Total de visualizações de página

domingo, 22 de dezembro de 2024

Veja os locais do mundo onde a população está mais vulnerável ​​a inundações até o fim do século

<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>


Levantamento foi realizado na plataforma Human Climate Horizons (HCH), do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e do Climate Impact Lab. A pesquisa indica que 0,64% da população brasileira pode ser afetada por inundações até o fim do século.
<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por Artur Nicoceli, g1

Postado em 22 de  dezembro de 2024 às 06h00m

#.* Post. - Nº.\  11.440*.#

Inundações causadas pelo furacão Laura atingem área ao redor de rodovia no estado de Louisiana, nos EUA; foto de 28 de agosto — Foto: Gerald Herbert/AP Photo
Inundações causadas pelo furacão Laura atingem área ao redor de rodovia no estado de Louisiana, nos EUA; foto de 28 de agosto — Foto: Gerald Herbert/AP Photo

Um levantamento realizado na plataforma Human Climate Horizons (HCH), do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e do Climate Impact Lab, apontou quais são as regiões ao redor do mundo que podem ter o percentual populacional mais afetado por inundações até o fim do século.

Os dados são derivados de observações de satélite, marégrafos e conjuntos de modelos do Sexto Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). O documento se baseia em pesquisas sobre o efeito das mudanças climáticas na mortalidade, trabalho e demanda de energia, divulgados em 2022, informou o HCH, em nota.

💡 Vale destacar que apesar das regiões estarem no topo do índice, não quer dizer que, em números absolutos, esses países são os mais afetados – já que, por exemplo, 20% de mil pessoas é menor que 10% de 100 mil habitantes. Ou seja, os dados abaixo não são comparáveis.

Veja abaixo as regiões que podem ser mais afetadas:

  1. Guiana - 19,55% da população total do país;
  2. Ilhas Marshall - 18,89%;
  3. Suriname - 18,24%;
  4. Ilhas Turcas e Caicos - 12,39%;
  5. Maldivas - 12%;
  6. Ilhas Cocos - 10,39%;
  7. Quiribati - 9,35%;
  8. Tuvalu - 8,19%;
  9. Ilha de São Martinho - 7,58%;
  10. Guiana Francesa - 6,67%;
  11. Ilhas Salomão - 6,37%;
  12. Tonga - 5,67%;
  13. Vietnã - 5,63%;
  14. Seychelles - 5,29%; e
  15. Gibraltar - 5,11%.

O levantamento acima considerou o horizonte temporal de 2080 até 2099 e a partir de emissões intermediárias de gases de efeito estufa, que podem resultar em um aumento de temperatura até 2100 de aproximadamente 2,7ºC.

Essa projeção é próxima ao cenário estimado pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC) no ano passado, que indicou um aumento de temperatura global de 2,6ºC até 2100.

O HCH coleta dados de 24 mil regiões sobre resultados climáticos e socioeconômicos para projetar a população impactada.

🌎 Considerando as mesmas métricas, o Human Climate Horizons indica que 0,64% da população brasileira pode ser afetada por inundações até o fim do século.

☀️ Por que essas regiões podem sofrer inundações?

Especialistas entrevistados pelo g1 explicaram que existem dois grandes motivos para esses lugares estarem no topo de regiões afetadas por inundações:

  1. aumento do nível do mar; e
  2. quantidade de habitantes em zonas litorâneas.

Sobre o primeiro aspecto, a professora Kyssyanne Oliveira, da Universidade Federal do Espírito Santo, do Departamento de Oceanografia e Ecologia, explicou que o nível do mar sobe porque o oceano está aquecido.

"O excesso de calor gerado pelas emissões de gases do efeito estufa é absorvido pelo oceano, o que deixa as águas mais quentes e resulta no derretimento das geleiras e do gelo marinho, aumentando o nível do mar", declarou a professora

Ela destacou que por meses, as três grandes bacias oceânicas estiveram com temperaturas acima da média por longos períodos. Veja abaixo como ficou a temperatura diária da superfície do mar.

