Total de visualizações de página

domingo, 22 de maio de 2022

Quem são os imortalistas, que pretendem romper os limites da longevidade

===+===.=.=.= =---____---------   ---------____------------____::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::____-------------______---------   ----------____---.=.=.=.= +====


Livro conta como bilionários e cientistas se uniram numa corrida para driblar a morte
===+===.=.=.= =---____---------   ---------____------------____::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::____-------------______---------   ----------____---.=.=.=.= +====
TOPO
Por Mariza Tavares
Jornalista, autora dos livros “Longevidade no cotidiano: a arte de envelhecer bem” e “Menopausa: o momento de fazer as escolhas certas para o resto da sua vida”
Rio de Janeiro

Postado em 22 de maio de 2022 às 10h00m

 #.*Post. - N.\ 10.332*.#

O imortalismo acredita na imortalidade da alma e é o alicerce de inúmeras religiões. Já os imortalistas a que me refiro têm outra meta, nada espiritual: expandir, quase indefinidamente, os limites da longevidade através da ciência. O tema, tão fascinante quanto polêmico, é o objeto de estudo do jornalista Peter Ward, que acaba de lançar o livro The price of immortality – the race to live forever (O preço da imortalidade – a corrida para viver para sempre), ainda sem tradução para o português.

Imortalistas: cientistas e investidores pretendem expandir os limites da longevidade  — Foto: Pixabay
Imortalistas: cientistas e investidores pretendem expandir os limites da longevidade — Foto: Pixabay

Cientistas, bilionários do setor de tecnologia e grupos que cultuam a ideia compartilham a certeza de que a humanidade tem a chance de chegar a algo perto da imortalidade. Ward mapeou essa rede dedevotos, começando pela Church of Perpetual Life (Igreja da Vida Perpétua), na Flórida, cujos fieis são adeptos entusiastas da criogenia humana. Conhecida cientificamente como criônica, trata-se da técnica que permite refrigerar o corpo a uma temperatura de até menos 196 graus Celsius, suspendendo o processo de deterioração durante anos. Isso tornaria possível sua reanimação no futuro, isto é, se a pessoa morre hoje vítima de uma doença incurável, poderá ser reanimada quando for possível salvá-la.

A tese defendida pelos imortalistas é a seguinte: se a ciência conseguir estender a expectativa de vida em 20 ou 30 anos, ou seja, para algo entre 110 ou 120 anos, os avanços que se darão nesse campo darão um salto exponencial que vai mudar a História da humanidade. Um dos pioneiros na área foi o cientista britânico Aubrey de Grey, que trabalha com a proposta de uma medicina regenerativa, capaz de derrotar o curso do envelhecimento. Prevê que, em menos de duas décadas, haverá tratamentos capazes de reparar os danos causados pelo passar dos anos antes que se transformem em patologias. A teoria soou como música para os bilionários do Vale do Silício. Sergey Brin e Larry Page (Google) e Jeff Bezos (Amazon) têm despejado muito dinheiro em pesquisas relacionadas à longevidade.

Peter Ward, autor do livro sobre como os imortalistas tentam driblar a morte — Foto: Divulgação
Peter Ward, autor do livro sobre como os imortalistas tentam driblar a morte — Foto: Divulgação

Na mitologia grega, como Ward escreve, o mito de Orfeu foi criado para ensinar aos homens as consequências nefastas de desafiar a morte. Quando sua amada Eurídice morre, ele desce ao submundo para onde vão as almas dos mortos, disposto a trazê-la de volta. Sua dor comove o deus Hades, senhor desse domínio, que permite que Eurídice volte com uma condição: o casal não deve, em hipótese alguma, olhar para trás. Já perto da superfície, Orfeu quer ter certeza de que a mulher o acompanha e se vira – é o bastante para que ela desapareça. Felizmente, a ciência prefere explorar seus limites. Numa de suas últimas edições, a revista MIT Technology Review mostrou que drogas antienvelhecimento estão sendo testadas para combater a Covid-19.

A enfermidade é mais letal à medida que se envelhece e uma das razões é o enfraquecimento do sistema imunológico para combater infecções. Portanto, por que não utilizar drogas que rejuvenescem o organismo para deter sua progressão? Os cientistas preferem não usar a expressão antienvelhecimento por causa da carga negativa que traz em relação à velhice, mas sabemos que este é um fator de risco concreto. A degradação do sistema imunológico também pode afetar indivíduos mais jovens cuja idade biológica está acima da idade cronológica, devido a doenças crônicas como, por exemplo, diabetes ou hipertensão. O que só comprova a beleza da ciência em sua eterna luta para se superar.

