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quinta-feira, 3 de março de 2011

Diretor do FMI elogia decisão de Dilma de fazer cortes e manter Bolsa Família

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## - Leonencio Nossa, da Agência Estado
BRASÍLIA - Em declaração à imprensa após o encontro com a presidente Dilma Rousseff, o diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, disse que ainda há um risco de sobreaquecimento da economia brasileira, mas o governo está empenhado para que haja um crescimento contínuo nos próximos anos. Strauss-Kahn elogiou a decisão de Dilma de fazer cortes no Orçamento e manter programas sociais como o Bolsa Família. "O caso do Brasil é elucidativo; o Bolsa Família é um ótimo exemplo a ser seguido no mundo", disse. "As medidas de redução de gastos são bem-vindas aos olhos do FMI", completou.

Ele relatou que, no encontro com Dilma, demonstrou preocupação com o crescimento "em nível frágil" nos Estados Unidos e na Europa, e também com impactos dos conflitos que ocorrem no norte da África.

Strauss-Kahn disse ainda que o FMI está empenhado em fazer mudanças em sua estrutura e apresentar uma nova imagem internacional. "Hoje o Fundo não tem mais a imagem do passado, de ser usado pelos Estados Unidos para constranger países em desenvolvimento", disse, acrescentando que o Fundo mudou o sistema de votos para permitir que mais países participem das decisões.

O diretor-geral do FMI observou que o Brasil também mudou sua imagem, sendo atualmente um dos 10 acionistas do Fundo.

Strauss-Kahn destacou quatro áreas que considera que o Brasil poderia ter progressos significativos. A primeira delas, a reforma tributária para ampliar os investimentos e o crescimento. Em seguida, destacou a redução da rigidez orçamentária, que ajudaria a aprimorar a gestão das finanças públicas.

Outro ponto seria a reforma da previdência social "para assegurar a sustentabilidade do sistema no longo prazo e criar maiores incentivos para a poupança privada"; e, por último, a melhoria do ambiente de negócios "para sustentar os planos do Brasil de estimular o potencial de crescimento da economia".

Segundo o diretor-geral do FMI, no médio prazo, o principal desafio para o Brasil é aumentar o potencial de crescimento da economia e continuar a avançar na direção de redução da pobreza e das desigualdades.

Na declaração, Strauss-Kahn ainda destaca que, "dado o ambiente externo ainda desafiador, será essencial que o Brasil continue a desempenhar um papel de destaque na arena internacional, particularmente no G-20". Segundo ele, a cooperação internacional constante é necessária para resolver desequilíbrios globais, prevenir crises futuras e evitar que um país tome medidas isoladas que possam prejudicar a recuperação global. "É particularmente importante resistir a medidas protecionistas", afirma na declaração.

O diretor-geral do FMI cumpriu extensa agenda hoje em Brasília, reunindo-se com o presidente do BC, Alexandre Tombini, com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e com a presidente Dilma Rousseff. A nota foi distribuída depois da coletiva que Strauss-Kahn concedeu no ministério da Fazenda.
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