Objetivo:
“Projetando o futuro e o desenvolvimento autossustentável da sua empresa, preparando-a para uma competitividade e lucratividade dinâmica em logística e visão de mercado, visando sempre e em primeiro lugar, a satisfação e o bem estar do consumidor-cliente."
Monólito espelhado está perfeitamente instalado em montanha perto de Las Vegas e foi descoberto pela unidade de busca e resgate da polícia da cidade. O objeto se assemelha a outros que apareceram em diferentes lugares do mundo nos últimos anos <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por g1 Postado em 18 de junho de 2024 às 20h05m #.*Post. - N.\ 11.239*.#
Objeto misterioso foi encontrado perto de Las Vegas no final de semana
do dia 15 de junho de 2024. — Foto: Polícia de Las Vegas
Um monólito misterioso foi descoberto perto de Las Vegas, nos Estados Unidos,
no último final de semana e despertou a curiosidade de internautas
sobre sua origem. Segundo a polícia da cidade, o objeto espelhado foi
encontrado por membros da unidade de busca e resgate —os registros foram
compartilhados nas redes sociais na segunda-feira (17).
O monólito (uma pedra de grandes dimensões) está perfeitamente fincado ao chão no Gass Peak, um dos picos mais altos da área ao norte de Las Vegas (com 2.114 metros de altura), no deserto de Nevada.
De acordo com a polícia, o objeto espelhado e de forma retangular é
diferente do que as "muitas coisas estranhas que as pessoas encontram
quando vão caminhar" pelas montanhas de Gass Peak, inserido no Refúgio
Nacional de Vida Selvagem do Deserto, onde carneiros selvagens e
tartarugas do deserto podem ser encontrados.
Mas de onde veio o objeto e ainda está lá?Esse
é um mistério que o Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos EUA disse
estar tentando resolver. Até a publicação nesta reportagem, ninguém
havia assumido a autoria da estrutura.
O monólito é semelhante a uma série de outros que apareceram no final de 2020 em diversas partes do mundo, como em Utah,
nos EUA, na ilha de Wight, no Reino Unido, e na Romênia, e foram
reivindicadas pelo coletivo The Most Famous Artist (o artista mais
famoso). Também se assemelha aomonólito encontrado em março deste ano no País de Gales.
Autoridades do Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos EUA disseram à
Associated Press estar preocupados que o monólito atraia muitos turistas
ao local, que tem carneiros selvagens e é lar de plantas raras e pode
sofrer com danos decorrentes de numerosas visitas. O
Refúgio Nacional de Vida Selvagem do Deserto de Nevada é o maior
refúgio de vida selvagem fora do Alasca —e ocupa área mais de cinco
vezes superior à da cidade de São Paulo.
“As
pessoas podem vir procurá-lo e estarem com veículos inadequados ou
dirigirem onde não deveriam, pisoteando plantas," disse Christa Weise,
gerente interina do refúgio.
Nem o departamento de polícia nem sua unidade de busca e resgate
responderam a pedidos da Associated Press por mais informações sobre a
descoberta.
Companhia encerrou esta terça-feira (18) com valor de mercado superior a US$ 3,3 trilhões <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por Isabela Bolzani, g1 18/06/2024 18h11 Atualizado há uma hora Postado em 18 de junho de 2024 às 19h15m #.*Post. - N.\ 11.238*.#
Logo da Nvidia — Foto: REUTERS/Mike Blake
ANvidiaconseguiu ultrapassar a Microsoft
e se tornou a empresa listada em bolsa de valores mais valiosa do
mundo. A fabricante de chips e semicondutores encerrou o dia valendo US$
3,335 trilhões (o equivalente a R$ 18 trilhões).
A Microsoft, empresa mais valiosa dos EUA até então, fechou a sessão de
negócios com valor de mercado de US$ 3,317 trilhões (R$ 17,9 trilhões).
Em terceiro lugar veio aApple, valendo US$ 3,286 trilhões (R$ 17,8 trilhões).
A tendência positiva dos papéis da Nvidia já vem desde o ano passado,
com o crescente impulso da inteligência artificial (IA) generativa ao
redor do planeta.
