cidade fica cerca de 40 km a sudoeste de Reykjavik, a capital da ilha.

Segundo a BBC, todos os residentes de Grindavik já saíram da cidade, mas um grupo de ovelhas ainda está em currais na região.

Ainda de acordo com a emissora do Reino Unido, barreiras de proteção estão impedindo que a maior parte da lava atinja Grindavik e chegue ao centro da cidade.

Veja fotos abaixo:

Lava de um vulcão em erupção na Islândia consome uma residência perto da cidade de Grindavik, no sudeste da Islândia, neste domingo, 14 de janeiro de 2024. A comunidade foi evacuada durante a noite. — Foto: LIVEFROMICELAND.IS via AP
Lava de um vulcão em erupção na Islândia consome uma residência perto da cidade de Grindavik, no sudeste da Islândia, neste domingo, 14 de janeiro de 2024. A comunidade foi evacuada durante a noite. — Foto: LIVEFROMICELAND.IS via AP


Lava se move em direção a uma vila de pescadores na cidade de Grindavik, no sudeste da Islândia, e deixa residências em chamas após a erupção de um vulcão perto da região neste domingo, 14 de janeiro de 2024. A comunidade foi evacuada durante a noite. — Foto: LIVEFROMICELAND.IS via AP
Lava se move em direção a uma vila de pescadores na cidade de Grindavik, no sudeste da Islândia, e deixa residências em chamas após a erupção de um vulcão perto da região neste domingo, 14 de janeiro de 2024. A comunidade foi evacuada durante a noite. — Foto: LIVEFROMICELAND.IS via AP


Explosões de lava são vistas perto de casas na cidade de Grindavik, no sudoeste da Islândia, após a erupção vulcânica deste 14 de janeiro. — Foto: Halldor KOLBEINS/AFP
Explosões de lava são vistas perto de casas na cidade de Grindavik, no sudoeste da Islândia, após a erupção vulcânica deste 14 de janeiro. — Foto: Halldor KOLBEINS/AFP


Casas são consumidas pelo fogo na cidade de Grindavik, no sudoeste da Islândia, após a erupção vulcânica deste 14 de janeiro. — Foto: Halldor KOLBEINS/AFP
Casas são consumidas pelo fogo na cidade de Grindavik, no sudoeste da Islândia, após a erupção vulcânica deste 14 de janeiro. — Foto: Halldor KOLBEINS/AFP


Dois tratores trabalham numa barreira de proteção para evitar que o fluxo de lava chegue ao centro da cidade de Grindavik, no sudoeste da Islândia, após uma erupção vulcânica neste domingo, 14 de janeiro de 2024. — Foto: Halldor KOLBEINS/AFP
Dois tratores trabalham numa barreira de proteção para evitar que o fluxo de lava chegue ao centro da cidade de Grindavik, no sudoeste da Islândia, após uma erupção vulcânica neste domingo, 14 de janeiro de 2024. — Foto: Halldor KOLBEINS/AFP


Um complexo industrial é visto em primeiro plano enquanto a lava de uma vulcão é expelida perto da cidade de Grindavik, no sudoeste da Islândia, após uma erupção neste domingo, 14 de janeiro de 2024. — Foto: Halldor KOLBEINS/AFP
Um complexo industrial é visto em primeiro plano enquanto a lava de uma vulcão é expelida perto da cidade de Grindavik, no sudoeste da Islândia, após uma erupção neste domingo, 14 de janeiro de 2024. — Foto: Halldor KOLBEINS/AFP


Lava de um vulcão em erupção é expelida de uma fissura perto de Grindavik, uma comunidade de pescadores no sudeste da Islândia. A agência meteorológica do país afirma que a erupção deste domingo (14) ocorreu após vários terremotos. — Foto: Icelandic Civil Protection via AP
Lava de um vulcão em erupção é expelida de uma fissura perto de Grindavik, uma comunidade de pescadores no sudeste da Islândia. A agência meteorológica do país afirma que a erupção deste domingo (14) ocorreu após vários terremotos. — Foto: Icelandic Civil Protection via AP


