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DE SÃO PAULO
Atualizado às 11h54.
O Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA) trabalhava com uma previsão de expansão do PIB americano de 1,6% ou 1,7% para 2011.
Em comparação com o avanço de 3% apresentado em 2010, a economia dos EUA desacelerou no ano passado, indicando que o país ainda luta para manter um bom desempenho econômico diante de um cenário de crise na Europa e queda na demanda.
O comunicado afirma que o avanço de 1,7% em 2011 reflete as contribuições positivas de gastos pessoais, exportações e investimentos privados não residenciais, parcialmente compensados pelos altos gastos do governo, tanto em nível federal, quanto estadual e local. As importações, que têm impacto negativo no cálculo do PIB, também aumentaram.
Os dados do Departamento do Comércio referentes ao quarto trimestre vieram um pouco abaixo da expectativa dos mercados, que previam um avanço de 3% do PIB dos EUA nos últimos três meses do ano passado, segundo o site americano Market Watch.
Os números referentes ao quarto trimestre e do desempenho anual ainda estão sujeitos a mais duas revisões. A próxima estimativa para o período será divulgada no dia 29 de fevereiro, com base em dados mais completos.
Apesar de ter vindo abaixo da expectativa, o PIB trimestral mostrou uma aceleração no ritmo de crescimento, uma vez que, no terceiro trimestre de 2011, o indicador havia apontado um avanço 1,8%, segundo a última revisão feita em dezembro.
De acordo com o comunicado oficial, o crescimento no quarto trimestre foi puxado por investimentos privados, consumo das famílias e exportações, que compensaram parcialmente os gastos dos governos federais, estaduais e locais. O volume de importações também aumentou.
PERSPECTIVAS
Nesta sexta-feira, o secretário do Tesouro do país, Timothy Geithner, afirmou que a economia americana cresce a uma taxa de 2% a 3%, mas ainda enfrenta grandes desafios para consertar os danos causados pela crise financeira.
"Eu acho que se olharmos para a previsão do Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA) e o consenso dos analistas privados, as pessoas estão bem agrupadas nessa área, mas isso ainda depende do desempenho mundial. Ainda estamos consertando os danos causados pela crise financeira", disse.
Economistas citados pela emissora de TV americana CNN afirmam que um crescimento de ao menos 3% é considerado suficiente para impulsionar o setor trabalhista.
O avanço do PIB no quarto trimestre, apesar de ainda abaixo do índice apontado, ajudou a impulsionar as empresas a criarem novos empregos. O indicativo disso é de que a taxa de desemprego dos EUA caiu para 8,5% em dezembro, o nível mais baixo desde fevereiro de 2009.
A economia americana criou no ano passado 1,6 milhão de empregos, bem acima dos 940 mil criados em 2010. O índice de desemprego teve média de 8,9% em 2011, sinalizando melhora em relação aos 9,6% do ano anterior.
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