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sábado, 25 de setembro de 2021

Em menos de um mês, 2ª tartaruga de espécie que tem a mordida mais forte do que a de um leão é recolhida em Presidente Prudente .

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Entrega espontânea do réptil, que é originário das Américas do Norte e Central, foi feita nesta quarta-feira (22) à Polícia Militar Ambiental. Responsável disse que havia ganhado o animal de uma pessoa que já morreu.
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Por Heloise Hamada, g1 Presidente Prudente

Postado em 25 de setembro de 2021 às 16h35m


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Polícia Ambiental recolheu mais uma tartaruga-mordedora em Presidente Prudente (SP) — Foto: Heloise Hamada/g1
Polícia Ambiental recolheu mais uma tartaruga-mordedora em Presidente Prudente (SP) — Foto: Heloise Hamada/g1

A Polícia Militar Ambiental recolheu uma tartaruga-mordedora (Chelydra serpentina) em Presidente Prudente (SP), nesta quarta-feira (22). Em menos de um mês, é o segundo réptil da mesma espécie, que é originária das Américas do Norte e Central e que tem a mordida mais forte do que a de um leão, encontrada na cidade.

O capitão da Polícia Ambiental Júlio César Cacciari de Moura afirmou ao g1 que um homem entrou em contato com a corporação para fazer a entrega voluntária do bicho.

Esse cidadão verificou a importância de entregar esse animal e resolveu fazer essa entrega espontânea, que não gera responsabilização, afirmou o oficial.

Polícia Ambiental recolheu mais uma tartaruga-mordedora em Presidente Prudente (SP) — Foto: Heloise Hamada/g1
Polícia Ambiental recolheu mais uma tartaruga-mordedora em Presidente Prudente (SP) — Foto: Heloise Hamada/g1

A tartaruga era mantida em cativeiro em uma chácara próxima ao Rancho Quarto de Milha, na zona sul de Presidente Prudente.

O responsável pela entrega informou que não tinha conhecimento sobre a origem do animal e que havia ganhado a tartaruga de um homem que, segundo ele informou e nós estamos averiguando, já faleceu. Diante dessa linha de investigação, nós estamos verificando se há outras tartarugas doadas por essa pessoa, ou vendidas por ela também, explicou o capitão.

A polícia estima que a tartaruga tem aproximadamente de sete a oito anos de idade.

Ele contou que ganhou filhote e, sempre com essa característica de bastante agressividade, nunca ficou solta. Os animais têm agressividade diferente. Hoje, já bastante alimentada, ela já está bem tranquila, mas é um animal que tem agressividade maior do que a outra que foi capturada no mês passado e que tem um tamanho mais expressivo. Ele disse que ela era alimentada com ração de peixe. Esse é um animal que pode comer insetos, serpentes na natureza, plantas. É um animal com uma dieta bastante variada, detalhou Moura.

Polícia Ambiental recolheu mais uma tartaruga-mordedora em Presidente Prudente (SP) — Foto: Heloise Hamada/g1
Polícia Ambiental recolheu mais uma tartaruga-mordedora em Presidente Prudente (SP) — Foto: Heloise Hamada/g1

Moura pontuou que um dos motivos que levou à entrega espontânea foi a repercussão do encontro de outra tartaruga da mesma espécie no fim do mês passado na cidade.

A importância da divulgação dos crimes ambientais consiste nisso também, de levar conscientização, levar a uma educação e a mudança de comportamento, que é fundamental, destacou.

A Polícia Ambiental vai averiguar se há relação entre as duas tartarugas-mordedoras, já que elas estavam na mesma região da cidade e em localidades próximas, a uma distância de aproximadamente 6 quilômetros.
Polícia Ambiental recolheu mais uma tartaruga-mordedora em Presidente Prudente (SP) — Foto: Heloise Hamada/g1
Polícia Ambiental recolheu mais uma tartaruga-mordedora em Presidente Prudente (SP) — Foto: Heloise Hamada/g1

Com o recolhimento do animal, a próxima etapa é encontrar um local apto para receber a tartaruga.

Estamos verificando a disponibilidade de locais aptos a receber esse animal. A Cidade da Criança é um desses locais que nós estamos verificando a possibilidade de comportar. Num primeiro momento, não vai ser colocado com outro animal da mesma espécie, há uma necessidade de averiguar a adequação. Porém, provavelmente, ela seja encaminhada para a Cidade da Criança, frisou o capitão.