------++-====-----------------------------------------------------------------------=================--------------------------------------------------------------------------------====-++-----

Cientistas descobrem antiga floresta dentro de buraco gigante na China

===+===.=.=.= =---____---------   ---------____------------____::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::____-------------______---------   ----------____---.=.=.=.= +====


O local, uma floresta primitiva bem preservada, pode abrigar espécies ainda desconhecidas pela ciência.
===+===.=.=.= =---____---------   ---------____------------____::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::____-------------______---------   ----------____---.=.=.=.= +====
Por g1

Postado em 22 de maio de 2022 às 08h00m

 #.*Post. - N.\ 10.331*.#

Floresta primitiva é encontrada no fundo de um buraco gigante na China
Floresta primitiva é encontrada no fundo de um buraco gigante na China

Cientistas chineses descobriram uma antiga floresta escondida dentro de um buraco gigante na província de Guangxi, no sul do país, informaram os pesquisadores na sexta-feira (20).

O local, identificado como uma floresta primitiva bastante bem preservada, pode abrigar diversas espécies ainda desconhecidas pela ciência, segundo os estudiosos.

Zhang Yuanhai, um dos responsáveis pela descoberta, disse em entrevista à agência chinesa Xinhua que existem três grandes cavernas incrustadas em uma montanha próxima à cidade de Luoxi.

Floresta dentro de buraco na China — Foto: Cortesia Expedição de Guangxi
Floresta dentro de buraco na China — Foto: Cortesia Expedição de Guangxi

Outro dos pesquisadores, Chen Lixin, que liderou uma expedição para dentro de uma das estruturas, um grande sumidouro, disse ter encontrado árvores com até 40 metros de altura e densa vegetação.

O sumidouro está localizado perto da vila de Ping'e e mede 306 metros de comprimento, 150 metros de largura e 192 metros de profundidade.

Para investigar de perto a descoberta, equipes expedicionistas enfrentaram um rapel de mais de 100 metros e várias horas de caminhada para chegar ao fundo do poço.

Buracos como esse são conhecidos em chinês como Tiankeng (poço celestial), informou a Xinhua, e têm características geológicas especiais, típicas de terrenos com forte erosão.

Além da China, formações parecidas já foram encontradas no México e em Papua Nova Guiné.

------++-====-----------------------------------------------------------------------=================--------------------------------------------------------------------------------====-++-----

sexta-feira, 20 de maio de 2022

Sinais misteriosos: dados de sonda de 45 anos que viaja fora do Sistema Solar intrigam cientistas da Nasa

===+===.=.=.= =---____---------   ---------____------------____::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::____-------------______---------   ----------____---.=.=.=.= +====


A sonda, o objeto mais distante da Terra já lançado pelo homem, tem como objetivo coletar dados do chamado espaço interestelar. Mistério que intriga cientistas está no sistema de orientação espacial do equipamento.
===+===.=.=.= =---____---------   ---------____------------____::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::____-------------______---------   ----------____---.=.=.=.= +====
Por g1

Postado em 20 de maio de 2022 às 08h00m

 #.*Post. - N.\ 10.330*.#

Recriação gráfica mostra a Voyager 1, da NASA — Foto: Nasa
Recriação gráfica mostra a Voyager 1, da NASA — Foto: Nasa

A sonda Voyager 1, da Nasa, está intrigando os cientistas da organização espacial americana.

Isso porque a Voyager, que é o objeto mais distante da Terra já lançado pelo homem, está com um problema no seu sistema de orientação espacial que, segundo os cientistas, não está refletindo o que realmente está acontecendo com ela.

De acordo com a Nasa, embora o equipamento esteja operando normalmente, recebendo e executando comandos da organização, os dados do seu Sistema de Articulação e Controle de Atitude (AACS, na sigla em inglês) estão apontando nos computadores da agência informações que parecem ter sido "geradas aleatoriamente" ou que não refletem "nenhum estado possível em que o AACS possa estar".

"Nesta fase da missão da Voyager, um mistério como de certa forma faz parte de sua trajetória, disse Suzanne Dodd, gerente de projeto da Voyager 1 e 2 no Jet Propulsion Laboratory da Nasa, em um comunicado.

É justamente o funcionamento preciso do AACS que garante também o posicionamento correto da antena da Voyager, que fica sempre apontada para a Terra. Como o sinal da Voyager 1 não enfraqueceu, os engenheiros da Nasa acreditam que a antena permanece em sua orientação normal.