🌪️ Furacões e ciclones extratropicais

Os oceanos, cada vez mais aquecidos, atuam também como combustível para os furacões, permitindo que esses fenômenos se tornem ainda mais intensos.

As águas cada vez mais quentes fornecem uma fonte de combustível ideal para a tempestade. É como adicionar uma dose extra de cafeína ao café da manhã — não é o suficiente para fazer a tempestade acontecer, mas o suficiente para dar a ela um impulso extra
— Andra Jenn, cientista sênior da Lawrence Berkeley National Laboratory, que publicou um estudo analisando a relação entre o aquecimento do Oceano Atlântico Norte e a rápida intensificação dos furacões

Esses fenômenos tendem a soprar água em direção às regiões litorâneas – porém, a depender do local, as técnicas de drenagem podem não ser suficientes, acabando por inundar algumas regiões. Isso aconteceu, por exemplo, durante a passagem do furacão Milton, nos Estados Unidos, e no litoral do Rio Grande do Sul, em maio deste ano.

🌊 Assim como os furacões, a passagem de ciclones extratropicais ao longo da costa brasileira também reduz a pressão atmosférica ao nível médio do mar e sopra água em direção à costa, resultando em um aumento momentâneo do nível do mar – esse fenômeno dificulta a saída das águas dos rios durantes eventos extremos de cheia.

Drone grava ondas de até 8 metros no furacão Milton

🧑 Mais habitantes nas costas das regiões

Ricardo de Camargo, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP), destacou que as zonas litorâneas dessas regiões concentram uma maior densidade populacional do que as regiões centrais – por isso o percentual de habitantes afetados é alto.

❌ E se mais pessoas passarem a residir nesses locais ao longo dos próximos anos, maior poderá ser a porcentagem de pessoas que podem ser impactadas por inundações.

A três regiões que podem ter mais impacto até o final do século tem menos de um milhão de habitantes. Segundo o compilador de dados Worldometer, a população da Guiana em 2024 é estimada em 831.087 pessoas; das Ilhas Marshall, 36.973 habitantes; e Suriname, 634.431.

g1 entrou em contato com o governo desses países para entender quantos habitantes moram nas zonas litorâneas, mas não teve retorno até a publicação.

"As pessoas tendem a morar em zonas litorâneas muitas vezes por questões de facilidade, trabalho esporádico ou até por viverem de recursos da pesca. De todo modo, vale destacar que toda essa população não chegou hoje a esses locais. Então, elas não sabiam que poderiam correr risco ao optarem por morar nessas regiões", diz o professor.

 

🆘 O que pode ser feito para ajudar as pessoas?

Segundo os especialistas, todos os países que emitiram – e ainda emitem – gases de efeito estufa têm responsabilidade e deve pensar em soluções para não subir a temperatura ao redor do mundo. Para tal, eles sugerem algumas formas de contribuição:

  • A nível individual: indicam que o brasileiro opte, por exemplo, por utilizar mobilidade urbana ao invés de carro, reduza o consumo de energia elétrica e pressione os governos de terem políticas públicas voltadas para as questões climáticas.
  • A nível nacional: os países devem se responsabilizar em âmbito municipal, estadual e federal para auxiliem na redução dessas emissões. Eles sugerem melhorias no transporte público – para haver redução no uso de carro – e participação de eventos e organizações que pensem no futuro do planeta, como a Cúpula do Clima, também chamada de COP.

"Se você não tiver uma ação coordenada e conjunta [para não existir um aumento de temperatura], os impactos das ações isoladas não serão tão fortes. De todo modo, é preciso que cada indivíduo pense no futuro do planeta e haja para que todos consigam viver da melhor forma possível", destacou o professor do departamento de ciências atmosféricas.

Em novembro, os países participantes da 29ª conferência do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP29, entraram em acordo sobre o estabelecimento de um mercado global de carbono.

Essa decisão aconteceu meses após ter sido confirmado o aumento da temperatura global ultrapassou 1,5 ºC ao longo de um ano (de fevereiro de 2023 a janeiro de 2024).

🤝 O que é a COP?

