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sexta-feira, 9 de julho de 2021

A previsão de Stephen Hawking sobre buracos negros confirmada 50 anos depois por cientistas

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Cientistas do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT) nos Estados Unidos comprovaram pela primeira vez um dos teoremas mais importantes sobre buracos negros.
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TOPO
Por José Carlos Cueto, BBC

Postado em 09 de julho de 2021 às 09h00m


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Cientistas do MIT nos Estados Unidos comprovaram um dos teoremas mais importantes sobre buracos negros, a de que seu horizonte de eventos nunca deve diminuir, observando uma onda gravitacional resultado da colisão de dois buracos negros — Foto: Ligo
Cientistas do MIT nos Estados Unidos comprovaram um dos teoremas mais importantes sobre buracos negros, a de que seu horizonte de eventos nunca deve diminuir, observando uma onda gravitacional resultado da colisão de dois buracos negros — Foto: Ligo

Cinquenta anos depois, um grupo de cientistas confirmou um dos teoremas mais famosos do físico britânico Stephen Hawking.

É a teoria da área dos buracos negros. Segundo essa proposição, a área do horizonte de eventos de um buraco negro jamais pode diminuir. O horizonte de eventos é a fronteira ao redor de um buraco negro da qual nada, nem mesmo a luz, pode escapar, engolida pela força de sua gravidade.

Cientistas do prestigiado Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), nos Estados Unidos, e de outros centros de pesquisa, liderados pelo físico Maximiliano Isi, foram os primeiros a confirmar essa teoria. E o fizeram a partir da observação de ondas gravitacionais.

Apesar de processos muito extremos ocorrerem dentro de um buraco negro, no qual não se aplicam as leis físicas que acreditamos ser universais, "é curioso que coisas semelhantes às leis da termodinâmica aconteçam no nível microfísico", explica Isi à BBC News Mundo, o serviço de notícias em espanhol da BBC.

A pesquisa de Isi e seus colegas foi publicada em 1º de julho na revista científica Physical Review Letters.

Os buracos negros são um dos fenômenos mais enigmáticos do universo.

Para que se formem, uma estrela deve primeiro morrer.

Além disso, tudo que entra em um buraco negro nunca consegue escapar, nem mesmo a luz. E em seu centro, o tempo e o espaço param.

Embora até 2019 ninguém tivesse visto um buraco negro, a prova de sua existência estava nas equações da teoria da relatividade geral de Albert Einstein.

Físico britânico Stephen Hawking esboçou algumas das teorias mais importantes sobre os buracos negros — Foto: Santi Visalli/Getty Images via BBC
Físico britânico Stephen Hawking esboçou algumas das teorias mais importantes sobre os buracos negros — Foto: Santi Visalli/Getty Images via BBC

Qual é a teoria de Hawking?

Stephen Hawking, o famoso físico britânico que morreu em 2018, propôs esse teorema — um dos mais importantes sobre a mecânica dos buracos negros — em 1971.

O teorema prevê que a área total do horizonte de eventos de um buraco negro nunca deve diminuir.

Essa proposição é paralela à segunda lei da termodinâmica.

Ela indica que a entropia também nunca deve diminuir. Entropia é uma grandeza usada na termodinâmica para medir o grau de desordem em um sistema. Quanto maior a entropia em um processo físico ou químico, menos organizado e mais aleatório ele é.

A semelhança entre as duas teorias sugere que os buracos negros podem se comportar como objetos térmicos que emitem calor.

Mas essa proposição era confusa, uma vez que se acreditava que os buracos negros, por sua própria natureza, nunca deixavam escapar ou irradiar energia.

"Hawking conseguiu coordenar essas ideias em 1971, mostrando que os buracos negros têm entropia e emitem radiação em escalas de tempo muito longas se seus efeitos quânticos forem levados em consideração", diz um comunicado do MIT.

Este fenômeno foi chamado de "radiação Hawking" e é uma das revelações mais importantes sobre os buracos negros.

Mas os cientistas ainda não tinham sido capazes de verificar visualmente esse teorema.

Cinquenta anos depois, isso foi possível.

Como os cientistas conseguiram confirmá-lo?

O mais importante para Isi, para além da curiosidade natural despertada por buracos negros, era "corroborar o total paralelismo de certas leis dos buracos negros com as leis da termodinâmica". Neste caso, a entropia, diz ele.

"Com este estudo, confirmamos com alguma precisão essa previsão fundamental de Hawking sobre como os buracos negros deveriam funcionar."

