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terça-feira, 18 de junho de 2024

Objeto misterioso aparece em deserto perto de Las Vegas; autoridades investigam

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Monólito espelhado está perfeitamente instalado em montanha perto de Las Vegas e foi descoberto pela unidade de busca e resgate da polícia da cidade. O objeto se assemelha a outros que apareceram em diferentes lugares do mundo nos últimos anos
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Por g1

Postado em 18 de junho de 2024 às 20h05m 

#.*Post. - N.\ 11.239*.#

Objeto misterioso foi encontrado perto de Las Vegas no final de semana do dia 15 de junho de 2024. — Foto: Polícia de Las Vegas
Objeto misterioso foi encontrado perto de Las Vegas no final de semana do dia 15 de junho de 2024. — Foto: Polícia de Las Vegas

Um monólito misterioso foi descoberto perto de Las Vegas, nos Estados Unidos, no último final de semana e despertou a curiosidade de internautas sobre sua origem. Segundo a polícia da cidade, o objeto espelhado foi encontrado por membros da unidade de busca e resgate —os registros foram compartilhados nas redes sociais na segunda-feira (17).

O monólito (uma pedra de grandes dimensões) está perfeitamente fincado ao chão no Gass Peak, um dos picos mais altos da área ao norte de Las Vegas (com 2.114 metros de altura), no deserto de Nevada.

De acordo com a polícia, o objeto espelhado e de forma retangular é diferente do que as "muitas coisas estranhas que as pessoas encontram quando vão caminhar" pelas montanhas de Gass Peak, inserido no Refúgio Nacional de Vida Selvagem do Deserto, onde carneiros selvagens e tartarugas do deserto podem ser encontrados.

Mas de onde veio o objeto e ainda está lá? Esse é um mistério que o Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos EUA disse estar tentando resolver. Até a publicação nesta reportagem, ninguém havia assumido a autoria da estrutura.

O monólito é semelhante a uma série de outros que apareceram no final de 2020 em diversas partes do mundo, como em Utah, nos EUA, na ilha de Wight, no Reino Unido, e na Romênia, e foram reivindicadas pelo coletivo The Most Famous Artist (o artista mais famoso). Também se assemelha ao monólito encontrado em março deste ano no País de Gales.

Autoridades do Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos EUA disseram à Associated Press estar preocupados que o monólito atraia muitos turistas ao local, que tem carneiros selvagens e é lar de plantas raras e pode sofrer com danos decorrentes de numerosas visitas. O Refúgio Nacional de Vida Selvagem do Deserto de Nevada é o maior refúgio de vida selvagem fora do Alasca —e ocupa área mais de cinco vezes superior à da cidade de São Paulo.

As pessoas podem vir procurá-lo e estarem com veículos inadequados ou dirigirem onde não deveriam, pisoteando plantas," disse Christa Weise, gerente interina do refúgio.

Nem o departamento de polícia nem sua unidade de busca e resgate responderam a pedidos da Associated Press por mais informações sobre a descoberta.



Monólito é encontrado em montanha de Gales e gera suspense
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Nvidia ultrapassa Apple e Microsoft e vira empresa mais valiosa do mundo .

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Companhia encerrou esta terça-feira (18) com valor de mercado superior a US$ 3,3 trilhões
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Por Isabela Bolzani, g1

Postado em 18 de junho de 2024 às 19h15m

#.*Post. - N.\ 11.238*.#

Logo da Nvidia — Foto: REUTERS/Mike Blake
Logo da Nvidia — Foto: REUTERS/Mike Blake

A Nvidia conseguiu ultrapassar a Microsoft e se tornou a empresa listada em bolsa de valores mais valiosa do mundo. A fabricante de chips e semicondutores encerrou o dia valendo US$ 3,335 trilhões (o equivalente a R$ 18 trilhões).

A Microsoft, empresa mais valiosa dos EUA até então, fechou a sessão de negócios com valor de mercado de US$ 3,317 trilhões (R$ 17,9 trilhões). Em terceiro lugar veio a Apple, valendo US$ 3,286 trilhões (R$ 17,8 trilhões).

A tendência positiva dos papéis da Nvidia já vem desde o ano passado, com o crescente impulso da inteligência artificial (IA) generativa ao redor do planeta.

Só no primeiro trimestre deste ano, por exemplo, a companhia registrou um lucro líquido de US$ 14,9 bilhões (aproximadamente R$ 78,5 bilhões). O número ainda representa um aumento de 628% em comparação ao observado em igual período de 2023.

