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terça-feira, 11 de junho de 2024

IPCA: preços sobem 0,46% em maio, com alta forte dos alimentos e já sentindo efeitos das chuvas no RS

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Batata foi o subitem que mais pesou na inflação. Impactos das chuvas no sul ainda devem ser sentidos nos próximos meses. O índice de preços já acumula alta de 2,27% no ano e de 3,93% em 12 meses.
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Por Bruna Miato, g1

Postado em 11 de junho de 2024 às 09h30m

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Batata inglesa — Foto: Divulgação
Batata inglesa — Foto: Divulgação

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, mostrou que os preços subiram 0,46% em maio. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A alta nos preços foi puxada, sobretudo, por um avanço no grupo de Alimentação e bebidas, que subiu 0,62% na comparação com abril. Dentro do grupo, destaque para os tubérculos, raízes e legumes — principalmente a batata, que disparou 20,61% em um mês.

Segundo o IBGE, as maiores cheias da história que foram registradas no Rio Grande do Sul no mês passado já começam a mostrar seus impactos na economia brasileira, contribuindo para o avanço da inflação. O peso da capital Porto Alegre na inflação brasileira é de 8,61%, segundo André Almeida, gerente da pesquisa, atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

"Em maio, com a safra das águas na reta final e um início mais devagar da safra das secas, a oferta da batata ficou reduzida. Além disso, parte da produção foi afetada pelas fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul, que é uma das principais regiões produtoras", diz o pesquisador.

Almeida também destaca que os impactos do desastre ambiental no estado podem ser sentidos nos próximos meses em diversas cadeias logísticas — como interrupções na cadeia produtiva, problemas logísticos, estragos no solo e perdas de equipamentos, por exemplo.

Em abril, os preços haviam subido 0,38%, o que mostra uma continuidade da aceleração da inflação brasileira. No ano, a inflação já acumula alta de 2,27%, enquanto em 12 meses, o indicador acumula avanço de 3,93%.

Essa é a primeira vez desde outubro do ano passado que a inflação acumulada em 12 meses acelera em relação ao que foi registrado no mês anterior.

Apesar da aceleração, a inflação continua dentro da meta do Banco Central do Brasil, que é de 3% para 2024, podendo variar entre 1,5% e 4,5%.

O resultado veio acima das expectativas do mercado financeiro, que esperava uma alta de 0,42% para a inflação em maio.

Veja a inflação de maio em cada grupo

  • Alimentação e bebidas: 0,62%
  • Habitação: 0,67%
  • Artigos de residência: -0,53%
  • Vestuário: 0,50%
  • Transportes: 0,44%
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,69%
  • Despesas pessoais: 0,22%
  • Educação: 0,09%
  • Comunicação: 0,14%


Inflação sobe 0,46% em maio

Alimentos comuns no prato dos brasileiros ficaram mais caros

Além da batata, os preços de outros alimentos muito comuns no dia a dia das famílias brasileiras também ficaram mais caros em maio. Os destaques, segundo o IBGE, ficam com a cebola, que teve alta de 7,94%, o leite longa vida, com avanço de 5,36%, e o café moído, com 3,42%.

Almeida comenta que "o leite está em período de entressafra e houve queda nas importações. Essa combinação resultou em uma menor oferta. Em relação ao café, os preços das duas espécies têm subido no mercado internacional, o que explica o resultado de maio".

Outro produto com forte alta nos preços em maio foi o azeite de oliva. No acumulado em 12 meses até o mês passado, o preço do produto disparou 49,05%, consequência da seca que atinge a Europa.

Apesar da inflação registrada por alimentos populares, o preço da alimentação no domicílio teve uma desaceleração em relação ao mês anterior: alta de 0,66% em maio contra 0,81% em abril. Essa desaceleração foi puxada pela queda de 2,73% no preço das frutas.

Já a alimentação fora do domicílio registrou uma alta de 0,50%, ante uma variação positiva de 0,39% em abril. Tantos os preços dos lanches quanto das refeições tiveram altas nesse subgrupo, de 0,78% e 0,36%, respectivamente.

Inflação sobe mais em Porto Alegre do que em outros locais

Segundo o IBGE, a área de abrangência investigada pelo IPCA que teve a maior variação nos preços foi Porto Alegre, em meio ao maior desastre ambiental da história do Rio Grande do Sul.

A inflação na capital gaúcha foi de 0,87% em maio, com altas registradas em diversos itens, principalmente produtos básicos, como alimentos e combustíveis.