"É muito importante que essas teorias, até agora principalmente abstratas, possam ser abordadas por meio de uma análise observacional", acrescenta o especialista.

Até agora, o teorema de Hawking tinha sido provado matematicamente, mas nunca tinha sido visualizado na natureza.

No estudo, a equipe analisou cuidadosamente a onda gravitacional GW150914, a primeira capturada diretamente pelo observatório LIGO (Observatório de Ondas Gravitacionais por Interferômetro Laser, um projeto de observação de ondas gravitacionais de origem cósmica).

Essa onda gravitacional é chamada de GW150914 pelas siglas de "Gravitational Wave" (onda gravitacional) e a data de sua observação, 14 de setembro de 2015.

A onda foi produto da fusão de dois buracos negros que geraram um novo buraco negro, concentrando uma enorme quantidade de energia que ondulou através do espaço-tempo na forma de ondas gravitacionais.

Segundo o teorema de Hawking, a área final do horizonte desse novo buraco negro não poderia ser menor que a área do horizonte de seus dois buracos negros originais. Em outras palavras, a área final não poderia ter diminuído.

Com uma análise da onda gravitacional GW150914, seria possível verificar isso.

"Com sistemas de detecção aprimorados, pudemos observar o antes e o depois dessa colisão", explica Isi.

Sua equipe desenvolveu uma técnica para captar frequências específicas e reverberações da fusão que eles poderiam usar para calcular a massa e a rotação do buraco negro final. A massa e a rotação de um buraco negro estão diretamente relacionadas à área de seu horizonte de eventos.

Assim, conseguiram confirmar que a área não diminuiu após a fusão - ela aumentou. E esse resultado a equipe reporta com 95% de certeza.

"No futuro, quando nossos observadores continuarem a melhorar, detectaremos cada vez mais sinais com mais precisão. Com isso esperamos continuar corroborando essas leis e, um dia, conseguir descobrir algo completamente novo", diz Isi à BBC News Mundo.

MIT
Stephen Hawking

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quinta-feira, 8 de julho de 2021

O plano da China para lançar foguetes e desviar asteroide que poderia acabar com vida na Terra

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Foguetes Longa Marcha 5 citados no estudo são chave para ambições espaciais de curto prazo da China. Eles são usados para diferentes finalidades: desde carregar módulos de estações espaciais até lançar sondas à Lua e a Marte.
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Por BBC

Postado em 08 de julho de 2021 às 13h05m


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Cálculos sobre plano de usar foguetes para desviar asteroide se basearam no corpo celeste Bennu. — Foto: Nasa via BBC
Cálculos sobre plano de usar foguetes para desviar asteroide se basearam no corpo celeste Bennu. — Foto: Nasa via BBC

Como num filme de ficção científica, pesquisadores chineses traçaram um plano de enviar 23 dos maiores foguetes da China para desviar um asteroide enorme, algo que poderia ser crucial caso um corpo celeste entre de fato em rota de colisão com a Terra.

Segundo especialistas do Centro Nacional de Ciências Espaciais do país, simulações matemáticas apontaram que a estratégia de foguetes atingindo simultaneamente um grande asteroide poderia desviá-lo de seu caminho original a uma distância de 1,4 vezes o raio da Terra.

Os cálculos são baseados em um asteroide chamado Bennu, que orbita o Sol e é tão largo quanto o arranha-céus Empire State Building, em Nova York, que tem 381 metros de altura e está entre os 50 maiores edifícios do mundo. O Bennu pertence a uma classe de rochas com potencial para causar danos regionais ou continentais — estima-se que asteroides medindo mais de 1 km poderiam gerar consequências globais.

O estudo em torno do tema, assinado por seis pesquisadores, foi publicado recentemente na revista científica Icarus.

Nele, os cientistas afirmam que "os impactos de asteroides representam uma grande ameaça para toda a vida na Terra" e que a estratégia de lançar algo contra eles é a abordagem mais possível, porém com efeito limitado.

Por isso, eles passaram a calcular o envio de um conjunto de objetos contra eventuais asteroides em rota de colisão com o planeta.

Os foguetes Longa Marcha 5 citados no estudo são a chave para as ambições espaciais de curto prazo da China. Eles são usados para diferentes finalidades: desde carregar módulos de estações espaciais até lançar sondas à Lua e a Marte.

A China lançou com sucesso seis foguetes Longa Marcha 5 desde 2016. Mas o último gerou preocupações de segurança ao redor do mundo, uma vez que pedaços remanescentes dele reentraram na atmosfera em maio sem controle e poderiam atingir uma região habitada, algo que acabou não acontecendo.