A Nvidia é uma empresa de chips e semicondutores. A companhia fabrica
chips que são usados para treinar modelos de inteligência artificial
como o do ChatGPT, que exigem muita capacidade computacional.
Dono da Nvidia está entre as pessoas mais ricas do mundo
O fundador e atual presidente da Nvidia, Jensen Huang, também tem se
beneficiado do sucesso que a companhia vem demonstrando ao longo dos
últimos meses.
Detentor de aproximadamente 3% do capital da companhia, Huang tinha
nesta terça-feira cerca de US$ 118,7 bilhões em patrimônio, o
equivalente a R$ 641,9 bilhões.
Com isso, o bilionário é a 11ª pessoa mais rica do mundo, segundo a lista da Forbes.
Quem é Jensen Huang?
Nascido em Taiwan, Huang se mudou para a Tailândia quando era criança,
mas logo foi enviado pela família, junto ao seu irmão, para os Estados
Unidos.
Em território norte-americano, Huang fundou a Nvidia em 1993 — e desde
então tem sido o presidente da companhia. A empresa abriu capital na
bolsa de tecnologia dos EUA, a Nasdaq, em 1999.
Sob sua gestão, segundo a Forbes, a Nvidia se tornou uma força
dominante em chips para jogos de computador e se expandiu para projetar
chips para data centers e carros autônomos.
Huang é casado e formado em Ciência em Engenharia pela Universidade do Estado de Oregon.
Modelo da Tesla é mais potente, mas seu comprimento é menor que o da picape da Ford. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por g1 15/06/2024 06h00 Atualizado há 02 horas Postado em 15 de junho de 2024 às 08h00m #.*Post. - N.\ 11.237*.#
Como é a Cybertruck, picape 'inquebrável' da Tesla
Nas últimas semanas, bombou nas redes sociais o vídeo do influenciador Danielzinho Grau, funkeiro que comprou um TeslaCybertruck e rodou com o carro "indestrutível" de Elon Musk pela periferia de Cotia, no Morro do Macaco, na Grande São Paulo. O conteúdo teve mais de 19,3 milhões de visualizações nas redes sociais.
Com preço de aproximadamente R$ 300 mil na versão mais barata a partir
da conversão direta, esse modelo poderia brigar com picapes médias como
Toyota Hilux e Chevrolet S10.
Nesta reportagem, você vai entender a diferença entre essas picapes e como funciona a Tesla Cybertruck.
Preço
Segundo o site da Tesla, existem três versões da Cybertruck disponíveis no mercado norte-americano desde dezembro de 2023:
Rear-Wheel Drive (com tração apenas nas rodas traseiras) por US$ 60,990 (aproximadamente R$ 327 mil);
All-Whell Drive (tração integral) por US$ 79,990 (R$ 430 mil);
e CyberBeast por US$ 99.990 (R$ 540 mil) sem taxas e impostos.
De acordo com apuração do g1, o valor da versão de entrada pode chegar a R$ 2 milhõesao incluir todos os encargos e custos de importação.
A Tesla, empresa de carros elétricos do bilionário Elon Musk, entregou a
primeira picape elétrica no dia 30 de novembro de 2023 para os
primeiros compradores nos Estados Unidos, mas foi somente no último dia
21 de maio que a primeira Cybertruck chegou em solo brasileiro. O modelo
tinha sido anunciado em 2019 para o mercado americano.
Onde se encaixa a Cybertruck?
Em termos de preço, ela é uma picape única e com importação
independente, não tendo representação da Tesla no Brasil. Ou seja, é um
veículo sem concorrentes por aqui.
Contudo, colocando a Cybertruck no mercado brasileiro, é possível estabelecer algumas comparações e tomaremos como base a Fiat Toro, Toyota Hilux e aFord F-150.
Tesla Cybertruck — Foto: Divulgação/Tesla
De acordo com a tabela abaixo, a Cybertruck seria a mais potente dentre todas as picapes vendidas no Brasil atualmente, com um motor de 857 cavalos (cv) — entre os veículos da mesma categoria vendidos por aqui, a Ford F-150 é a mais pontente, com 405 cv.