"A situação de calamidade acabou afetando a alta dos preços de alguns produtos e serviços. Em maio, as principais altas foram da batata-inglesa (23,94%), do gás de botijão (7,39%) e da gasolina (1,80%)", comenta Almeida, do IBGE. 

Veja a variação e o peso de cada capital no IPCA nacional:
  • Porto Alegre: alta de 0,87% e peso de 8,61%
  • São Luís: alta de 0,63% e peso de 1,62%
  • Belo Horizonte: alta de 0,63% e peso de 9,69%
  • Aracaju: alta de 0,60% e peso de 1,03%
  • Salvador: alta de 0,58% e peso de 5,99%
  • Fortaleza: alta de 0,55% e peso de 3,23%
  • Vitória: alta de 0,51% e peso de 1,86%
  • Curitiba: alta de 0,49% e peso de 8,09%
  • Rio de Janeiro: alta de 0,44% e peso de 9,43%
  • Recife: alta de 0,43% e peso de 3,92%
  • Campo Grande: alta de 0,42% e peso de 1,57%
  • São Paulo: alta de 0,37% e peso de 32,28%
  • Brasília: alta de 0,34% e peso de 4,06%
  • Rio Branco: alta de 0,19% e peso de 0,51%
  • Belém: alta de 0,13% e peso de 3,94%
  • Goiânia: queda de 0,06% e peso de 4,17%
Habitação, cuidados pessoais e transportes também impactam inflação

O grupo de Habitação teve uma alta de 0,67% nos preços em maio, o segundo maior impacto para a inflação no mês, de acordo com o IBGE.

Esse avanço foi puxado, principalmente, pelo aumento médio de 0,94% na energia elétrica residencial pelo país. A taxa de água e esgoto e o gás encanado também subiram, com altas de 1,62% e 0,30%, respectivamente.

Já o grupo de Saúde e cuidados pessoais, embora não tenha o maior peso sobre o índice geral, teve a maior variação percentual no último mês, com alta de 0,69%, puxada pelo avanço de 0,77% nos preços dos planos de saúde.

Além disso, os itens de higiene pessoal também ficaram mais caros, com alta de 1,04%, puxados por perfumes (2,59%) e produtos para pele (2,26%). "Maio é marcado pelo Dia das Mães, que colaborou para o aumento de preços dos perfumes, artigos de maquiagem e produtos para pele", diz André Almeida.

No grupo de Transportes, que subiu 0,44%, os principais itens também avançaram. O aumento principal esteve com as passagens aéreas, que subiram 5,91% em maio, na primeira alta do ano. Os preços dos combustíveis ficaram 0,45% mais caros, com alta de 0,53% no etanol, 0,51% no óleo diesel e 0,45% na gasolina.

INPC tem alta de 0,46% em maio

Por fim, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) — que é usado como referência para reajustes do salário mínimo, pois calcula a inflação para famílias com renda mais baixa — teve alta de 0,46% em abril. Em abril, a alta foi de 0,37%.

Assim, o INPC acumula alta de 2,42% no ano e de 3,34% nos últimos 12 meses. Em maio de 2023, a taxa foi de 0,36%.Banco Central do Brasil

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segunda-feira, 10 de junho de 2024

PIX registrou novos recordes na última sexta com 206,8 milhões de operações e R$ 90,9 bilhões transacionados, diz Banco Central

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Total de operações desta sexta superou as 201,6 milhões de transações registradas em 5 de abril de 2024 – que era o recorde anterior.
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Por Alexandro Martello, g1 — Brasília

Postado em 10 de junho de 2024 às 11h10m

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O total de operações desta sexta superou as 201,6 milhões de transações registradas em 5 de abril de 2024 — Foto: Reprodução/Jornal Nacional
O total de operações desta sexta superou as 201,6 milhões de transações registradas em 5 de abril de 2024 — Foto: Reprodução/Jornal Nacional

O Banco Central informou que as transações via PIX bateram um novo recorde na última sexta-feira (7): foram 206,8 milhões de operações em um único dia.

Segundo a instituição, as transações da última sexta-feira somaram R$ 90,9 bilhões. O valor também é recorde.

O total de operações desta sexta superou as 201,6 milhões de transações registradas em 5 de abril de 2024 – que era o recorde anterior.

Considerando o movimento de quinta-feira (6) da última semana, acrescentou o BC, pela primeira vez foram realizados mais de 400 milhões de Pix num intervalo de 48 horas.

"Os números são mais uma demonstração da importância do PIX como infraestrutura digital pública, para a promoção da inclusão financeira, da inovação e da concorrência na prestação de serviços de pagamentos no Brasil", avaliou o Banco Central.