A conferência do clima da ONU é um evento que reúne governos do mundo inteiro, diplomatas, cientistas, membros da sociedade civil e diversas entidades privadas com o objetivo de debater e buscar soluções para a crise climática causada pelo homem.

A conferência vem sendo realizada anualmente desde 1995 (exceto em 2020, por causa da pandemiae o termo COP é uma sigla em inglês que quer dizer "Conferência das Partes", uma referência às 197 nações que concordaram com um pacto ambiental da ONU no início da década de 1990.

O tratado, chamado de Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (CQNUMC), tem como principal objetivo estabilizar a emissão de gases de efeito estufa na atmosfera e, assim, combater a ameaça humana ao sistema climático da Terra, cada vez mais evidente nos últimos meses.

Marina Silva fala dos desafios do Brasil para a COP30

A próxima COP será em Belém, capital do Pará, no Brasil. Foi a cúpula da COP28 que oficializou a decisão de eleger a cidade como a sede da COP30, em 2025.

Com isso, o município se tornará o palco crucial para as discussões sobre mudanças climáticas e estratégias globais para combater os efeitos adversos do aquecimento global.

----++-====-----------------------------------------------------------------------=======;;==========---------------------------------------------------------------------------------====-++---- 

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Dólar fecha em leve alta e renova recorde após bater R$ 6,20 em dia turbulento no mercado

<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>


Moeda fechou em alta de 0,02%, cotada a R$ 6,0956. BC tentou conter disparada ao longo do dia com dois leilões, mas o dólar só freou após Lira anunciar votação para parte do pacote de corte de gastos. Ibovespa encerrou com avanço de 0,92%, aos 124.698 pontos.
<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por Redação g1 — São Paulo

Postado em 18 de dezembro de 2024 às 09h00m

#.* Post. - Nº.\  11.439*.#


BC cita disparada do dólar e anúncio do pacote fiscal para choque de juros

Em dia turbulento, o dólar fechou em leve alta nesta terça-feira (17) e bateu seu novo recorde de cotação: R$ 6,0956.

  • A moeda norte-americana começou o dia em forte alta, em meio à piora das expectativas sobre o pacote fiscal do governo, que aguarda votação no Congresso. Pela primeira vez, o dólar chegou à casa dos R$ 6,20.
  • Depois de mais duas intervenções do BC com vendas de dólares, a alta da moeda não foi revertida, mas amenizou. Com isso, o dólar voltou para a casa de R$ 6,12.
  • A moeda seguiu em trajetória de alta até que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, anunciou que um dos textos do pacote fiscal deve ser votado nesta terça. Somente então, o dólar conseguiu baixar da casa dos R$ 6,10.

Na máxima do dia, a moeda norte-americana chegou a R$ 6,2065. Entenda abaixo, com mais detalhes, quais foram os acontecimentos do dia que levaram o dólar à forte turbulência vista nesta terça-feira.

A forte subida do dólar pela manhã ocorreu porque pioraram as expectativas do mercado financeiro com o desenho do pacote de cortes de gastos enviado pelo governo federal ao Congresso Nacional. A ideia é economizar R$ 70 bilhões nos próximos dois anos, e um total de R$ 375 bilhões até 2030.

O governo precisa reduzir os gastos porque tem uma meta de zerar o déficit público pelos próximos dois anos — ou seja, gastar o mesmo tanto que arrecada em 2024 e 2025. São as regras definidas pelo arcabouço fiscal, o conjunto de normas para controle das contas públicas.

O arcabouço também estipula que o governo deve começar a arrecadar mais do que gasta a partir de 2026, para controlar o endividamento público. Mas os investidores já não acreditam que as medidas tomadas pelo governo até aqui tenham o potencial para conter o avanço da dívida pública no longo prazo.

O mercado tinha a expectativa de que o governo mexesse em gastos estruturais nesse pacote de corte de gastos — como a Previdência, benefícios reajustados pelo salário mínimo e os pisos de investimento em saúde e educação. Isso não aconteceu.