Moura enfatizou que é importante as pessoas terem a consciência de que a posse de animais silvestres, quando não são comprados de um vendedor legalizado, configura infração ambiental e até mesmo crime.

A entrega voluntária de animais, a entrega espontânea dos animais, isenta a pessoa dessa responsabilização, isso está previsto em lei. Educação ambiental é fundamental para garantirmos um ambiente equilibrado, finalizou ao g1.
Polícia Ambiental recolheu mais uma tartaruga-mordedora em Presidente Prudente (SP) — Foto: Heloise Hamada/g1
Polícia Ambiental recolheu mais uma tartaruga-mordedora em Presidente Prudente (SP) — Foto: Heloise Hamada/g1

A primeira

No dia 26 de agosto, uma tartaruga-mordedora foi localizada em uma estrada rural próximo à represa do Rio Santo Anastácio, em Presidente Prudente. Até então não havia registro da presença do réptil no Oeste Paulista.

Inicialmente, foi divulgado pela Polícia Ambiental que se tratava de uma tartaruga-aligátor (Macrochelys temminckii). Mas, após a avaliação do animal, a polícia concluiu que era, na verdade, uma tartaruga-mordedora (Chelydra serpentina). Tanto a aligátor quanto a mordedora são espécies originárias das Américas do Norte e Central.

Tartaruga de espécie originária das Américas do Norte e Central foi encontrada em Presidente Prudente (SP) no fim do mês passado — Foto: Polícia Ambiental
Tartaruga de espécie originária das Américas do Norte e Central foi encontrada em Presidente Prudente (SP) no fim do mês passado — Foto: Polícia Ambiental

O que chama a atenção sobre as duas espécies é a força de sua mordida, que pode ultrapassar o impacto de 600 quilos, em ambos os casos, ou seja, tanto da aligátor quanto da mordedora, segundo a polícia, enquanto a de um leão gira em torno dos 400 quilos.

A tartaruga-mordedora, que pode chegar aos 35 quilos, é onívora, ovípara e semiaquática.

A primeira recolhida pela Polícia Ambiental tem cerca de 10 quilos.

Quem encontrou o animal foi o estudante João Pedro Rodrigues Paes, de 20 anos. Ele relatou ao g1 que estava indo para a chácara da família quando viu a tartaruga na beira de uma estrada de terra.

"Fiquei com dó e parei o carro para evitar que alguém atropelasse a tartaruga. Liguei para a Polícia Militar e para a Polícia Ambiental. Inicialmente, acharam que era um jabuti e que era para deixar o bicho no local. Mas eu sei como é um jabuti", falou Paes.

Ele teve a ajuda de um outro homem para colocar o réptil no próprio carro e levar o animal até a Polícia Ambiental.

Tartaruga de espécie originária das Américas do Norte e Central foi encontrada em Presidente Prudente (SP) no fim do mês passado — Foto: João Pedro Rodrigues Paes/Cedida
Tartaruga de espécie originária das Américas do Norte e Central foi encontrada em Presidente Prudente (SP) no fim do mês passado — Foto: João Pedro Rodrigues Paes/Cedida

"Parecia dócil. Eu até fiz carinho na tartaruga sem saber que era brava. Ela estava bem calma. Só ficou mais agitada depois que o senhor a levantou e a colocou de volta no chão. Tanto que, na foto que eu tirei, ela está com a boca aberta", lembrou.

Somente quando chegou à base da Polícia Ambiental que ele soube que não era um bicho indefeso.

"Lá que me falaram que era um animal perigoso e que, se ela me mordesse, deceparia o meu dedo. Eu encostei pensando que era dócil, que era um animal perdido, nunca pensei que era perigoso", destacou.

Entretanto, ele só descobriu qual era a espécie da tartaruga com a repercussão do caso.

Primeira tartaruga-mordedora encontrada em Presidente Prudente (SP) já está na Cidade da Criança — Foto: Heloise Hamada/g1
Primeira tartaruga-mordedora encontrada em Presidente Prudente (SP) já está na Cidade da Criança — Foto: Heloise Hamada/g1

"Eu descobri quando li no g1, fiquei impressionado e pensei: 'Nossa, não acredito que passei a mão. Estou feliz que ainda tenho os cinco dedos da mão com que fiz o carinho", brincou.

Essa primeira tartaruga-moradora está no zoológico do Parque Ecológico da Cidade da Criança, em Presidente Prudente, e foi colocada em quarentena, período em que as equipes de profissionais que trabalham no local verificam se ela vai apresentar algum tipo de doença.