O que é a Nvidia?

A Nvidia é uma empresa de chips e semicondutores. A companhia fabrica chips que são usados para treinar modelos de inteligência artificial como o do ChatGPT, que exigem muita capacidade computacional.

Segundo analistas da XP já informaram ao g1, a companhia se tornou uma fornecedora de referência dos equipamentos necessários para o funcionamento de novas tecnologias — e acabou ganhando outras gigantes de tecnologia como clientes, tais como o Google, a Microsoft, a Amazon, o Meta (Facebook) e a Tesla, por exemplo.

Dono da Nvidia está entre as pessoas mais ricas do mundo

O fundador e atual presidente da Nvidia, Jensen Huang, também tem se beneficiado do sucesso que a companhia vem demonstrando ao longo dos últimos meses.

Detentor de aproximadamente 3% do capital da companhia, Huang tinha nesta terça-feira cerca de US$ 118,7 bilhões em patrimônio, o equivalente a R$ 641,9 bilhões.

Com isso, o bilionário é a 11ª pessoa mais rica do mundo, segundo a lista da Forbes.

Quem é Jensen Huang?

Nascido em Taiwan, Huang se mudou para a Tailândia quando era criança, mas logo foi enviado pela família, junto ao seu irmão, para os Estados Unidos.

Em território norte-americano, Huang fundou a Nvidia em 1993 — e desde então tem sido o presidente da companhia. A empresa abriu capital na bolsa de tecnologia dos EUA, a Nasdaq, em 1999.

Sob sua gestão, segundo a Forbes, a Nvidia se tornou uma força dominante em chips para jogos de computador e se expandiu para projetar chips para data centers e carros autônomos.

Huang é casado e formado em Ciência em Engenharia pela Universidade do Estado de Oregon.

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sábado, 15 de junho de 2024

Cybertruck: veja comparação entre picape elétrica de Elon Musk e veículos à venda no Brasil

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Modelo da Tesla é mais potente, mas seu comprimento é menor que o da picape da Ford.
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Por g1

Postado em 15 de junho de 2024 às 08h00m

#.*Post. - N.\ 11.237*.#


Como é a Cybertruck, picape 'inquebrável' da Tesla

Nas últimas semanas, bombou nas redes sociais o vídeo do influenciador Danielzinho Grau, funkeiro que comprou um Tesla Cybertruck e rodou com o carro "indestrutível" de Elon Musk pela periferia de Cotia, no Morro do Macaco, na Grande São Paulo. O conteúdo teve mais de 19,3 milhões de visualizações nas redes sociais.

Com preço de aproximadamente R$ 300 mil na versão mais barata a partir da conversão direta, esse modelo poderia brigar com picapes médias como Toyota Hilux e Chevrolet S10.

Nesta reportagem, você vai entender a diferença entre essas picapes e como funciona a Tesla Cybertruck.

Preço

Segundo o site da Tesla, existem três versões da Cybertruck disponíveis no mercado norte-americano desde dezembro de 2023:

  • Rear-Wheel Drive (com tração apenas nas rodas traseiras) por US$ 60,990 (aproximadamente R$ 327 mil);
  • All-Whell Drive (tração integral) por US$ 79,990 (R$ 430 mil);
  • e CyberBeast por US$ 99.990 (R$ 540 mil) sem taxas e impostos.

De acordo com apuração do g1, o valor da versão de entrada pode chegar a R$ 2 milhões ao incluir todos os encargos e custos de importação.

A Tesla, empresa de carros elétricos do bilionário Elon Musk, entregou a primeira picape elétrica no dia 30 de novembro de 2023 para os primeiros compradores nos Estados Unidos, mas foi somente no último dia 21 de maio que a primeira Cybertruck chegou em solo brasileiro. O modelo tinha sido anunciado em 2019 para o mercado americano.

Onde se encaixa a Cybertruck?

Em termos de preço, ela é uma picape única e com importação independente, não tendo representação da Tesla no Brasil. Ou seja, é um veículo sem concorrentes por aqui.

Contudo, colocando a Cybertruck no mercado brasileiro, é possível estabelecer algumas comparações e tomaremos como base a Fiat Toro, Toyota Hilux e a Ford F-150.

Tesla Cybertruck — Foto: Divulgação/Tesla
Tesla Cybertruck — Foto: Divulgação/Tesla

De acordo com a tabela abaixo, a Cybertruck seria a mais potente dentre todas as picapes vendidas no Brasil atualmente, com um motor de 857 cavalos (cv)entre os veículos da mesma categoria vendidos por aqui, a Ford F-150 é a mais pontente, com 405 cv.