Mas a sonda está fora do sistema solar, no chamado espaço interestelar (a 23,3 bilhões de quilômetros de nós), e, por causa disso, os cientistas levam cerca de dois dias para enviar uma mensagem à Voyager 1 e conseguir uma resposta de volta.

Por essa razão, a Nasa disse que nos próximos dias continuará monitorando os sinais da sonda para determinar se os dados incorretos estão vindo diretamente do AACS ou de outro sistema de comunicação.

A espaçonave tem quase 45 anos, o que está muito além do que os idealizadores da missão anteciparam. Também estamos no espaço interestelar – um ambiente de alta radiação que nenhuma sonda esteve antes. Portanto, temos alguns grandes desafios para a equipe de engenharia. Mas acho que, se houver uma maneira de resolver esse problema do AACS, nossa equipe vai descobrir", acrescentou Dodd.

A especialista também não descarta que a equipe do Jet Propulsion Laboratory possa não encontrar a causa da anomalia, mas garante que, caso isso aconteça, adaptações poderão ser feitas.

Agora, se a origem do mistério for descoberta, a Nasa garante que o problema poderá ser corrigido por meio de alterações no software do equipamento ou através do uso de seus sistemas redundantes.

John Casani, gerente de projeto da Voyager, segura uma bandeira dos EUA que foi acoplada na Voyager 2. As duas sondas também levam discos fonográficos com imagens que retratam a vida na Terra. — Foto: Nasa
John Casani, gerente de projeto da Voyager, segura uma bandeira dos EUA que foi acoplada na Voyager 2. As duas sondas também levam discos fonográficos com imagens que retratam a vida na Terra. — Foto: Nasa

A sonda, lançada ao espaço em 1977, juntamente com sua "irmã gêmea", a Voyager 2 (que está operando sem problemas), tem como objetivo coletar dados do espaço interestelar.

Segundo a Nasa, essas informações irão fornecer pistas valiosas sobre o funcionamento do espaço para além da heliosfera, a barreira que o Sol cria ao redor dos planetas em nosso sistema solar.

------++-====-----------------------------------------------------------------------=================--------------------------------------------------------------------------------====-++-----

quinta-feira, 19 de maio de 2022

Álcool afeta funcionamento do corpo mesmo quando ingerido em pouca quantidade; entenda o impacto

===+===.=.=.= =---____---------   ---------____------------____::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::____-------------______---------   ----------____---.=.=.=.= +====


Primeiro impacto após a ingestão ocorre nas funções visuais.
===+===.=.=.= =---____---------   ---------____------------____::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::____-------------______---------   ----------____---.=.=.=.= +====
Por g1

Postado em 19 de maio de 2022 às 17h10m

 #.*Post. - N.\ 10.329*.#

Não existe um limite de seguro de álcool no corpo para quem vai dirigir — Foto: Giovanna Gomes / Unsplash / Divulgação
Não existe um limite de seguro de álcool no corpo para quem vai dirigir — Foto: Giovanna Gomes / Unsplash / Divulgação

Não existe um limite seguro de álcool no corpo para quem vai dirigir. Qualquer quantidade ingerida, por mínima que seja, diminui os reflexos e afeta as condições normais de direção. Além disso, o álcool diminui o tempo de reação, concentração e percepção.

O tempo de reação é o momento em que você detecta o obstáculo e pressiona o freio do carro. Na pessoa sóbria, esse tempo é de até um segundo. Quando ela está embriagada, pode subir para até dois segundos.

"O cérebro é todo atingido pela onda do nível de álcool, mas tem algumas regiões que são mais sensíveis, como o cerebelo, que é justamente o controle da parte de equilíbrio", explica o neurologista Fernando Morgadinho.

Teste mostra como a mistura de álcool e direção é destruidoraTeste mostra como a mistura de álcool e direção é destruidora

O neurologista também aponta que outra região do cérebro afetada é a frontal, a região da decisão.

"Quando você decide se vai dar para ultrapassar o outro carro ou não, ela é importante. Se você somar uma decisão errada ou mal adequada com uma dificuldade de coordenação, você então tem um acidente com risco para você e para os outros", analisa o especialista.

Como diferentes concentrações de álcool afetam a capacidade de direção?

