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domingo, 9 de julho de 2023

Entenda por que Nefertiti, rainha do Antigo Egito, se tornou um mito

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Ela é considerada uma das mulheres mais poderosas da Antiguidade – e uma das mais belas. No entanto, muitos mistérios ainda pairam sobre a Rainha do Nilo.
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TOPO
Por Suzanne Cords, Deutsche Welle

Postado em 09 de julho de 2023 às 09h00m

 #.*Post. - N.\ 10.862*.#

Famosa mundialmente: Nefertiti — Foto: Wikmedia Commons
Famosa mundialmente: Nefertiti — Foto: Wikmedia Commons

Com um olhar altivo e inacessível, Nefertiti parece olhar para longe. Pouco se sabe sobre essa mulher que viveu no antigo Egito há cerca de 3.500 anos. É sabido, sim, que seu nome significa "A bela chegou". Mas se era alta ou baixa, severa, generosa ou arrogante — tudo isso jaz na escuridão da história. Não há relatos de testemunhas oculares; nenhum papiro fala sobre sua vida. Apenas alguns relevos e inscrições antigas revelam alguns detalhes sobre a misteriosa Nefertiti.

Sabe-se que ela se casou com Amenófis 4º ainda jovem, provavelmente entre os 12 e 15 anos. Amenófis 4º foi o "faraó herético", que aboliu o politeísmo e passou a adorar apenas o deus do Sol Aton, representado como um disco radiante de luz. Ele também mudou seu nome para Aquenáton ("Aquele que serve a Aton"), ao tempo que Nefertiti teria se tornado Neferneferuaton ("Bela é a beleza de Aton").

Em Berlim, mais algumas pistas sobre Nefertiti podem ser encontradas no Neues Museum, que aloja o famoso busto na Ilha dos Museus. Olivia Zorn, vice-diretora da coleção egípcia, conta, por exemplo, que o cargo de "Grande Esposa Real" colocou Nefertiti em pé de igualdade com o marido.

"Eles formaram uma tríade com o deus Aton, ou seja, uma trindade. Aton, Aquenáton e Nefertiti eram uma espécie de unidade governamental", conta ela à DW. 
Uma nova cidade para o deus Aton

Por volta de 1.350 a.C. o casal governante deixou a capital Tebas e mandou construir uma nova residência real. Em pouco tempo, surgiria Achet-Aton ("Horizonte de Aton"), cidade de 50 mil habitantes situada em um vale protegido por penhascos íngremes — a planície de Amarna.

Aquenáton também mandou construir um templo para o deus do Sol em tempo recorde, o Gem-pa-Aton ("Aton foi encontrado"). Com a imposição do monoteísmo, o casal governante fez inimigos poderosos. Milhares de sacerdotes ficaram desempregados.

Aquenáton morreria no 17º ano de seu reinado. "O que aconteceu com Nefertiti, ninguém sabe", diz Zorn. Alguns acreditam que, por um tempo após a morte do marido, ela tenha reinado sob o nome de Semencaré. "Mas também é bem possível que ela tenha morrido antes dele", pontua a especialista.

"A mais vívida obra de arte egípcia"

A história toda só ganharia mais clareza na dinastia seguinte, sob o lendário Tutancâmon. Ao lado de seus conselheiros, o faraó ressuscitou os antigos deuses. Já as construções de Aquenáton em homenagem a Aton foram demolidas e usadas ​​como pedreira. A nova capital Aquenáton também foi destruída — e talvez nunca mais tivéssemos ouvido falar de Nefertiti se não fosse o arquiteto e egiptólogo alemão Ludwig Borchardt, que viajou ao Egito no início do século 20 atrás dos rastros da misteriosa cidade de Amarna.

Em nome do Imperador Guilherme 2º, Borchardt procurava objetos para os museus reais de Berlim. Em 6 de dezembro de 1912, ele e sua equipe de escavação encontraram o ateliê de um escultor que teria vivido em 1.300 a.C.. Numerosos bustos foram encontrados sob os escombros, incluindo um com a famosa coroa azul escuro. Excetuando pela falta do olho esquerdo, a figura de orelhas salientes e olhos delineados chamava a atenção por estar praticamente intacta.