Mas o tamanho dela não é tão assustador quanto as imagens deixam
transparecer. A picape da Tesla é 73 cm mais comprida que a Fiat Toro e
36 cm maior que a Toyota Hilux, mas perde para Ford F-150, que tem 20 cm
a mais que ela no comprimento.
A caçamba também não é um quesito que torna a Cybertruck um sonho de
consumo para quem gosta de carregar bastante bagagem. Enquanto o modelo
da Tesla oferece 1900 litros, a Ford F-150 é a que chega mais perto com
um espaço de 1.370 litros dedicado às malas.
Porém, o que pode incomodar consumidores aventureiros é a autonomia.
Enquanto a picape da Tesla tem apenas 545 km de autonomia na versão
intermediária, a F-150 ultrapassa os mil km.
Confira a tabela abaixo as principais diferenças e semelhanças entre a picape elétrica e as tradicionais do nosso mercado:
Mais polêmicas a caminho?
Também nas redes sociais, perfis estão compartilhando um vídeo que
mostra uma Cybertruck totalmente polido. O carro, que é feito de aço
inoxidável (entenda mais abaixo), parece um espelho. "E não é envelopamento", afirma um dos posts compartilhados.Veja abaixo:
Segundo a agência France Presse, um artigo da revista The American
Prospect aponta que o material usado no veículo pode oxidar e, devido à
sua rigidez, pode ser fatal em acidentes automobilísticos.
Segundo a Tesla, a Cybertruck é à prova de balas. A montadora diz que o
que garante a resistência do carro é o seu acabamento em um aço
inoxidável ultra-duro que ajuda a reduzir marcas de desgaste e corrosão.
A empresa de Musk diz que o vidro do carro suporta o impacto de uma bola de beisebol arremessada a uma velocidade de 112 km/h. Ao entregar as primeiras unidades, a montadora fez um teste e lançou uma bola sem tanta rapidez.
A demonstração foi menos arriscada do que a de 2019, quando o modelo
foi apresentado. Na ocasião, o designer-chefe da empresa, Franz von
Holzhausen, jogou uma pequena bola de ferro contra o veículo, que acabou
ficando com a janela trincada.
"Jogamos chaves inglesas, jogamos todo tipo de coisa, jogamos uma
máquina de lavar e não quebrou. Por algum motivo, um pouco estranho,
quebrou esta noite, não sei por quê", disse Musk, na ocasião, de acordo com a agência France Presse.
Na última quinta-feira, o bilionário disse acreditar que a Cybertruck é
o melhor produto já feito pela Tesla. "É muito raro que apareça um
produto que seja aparentemente impossível", afirmou. "Será algo único
nas estradas. Finalmente, o futuro parecerá com o futuro".
A versão All-Wheel Drive (tração nas quatro rodas) roda até 545 km com apenas uma carga,
segundo a fabricante. A empresa vende uma bateria extra para aumentar o
alcance e afirma que é possível recuperar quase metade da carga em 15
minutos de carregamento rápido.
Analistas classificaram a Cybertruck como um projeto de alto risco em
relação a outros veículos da Tesla. "Vai atrair uma clientela mais rica,
que pode pagar o preço e quer algo que seja único e peculiar", disse, à
Reuters, Jessica Caldwell, chefe de insights da empresa de pesquisa
automotiva Edmunds.
"Não é um grande segmento da população que pode pagar por isso, especialmente com as atuais taxas de juros", afirmou.
A Cybertruck deve competir com picapes elétricas, como:
a Ford F-150 Lightning, que custa a partir de US$ 50 mil (R$ 268,2 mil);
a Rivian R1T, a partir de US$ 73 mil (R$ 391,5 mil);
e Hummer EV, a partir de US$ 96 mil (R$ 514,9 mil).
A picape da Tesla tem ainda uma central multimídia com duas telas: uma
de 18,5 polegadas para a região frontal, e outra de 9,4 polegadas para
os bancos traseiros. O modelo tem 15 alto-falantes que, segundo a
fabricante, oferecem qualidade de estúdio.