Segundo os analistas, essas despesas tendem a subir em velocidade acelerada e têm potencial de anular esse esforço do pacote em pouco tempo. O governo, contudo, é avesso às medidas, que mexeriam com políticas públicas e com promessas de campanha do presidente Lula.

Ainda durante a manhã, o Banco Central (BC) realizou mais duas intervenções no mercado de câmbio para reduzir a pressão do dólar sobre o real. O primeiro leilão vendeu US$ 1,2 bilhão, o segundo, US$ 2 bilhões. O movimento de forte alta não foi revertido, mas amenizou e voltou aos R$ 6,12.

O avanço só perdeu força depois que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, anunciou que o plenário da Casa pretende votar, nas próximas horas, um dos textos que compõem o pacote fiscal, além do projeto de regulamentação da reforma tributária.

"Não estou garantindo a aprovação nem rejeição. Nós vamos votar, estamos discutindo, conversando, dialogando, encontrando textos para votar, mas o calendário de votação é esse", disse.

Segundo o blog do Valdo Cruz, para evitar uma desidratação das medidas propostas e garantir a aprovação do pacote, o governo prepara mais R$ 800 milhões de emendas parlamentares para serem liberadas nesta reta de final de ano, além dos R$ 7,6 bilhões já empenhados para deputados e senadores até esta segunda.

Apesar do cenário ruim, o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, encerrou com avanço de 0,92%, aos 124.698 pontos.

Veja abaixo o resumo dos mercados.

O dólar fechou em alta de 0,02%, cotado a R$ 6,0956, novo recorde nominal (que é o valor da moeda sem ajuste pela inflação). Veja mais cotações.

Com o resultado, acumulou:

  • ganhos de 1,01% na semana;
  • alta de 1,58% no mês;
  • avanço de 25,62% no ano.

Na véspera, a moeda norte-americana subiu 0,99%, cotada a R$ 6,0942.

Ibovespa

O Ibovespa fechou em alta de 0,92%, aos 124.698 pontos.

Com o resultado, acumulou:

  • alta de 0,07% na semana;
  • perda de 0,77% no mês;
  • recuo de 7,07% no ano.

Na véspera, o índice caiu 0,84%, aos 123.560 pontos.

Valdo Cruz: Ata do Copom foi sem ruídos

O que está mexendo com os mercados?

A parte do pacote de corte de gastos que os deputados pretendem votar hoje é o PLP 210, segundo Arthur Lira. Esse é um projeto complementar ao pacote de corte de gastos, enviado pelo governo ao Congresso. Ele impõe travas para concessão de créditos tributários em caso de déficit e amplia o poder do governo para congelar o pagamento de emendas parlamentares.

"Nós vamos votar a tributária, vamos votar a lei que trata de multinacionais, o projeto de turismo e o PLP 210", explicou o presidente, após chegada à Câmara nesta tarde.

Pelo texto, o Executivo poderá bloquear ou contingenciar essa categoria de recursos, seguindo a proporção de congelamento de outras despesas discricionárias.

Segundo Lira, os outros projetos do pacote fiscal: o que limita o ganho real do salário mínimo e a proposta que restringe o acesso ao abono salarial, ficarão para quarta-feira (18).

Também nesta terça, houve a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC), que avaliou justamente a disparada da moeda nas últimas semanas como um dos fatores para aumentar os juros brasileiros. (leia mais abaixo)

No dia 11, o Copom elevou a Selic em 1 ponto percentual, de 11,25% para 12,25% ao ano. Além disso, antecipou que fará outras duas altas de mesma magnitude nas próximas reuniões. Isso deve levar a taxa Selic a um patamar de 14,25% ao ano.

Na ata, o Copom diz que esse cenário "afetou, de forma relevante, os preços de ativos" (como dólar e juros futuros), e que o repasse de um dólar mais alto para os preços dos produtos e serviços é perigoso para a inflação.

"Desse modo, o Comitê deve acompanhar de forma mais detida como se dará a transmissão da taxa de câmbio e das condições financeiras para preços e atividade", avaliou o Banco Central.