Um local para abrigar o animal está sendo preparado e o réptil deve ser colocado para exibição ao público visitante no zoológico.

Primeira tartaruga-mordedora encontrada em Presidente Prudente (SP) já está na Cidade da Criança — Foto: Heloise Hamada/g1
Primeira tartaruga-mordedora encontrada em Presidente Prudente (SP) já está na Cidade da Criança — Foto: Heloise Hamada/g1

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Espeleólogos encontram serpentes, mas não demônios no 'poço do inferno' no Iêmen

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Local fica no deserto da província de Al-Mahra, no leste do país: redondo e escuro de 30 metros de largura serve de entrada para uma caverna de cerca de 112 metros.
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TOPO
Por France Presse

Postado em 25 de setembro de 2021 às 14h15m


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Exploradores descem pela primeira vez ao Poço do Inferno, no Iêmen
Exploradores descem pela primeira vez ao Poço do Inferno, no Iêmen

Uma equipe de espeleólogos de Omã tentou desvendar os mistérios do lendário poço de Barhout no Iêmen, conhecido como "o poço do inferno", uma maravilha natural que assusta os moradores, que acreditam ser uma prisão para demônios.

No deserto da província de Al-Mahra, no leste do país, um buraco redondo e escuro de 30 metros de largura serve de entrada para uma caverna de cerca de 112 metros.

Lá dentro, uma equipe de Omã encontrou cobras, animais mortos e pedras cinzentas e verdes formadas por gotas de água.

Mas não encontraram vestígios de seres sobrenaturais ou cheiros marcantes além de pássaros mortos, de acordo com o chefe da equipe de oito espeleólogos.

"Havia cobras, mas elas não fazem nada com você se você não as perturbar", comentou à AFP Mohamed al-Kindi, professor de geologia na Universidade Alemã de Tecnologia de Omã.

"Pareceu-nos que esse projeto iria revelar uma nova maravilha e parte da história do Iêmen", disse o jovem, que também é dono de uma consultoria em exploração de mineração e de petróleo.

"Coletamos amostras de água, pedras, solo e alguns animais mortos, mas que ainda precisam ser analisados" antes da publicação de um relatório, explicou.

Vários altos funcionários iemenitas disseram à AFP em junho que não sabiam o que havia nesse buraco que eles acreditam remontar a "milhões" de anos. Segundo eles, as autoridades deste país, muito pobre e em guerra, nunca exploraram o fundo do "poço".

"Entramos no poço. Chegamos a mais de 50-60 metros de profundidade e senti coisas estranhas dentro", explicou então Salah Babhair, diretor-geral da autoridade local responsável pelos estudos geológicos e recursos minerais.

"É muito misterioso", insistiu.

Durante séculos, lendas foram transmitidas de geração em geração sobre espíritos malignos conhecidos como "djinns" que vivem neste "poço do inferno".

A maioria dos moradores evita chegar perto do buraco e até mesmo falar sobre ele, por medo de que isso traga azar.

Eles já têm infortúnios suficientes. O país está atolado em uma guerra civil desde 2014 entre o governo e os rebeldes houthis, que causou dezenas de milhares de mortes e milhões de deslocados, segundo organizações internacionais.

Segundo a ONU, o Iêmen vive a pior crise humanitária do mundo: com 30 milhões de habitantes à beira da fome e 80% da população dependente de ajuda internacional.

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sexta-feira, 24 de setembro de 2021

A incrível descoberta que indica presença humana nas Américas muito antes do que se pensava

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Equipe de cientistas atuando no Estado do Novo México, no sudoeste dos EUA, encontrou pegadas humanas que foram datadas entre 23 mil e 21 mil anos atrás, apontando que humanos chegaram às Américas pelo menos 7 mil anos antes do que se estimava anteriormente.
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TOPO
Por Paul Rincon, BBC

Postado em 24 de setembro de 2021 às 14h45m


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Equipe de cientistas atuando no sudoeste dos EUA encontrou pegadas humanas que foram datadas entre 23 mil e 21 mil anos atrás — Foto: Bournemouth University via BBC
Equipe de cientistas atuando no sudoeste dos EUA encontrou pegadas humanas que foram datadas entre 23 mil e 21 mil anos atrás — Foto: Bournemouth University via BBC

Novas descobertas científicas apontam que humanos chegaram às Américas pelo menos 7 mil anos antes do que se estimava anteriormente.