Com espaço para cinco pessoas, o carro também conta com um amplo teto de vidro.
As primeiras unidades foram entregues na quinta-feira, mas outros clientes devem começar a receber os carros apenas em 2024.
Os primeiros da fila são os que pagaram US$ 100 (cerca de R$ 500) para
reservar seu lugar e aceitaram pagar o valor total do veículo.
Musk, cofundador e diretor-executivo da Tesla, disse que a produção do veículo vai acelerar até 2025, quando a empresa pretende passar a fabricar 250 mil unidades por ano.
A Tesla diz que 1 milhão de pessoas já reservaram unidades da Cybertruck, o que faria as entregas do carro demorarem até quatro anos.
Veja abaixo as diferenças entre as versões da Cybertruck:
Veja fotos da Cybertruck
Cybertruck em loja da Tesla na Califórnia, em foto de 20 de novembro de 2023 — Foto: Reuters/Mike Blake
Cybertruck em loja da Tesla na Califórnia, em foto de 20 de novembro de 2023 — Foto: Reuters/Mike Blake
Batizado de Orion, laboratório de biossegurança máxima (NB4) será único no mundo, uma vez que será integrado ao Sirius, acelerador de partículas no CNPEM, em Campinas (SP). <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por Fernando Evans, g1 Campinas e Região 14/06/2024 13h54 Atualizado há uma hora Postado em 14 de junho de 2024 às 14h55m #.*Post. - N.\ 11.236*.#
Ministra de Ciência e Tecnologia visita CNPEM em Campinas
A ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos, afirmou nesta sexta-feira (14) que o Orion, laboratório de biossegurança máxima (NB4) de R$ 1 bilhão que está sendo construído no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP), dará mais autonomia tecnológica para que o país combata futuras pandemias.
"Isso vai dar uma resposta ao próprio complexo industrial de saúde e
salvar vidas, na medida em que a gente vai ter a capacidade de ter mais
autonomia tecnológica e ajudar a prevenir os impactos que podem advir
dessas mudanças que estão aí, demonstrando que elas podem acontecer e
que a gente tem que garantir que a ciência responda".
Luciana Santos esteve no CNPEM, no início da tarde desta sexta, para
visitar as obras do Orion. A ministra falou brevemente com jornalistas e
participou de um tour pelo complexo.
Depois do almoço, Luciana Santos participou da posse de Juliana Daguano
na diretoria do Centro de Tecnologia da Informação (CTI) Renato Archer.
Juliana é a primeira diretora da história do CTI.
No CTI, a ministra visitou as obras do novo parque tecnológico,
previsto para ser inaugurado em setembro de 2024, e o Laboratório de
Qualificação de Produtos Eletrônicos, onde ocorre o aprimoramento do
hardware de equipamentos diversos, entre eles, a urna eletrônica.
A minsitra também visitou outras instalações do CTI, e teve contato com
tecnologias em desenvolvimento nas áreas de impressão 3D e robótica,
entre outros.
"O CTI Renato Archer é uma das nossas vinculadas mais tecnológicas.
Daqui saem métodos e processos que têm possibilidade de atender demandas
variadas no cenário socioeconômico, em temas como indústria 4.0, saúde
avançada, tecnologias habilitadoras, está completamente alinhado àquilo
que estamos pautando como prioridade", destacou a ministra.
Segundo Juliana Daguano, o avanço em Tecnologia da Informação (TI)
norteia o CTI, que atualmente tem duas grandes áreas estratégicas em
desenvolvimento.
"Uma de semicondutores e processos para desenvolvimento de
semicondutores, e outra para aplicação de TI, como robótica e
inteligência artificial", explica.
A ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, visita
laboratórios do CTI Renato Archer, em Campinas (SP), na companhia da
diretora Juliana Daguano — Foto: Fernando Evans/g1
Como será o Orion?
A estrutura permitirá o enfrentamento de futuras pandemias, com estudos
de patógenos capazes de causar doenças graves, e terá uma
característica única no mundo: é a primeira vez que um NB4 estará conectado a uma fonte de luz síncrotron, o Sirius. Conheça, abaixo, detalhes do projeto.