Sistema do BC permite que vítimas de golpes do PIX consigam recuperar prejuízo

Nova função

O Banco Central prevê lançar uma nova funcionalidade para o PIX em 28 de outubro deste ano: o Pix automático.

Essa modalidade do Pix vai permitir que o cliente agende previamente pagamentos que ele já sabe que precisará fazer a empresas.

O Pix automático poderá ser usado, por exemplo, para pagar:

  • contas de água e luz
  • escolas e faculdades
  • academias, condomínios
  • parcelamento de empréstimos

Esse tipo de pagamento já pode ser feito através do débito automático, mas na avaliação do Banco Central, o Pix automático terá a capacidade de alcançar mais pessoas.

Outra modalidade do Pix, chamada de Pix agendado recorrente, deve estar disponível a partir de outubro de 2024. O Pix agendado poderá ser usado, por exemplo, para:

  • Mesada
  • Doação
  • Aluguel entre pessoas físicas
  • Prestação de serviço por pessoas físicas (como diarista, terapia, educador físico etc)
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Avião da Austrian Airlines é gravemente danificado após tempestade de granizo

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Aeronave pousou com segurança em Viena após o incidente
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Stephanie Halaszda CNN
10/06/2024 às 10:16
Postado em 10 de junho de 2024 às 10h35m

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Avião da Austrian Airlines é gravemente danificado após tempestade de granizo
Avião da Austrian Airlines é gravemente danificado após tempestade de granizo exithamster/X

Um avião da Austrian Airlines foi gravemente danificado no domingo (9), após uma chuva de granizo.

Segundo a companhia aérea, a aeronave passou por uma célula de tempestade. O fenômeno é uma massa de ar que contém correntes de ar que vão para várias direções e podem causar turbulência.

O avião com 173 passageiros e seis tripulantes saiu de Palma de Mallorca, na Espanha, rumo a Viena, na Áustria. A aeronave pousou com segurança na capital austríaca e ninguém ficou ferido.


Avião da Austrian Airlines é gravemente danificado após tempestade de granizo / exithamster/X

Uma chamada de emergência foi feita durante o voo, segundo a Austrian Airlines.

Imagens nas redes sociais mostra o nariz do avião gravemente danificado, o topo do cockpit dobrado e o vidro nas janelas do cockpit rachado.

A aeronave Airbus A320 foi danificada por granizo no voo OS434 de ontem de Palma de Maiorca para Viena. A aeronave foi capturada em uma célula de tempestade ao se aproximar de Viena, que de acordo com a tripulação da cabine não era visível no radar meteorológico, disse a Austrian Airlines em um comunicado à CNN nesta segunda-feira (10).

De acordo com informações iniciais, as duas janelas do cockpit dianteiro da aeronave, o nariz da aeronave [o radome] e alguns painéis foram danificados pelo granizo.

Autoridades locais avaliam agora a gravidade do incidente.

O caso vem depois de um incidente no mês passado com o voo SQ321 da Singapore Airlines, quando um passageiro morreu e mais de 70 ficaram feridos depois que o avião atingiu severa turbulência.

Mais tarde na mesma semana, 12 pessoas ficaram feridas em um voo da Qatar Airways de Doha para Dublin.

Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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domingo, 9 de junho de 2024

'Não cabíamos mais': moradores de ilha no Caribe são 'expulsos' por elevação do nível do mar

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Ilha panamenha teve de ser evacuada por conta do fenômeno. Moradores se mudaram nesta semana para bairro construído em cima de plantação de mandioca na parte continental do país. Cientistas preveem que 63 comunidades do Pacífico terão de ser deslocadas por causa do aquecimento global nas próximas décadas.
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TOPO
Por Associated Press

Postado em 09 de junho de 2024 às 09h05m

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Moradores de ilha do Panamá são 'expulsos' por elevação do nível do mar

Redes começaram a aparecer nesta semana nas portas de 300 novas casas construídas em cima de um campo de mandioca na costa do Panamá. As residências serão o novo lar para os moradores da primeira ilha do Caribe a ser evacuada devido ao aumento do nível do mar.

As famílias, indígenas da etnia Guna que vivam na ilha de Gardi Sugdub, no arquipélago de San Blas, transportaram fogões, cilindros de gás, colchões e outros pertences em barcos e caminhões para a nova comunidade de Isberyala.