Mas o tamanho dela não é tão assustador quanto as imagens deixam transparecer. A picape da Tesla é 73 cm mais comprida que a Fiat Toro e 36 cm maior que a Toyota Hilux, mas perde para Ford F-150, que tem 20 cm a mais que ela no comprimento.

A caçamba também não é um quesito que torna a Cybertruck um sonho de consumo para quem gosta de carregar bastante bagagem. Enquanto o modelo da Tesla oferece 1900 litros, a Ford F-150 é a que chega mais perto com um espaço de 1.370 litros dedicado às malas.

Porém, o que pode incomodar consumidores aventureiros é a autonomia. Enquanto a picape da Tesla tem apenas 545 km de autonomia na versão intermediária, a F-150 ultrapassa os mil km.

Confira a tabela abaixo as principais diferenças e semelhanças entre a picape elétrica e as tradicionais do nosso mercado:

Mais polêmicas a caminho?

Também nas redes sociais, perfis estão compartilhando um vídeo que mostra uma Cybertruck totalmente polido. O carro, que é feito de aço inoxidável (entenda mais abaixo), parece um espelho. "E não é envelopamento", afirma um dos posts compartilhados. Veja abaixo:




































Segundo a agência France Presse, um artigo da revista The American Prospect aponta que o material usado no veículo pode oxidar e, devido à sua rigidez, pode ser fatal em acidentes automobilísticos.

Segundo a Tesla, a Cybertruck é à prova de balas. A montadora diz que o que garante a resistência do carro é o seu acabamento em um aço inoxidável ultra-duro que ajuda a reduzir marcas de desgaste e corrosão.

A empresa de Musk diz que o vidro do carro suporta o impacto de uma bola de beisebol arremessada a uma velocidade de 112 km/h. Ao entregar as primeiras unidades, a montadora fez um teste e lançou uma bola sem tanta rapidez.

A demonstração foi menos arriscada do que a de 2019, quando o modelo foi apresentado. Na ocasião, o designer-chefe da empresa, Franz von Holzhausen, jogou uma pequena bola de ferro contra o veículo, que acabou ficando com a janela trincada.

"Jogamos chaves inglesas, jogamos todo tipo de coisa, jogamos uma máquina de lavar e não quebrou. Por algum motivo, um pouco estranho, quebrou esta noite, não sei por quê", disse Musk, na ocasião, de acordo com a agência France Presse.

Na última quinta-feira, o bilionário disse acreditar que a Cybertruck é o melhor produto já feito pela Tesla. "É muito raro que apareça um produto que seja aparentemente impossível", afirmou. "Será algo único nas estradas. Finalmente, o futuro parecerá com o futuro".

A versão All-Wheel Drive (tração nas quatro rodas) roda até 545 km com apenas uma carga, segundo a fabricante. A empresa vende uma bateria extra para aumentar o alcance e afirma que é possível recuperar quase metade da carga em 15 minutos de carregamento rápido.

Analistas classificaram a Cybertruck como um projeto de alto risco em relação a outros veículos da Tesla. "Vai atrair uma clientela mais rica, que pode pagar o preço e quer algo que seja único e peculiar", disse, à Reuters, Jessica Caldwell, chefe de insights da empresa de pesquisa automotiva Edmunds.

"Não é um grande segmento da população que pode pagar por isso, especialmente com as atuais taxas de juros", afirmou.

A Cybertruck deve competir com picapes elétricas, como:

  • a Ford F-150 Lightning, que custa a partir de US$ 50 mil (R$ 268,2 mil);
  • a Rivian R1T, a partir de US$ 73 mil (R$ 391,5 mil);
  • e Hummer EV, a partir de US$ 96 mil (R$ 514,9 mil).

Tesla Cybertruck — Foto: Divulgação/Tesla

Conheça mais detalhes da Cybertruck

A picape da Tesla tem ainda uma central multimídia com duas telas: uma de 18,5 polegadas para a região frontal, e outra de 9,4 polegadas para os bancos traseiros. O modelo tem 15 alto-falantes que, segundo a fabricante, oferecem qualidade de estúdio.

Com espaço para cinco pessoas, o carro também conta com um amplo teto de vidro.

As primeiras unidades foram entregues na quinta-feira, mas outros clientes devem começar a receber os carros apenas em 2024. Os primeiros da fila são os que pagaram US$ 100 (cerca de R$ 500) para reservar seu lugar e aceitaram pagar o valor total do veículo.