Os efeitos da concentração de álcool no sangue

Concentração de álcool no sangue (%) Efeitos previsíveis na direção
0,02% Funções visuais diminuem; Redução da capacidade de fazer duas coisas ao mesmo tempo (atenção dividida)
0,05% Coordenação reduzida; capacidade reduzida de rastrear objetos em movimento; resposta reduzida a situações de direção rápida; dificuldade de direção
0,08% Diminuição da concentração; perda de memória de curto prazo; perda do controle da velocidade; redução da capacidade de processar informações (capacidade de ver placas ou sinalizações); diminuição da percepção
0,10% Redução da capacidade de ficar na mesma pista da estrada e parar corretamente
0,15% Incapacidade substancial para controlar o veículo, prestar atenção às funções de direção e processar informação visual e auditiva
Efeitos do álcool no cérebro podem causar blecauteEfeitos do álcool no cérebro podem causar blecaute

------++-====-----------------------------------------------------------------------=================--------------------------------------------------------------------------------====-++-----

quarta-feira, 18 de maio de 2022

A explicação científica para a misteriosa 'porta' vista em foto de Marte

===+===.=.=.= =---____---------   ---------____------------____::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::____-------------______---------   ----------____---.=.=.=.= +====


Registro enviado pela sonda Curiosity levantou questões sobre aspecto de formação rochosa no planeta vermelho. Do que se trata?
===+===.=.=.= =---____---------   ---------____------------____::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::____-------------______---------   ----------____---.=.=.=.= +====
TOPO
Por BBC

Postado em 18 de maio de 2022 às 20h55m

 #.*Post. - N.\ 10.328*.#

Registro enviado pela sonda Curiosity levantou questões sobre aspecto de formação rochosa no planeta vermelho — Foto: Nasa
Registro enviado pela sonda Curiosity levantou questões sobre aspecto de formação rochosa no planeta vermelho — Foto: Nasa

A foto de uma formação geológica em Marte viralizou nas redes sociais, suscitando comentários apreensivos e teorias mirabolantes sobre seu aspecto.

Muitos usuários viram nela uma "porta", enquanto outros se aventuraram em suposições sobre se uma civilização extraterrestre poderia criar uma "passagem" no planeta vermelho.

Mas o que é mostrado na foto tirada pelo robô Curiosity, que envia informações sobre Marte desde que pousou ali em 2012, tem uma explicação mais lógica.

Segundo a Nasa, a agência espacial americana, trata-se de uma questão de perspectiva.

A origem e sua explicação

Em 7 de maio, a Nasa publicou uma nova fotografia do solo de Marte que a câmera Mast do robô Curiosity registrou.

A agência espacial americana identificou a imagem como parte da série "Sol 3466" que foi publicada em vários fotogramas no site do Programa de Exploração de Marte.

Desde a publicação, alguns usuários começaram a teorizar sobre sua forma e sua aparência de "porta" ou "passagem".

Mas essa imagem em particular é apenas uma parte de uma série que, vista em toda a sua composição, muda a perspectiva de sua dimensão e forma.

"É uma foto muito, muito, muito ampliada de uma pequena rachadura em uma rocha", explicou a Nasa à BBC News Mundo, o serviço de notícias em espanhol da BBC.

Na imagem a seguir você pode ver a composição que forma toda a série de imagens 3466 e quão pequena é a fissura naquela rocha da cratera Jezero, que o robô Curiosity explorou nas últimas semanas.

Composição que forma toda a série de imagens 3466 em rocha da cratera Jezero — Foto: Nasa
Composição que forma toda a série de imagens 3466 em rocha da cratera Jezero — Foto: Nasa

Cientistas do Laboratório de Propulsão a Jato destacaram o quão pequena é a rachadura, com cerca de 30 cm de largura por 45 cm de comprimento.

"Existem rachaduras lineares em todo este afloramento, e este é um lugar onde várias rachaduras lineares se cruzam", explicou a NASA.

Uma rachadura 'curiosa'

Vários especialistas avaliaram o registro nos últimos dias.

Neil Hodgson, um geólogo britânico que estudou as formas de relevo marcianas, diz que, embora seja uma "imagem curiosa", não é misteriosa.

"Em suma, parece-me uma erosão natural", disse ele ao site especializado Live Science.

Os estratos, ou seja, as camadas rochosas que podem ser vistas em imagens como esta, são leitos de lodo e areia.

"Eles foram depositados há cerca de 4 bilhões de anos em condições sedimentares, possivelmente em um rio ou em uma duna levada pelo vento", disse Hodgson.

As fraturas do solo podem formar tais rachaduras naturalmente. Neste caso, uma rachadura vertical cruza com os estratos ou camadas para formar tais fendas.