Borchardt estava entusiasmado: "Tínhamos a mais vívida obra de arte egípcia em nossas mãos", observou. "Busto da rainha pintado em tamanho real, com 47 cm de altura. ...Excelente trabalho."

Hoje inconfundível, a coroa de Nefertiti era comum no antigo Egito, assim como as perucas volumosas. Acredita-se, aliás, que a cabeça da rainha fosse raspada, pois além de ser mais prático diante do pesado adorno, isso impedia a proliferação de piolhos. Mas como ela realçava a sua beleza?

"A maquiagem, no sentido de hoje, não existia naquela época", explica Olivia Zorn. "Mas os olhos eram maquiados com este lindo delineador. Ele também tinha um efeito antisséptico, pois mantinha afastadas as bactérias capazes de provocar infecções oculares e cegueira." 
Nefertiti em troca de um retábulo

Borchardt trouxe o busto de Nefertiti para Berlim com o apoio financeiro da Sociedade Alemã do Oriente, que financiara sua missão no Egito. De acordo com os regulamentos em vigor na época, todos os achados antigos eram divididos igualmente entre o Egito e o país que realizava as escavações. Borchardt, no caso, representava o Império alemão.

Gaston Maspero, diretor do Serviço de Antiguidades, sob a égide da França, encarregou seu colega Gustave Lefebvre de regulamentar a divisão do achado. Numa das partes estava, entre outras coisas, o busto de Nefertiti, enquanto a segunda continha um retábulo mostrando o casal real Aquenáton e Nefertiti com três de seus filhos.

Como o Museu do Cairo não dispunha de nenhum retábulo até então, ele optou por abrir mão do busto. Posteriormente, Borchardt seria acusado de ter apresentado o busto apenas à meia-luz para que não despertasse o interesse de Lefebvre.

Um ideal moderno de beleza

E assim a bela egípcia viajou até Berlim, onde só seria apresentada ao público em 1924 — e logo provocando um verdadeiro estrondo. Ela estampou capa das revistas e virou um ícone publicitário: não só de cosméticos, perfumes e joias, mas também de cerveja, café e até cigarros. Soterrada na areia do deserto por milhares de anos, Nefertiti se tornava mais uma vez um ídolo admirado — provavelmente como o fora durante a vida.

"Mesmo no início do século 20, ela já correspondia ao ideal moderno de beleza de hoje, com maçãs do rosto proeminentes e um rosto bem desenhado", diz Zorn. "Mas se esse era o ideal de beleza de quase 3.500 anos atrás, já não podemos dizer com certeza", acrescenta. 
Os mistérios do busto de Nefertiti

O busto policromado não é a única imagem preservada de Nefertiti. Esculturas antigas mostram a rainha egípcia de mãos dadas com Aquenáton em cerimônias religiosas ou no papel carinhoso de mãe de seis filhas. Além disso, outras estátuas foram encontradas.

Dentro do busto há uma espécie de núcleo feito de calcário, no qual o escultor modelou o rosto de Nefertiti. Imagens de tomografia computadorizada geradas em 2007 revelaram que a rainha provavelmente era muito magra e tinha rugas bem marcadas. "Sobre ela, o artista colocou uma fina camada de gesso, que funciona então como uma boa base de maquiagem e esconde as imperfeições", explica Zorn.

O fato de o famoso busto não ter um olho provavelmente não significa que Nefertiti era caolha. "Trata-se apenas de um modelo, usado pelo artista para criar outras estátuas da rainha", afirma a especialista. "Ele provavelmente optou por não colocar um dos olhos embutidos para testar diferentes materiais", conjectura. 
O problema do nariz autêntico

Para obter uma reconstrução mais precisa do verdadeiro rosto de Nefertiti, seria preciso ter a múmia dela. "Mas até agora a múmia de Nefertiti não foi claramente identificada, apesar das inúmeras tentativas", conta Zorn, acrescentando que mesmo que isso aconteça um dia, sempre haverá imprecisões.

"As múmias, naturalmente, se desgastam. Restam apenas pele e ossos, e o mais difícil de uma reconstrução facial é geralmente o nariz."

Claro que existem cientistas que podem dizer exatamente quanta carne havia sob aquela pele, diz Zorn. "Mas não acho que seja possível reconstruir claramente um nariz com as possibilidades de hoje". Quase 3.500 anos após sua morte, é impossível dizer como Nefertiti era de fato. E é exatamente por isso que, graças ao busto, ela permanece na memória como uma beleza fora do comum.