Musk, cofundador e diretor-executivo da Tesla, disse que a produção do veículo vai acelerar até 2025, quando a empresa pretende passar a fabricar 250 mil unidades por ano.

A Tesla diz que 1 milhão de pessoas já reservaram unidades da Cybertruck, o que faria as entregas do carro demorarem até quatro anos.

Veja abaixo as diferenças entre as versões da Cybertruck:


Veja fotos da Cybertruck

Cybertruck em loja da Tesla na Califórnia, em foto de 20 de novembro de 2023 — Foto: Reuters/Mike Blake
Cybertruck em loja da Tesla na Califórnia, em foto de 20 de novembro de 2023 — Foto: Reuters/Mike Blake


Cybertruck em loja da Tesla na Califórnia, em foto de 20 de novembro de 2023 — Foto: Reuters/Mike Blake
Cybertruck em loja da Tesla na Califórnia, em foto de 20 de novembro de 2023 — Foto: Reuters/Mike Blake


Tesla Cybertruck — Foto: Divulgação/Tesla
Tesla Cybertruck — Foto: Divulgação/Tesla


Tesla Cybertruck — Foto: Divulgação/Tesla
Tesla Cybertruck — Foto: Divulgação/Tesla


Tesla Cybertruck — Foto: Divulgação/Tesla
Tesla Cybertruck — Foto: Divulgação/Tesla


Tesla Cybertruck — Foto: Divulgação/Tesla
Tesla Cybertruck — Foto: Divulgação/Tesla


Tesla Cybertruck — Foto: Divulgação/Tesla
Tesla Cybertruck — Foto: Divulgação/Tesla


Tesla Cybertruck — Foto: Divulgação/Tesla
Tesla Cybertruck — Foto: Divulgação/Tesla

* Com reportagem de Paola Patriarca

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sexta-feira, 14 de junho de 2024

Laboratório de R$ 1 bilhão dará 'autonomia tecnológica' para país combater futuras pandemias, diz ministra

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Batizado de Orion, laboratório de biossegurança máxima (NB4) será único no mundo, uma vez que será integrado ao Sirius, acelerador de partículas no CNPEM, em Campinas (SP).
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Por Fernando Evans, g1 Campinas e Região

Postado em 14 de junho de 2024 às 14h55m

#.*Post. - N.\ 11.236*.#


Ministra de Ciência e Tecnologia visita CNPEM em Campinas

A ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos, afirmou nesta sexta-feira (14) que o Orion, laboratório de biossegurança máxima (NB4) de R$ 1 bilhão que está sendo construído no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP), dará mais autonomia tecnológica para que o país combata futuras pandemias.

"Isso vai dar uma resposta ao próprio complexo industrial de saúde e salvar vidas, na medida em que a gente vai ter a capacidade de ter mais autonomia tecnológica e ajudar a prevenir os impactos que podem advir dessas mudanças que estão aí, demonstrando que elas podem acontecer e que a gente tem que garantir que a ciência responda".

Luciana Santos esteve no CNPEM, no início da tarde desta sexta, para visitar as obras do Orion. A ministra falou brevemente com jornalistas e participou de um tour pelo complexo.

Depois do almoço, Luciana Santos participou da posse de Juliana Daguano na diretoria do Centro de Tecnologia da Informação (CTI) Renato Archer. Juliana é a primeira diretora da história do CTI.

No CTI, a ministra visitou as obras do novo parque tecnológico, previsto para ser inaugurado em setembro de 2024, e o Laboratório de Qualificação de Produtos Eletrônicos, onde ocorre o aprimoramento do hardware de equipamentos diversos, entre eles, a urna eletrônica.

A minsitra também visitou outras instalações do CTI, e teve contato com tecnologias em desenvolvimento nas áreas de impressão 3D e robótica, entre outros.

"O CTI Renato Archer é uma das nossas vinculadas mais tecnológicas. Daqui saem métodos e processos que têm possibilidade de atender demandas variadas no cenário socioeconômico, em temas como indústria 4.0, saúde avançada, tecnologias habilitadoras, está completamente alinhado àquilo que estamos pautando como prioridade", destacou a ministra.

Segundo Juliana Daguano, o avanço em Tecnologia da Informação (TI) norteia o CTI, que atualmente tem duas grandes áreas estratégicas em desenvolvimento.

"Uma de semicondutores e processos para desenvolvimento de semicondutores, e outra para aplicação de TI, como robótica e inteligência artificial", explica.

A ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, visita laboratórios do CTI Renato Archer, em Campinas (SP), na companhia da diretora Juliana Daguano — Foto: Fernando Evans/g1
A ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, visita laboratórios do CTI Renato Archer, em Campinas (SP), na companhia da diretora Juliana Daguano — Foto: Fernando Evans/g1

Como será o Orion?

A estrutura permitirá o enfrentamento de futuras pandemias, com estudos de patógenos capazes de causar doenças graves, e terá uma característica única no mundo: é a primeira vez que um NB4 estará conectado a uma fonte de luz síncrotron, o Sirius. Conheça, abaixo, detalhes do projeto.

🧪 O complexo laboratorial de máxima contenção biológica representa um avanço para o Brasil, que permitirá pesquisas com patógenos capazes de causar doenças graves e com alto grau de transmissibilidade (das chamadas classes 3 e 4) - estrutura essa que não existe até hoje em toda a América Latina.

💉Possuir um laboratório de biossegurança máxima (NB4) oferece condições ao país de monitorar, isolar e pesquisar os agentes biológicos para desenvolver métodos de diagnóstico, vacinas e tratamentos.

🧫No caso do Brasil, mais do que armazenar e manipular essas amostras biológicas, o laboratório de biossegurança máxima terá acesso exclusivo a três linhas de luz (estações de pesquisa) do Sirius, o que não existe em nenhum outro lugar do mundo.

🌟 É por conta dessa conexão com o Sirius que vem o nome do projeto, Orion, em homenagem à constelação que possui três estrelas apontadas para a estrela que batizou o acelerador de partículas brasileiro.

👩‍🔬 O projeto prevê a capacitação de cientistas brasileiros para lidar com agentes infecciosos desses tipos. Essa formação já integra o custo previsto de R$ 1 bilhão.

🏗 O complexo laboratorial terá cerca de 20 mil metros quadrados, e sua construção está prevista para ficar pronta até 2026. Após essa etapa, o Orion passará pelo chamado comissionamento técnico e científico, e também por certificações internacionais de segurança, para que possa entrar em operação regular.

O Orion será único no mundo, uma vez que o complexo laboratorial de máxima contenção biológica estará conectado ao Sirius, fonte de luz síncrotron de 4ª geração — Foto: CNPEM/Divulgação
O Orion será único no mundo, uma vez que o complexo laboratorial de máxima contenção biológica estará conectado ao Sirius, fonte de luz síncrotron de 4ª geração — Foto: CNPEM/Divulgação

Vírus circulantes na mira

De acordo com o CNPEM, existem cerca de 60 laboratórios de máxima contenção no mundo, com estrutura e certificados para manipular amostras biológicas classificados como "classe 4" - nenhum deles na América do Sul, Central ou Caribe.

🥼 E o que isso permite? Para se ter uma ideia, o primeiro e único vírus desta categoria já identificado no Brasil, o Sabiá (SABV), que causa a febre hemorrágica brasileira, doença diagnosticada em humanos pela primeira vez na década de 1990, tem amostras isoladas armazenadas no exterior.

Pesquisas mais aprofundadas sobre a doença não são realizadas hoje em solo brasileiro por falta de infraestrutura adequada. Segundo Antônio José Roque da Silva, diretor-geral do CNPEM, a doença teve recentes notificações.

😷 Veja exemplos de outros vírus que poderão ser manipulados no Orion e que são circulantes na América Latina:

  • Junín: causador da febre hemorrágica argentina
  • Guanarito: causador da febre hemorrágica venezuelana
  • Machupo: causador da febre hemorrágica boliviana

No mundo, estruturas como essa são as responsáveis por análises e estudos de vírus como o Ebola, por exemplo, que são mais perigosos que o Sars-Cov-2, causador da Covid-19.

E a própria Covid-19 serve de alerta sobre a necessidade de monitoramento de agentes conhecidos, em constante mutação, e novas ameaças - crescimento populacional e desmatamento, por exemplo, são apontados como fatores de desequilíbrio em áreas que podem ser reservatórios naturais de doenças ainda desconhecidas.

A pandemia recolocou no centro do debate a importância do domínio nacional de uma base produtiva em saúde, bem como o papel do Estado na coordenação de agentes e investimentos no enfrentamento da crise sanitária. Nesse contexto, a implantação do laboratório de biossegurança nível 4 é estratégica para o país. E a conexão entre o NB4 e a fonte de luz síncrotron abrirá grandes oportunidades de pesquisa e desenvolvimento na área de patógenos, posicionando o Brasil como liderança global, afirmou a ministra Luciana Santos.