As pesquisas em torno do momento em que o continente americano passou a ser povoado a partir da Ásia despertam debates profundos há décadas. Muitos pesquisadores são céticos em relação às evidências da presença humana na América do Norte muito além de 16 mil anos atrás.

Agora, uma equipe de cientistas atuando no estado do Novo México, no sudoeste dos EUA, encontrou pegadas humanas que foram datadas entre 23 mil e 21 mil anos atrás.

Essa descoberta tem o potencial de transformar o que se sabe e o que se pensa sobre quando o continente foi povoado. Ela sugere a existência de grandes migrações sobre as quais não sabemos nada e levanta a possibilidade de que essas populações podem ter sido extintas.

As pegadas que levaram a essa nova linha do tempo foram formadas numa lama macia nas margens de um lago que atualmente faz parte do Parque Nacional de White Sands.

Para estimar a "idade" das pegadas, a equipe do Serviço Geológico dos EUA fez a datação do carbono de camadas de sedimentos acima e abaixo das pegadas encontradas. E assim puderam determinar a "idade" das pegadas em si.

Baseados nos tamanhos dessas marcas, os cientistas suspeitam que elas sejam de adolescentes ou crianças que iam e vinham, às vezes acompanhadas de um adulto.

Não está claro para os cientistas o que exatamente essas pessoas estavam fazendo ali, mas possivelmente elas estavam ajudando os adultos numa modalidade de caça que seria vista depois em culturas de indígenas na América do Norte. Ela é conhecida como salto de búfalo e consiste em conduzir animais selvagens até um despenhadeiro.

Esses animais "precisam ser processados num período muito curto de tempo", explica a paleontóloga Sally Reynolds, pesquisadora da Universidade de Bournemouth (Reino Unido). "É preciso acender as fogueiras, é preciso separar a gordura." As crianças e os adolescentes ali podem ter ajudado os adultos a coletar água, lenha ou outros suprimentos.

'Idade' das pegadas

Uma das pegadas atribuídas pelos pesquisadores a crianças ou adolescentes que viveram há mais de 20.000 anos no continente americano — Foto: Bournemouth University/via BBC
Uma das pegadas atribuídas pelos pesquisadores a crianças ou adolescentes que viveram há mais de 20.000 anos no continente americano — Foto: Bournemouth University/via BBC

A datação da descoberta é central no debate. Isso porque não é a primeira vez que se anuncia algum novo indício sobre a presença humana anterior nas Américas. Mas praticamente todas acabam sendo contestadas de alguma forma.

Em geral, o debate gira em torno do seguinte: as ferramentas de pedra encontradas em um sítio antigo são de fato o que parecem ser ou são simplesmente rochas quebradas por algum processo natural, como a queda de um penhasco?

Esses possíveis artefatos às vezes são menos óbvios do que as pontas de lança de 13 mil anos que foram primorosamente trabalhadas e depois encontradas na América do Norte. Daí acaba ficando uma porta aberta para contestações e conclusões definitivas.

"Uma das razões pelas quais há tanto debate é que há uma falta real de dados bastante sólidos e inequívocos. Isso é o que achamos que provavelmente temos agora (sobre a presença de humanos no continente quase 7 mil anos antes do que se pensava)", afirma o professor Matthew Bennett, primeiro autor do artigo da Universidade de Bournemouth, à BBC News.

"Pegadas não são como ferramentas de pedra. Uma pegada é uma pegada e não pode ser movida para cima e para baixo [nas camadas do solo]."

Embora a natureza da evidência física aqui seja mais difícil de ser descartada ou contestada como uma ponta de lança, os pesquisadores precisaram garantir que a datação fosse literalmente impermeável (completamente fechado para líquidos).

Uma complicação potencial apontada pela Science, publicação científica em que os achados foram publicados, nos estágios iniciais da revisão da descoberta, foi o "efeito reservatório". Isso se refere à maneira com que o carbono antigo às vezes pode ser reciclado em ambientes aquosos, interferindo nos resultados do radiocarbono ao fazer um local parecer mais antigo do que realmente é.

Os pesquisadores, no entanto, dizem que investigaram essa possibilidade e acreditam que ela não seja significativa aqui.

Tom Higham, professor e especialista em datação por radiocarbono da Universidade de Viena, disse: "Eles realizaram algumas verificações nas datas do material próximo ao local da pegada e descobriram que amostras totalmente terrestres (carvão) produziram idades semelhantes às do material aquático que datavam de mais perto das pegadas."

"Eles também argumentaram, acho que com razão, que o lago devia ser raso na época em que as pessoas andaram por lá, mitigando o impacto dos efeitos do reservatório introduzidos por antigas fontes de carbono."