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Mudanças climáticas podem causar perda de vegetação em 99% da Caatinga até 2060, alerta estudo da Unicamp

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Áreas mais afetadas serão as chapadas Diamantina e do Araripe, além de parte do Planalto da Borborema. Banco de dados utiliza mais de 400 mil registros relacionados a cerca de 3 mil espécies.
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Por Gabriella Ramos, g1 Campinas e Região

Postado em 09 de julho de 2023 às 06h15m

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Caatinga em Lajes do Cabugi, no Rio Grande do Norte — Foto: Willianilson Pessoa
Caatinga em Lajes do Cabugi, no Rio Grande do Norte — Foto: Willianilson Pessoa

As mudanças nos padrões de chuvas e temperatura podem causar a perda de espécies vegetais em 99% do território da Caatinga até 2060, aponta um estudo da Unicamp. A projeção revela ainda que as áreas mais afetadas serão as chapadas Diamantina e do Araripe, além de parte do Planalto da Borborema.

O levantamento foi realizado a partir de um banco de dados com mais de 400 mil registros relacionados à ocorrência de aproximadamente 3 mil espécies. Com a ajuda de métodos estatísticos e algoritmos de inteligência artificicial, os pesquisadores identificaram como cada planta respondia às variações características do clima.

Primeiro autor da pesquisa, o professor Mário Moura, do Instituto de Biologia, explica que o mapeamento das espécies considerou dois tipos de vegetação: a arbórea, que geralmente consiste em árvores de grande porte; e a não arbórea, que inclui cactos, gramas e capins, por exemplo.

"Nós percebemos que, no cenário otimista, 50 espécies de plantas poderiam ser extintas na Caatinga, e no cenário pessimista esse número chegaria a 250. Então 99% do território vai ter perda de espécies, especialmente a região Sul do bioma e a Noroeste, que são pontos turísticos muitas vezes", afirma o pesquisador. 
Cenários possíveis

Após a junção das informações sobre a ocorrência de espécies e variações do clima, o próximo passo foi cruzar os dados com os cenários de mudanças globais disponibilizados pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês).

"Uma vez que identificamos essa relação entre ocorrência da espécie e clima, podemos pegar os mapas de clima do futuro e projetar essa mesma relação. [...] No final das contas, fazendo todas essas combinações, foram quase 1,5 milhão de mapas gerados", detalha Moura.

Os mapas revelaram, ainda, que 40% das comunidades de espécies vegetais da Caatinga devem passar por um processo de simplificação, no qual espécies raras e exclusivas a uma região são substituídas por plantas comuns, tornando o bioma menos variado.

"É como se você pegasse a biodiversidade, colocasse num liquidificador e batesse. Isso reduz um pouco a eficiência de todos os serviços ecossistêmicos, ou a própria resiliência que essa biodiversidade pode ter aos impactos do clima", diz.

 Professor Mário Moura, do Instituto de Biologia (IB) da Unicamp — Foto: Antoninho Perri/UnicampProfessor Mário Moura, do Instituto de Biologia (IB) da Unicamp — Foto: Antoninho Perri/Unicamp

Consequências

Presente exclusivamente no Brasil, a Caatinga abrange 10% do território nacional, ainda que aproximadamente um terço da extensão do bioma tenha sido convertida em áreas agrícolas, e abriga cerca de 30 milhões de pessoas, segundo o pesquisador.

A perda de espécies vegetais afeta diretamente o ecossistema, prejudicando o processo de fotossíntese, aumentando a concentração de gás carbônico na atmosfera e acentuando os efeitos das mudanças climáticas.

"Quando a gente fala que tem uma floresta de pé, tem carbono no tronco, nas raízes e nas folhas da floresta. Quando tem desmatamento, você perde aquela vegetação que estava fazendo fotossíntese, então o sequestro de carbono que aquela vegetação fazia, você deixou de ter", explica Moura.

Para o pesquisador, os impactos climáticos não podem ser revertidos, apenas atenuados. Para isso, a esperança é de que estudos como esse possam orientar as esferas pública e privada em direção a políticas de preservação ambiental.