Uma coluna de fumaça é iluminada pela lava de um vulcão em erupção vista de Suðurstrandavegur, estrada que leva à cidade de Grindavík, no sudeste da Islândia. — Foto: AP Foto/ Marco Di Marco
Uma coluna de fumaça é iluminada pela lava de um vulcão em erupção vista de Suðurstrandavegur, estrada que leva à cidade de Grindavík, no sudeste da Islândia. — Foto: AP Foto/ Marco Di Marco


Visão aérea mostra lava sendo expelida de um vulcão perto de Grindavik, no sudeste da Islândia, neste domingo (14). — Foto: Icelandic Civil Protection via AP
Visão aérea mostra lava sendo expelida de um vulcão perto de Grindavik, no sudeste da Islândia, neste domingo (14). — Foto: Icelandic Civil Protection via AP


Casal observa uma coluna de fumaça sendo expelida pelo vulcão que entrou em erupção perto de Grindavík, no sudeste da Islândia, neste domingo, 14 de janeiro de 2024. — Foto: AP Photo/ Marco Di Marco
Casal observa uma coluna de fumaça sendo expelida pelo vulcão que entrou em erupção perto de Grindavík, no sudeste da Islândia, neste domingo, 14 de janeiro de 2024. — Foto: AP Photo/ Marco Di Marco

Vulcão entra em erupção no sudoeste da Islândia

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Copa: 18 jogadores de futebol que fizeram faculdade

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Profissões
por Isabela Giordan em 19/06/18 84 mil visualizações
Postado em 14 de janeiro de 2024 às 09h00m

#.*Post. - N.\ 11.075*.#

Não é nenhum segredo que o futebol é uma paixão nacional e mundial, tanto que diversas crianças sonham desde pequenos a ter uma carreira nessa área, e de preferência como um dos melhores jogadores do mundo, não é mesmo?

Infelizmente, muitos jovens quando possuem uma chance de destacar-se no mundo do futebol são obrigados a deixar os estudos de lado. Por exemplo, o sucesso mundial Neymar Jr. abandonou a escola no segundo ano do Ensino Médio, pois não conseguiu conciliar sua carreira e a vida acadêmica. 😢


Entretanto, existem exceções de jogadores que, além de terminar os estudos, também ingressaram no Ensino Superior e ainda assim foram para a Copa do Mundo. A Revista Quero preparou uma lista com todos os 18 jogadores e treinadores que fizeram faculdade (alguns sem concluir) e também jogaram na Copa do Mundo (inclusive a de 2018). Confira:

1 - Pelé

Faculdade: Universidade Metropolitana de Santos
Curso: Educação Física
Seleção: Brasileira
Copas do Mundo: 1958, 1962, 1966 e 1970

Veja também: Teste Vocacional de Educação Física 
2 - Sócrates

Faculdade: Universidade de São Paulo (USP)
Curso: Medicina
Seleção: Brasileira
Copas do Mundo: 1982 e 1986

3 - César Sampaio

Faculdade: Universidade São Marcos
Curso: Gestão do Esporte e Administração em Gestão Esportiva
Seleção: Brasileira
Copas do Mundo: 1998

3 - Romário

Faculdade: Universidade Castelo Branco e Estácio
Curso:Educação Física e Moda
Seleção: Brasileira
Copas do Mundo: 1990 e 1994

4 - Tostão

Faculdade: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Curso: Medicina
Seleção: Brasileira
Copas do Mundo: 1966 e 1970

5 - Tite

Faculdade: Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)
Curso: Educação Física
Seleção: Brasileira
Copas do Mundo: 2018 (técnico do Brasil)

7 - Carlos Alberto Parreira (Técnico)

Faculdade: Escola Nacional de Educação Física e Desportos
Curso: Educação Física
Seleção: Kuwait, Emirados Árabes, Brasil, Arábia Saudita, África do Sul
Copas do Mundo: 1982, 1990, 1994, 1998, 2006 e 2010 (técnico)