Segundo Higham, a consistência dos resultados e o suporte de uma técnica diferente de datação aplicada ao lugar da descoberta reafirmaram a validade dos resultados.

"Acho que, em conjunto, esta é uma sequência de 21.000-23.000 anos", afirma Higham à BBC News.

Controvérsias em torno das datações nas Américas

As disputas no início da arqueologia americana têm muito a ver com o desenvolvimento histórico do campo científico.

Durante a segunda metade do século 20, surgiu um consenso entre os arqueólogos norte-americanos de que os povos pertencentes à cultura Clovis foram os primeiros a chegar às Américas.

Acredita-se que esses grandes caçadores tenham cruzado uma ponte de terra sobre o Estreito de Bering, que conectava a Sibéria ao Alasca durante a última era glacial, quando o nível do mar estava muito mais baixo.

O nome Clovis era o de um sítio arqueológico assim denominado, descoberto em 1939, também no Novo México. No local, foram encontrados artefatos de pedra lascada, datados de 11,4 mil anos. Segundo essa teoria, defendida principalmente pela comunidade arqueológica americana, a chegada teria ocorrido há cerca de 12 mil anos.

Se de um lado o consenso "Clovis-primeiro" se consolidou, de outro as descobertas de presenças humanas mais antigas acabaram descartados como não confiáveis. Isso levou alguns arqueólogos, inclusive, a realmente pararem de procurar por sinais de ocupação anterior.

Mas na década de 1970 essa ortodoxia começou a ser colocada em xeque.

Na década de 1980, surgiram evidências sólidas de uma presença humana de 14.500 anos em Monte Verde, no Chile.

E, desde os anos 2000, outros locais pré-Clovis tornaram-se amplamente aceitos, como o Buttermilk Creek Complex, com 15.500 anos, no centro do Texas, e o local Cooper's Ferry, com 16.000 anos, em Idaho. Ambos nos Estados Unidos.

Agora, as pegadas do Novo México sugerem que os humanos haviam chegado ao interior da América do Norte no auge da última Era do Gelo.

Gary Haynes, professor emérito da Universidade de Nevada, disse "não ter conseguido encontrar falhas no trabalho que foi feito ou nas interpretações desse artigo, que é importante e provocativo".

"As trilhas estão tão ao sul da conexão terrestre de Bering que agora temos que nos perguntar (1) se o povo ou seus ancestrais (ou outras pessoas) fizeram a travessia da Ásia para as Américas muito antes, (2) se as pessoas se mudaram rapidamente através dos continentes após cada travessia, e (3) se eles deixaram algum descendente."

Andrea Manica, geneticista da Universidade de Cambridge, disse que a descoberta sobre as pegadas no Novo México teria implicações importantes para a história da população das Américas.

"Não posso comentar sobre o quão confiável é a datação, porque está fora da minha especialidade, mas evidências sólidas de humanos na América do Norte há 23 mil anos estão em desacordo com a genética, o que mostra claramente uma divisão de nativos americanos de asiáticos em aproximadamente 15 mil a 16 mil anos atrás", disse à BBC News.

"Isso sugere que os primeiros colonos das Américas foram substituídos quando o corredor de gelo se formou e outra onda de colonos entrou. Mas não temos ideia de como isso teria de fato acontecido."
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Erupção de vulcão se intensifica nas Canárias, e mais 3 cidades são evacuadas

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Nuvem de gás tóxico e cinzas já se estende por mais de 4 km no céu, e companhias aéreas cancelaram voos para La Palma. A erupção e suas consequências podem durar até 84 dias.
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Por g1

Postado em 24 de setembro de 2021 às 12h35m


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Erupção do vulcão na ilha de La Palma, na Espanha, em 23 de setembro de 2021. Ele entrou em atividade em uma pequena ilha espanhola nas Canárias, no Oceano Atlântico, no domingo (19) e forçou a evacuação de milhares de pessoas. — Foto: Emilio Morenatti/Pool via Reuters
Erupção do vulcão na ilha de La Palma, na Espanha, em 23 de setembro de 2021. Ele entrou em atividade em uma pequena ilha espanhola nas Canárias, no Oceano Atlântico, no domingo (19) e forçou a evacuação de milhares de pessoas. — Foto: Emilio Morenatti/Pool via Reuters

Autoridades da ilha de La Palma, na Espanha, ordenaram nesta sexta-feira (24) a evacuação das cidades de Tajuya, Tacande de Abajo e da parte de Tacande de Arriba devido à erupção do vulcão nas Canárias.