"É a última década que a humanidade tem para tentar frear isso. É como se você tivesse uma bola de neve para descer na montanha: vai chegar um ponto ali em que você não consegue segurar mais essa bola de neve. Ela vai embora e você não consegue frear", analisa.

Caatinga no Rio Grande do Norte — Foto: Willianilson Pessoa
Caatinga no Rio Grande do Norte — Foto: Willianilson Pessoa

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sábado, 8 de julho de 2023

Primeira expedição brasileira ao Círculo Polar Ártico começa neste sábado (8)

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Operação Ártico I marca Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, celebrado em 8 de julho. Grupo vai gerar dados sobre região para novas pesquisas e futuras expedições.
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Por Caroline Cintra, g1 DF

Postado em 08 de julho de 2023 às 10h45m

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Imagem da região do Ártico para onde irão pesquisadores brasileiros — Foto: NUUK,GREENLAND.HADA AJOSENPÄÄ/FINNISH METEOROLOGICAL INSTITUTE
Imagem da região do Ártico para onde irão pesquisadores brasileiros — Foto: NUUK,GREENLAND.HADA AJOSENPÄÄ/FINNISH METEOROLOGICAL INSTITUTE

No Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, celebrado neste sábado (8), um grupo de brasileiros embarca, pela primeira vez, para um trabalho na região do Círculo Polar Ártico. O destino do grupo é Longyearbyen, capital de Svalbard, na Noruega, e três professores de Brasília participam da expedição.

Ao todo, cinco pesquisadores embarcam: os professores Marcelo Henrique Soller Ramada, da Universidade Católica de Brasília (UCB), Paulo Eduardo Aguiar Saraiva Câmara e Micheline Carvalho Silva, do Departamento de Botânica da Universidade de Brasília (UnB); Luiz Henrique Rosa e Vívian Nicolau Gonçalves, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

"Nunca tivemos abertura para trabalhar no Ártico. Sempre foi dita muito longe, fora do entorno estratégico do Brasil, por desconhecimento e medo por ter logística cara como na Antártica [que precisa de navio, estação, avião]. Só que nada disso é necessário, porque as condições climáticas são menos drásticas que na Antártica. Se a gente opera há 40 anos na Antártica tranquilo, a gente opera no Ártico com muito mais facilidade", diz o professor Paulo Câmara.

Um dos principais objetivos do grupo é gerar dados sobre a região para novas pesquisas, futuras expedições e comparações entre o polo e a Antártica — continente estudado há mais de 40 anos por pesquisadores brasileiros pelo Programa Antártico Brasileiro (Proantar).

O pesquisador Paulo Câmara explica que essa é uma viagem científica para coletar dados e complementar os estudos já feitos no Proantar, como "espécies bipolares, conexões entre o Ártico e a Antártica".

"Existem aves que atravessam do Ártico para a Antártica e algumas fazem isso em 15 dias. Existem poros, pólens, que são transportados de um polo para o outro. A gente acha que não acontece, mas acontecem essas conexões", diz Câmara.

"A gente espera que seja sucesso para coletar dados científicos e que essa primeira expedição abra portas para o que vem depois", afirma o pesquisador. 
Biodiversidade
Pesquisadores da Universidade Católica de Brasília coletando musgos na Antártica — Foto: Arquivo pessoal
Pesquisadores da Universidade Católica de Brasília coletando musgos na Antártica — Foto: Arquivo pessoal

O professor Marcelo Ramada, da Universidade Católica de Brasília, explica que apesar do interesse em comum, os pesquisadores têm objetivos diferentes em suas áreas de atuação. Desde 2018, o pesquisador começou os estudos com briófitas — plantas de pequeno porte encontradas principalmente em áreas úmidas —, analisando os musgos presentes na região do cerrado brasileiro.

Depois, foi selecionado no Proantar e passou a integrar as expedições à Antártica e coletar material para estudo. A maior conquista das expedições até o momento, segundo ele, foi conseguir cultivar briófitas da Antártica no Brasil.

Estamos conseguindo cultivar, sem contaminantes, nos laboratórios da UCB. Consideramos um resultado interessante para que possamos fazer o estudo dos genomas desses organismos, bem como para estudos de aplicações biotecnológicas, conta o pesquisador.