Robô Perseverance da NASA coleta amostras de rocha do solo de MarteRobô Perseverance da NASA coleta amostras de rocha do solo de Marte

------++-====-----------------------------------------------------------------------=================--------------------------------------------------------------------------------====-++-----

'Estamos cada vez mais próximos de uma catástrofe climática', diz António Guterres sobre novo relatório da ONU

===+===.=.=.= =---____---------   ---------____------------____::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::____-------------______---------   ----------____---.=.=.=.= +====


Documento da Organização Mundial Meteorológica foi divulgado nesta quarta (18) aponta 'incapacidade humana em combater problemas climáticos'. Além disso, reafirma aumento do nível do mar e derretimento das camadas de gelo.
===+===.=.=.= =---____---------   ---------____------------____::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::____-------------______---------   ----------____---.=.=.=.= +====
Por g1

Postado em 18 de maio de 2022 às 08h45m

 #.*Post. - N.\ 10.327*.#

Secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial durante apresentação do relatório que aponta recorde de temperatura dos mares, em Genebra, em 18 de maio de 2022 — Foto: Reuters
Secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial durante apresentação do relatório que aponta recorde de temperatura dos mares, em Genebra, em 18 de maio de 2022 — Foto: Reuters

A Organização Mundial Meteorológica (OMM) divulgou nesta quarta-feira (18) uma nova edição do relatório "Estado do Clima", que confirma que os últimos sete anos tem sido os mais quentes já registrados no planeta.

Em análise do documento, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou que o "sistema energético global está quebrado" e, com isso, que estamos "cada vez mais próximos de uma catástrofe climática".

Além disso, Guterres disse que o "Estado do Clima" mostra a "triste repetição do fracasso humano em combater os problemas climáticos" com "recordes alarmantes" atingidos em 2021 em várias frentes: aumento do nível do mar, aquecimento dos oceanos, concentração de gases de efeito estufa e acidificação dos oceanos.

O secretário-geral aponta que os combustíveis fósseis são um caminho sem saída e ressalta, ainda, que a guerra na Ucrânia e seus efeitos sobre o preço da energia é um outro aviso para que o mundo "acorde" para as mudanças climáticas.

Dados sobre oceanos

Em um dos pontos de destaque apresentados pela OMM, os cientistas relatam que os oceanos do planeta inteiro chegaram em 2021 ao maior nível de temperatura e acidez já registrados na história da humanidade.

O documento também reafirma - como já dito em outros relatórios climáticos - que há um aumento do nível do mar por conta do derretimento contínuo de camadas de gelo.

"Nosso clima está mudando diante de nossos olhos. O calor retido pelos gases de efeito estufa induzidos pela humanidade aquecerá o planeta por muitas gerações", declarou o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas. 
Mais carbono na atmosfera

A organização identificou que os níveis de dióxido de carbono e metano na atmosfera ultrapassaram em 2021 o recorde anterior.

Na média, apontou o relatório, a temperatura mundial em 2021 foi 1.11ºC mais alta que na era pré-industrial, que líderes e organizações mundiais usam como referência. Pelos principais estudos atuais, caso o mundo alcance a média de 1.5ºC acima da era pré-industrial, os efeitos do aquecimento global se tornam drásticos e eminentes.

A temperatura registrada em 2021 tenha sido ligeiramente mais baixa que a de 2020, o que o estudo relaciona com o esfriamento do Pacífico causado pelo fenômeno La Niña. Ainda assim, o ano passado entrou na lista dos sete anos mais quentes já registrados pela humanidade.

As mudanças já são visíveis em todos os continentes, e o relatório cita como exemplo ondas de calor extremas, incêndios florestais e enchentes registradas ao longo do ano passado.

E as consequências também já chegaram aos cofres públicos, que tiveram prejuízo de ao menos US$ 100 bilhões (cerca de R$ 494 bilhões) por conta de episódios causados pela mudança climática apenas em 2021. 
Maior acidez em 26 mil anos

O aumento da temperatura fez com que os oceanos alcançassem a maior acidez dos últimos 26 mil anos do planeta, apontou o estudo. O aumento ocorre por conta da reação produzida pelo mar por conta da maior presença de dióxido de carbono na atmosfera.

Como consequência do aumento das temperaturas, o nível do mar aumentou 4,5 centímetros em 2021, concluiu a OMM.

------++-====-----------------------------------------------------------------------=================--------------------------------------------------------------------------------====-++-----