Os bombeiros tiveram de recuar e interromperam o trabalho de limpeza na cidade de Todoque na tarde desta sexta, após uma nova fenda se abriu no flanco do vulcão, e companhias aéreas cancelaram voos, devido à maior nuvem de gás e cinzas desde o vulcão entrou em erupção.

"O vulcão está em uma nova fase explosiva", informou o serviço de bombeiros da ilha de Tenerife, que foi destacado para ajudar em La Palma, em uma rede social. "Os bombeiros não vão mais operar hoje".

O Instituto de vulcanologia das Canárias disse na quinta-feira (23) que a nuvem de gás tóxico e cinzas já se estende por mais de 4 quilômetros no céu.

Moradores olham de uma colina enquanto a lava flui do vulcão em erupção na ilha de La Palma , na Espanha, em 24 de setembro de 2021. O vulcão nas Ilhas Canárias, um território espanhola no Oceano Atlântico, continua a produzir explosões e a expelir lava cinco dias após entrar em atividade. — Foto: Emilio Morenatti/AP
Moradores olham de uma colina enquanto a lava flui do vulcão em erupção na ilha de La Palma , na Espanha, em 24 de setembro de 2021. O vulcão nas Ilhas Canárias, um território espanhola no Oceano Atlântico, continua a produzir explosões e a expelir lava cinco dias após entrar em atividade. — Foto: Emilio Morenatti/AP

Os serviços de emergência ordenaram inicialmente que os moradores das três cidades ficassem em casa, mas a orientação mudou devido à intensificação da atividade do vulcão no parque nacional Cumbre Vieja, no sul da ilha.

Voos cancelados

As companhias aéreas espanholas Iberia e Binter anunciaram nesta sexta que cancelaram alguns voos para La Palma devido ao vulcão (embora o espaço aéreo da ilha continue aberto).

"A evolução da nuvem de cinzas nos últimos dias forçou a companhia aérea a mudar sua programação, a partir de hoje, sexta-feira, 24 de setembro, cancelando voos para a ilha à noite", anunciou a Binter em um comunicado.

A companhia aérea não especificou quantos voos serão afetados. Já a Iberia anunciou que cancelou um voo na tarde de hoje.

Vulcão em erupção

Vulcão em erupção expele lava na ilha de La Palma na Espanha, em 23 de setembro de 2021. Ele entrou em atividade em uma pequena ilha nas Canárias, no Oceano Atlântico, no domingo (19) e forçou a evacuação de milhares de pessoas de suas casas. — Foto: Emilio Morenatti/AP
Vulcão em erupção expele lava na ilha de La Palma na Espanha, em 23 de setembro de 2021. Ele entrou em atividade em uma pequena ilha nas Canárias, no Oceano Atlântico, no domingo (19) e forçou a evacuação de milhares de pessoas de suas casas. — Foto: Emilio Morenatti/AP

O vulcão entrou em erupção no domingo (19) nas Canárias, um arquipélago espanhol formado por oito ilhas no Oceano Atlântico, e forçou a evacuação de milhares de pessoas.

As lavas estão descendo lentamente do Cumbre Vieja e continuam engolindo tudo o que encontram em seu caminho. Elas já destruíram 320 construções e 154 hectares de terra até o momento, em seu caminho em direção ao mar.

A lava pode gerar gases tóxicos se chegar ao Atlântico, e especialistas dizem que a erupção vulcânica e suas consequências podem durar até 84 dias em La Palma. A ilha tem cerca de 85 mil habitantes.

Lava do vulcão destrói tudo pelo caminho na ilha de La Palma, na Espanha, em 23 de setembro de 2021. O vulcão entrou em erupção no domingo (19) nas Canárias, um arquipélago espanhol formado por 8 ilhas no Oceano Atlântico, e forçou a evacuação de milhares de pessoas. — Foto: Emilio Morenatti/Pool via Reuters
Lava do vulcão destrói tudo pelo caminho na ilha de La Palma, na Espanha, em 23 de setembro de 2021. O vulcão entrou em erupção no domingo (19) nas Canárias, um arquipélago espanhol formado por 8 ilhas no Oceano Atlântico, e forçou a evacuação de milhares de pessoas. — Foto: Emilio Morenatti/Pool via Reuters

Veja onde está o vulcão — Foto: Arte G1
Veja onde está o vulcão — Foto: Arte G1

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