8 - Simon Mignolet

Faculdade: Universidade Católica de Leuven
Curso: Ciência Política
Seleção: Belga
Copas do Mundo: 2014 e 2018

9 - Oliver Bierhoff

Faculdade: FernUniversität Hagen
Curso: Economia
Seleção: Alemã
Copas do Mundo: 1998 e 2002

10 - Nigel De Jong

Faculdade: -
Curso: Economia
Seleção: Holandesa
Copas do Mundo: 2010 e 2014

11 - Juan Mata

Faculdade: Universidade Politécnica de Madrid e Universidade Camilo José Cela
Curso: Marketing e Ciência do Esporte
Seleção: Espanhola
Copas do Mundo: 2010 e 2014

12 - Andrés Iniesta

Faculdade: Ramon Llull University
Curso: Biologia e Ciência do Esporte
Seleção: Espanhola
Copas do Mundo: 2006, 2010 e 2014

13 - Victor Leandro

Faculdade: Escola Superior de Educação Física de Jundiaí
Curso: Educação Física
Seleção: Brasileira
Copas do Mundo: 2014

14 - Edwin van der Sar

Faculdade: Instituto Johan Cruyff
Curso: Gestão em Esporte
Seleção: Holandesa
Copas do Mundo: 1994 e 1998

15 - Yuto Nagatomo

Faculdade: Academia Meiji
Curso: Economia Política
Seleção: Japonesa
Copas do Mundo: 2018

16 - Giorgio Chiellini

Faculdade: Universidade de Torina
Curso: Economia e Comércio
Seleção: Italiana
Copas do Mundo: 2010 e 2014

17 - Sebastian “Loco” Abreu

Faculdade: -
Curso: Jornalismo
Seleção: Uruguaia
Copas do Mundo: 2002 e 2010

18 - Glen Johnson

Faculdade: The Open University
Curso: Matemática
Seleção: Inglesa
Copas do Mundo: 2010 e 2014

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sábado, 13 de janeiro de 2024

Quantos refugiados palestinos há no mundo e onde estão?

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Acredita-se que os palestinos formem uma das maiores populações de refugiados do mundo.
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TOPO
Por Selin Girit

Postado em 14 de janeiro de 2024 às 06h35m

#.*Post. - N.\ 11.074*.#

O deslocamento tem sido parte significativa da história dos palestinos nas últimas décadas. — Foto: Getty Images via BBC
O deslocamento tem sido parte significativa da história dos palestinos nas últimas décadas. — Foto: Getty Images via BBC

Acredita-se que existam mais de 6 milhões de refugiados palestinos, o que faz dessa população um dos maiores grupos de refugiados no mundo.

Eles vivem principalmente nos territórios palestinos e em países vizinhos.

Além disso, segundo as Nações Unidas, quase 1,9 milhão de pessoas foram deslocadas internamente em Gaza após a incursão de Israel no território em outubro.

Embora a diáspora palestina esteja distribuída por todo o mundo, a maioria se instalou no Oriente Médio.

Mas como tantos palestinos deixaram a sua terra ancestral, para que países foram e por quê?

Por que os palestinos são considerados refugiados?

Deslocamentos têm tido um papel significativo na história dos palestinos desde a criação do Estado de Israel.

Em 1947, logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, as recém-criadas Nações Unidas aprovaram a resolução 181 — um plano de divisão do que era o então Mandato Britânico da Palestina para o que seriam os Estados árabe e judeu.

A Palestina era governada pelos britânicos desde 1922 e, durante esse período, a imigração judaica para a região cresceu, especialmente por aqueles que fugiam das atrocidades nazistas na Europa.

As tensões entre árabes e judeus também aumentaram.

"Nesta altura, já havia a culpa europeia pelo Holocausto, e eles estavam tentando acomodar o que presumiam ser uma grande imigração judaica europeia para a Palestina", explica a professora Dawn Chatty, do Centro de Estudos de Refugiados da Universidade de Oxford.