Agora, o professor quer fazer o mesmo processo com as plantas do Ártico, "para exatamente poder fazer esse comparativo, sobre a composição genética das mesmas espécies que ocorrem, por exemplo, em ambos os polos, as quais são chamadas bipolares", explica Ramada.

Presença do Brasil no Ártico

Professores da UnB Paulo Eduardo Aguiar Saraiva Câmara e Micheline Carvalho Silva em expedição na Antártica — Foto: Arquivo pessoal
Professores da UnB Paulo Eduardo Aguiar Saraiva Câmara e Micheline Carvalho Silva em expedição na Antártica — Foto: Arquivo pessoal

Outro objetivo da primeira expedição ao Ártico é buscar a colaboração com outros países na pesquisa nacional. Os pesquisadores devem visitar estações científicas e produzir relatórios que possam servir aos próximos visitantes.

Marcelo Ramada explica que o Brasil ainda não tem uma presença consolidada no Ártico, como tem na Antártica. "O Brasil na Antártica é um membro consultivo do Tratado Antártico desde 1983. Ele tem só vinte e nove membros consultivos no mundo atualmente. Isso quer dizer que o país tem direito a veto e voto na Antártica".

"A pesquisa científica que nós vamos fazer, nossa presença na primeira expedição brasileira no Ártico, vai permitir mostrar ao mundo e ao próprio Brasil também a capacidade do cientista brasileira em fazer ciência de qualidade no Ártico também", diz Ramada.

A Primeira Expedição Científica do Brasil ao Ártico, ou Operação Ártico l, será financiada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MC-TI), via Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pelas Universidades participantes e tem apoio institucional do Ministério das Relações Exteriores e da Secretaria Interministerial dos Recursos do Mar da Marinha do Brasil.

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sexta-feira, 7 de julho de 2023

Reforma tributária: o que pode mudar na cesta básica Texto foi aprovado em 2º turno pela Câmara no início da madrugada desta sexta-feira (7).

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Discussão esbarra em um problema inicial de não ter, exatamente, uma lista unificada com os itens da cesta básica do brasileiro.
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Por g1 — São Paulo

Postado em 07 de julho de 2023 às 11h45m

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Câmara aprova reforma tributária em 1º turnoCâmara aprova reforma tributária em 1º turno

Entre tantos, um dos principais pontos da reforma tributária, aprovada na Câmara dos Deputados na madrugada desta sexta-feira (7), envolve um tema que mexe diretamente com a vida da população mais pobre: a cesta básica.

Após um certo vaivém sobre o assunto, o texto aprovado passou a estabelecer a criação da "Cesta Básica Nacional de Alimentos". As alíquotas previstas para os IVAs federal e estadual e municipal serão reduzidas a zero para esses produtos.

Mas a questão esbarra em outro tópico: quais são os itens da cesta básica do brasileiro?

Não há uma resposta definitiva, ao menos por enquanto. Hoje, alimentos naturais (como frutas, carnes e hortaliças) ou de baixo processamento (como queijos, iogurtes e pães) e alguns produtos de higiene e limpeza já são isentos dos impostos federais (PIS, Cofins e, para industrializados, IPI).

Cada estado, no entanto, define uma alíquota de ICMS para cada uma dessas categorias. Essas alíquotas são zeradas para alguns produtos em alguns estados, mas podem chegar a até 33% segundo levantamento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

Segundo o texto aprovado na Câmara, caberá a uma lei complementar definir quais serão os "produtos destinados à alimentação humana" que farão parte da cesta.

Críticas

Nas últimas semanas, antes da aprovação, críticos da proposta passaram a sugerir que havia possibilidade de aumento nos preços dos itens que compõem a cesta básica com os novos tributos.

Com a repercussão do assunto, o relator da reforma, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), incluiu a criação de uma cesta básica nacional de alimentos com isenção de tributos. "O que eu posso assegurar ao brasileiro é, muito pelo contrário, nós vamos preservar a cesta básica", disse o relator na terça-feira (4).