Sobre a proposta de pacote fiscal anunciada pelo governo, que gerou tensão no mercado financeiro, o BC avaliou que a "percepção dos agentes econômicos afetou, de forma relevante, os preços de ativos, assim como as expectativas especialmente o prêmio de risco (juros), as expectativas de inflação e a taxa de câmbio".

Com a piora das expectativas de inflação, o BC afirma que o cenário se tornou "mais adverso e requerendo uma política monetária mais contracionista [alta maior dos juros]". Isso trouxe ao mercado mais certeza de que o cenário está complexo.

Desde o fim da semana passada, o BC voltou ser mais ativo para tentar conter o forte avanço do dólar, e passou a intervir na taxa de câmbio com a realização de leilões de dólar.

Desde então, foram cerca de US$ 12 bilhões injetados no mercado, entre os leilões de linha (em que o BC recompra esses dólares para mantê-los nas reservas internacionais) e à vista (em que a moeda é apenas vendida, e não retorna).

Miram Leitão: "Não há esse 'fim de mundo' que o mercado vê"

Encontro de Haddad com Lula

Enquanto o quadro fiscal do país permanece no radar dos investidores, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez uma visita ao presidente Lula nesta segunda (16). O petista recebeu alta hospitalar no domingo (15), após ter feito uma cirurgia de emergência para drenar um hematoma na cabeça.

Durante o encontro, Haddad disse que tratou sobre a reforma tributária e o pacote de cortes de gastos enviado ao Congresso com o presidente, e reforçou aos jornalistas que o apelo do presidente é para que as medidas não sejam desidratadas pelos parlamentares.

"O presidente disse ontem que ninguém se preocupa mais com a questão fiscal quanto ele. Por isso, o apelo que ele está fazendo é para que as medidas não sejam desidratadas", afirmou o ministro.

"Temos um conjunto de medidas que garante a robustez do arcabouço fiscal e para garantir que vamos continuar cumprindo com as metas nos próximos anos", acrescentou.

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair

----++-====-----------------------------------------------------------------------=======;;==========---------------------------------------------------------------------------------====-++---- 

segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

Dólar chega a R$ 6,09, mas passa a cair após leilão de dólares pelo BC; Ibovespa oscila

<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>


Na sexta, moeda norte-americana avançou 0,43%, cotada a R$ 6,0347. O Ibovespa, principal índice da bolsa, recuou 1,13%, aos 124.612 pontos.
<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por Redação g1 — São Paulo

Postado em 16 de dezembro de 2024 às 10h00m

#.* Post. - Nº.\  11.438*.#

Dólar — Foto: REUTERS/Lee Jae-Won
Dólar — Foto: REUTERS/Lee Jae-Won

O dólar abriu o pregão em forte alta nesta segunda-feira (16), chegando a R$ 6,09. O Banco Central realizou um leilão além do que estava programado para ajudar a conter a sequência recente de altas.

Na sexta-feira (13), o BC havia anunciado um leilão de até US$ 3 bilhões com compromisso de recompra. Nessa modalidade, chamada de leilão de linha, os recursos retornam posteriormente para as reservas internacionais.

Entretanto, antes mesmo desse leilão, marcado para as 10h20, a autoridade monetária anunciou um leilão de divisas no mercado à vista, ou seja, sem o retorno dos dólares para as reservas.

Nesse leilão, que aconteceu por conta das 9h30, foram vendidos US$ 1,63 bilhão ao mercado financeiro. A medida levou a cotação de volta para a casa dos R$ 6,05.

O mercado aguarda nesta semana uma série de divulgações econômicas importantes. Entre os indicadores do dia, destaque para o boletim Focus desta segunda-feira. Analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Banco Central passaram a traçar estimativas de juros maiores nos próximos anos, além de uma inflação mais alta em 2024 e 2025.

Além da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na terça-feira, espera-se também a reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) para definição das novas taxas de juros americanas. Na quinta, sai o relatório trimestral de inflação.

Ainda no cenário doméstico, investidores continuaram a monitorar o noticiário, em meio às preocupações com a desidratação do pacote fiscal do governo no Congresso Nacional.