Embora os árabes palestinos tenham rejeitado a resolução 181, que atribuía à população judaica menor um território maior, Israel declarou-se independente usando este plano de divisão como base.

Em 1948, cerca de 750 mil palestinos fugiram ou precisaram deixar suas casas. — Foto: Getty Images via BBC
Em 1948, cerca de 750 mil palestinos fugiram ou precisaram deixar suas casas. — Foto: Getty Images via BBC

No conflito de 1948 em torno da criação de Israel, cerca de 750 mil palestinos foram expulsos ou fugiram do que hoje é Israel.

Os palestinos referem-se a esse momento como nakba, que significa "catástrofe" em árabe.

Após o fim da guerra de 1948, Israel recusou-se a permitir que os refugiados voltassem para suas casas.

Posteriormente, Israel tomou a Cisjordânia e a Faixa de Gaza após a Guerra dos Seis Dias de 1967, e mais de 325 mil palestinos fugiram, principalmente para a Jordânia, segundo as Nações Unidas.

Nos anos seguintes, uma média de 21 mil palestinos por ano foram deslocados de áreas controladas por Israel.

Israel negou as exigências palestinas de regresso dos refugiados como parte de qualquer acordo de paz.

Quantos refugiados palestinos existem no mundo?

Em 1949, foi fundada a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês).

A UNRWA define "refugiados palestinos" como "pessoas cujo local de residência normal era a Palestina durante o período de 1 de junho de 1946 a 15 de maio de 1948, e que perderam a casa e os meios de subsistência como resultado do conflito de 1948".

Os descendentes de pessoas que correspondam a esta definição, incluindo crianças adotadas, também são elegíveis para se registrarem como refugiados.

População palestina ao redor do mundo — Foto: BBC
População palestina ao redor do mundo — Foto: BBC

Quando a UNRWA iniciou as suas operações em 1950, respondia às necessidades de cerca de 750 mil refugiados palestinos, afirma a agência.

Hoje, cerca de 5,9 milhões de refugiados palestinos podem ser atendidos pela UNRWA.

Destes, mais de 1,5 milhão de pessoas vivem em 58 campos de refugiados reconhecidos pela UNRWA.

Estes campos estão na Jordânia, Líbano, Síria, Faixa de Gaza e Cisjordânia, incluindo Jerusalém oriental.

Existem também outras áreas fora dos campos reconhecidos onde refugiados palestinos se concentram, como Yarmouk, perto da capital síria, Damasco.

Por que existem campos de refugiados para palestinos em Gaza e na Cisjordânia?

Devido à criação do Estado de Israel, muitos árabes da Palestina que viviam nos territórios designados para o Estado judeu fugiram para o território que deveria ser o Estado árabe, explica a professora Dawn Chatty.

"Eles procuraram asilo em Gaza e na Cisjordânia. Eles se tornaram os refugiados de 1948", diz ela.

Mais de 871 mil refugiados registrados vivem na Cisjordânia — cerca de um quarto deles fica em 19 campos de refugiados, segundo a UNWRA.

Em Gaza, existem cerca de 1,7 milhão de refugiados, e aproximadamente 620 mil deles vivem em oito campos reconhecidos pela UNRWA.

O conflito atual em Gaza forçou muitos palestinos em campos de refugiados a deixarem suas tendas em busca de áreas mais seguras no sul. — Foto: Getty Images via BBC
O conflito atual em Gaza forçou muitos palestinos em campos de refugiados a deixarem suas tendas em busca de áreas mais seguras no sul. — Foto: Getty Images via BBC

Quão grande é a diáspora palestina?

Além dos 3,3 milhões de palestinos que vivem na Cisjordânia e dos 2,3 milhões de palestinos que vivem em Gaza, mais 1,75 milhão de palestinos vivem em Israel — compondo cerca de 20% da população total israelense.