🧪 O complexo laboratorial de máxima contenção biológica representa um
avanço para o Brasil, que permitirá pesquisas com patógenos capazes de
causar doenças graves e com alto grau de transmissibilidade (das
chamadas classes 3 e 4) - estrutura essa que não existe até hoje em toda a América Latina.
💉Possuir um laboratório de biossegurança máxima (NB4) oferece
condições ao país de monitorar, isolar e pesquisar os agentes biológicos
para desenvolver métodos de diagnóstico, vacinas e tratamentos.
🧫No caso do Brasil, mais do que armazenar e manipular essas amostras biológicas, o laboratório de biossegurança máxima terá acesso exclusivo a três linhas de luz(estações de pesquisa)do Sirius, o que não existe em nenhum outro lugar do mundo.
🌟 É por conta dessa conexão com o Sirius que vem o nome do projeto, Orion,
em homenagem à constelação que possui três estrelas apontadas para a
estrela que batizou o acelerador de partículas brasileiro.
👩🔬 O projeto prevê acapacitação de cientistas brasileiros para lidar com agentes infecciosos desses tipos. Essa formação já integra o custo previsto de R$ 1 bilhão.
🏗 O complexo laboratorial terá cerca de 20 mil metros quadrados, e sua construção está prevista para ficar pronta até 2026. Após essa etapa, o Orion passará pelo chamadocomissionamento
técnico e científico, e também por certificações internacionais de
segurança, para que possa entrar em operação regular.
O Orion será único no mundo, uma vez que o complexo laboratorial de
máxima contenção biológica estará conectado ao Sirius, fonte de luz
síncrotron de 4ª geração — Foto: CNPEM/Divulgação
Vírus circulantes na mira
De acordo com o CNPEM, existem cerca de 60 laboratórios de máxima
contenção no mundo, com estrutura e certificados para manipular amostras
biológicas classificados como "classe 4" - nenhum deles na América do
Sul, Central ou Caribe.
🥼 E o que isso permite?Para
se ter uma ideia, o primeiro e único vírus desta categoria já
identificado no Brasil, o Sabiá (SABV), que causa a febre hemorrágica
brasileira, doença diagnosticada em humanos pela primeira vez na década
de 1990, tem amostras isoladas armazenadas no exterior.
Pesquisas mais aprofundadas sobre a doença não são realizadas hoje em solo brasileiro por falta de infraestrutura adequada. Segundo Antônio José Roque da Silva, diretor-geral do CNPEM, a doença teve recentes notificações.
😷 Veja exemplos de outros vírus que poderão ser manipulados no Orion e que são circulantes na América Latina:
Junín: causador da febre hemorrágica argentina
Guanarito: causador da febre hemorrágica venezuelana
Machupo: causador da febre hemorrágica boliviana
No mundo, estruturas como essa são as responsáveis por análises e estudos de vírus como o Ebola, por exemplo, que são mais perigosos que o Sars-Cov-2, causador da Covid-19.
E a própria Covid-19 serve de alerta sobre a necessidade de
monitoramento de agentes conhecidos, em constante mutação, e novas
ameaças - crescimento populacional e desmatamento, por exemplo, são
apontados como fatores de desequilíbrio em áreas que podem ser
reservatórios naturais de doenças ainda desconhecidas.
“A pandemia recolocou no centro do debate a importância do domínio
nacional de uma base produtiva em saúde, bem como o papel do Estado na
coordenação de agentes e investimentos no enfrentamento da crise
sanitária. Nesse contexto, a implantação do laboratório de biossegurança
nível 4 é estratégica para o país. E a conexão entre o NB4 e a fonte de
luz síncrotron abrirá grandes oportunidades de pesquisa e
desenvolvimento na área de patógenos, posicionando o Brasil como
liderança global”, afirmou a ministra Luciana Santos.
Por que o Orion será único no mundo?