Por que o Orion será único no mundo?

De acordo com Antonio José Roque da Silva, diretor-geral do CNPEM, além de instalações laboratoriais em NB3 e NB4 e das estações de pesquisa com técnicas de luz síncrotron, junto ao Sirius, o projeto deve ainda reunir laboratórios de pesquisa básica, técnicas analíticas e competências avançadas para imagens biológicas, como microscopias eletrônicas e criomicroscopia.

"Todas essas competências científicas reunidas em um único complexo é algo que o diferencia de toda infraestrutura disponível no Brasil e no mundo", destaca.

Antônio José Roque da Silva, diretor-geral do CNPEM — Foto: Fernando Evans/G1
Antônio José Roque da Silva, diretor-geral do CNPEM — Foto: Fernando Evans/G1

📝Um dos pontos-chave do projeto está na capacitação de pessoal, que contará com parcerias com instituições internacionais de referência e treinamentos no exterior. O programa prevê atividades práticas em ambiente-modelo (Laboratório Mockup), no próprio CNPEM.

Segundo Silva, as equipes enfrentrão condições simuladas, sem a manipulação de materiais infecciosos ou risco de contágio, sob supervisão de profissionais capacitados.

"Paralelamente às obras e aos desenvolvimentos tecnológicos do Projeto Orion, o CNPEM irá conduzir um programa nacional de treinamento e capacitação em infraestruturas de alta e máxima contenção biológica, voltado à formação de recursos humanos em competências ainda pouco desenvolvidas no Brasil e nos demais países da América Latina", detalha o diretor.

Sirius, laboratório de luz síncrotron de 4ª geração, reforça a ciência no enfrentamento do novo coronavírus — Foto: Nelson Kon
Sirius, laboratório de luz síncrotron de 4ª geração, reforça a ciência no enfrentamento do novo coronavírus — Foto: Nelson Kon

Sirius, fase 2

Considerado o principal projeto científico brasileiro, o Sirius é um laboratório de luz síncrotron de 4ª geração, que atua como uma espécie de "raio X superpotente" que analisa diversos tipos de materiais em escalas de átomos e moléculas.

Ele foi projetado para abrigar até 38 linhas de luz (estações de pesquisa), sendo 14 delas previstas na primeira fase. Com o novo PAC, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) vai destinar mais R$ 800 milhões para avançar no projeto, com a construção de mais 10 novas linhas.

Junto as novas estações previstas, outras três serão construídas e conectadas ao complexo Orion (dentro do orçamento do laboratório). As linhas no Sirius são batizadas com nomes inspirados na fauna e flora brasileira, e essas serão a Hibisco, Timbó e Sibipiruna.

As três linhas, segundo o diretor do CNPEM, devem ser entregues justamente com toda a estrutura voltada para pesquisa básica, técnicas analíticas e competências de bioimagens previstas para o Orion.

"Essas estações de pesquisa permitirão extrair informações estruturais quantitativas a respeito dos sistemas infectados com patógenos de classe 3 e 4, desde o nível subcelular até o nível de organismo. Com isso, geraremos imagens 3D que permitirão, por exemplo, o estudo celular em escala nanométrica, passando pela dinâmica de inflamação nos tecidos e danos aos órgãos, até o acompanhamento do processo de infecção no organismo. Juntamente com as outras técnicas avançadas que serão integradas no Orion, teremos condições para que patógenos, células, tecidos e organismos sejam pesquisados de forma segura, o que tornará possível a compreensão dos fenômenos biológicos relacionados ao desenvolvimento das doenças e guiará o desenvolvimento de futuros métodos de diagnóstico, vacinas e tratamentos", detalha Silva.

Como funciona o Sirius? Para observar as estruturas, os cientistas aceleram os elétrons quase na velocidade da luz, fazendo com que percorram o túnel de 500 metros de comprimento 600 mil vezes por segundo. Depois, os elétrons são desviados para uma das estações de pesquisa, ou linhas de luz, para os experimentos.

🧲 Esse desvio é realizado com a ajuda de ímãs superpotentes, e eles são responsáveis por gerar a luz síncrotron. Apesar de extremamente brilhante, ela é invisível a olho nu. Segundo os cientistas, o feixe é 30 vezes mais fino que o diâmetro de um fio de cabelo.

CNPEM, que abriga o Sirius, fechou acordo de cooperação com China em maio deste ano, assista:

Brasil e China assinam acordo para cooperação científica

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