Todos os palestinos fora destes territórios formam uma diáspora mais ampla, que inclui aqueles que partiram antes de 1948 (e por isso não são contabilizados pela ONU), seus descendentes, e também aqueles que deixaram sua terra natal, mas nunca se registraram como refugiados.

De acordo com os últimos números fornecidos pelo Escritório Central Palestino de Estatísticas, cerca de 7,3 milhões de palestinos vivem nesta diáspora global, abrangendo desde o Oriente Médio à América do Sul e Austrália.

No entanto, o órgão apenas contabiliza os palestinos que possuem documentos de identidade ou estão registrados como refugiados — por isso, o tamanho real da população da diáspora pode ser muito maior.

No geral, mais de 6 milhões de palestinos vivem em países árabes, segundo o órgão, com cerca de metade deles vivendo na Jordânia, na fronteira oriental de Israel.

A maioria dos palestinos na Jordânia tem cidadania plena e goza dos mesmos direitos que qualquer outro cidadão.

Estima-se que Líbano, Síria e Egito abriguem mais de 1 milhão de palestinos.

No Líbano, a maioria dos refugiados palestinos vive em campos de refugiados desde 1948 e não tem acesso a direitos civis ou sociais.

Bandeiras palestinas em um campo de refugiados ao sul de Beirute, no Líbano. — Foto: Getty Images via BBC
Bandeiras palestinas em um campo de refugiados ao sul de Beirute, no Líbano. — Foto: Getty Images via BBC

Os palestinos na Síria, por outro lado, gozam de direitos civis iguais aos dos cidadãos sírios. No entanto, após a eclosão da guerra na Síria, muitos palestinos fugiram do país.

"A presença palestina nos países árabes do Golfo surgiu há quase um século", escrevem Youssef Courbage e Hala Nofal no livro Palestinians Worldwide: A Demographic Study ("Palestinos pelo mundo: Um estudo demográfico", em tradução livre).

"A Arábia Saudita e o Kuwait atraíram 90% da força de trabalho palestina no Golfo antes da segunda Guerra do Golfo [em 1990], após a qual [eles] se mudaram principalmente para o Catar e os Emirados Árabes Unidos", afirmam.

A professora Dawn Chatty diz que a razão pela qual os países do Golfo acolheram os refugiados palestinos foi porque precisavam muito de trabalhadores qualificados que pudessem falar inglês e árabe.

Os palestinos estavam bem preparados para isso, devido à educação que receberam nos campos da UNRWA.

Palestinos fora do Oriente Médio

O time de futebol Palestino F.C. foi fundado em 1920 por imigrantes palestinos no Chile. — Foto: Getty Images via BBC
O time de futebol Palestino F.C. foi fundado em 1920 por imigrantes palestinos no Chile. — Foto: Getty Images via BBC

A maior parte da diáspora palestina atualmente fora do Oriente Médio migrou no final do século 19, quando a região estava sob controle do Império Otomano.

A repressão aos primeiros movimentos nacionalistas árabes e a crise econômica levaram à fuga de muitos comerciantes cristãos palestinos para a América do Norte e para a América do Sul em particular.

Seguiram-se outras ondas de migração após a desintegração do Império Otomano e a criação de Israel.

Contudo, é difícil chegar a números precisos para comunidades específicas.

"Nos países latino-americanos, as estimativas do número de palestinos estão envoltas em ambiguidade, devido à sua designação como 'árabes' sob uma categoria abrangent", escrevem Courbage e Nofal.

A comunidade palestina no Chile é estimada em cerca de 500 mil pessoas, tornando-o o país com a maior população palestina fora do Oriente Médio.

Há também um número considerável de palestinos nas Honduras, na Guatemala e no Brasil.

A Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) afirma existirem por aqui cerca de 60 mil imigrantes e refugiados palestinos, incluindo descendentes.

A migração de palestinos para os Estados Unidos também remonta ao final do século 19, e estima-se que existam cerca de 200 mil palestinos morando no país.

Na Europa, a Alemanha abriga a maior população palestina, seguida pelo Reino Unido, Grécia, França, Dinamarca e Suécia.

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