Cesta hoje

Quanto a uma lista nacional de itens, sabe-se que há uma relação elaborada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) que está em análise no Ministério da Fazenda e no gabinete de Ribeiro. A relação tem 34 itens e inclui produtos que, hoje, não são considerados "cesta básica" no país – água sanitária, absorvente íntimo e fralda descartável, por exemplo. Veja a seguir:

  • Alimentação: carne bovina, carne de frango, carne suína, peixe e ovos; farinhas de trigo, de mandioca e de milho, massas alimentícias e pão francês; leite UHT, leite em pó, iogurte, leite fermentado, queijos, soro de leite e manteiga; frutas, verduras e legumes; arroz, feijão e trigo; café, açúcar, óleo de soja, óleo vegetal e margarina.
  • Higiene pessoal: sabonete, papel higiênico, creme dental, produtos de higiene bucal, fralda descartável e absorvente higiênico.
  • Limpeza: detergente, sabão em pó e água sanitária.
Aprovação da reforma

O texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária foi aprovado na Câmara dos Deputados em segundo turno, na madrugada desta sexta-feira (7). Foram 375 votos a favor, 113 contra e três abstenções.

Antes de seguir para o Senado, os deputados precisam analisar destaques (sugestões de mudança no texto original). Quatro serão votados na manhã desta sexta.

O objetivo central da reforma é simplificar tributos federais, estaduais e municipais. Após acordos, a PEC sofreu mudanças, que foram apresentadas nesta quinta pelo relator, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

Segundo o texto, cinco tributos serão substituídos por dois Impostos sobre Valor Agregado (IVAs) — um gerenciado pela União, e outro com gestão compartilhada entre estados e municípios:

  • ▶️ Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS): com gestão federal, vai unificar IPI, PIS e Cofins
  • ▶️ Imposto sobre Bens e Serviços (IBS): com gestão compartilhada estados e municípios, unificará ICMS (estadual) e ISS (municipal)

Veja, aqui, os principais pontos da reforma tributária.

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Carro zero com desconto: produção de veículos tem tombo de 16,8% no mês, mas estoques se equilibram, diz Anfavea

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Recursos para descontos em carros novos terminaram e, segundo o presidente da associação, ajudaram a reduzir os estoques nas montadoras e cumpriram 'muito bem' a proposta de trazer carros mais baratos para o consumidor.
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Por Raphael Martins, g1

Postado em 07 de julho de 2023 às 11h15m

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Imagem aérea do pátio da Volkswagen no ABC Paulista lotado de veículos nesta quarta-feira (28). — Foto: Leonardo Benassatto/Reuters
Imagem aérea do pátio da Volkswagen no ABC Paulista lotado de veículos nesta quarta-feira (28). — Foto: Leonardo Benassatto/Reuters

Com as paralisações de montadoras de automóveis no mês passado, a produção de veículos no Brasil teve uma queda forte de 16,8% em junho. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (7) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Em maio, a produção chegou a 228 mil veículos, contra 189 mil no mês passado. O resultado foi prejudicado pelo fechamento de cinco fábricas no país, por falta de demanda por veículos novos.

No semestre, o setor colheu uma alta discreta de 3,7%, chegando a 1,13 milhão de veículos produzidos.

Segundo Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, o resultado de junho deve ser atenuado nos próximos meses por conta do programa do governo federal de descontos na compra de carro zero.

Ele afirma que os primeiros efeitos do programa se concentraram na desova dos estoques das montadoras brasileiras e foram os veículos parados nos pátios que motivaram, a princípio, a paralisação de montadoras.

O setor estava com estoques muito elevados no encerramento de maio. Dentro da estratégia e condições dos fabricantes, houve redução da produção para adequação e equilíbrio dos estoques, diz Lima Leite.

Os dados da Anfavea mostram que os estoques se reduziram de 251,7 mil em maio para 223,6 mil veículos em junho, entre montadoras e concessionárias. Isso equivale a uma redução de 40 para 35 dias de reservas.

O executivo ressaltou que o programa do governo deve arrastar parte dos resultados para o mês de julho. Segundo a Anfavea, a última semana de junho teve a maior venda diária nos últimos 10 anos, e há um intervalo entre venda e emplacamentos que só deve se refletir nas próximas divulgações.

Os recursos à disposição para o carro zero se encerraram, cumprindo muito bem a proposta do programa de trazer carros mais baratos para o consumidor, com renovação da frota e aquecimento da economia, diz.

A Anfavea diz que foram produzidas e comercializadas nos últimos quatro dias de junho mais de 79 mil unidades que não estão computadas nos resultados de junho.

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