De acordo com Antonio José Roque da Silva, diretor-geral do CNPEM, além
de instalações laboratoriais em NB3 e NB4 e das estações de pesquisa
com técnicas de luz síncrotron, junto ao Sirius, o projeto deve ainda
reunir laboratórios de pesquisa básica, técnicas analíticas e
competências avançadas para imagens biológicas, como microscopias
eletrônicas e criomicroscopia.
"Todas
essas competências científicas reunidas em um único complexo é algo que
o diferencia de toda infraestrutura disponível no Brasil e no mundo",
destaca.
Antônio José Roque da Silva, diretor-geral do CNPEM — Foto: Fernando Evans/G1
📝Um dos pontos-chave do projeto está na capacitação de pessoal,
que contará com parcerias com instituições internacionais de referência
e treinamentos no exterior. O programa prevê atividades práticas em
ambiente-modelo (Laboratório Mockup), no próprio CNPEM.
Segundo Silva, as equipes enfrentrão condições simuladas, sem a
manipulação de materiais infecciosos ou risco de contágio, sob
supervisão de profissionais capacitados.
"Paralelamente às obras e aos desenvolvimentos tecnológicos do Projeto
Orion, o CNPEM irá conduzir um programa nacional de treinamento e
capacitação em infraestruturas de alta e máxima contenção biológica,
voltado à formação de recursos humanos em competências ainda pouco
desenvolvidas no Brasil e nos demais países da América Latina", detalha o
diretor.
Sirius, laboratório de luz síncrotron de 4ª geração, reforça a ciência no enfrentamento do novo coronavírus — Foto: Nelson Kon
Sirius, fase 2
Considerado o principal projeto científico brasileiro, o Sirius é um
laboratório de luz síncrotron de 4ª geração, que atua como uma espécie
de "raio X superpotente" que analisa diversos tipos de materiais em
escalas de átomos e moléculas.
Ele foi projetado para abrigar até 38 linhas de luz (estações de
pesquisa), sendo 14 delas previstas na primeira fase. Com o novo PAC, o
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) vai destinar mais R$
800 milhões para avançar no projeto, com a construção de mais 10 novas
linhas.
Junto as novas estações previstas, outras três serão construídas e conectadas ao complexo Orion (dentro do orçamento do laboratório). As linhas no Sirius são batizadas com nomes inspirados na fauna e flora brasileira, e essas serão a Hibisco, Timbó eSibipiruna.
As três linhas, segundo o diretor do CNPEM, devem ser entregues
justamente com toda a estrutura voltada para pesquisa básica, técnicas
analíticas e competências de bioimagens previstas para o Orion.
"Essas estações de pesquisa permitirão extrair informações estruturais
quantitativas a respeito dos sistemas infectados com patógenos de classe
3 e 4, desde o nível subcelular até o nível de organismo. Com isso,
geraremos imagens 3D que permitirão, por exemplo, o estudo celular em
escala nanométrica, passando pela dinâmica de inflamação nos tecidos e
danos aos órgãos, até o acompanhamento do processo de infecção no
organismo. Juntamente com as outras técnicas avançadas que serão
integradas no Orion, teremos condições para que patógenos, células,
tecidos e organismos sejam pesquisados de forma segura, o que tornará
possível a compreensão dos fenômenos biológicos relacionados ao
desenvolvimento das doenças e guiará o desenvolvimento de futuros
métodos de diagnóstico, vacinas e tratamentos", detalha Silva.
❓ Como funciona o Sirius? Para observar as estruturas, os cientistas aceleram os elétrons quase na velocidade da luz, fazendo com que percorram o túnel de 500 metros de comprimento 600 mil vezes por segundo. Depois, os elétrons são desviados para uma das estações de pesquisa, ou linhas de luz, para os experimentos.
🧲 Esse desvio é realizado com a ajuda de ímãs superpotentes, e eles são responsáveis por gerar a luz síncrotron. Apesar de extremamente brilhante, ela é invisível a olho nu. Segundo os cientistas, o feixe é 30 vezes mais fino que o diâmetro de um fio de cabelo.
CNPEM, que abriga o Sirius, fechou acordo de cooperação com China em maio deste ano, assista:
Brasil e China assinam acordo para cooperação científica