Ilha de Gardi Sugdub, no arquipélogo de San Blas, no Panamá, que teve de ser parcialmente evacuada por conta do aumento do nível do mar, em junho de 2024. — Foto: Matías Delacroix/ AP
Ilha de Gardi Sugdub, no arquipélogo de San Blas, no Panamá, que teve de ser parcialmente evacuada por conta do aumento do nível do mar, em junho de 2024. — Foto: Matías Delacroix/ AP

Os Gunas de Gardi Sugdub são apenas a primeira de 63 comunidades ao longo das costas do Caribe e do Pacífico do Panamá que autoridades governamentais e cientistas preveem que serão forçados a se mudar devido ao aumento do nível do mar nas próximas décadas.

A cada ano, especialmente quando os fortes ventos atingem o mar em novembro e dezembro, a água enche as ruas e entra nas casas. As alterações climáticas não estão apenas provocando a subida do nível do mar, mas também aquecendo os oceanos e, assim, a alimentando tempestades mais fortes.

Os agora ex-moradores da ilha, todos da etnia Guna, rapidamente perceberam algumas diferenças com a terra firme. “Aqui é mais fresco”, disse Augusto Walter, 73 anos, pendurando a rede na quarta-feira na arrumada casa de dois quartos com quintal. “Lá (na ilha) a essa hora do dia está um forno”.

Ele estava esperando a esposa, que havia ficado mais um pouco na ilha, para preparar a comida. Eles dividirão a casa construída pelo governo com outros três membros da família.

A maioria das famílias de Gardi Sugdub se mudou ao longo desta semana ou estão em processo de mudança, mas as ruas recém-pavimentadas e pintadas de sua nova moradia, a localidade de Isberyala, ainda estavam praticamente vazias.

Bairro construído por governo panamenho na parte continental do país para receber moradores de ilha que tiveram de ser realocados por conta do aquecimento global, em junho de 2024. — Foto: Matías Delacroix/ AP
Bairro construído por governo panamenho na parte continental do país para receber moradores de ilha que tiveram de ser realocados por conta do aquecimento global, em junho de 2024. — Foto: Matías Delacroix/ AP

Sete ou oito famílias, totalizando cerca de 200 pessoas, optaram por ficar por enquanto -- a retirada não foi obrigatória. Mas, para permanecer na ilha, alguns tiveram de construir casa novas com dois andares.

Entre os que ficaram está o mecânico de barcos Augencio Arango, de 49 anos. “Prefiro estar aqui (na ilha), é mais relaxante”, disse Arango. Sua mãe, irmão e avó mudaram-se para Isberyala.

“Honestamente, não sei por que as pessoas querem morar lá”, disse ele. “É como morar na cidade, trancado e não dá para sair, e as casas são pequenas.”

Ele diz não acreditar que as mudanças climáticas fossem responsáveis ​​pelo aumento do nível do mar, mas sim decisões tomadas pelas pessoas. “O homem é quem prejudica a natureza”, disse Arango. “Agora eles querem derrubar todas as árvores para construir casas em terra firme.”

Já Ernesto López, 69 anos, mudou-se terça-feira com sua esposa Digna, e mais dois parentes eram esperados em breve.

“Sentimos que estamos mais confortáveis ​​aqui, há mais espaço”, disse López, sentado em sua própria rede na quarta-feira. “Em Gardi Sugdub estávamos realmente espremidos em casas com muita gente. Não cabíamos mais, e o mar chegava todo ano.”

Tal como a maioria das famílias que se mudaram para cá, López, um líder guna, e a sua esposa ainda não tinham eletricidade nem água. O governo disse que havia eletricidade disponível na comunidade, mas as famílias tiveram de abrir suas próprias contas.

Eles passaram a primeira noite com uma lanterna movida a bateria e os queimadores de gás que trouxeram da ilha.

Mangas, bananas verdes e cana-de-açúcar que López trouxera naquela manhã da sua fazenda, a cerca de duas horas de distância, estavam empilhadas no chão da casa. Como a maioria das famílias, eles não planejavam abandonar completamente a ilha onde gerações passaram a vida inteira.

“De vez em quando vamos cruzar para a ilha”, disse López.

Muitos dos novos residentes de Isberyala fizeram exatamente isso porque as suas novas casas ainda não tinham eletricidade.

Betsaira Brenes, 19 anos, mudou-se com a mãe, a avó e uma tia na quarta-feira. Carregando para dentro de casa dois galões de água que trouxeram da ilha, ela disse que haveria espaço suficiente para a família depois de morar na ilha lotada.

Eles planejavam continuar viajando entre o continente e a ilha também, disse ela. “O bom disso tudo é que agora temos uma casa nova e outra onde ficaram as outras tias.”

Entenda a crise do clima em gráficos e mapas

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