O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa, abriu oscilando sem direção definida.

Às 10h15, o dólar operava em queda de 0,09%, cotado a R$ 6,0290. Na máxima, chegou a R$ 6,0980. Veja mais cotações.

Na sexta-feira, a moeda norte-americana subiu 0,43%, cotado a R$ 6,0347.

Com o resultado, acumulou:

  • queda de 0,60% na semana
  • alta de 0,57% no mês;
  • avanço de 24,36% no ano.

Ibovespa

No mesmo horário, o Ibovespa operava em alta de 0,03%, aos 124.714 pontos.

Na sexta, o índice caiu 1,13%, aos 124.612 pontos.

Com o resultado, acumulou:

  • queda de 1,06% na semana;
  • perda de 0,84% no mês;
  • recuo de 7,13% no ano.

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair

O que está mexendo com os mercados?

O boletim Focus é a sondagem semanal do Banco Central a mais de 100 instituições financeiras, para saber o que pensam dos números da economia.

Para este ano, a projeção do mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou de 4,84% para 4,89% da semana passada para essa. Com isso, segue acima do teto da meta de inflação para este ano, que é de 4,50%.

A meta central de inflação é de 3% neste ano – e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5% neste ano. Segundo analistas, o aumento de gastos públicos é um fator que tem pesado para o aumento das projeções de inflação.

Para 2025, a estimativa de inflação subiu novamente na semana passada, avançando de 4,59% para 4,60%, também acima do teto de 4,50%. Para 2026, a expectativa permaneceu em 4%.

Os economistas do mercado financeiro também passaram a prever um aumento maior da taxa básica de juros da economia brasileira nos próximos anos. Na semana passada, o BC elevou os juros pela terceira vez, para 12,25% ao ano e indicou que deve subir a taxa novamente no começo de 2025.

Para o fechamento de 2025, a projeção do mercado para o juro básico da economia subiu de 13,5% para 14% ao ano. Para o fim de 2026, o mercado financeiro elevou a projeção de 11% para 11,25% ao ano.

Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, a projeção do mercado subiu de 3,39% para 3,42%. Já para 2025, a previsão de alta do PIB do mercado financeiro subiu de 2% para 2,01%.

No exterior, o foco ficou com a divulgação de novos indicadores econômicos nos Estados Unidos e na Europa.

Os futuros dos principais índices de Wall Street subiam nesta segunda-feira, com os investidores à espera de um corte na taxa de juros pelo Federal Reserve nesta semana, bem como a divulgação de dados que darãos as pistas de quais serão os passos do BC americano no ano que vem.

As novas previsões do Fed podem confirmar as apostas do mercado de que o BC será mais contido com o ritmo de cortes em 2025, visto que o crescimento econômico continua forte, a inflação segue persistente e há uma nova agenda econômica mais protecionista (e possivelmente inflacionária) à vista com a posse de Donald Trump como presidente dos EUA.

"O foco principal será o Fed, que deve cortar os juros em 25 pontos-base, mas acreditamos que o Fed reduzirá as expectativas de cortes mais adiante", disseram analistas do SEB.

A última decisão do Fed sobre a taxa de juros no ano ocorrerá na quarta-feira, com os investidores precificando uma chance de mais de 97% de uma redução de 0,25 ponto percentual nos juros, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME.

Na Europa, a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, reafirmou que reduzirá ainda mais as taxas de juros se a inflação continuar a se aproximar de sua meta de 2%, já que não é mais necessário restringir o crescimento econômico.

O BCE já cortou as taxas de juros quatro vezes este ano e os investidores estão apostando em um afrouxamento ainda maior da em 2025, já que os temores com a inflação desapareceram em grande parte e o crescimento econômico anêmico é agora uma preocupação maior.

"Se os dados que estão chegando continuarem a confirmar nosso cenário básico, a direção da viagem é clara e esperamos reduzir ainda mais as taxas de juros", disse Lagarde em um discurso em Vilnius.
----++-====-----------------------------------------------------------------------=======;;==========---------------------------------------------------------------------------------====-++----