Nave espacial da Nasa captura amostra de asteroide em operação histórica
Nave espacial da Nasa captura amostra de asteroide em operação histórica

"A proposta de manter o compartimento superior do foguete de lançamento para uma espaçonave guiadora, criando um grande "impactador cinético' para desviar um asteroide me parece um conceito bastante bom", disse o professor Alan Fitzsimmons, do centro de pesquisa em astrofísica da Queen's University em Belfast, na Irlanda do Norte.

"Ao aumentar a massa que atinge o asteroide, a física simples deve garantir um efeito muito maior", acrescentou Fitzsimmons à agência de notícias Reuters.

Para ele, no entanto, caso essa missão se torne realidade um dia, seriam necessários cálculos bem mais detalhados.

Atualmente, estimativas apontam que há quase 1% de chance de um asteroide de 100 metros de largura atingir a Terra nos próximos 100 anos, afirmou o professor Gareth Collins, da universidade Imperial College London, no Reino Unido.

Lançamento do foguete 5B Longa Marcha, ligado a uma nova estação espacial chinesa; esse tipo de equipamento seria usado no plano hipotético de desviar um corpo celeste. — Foto: China Daily via Reuters/BBC
Lançamento do foguete 5B Longa Marcha, ligado a uma nova estação espacial chinesa; esse tipo de equipamento seria usado no plano hipotético de desviar um corpo celeste. — Foto: China Daily via Reuters/BBC

"Algo em rota de colisão do tamanho de um Bennu é cerca de 10 vezes menos provável."

Para os cientistas, alterar o caminho de um asteroide representa um risco menor do que explodir a rocha com explosivos nucleares, que podem criar fragmentos menores sem alterar seu curso.

O resultado prático de todos esses cálculos e hipóteses deve ser visto em breve. Em algum momento entre o final de 2021 e o início de 2022, os Estados Unidos lançarão uma espaçonave robótica para interceptar dois asteroides relativamente próximos da Terra.

Quando chegar ao destino, um ano depois, a espaçonave da Nasa (agência espacial americana) fará um pouso forçado no menor dos dois corpos rochosos para ver o quanto a trajetória do asteroide muda. Será a primeira tentativa da humanidade de mudar o curso de um corpo celeste.

Com informações da agência de notícias Reuters.

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IPCA: inflação fica em 0,53% em junho e atinge 8,35% em 12 meses

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Apesar de taxa mensal ter desacelerado, inflação acumulada em 12 meses é a maior desde setembro de 2016. A vilã do mês foi novamente a energia elétrica, com alta de 1,95%.
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Por Darlan Alvarenga e Daniel Silveira, G1

Postado em 08 de julho de 2021 às 10h00m


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Linhas de transmissão de energia na região de Brasília; a conta de luz teve o maior impacto individual na inflação do mês de junho. — Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino
Linhas de transmissão de energia na região de Brasília; a conta de luz teve o maior impacto individual na inflação do mês de junho. — Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino

Puxado pela alta da energia elétrica, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – a inflação oficial do país – ficou em 0,53% em junho, após ter registrado taxa de 0,83% em maio, conforme divulgou nesta quinta-feira (8) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"Esse é o maior resultado para o mês desde junho de 2018 (1,26%). Com isso, o indicador acumula alta de 3,77% no ano e 8,35% nos últimos 12 meses", informou o IBGE.

Com o resultado, a inflação acumulada em 12 meses fica ainda mais acima do teto da meta do governo para o ano – o centro da meta é de 3,75% em 2021, podendo variar entre 2,25% e 5,25%.

Segundo o IBGE, a taxa de 8,35% é a maior para o acumulado em 12 meses desde setembro de 2016 (8,48%).

Inflação oficial foi a mais alta para um mês de junho desde 2018 — Foto: Economia/G1
Inflação oficial foi a mais alta para um mês de junho desde 2018 — Foto: Economia/G1

O resultado veio um pouco abaixo das expectativas. A mediana das projeções de 38 instituições ouvidas pelo Valor Data era de alta de 0,59% no mês e de taxa de 8,41% em 12 meses.

IPCA de junho fica em 0,53%; Miriam Leitão comenta
IPCA de junho fica em 0,53%; Miriam Leitão comenta

Veja o resultado para cada um dos grupos pesquisados

Dos 9 grupos de produtos e serviços pesquisados, 8 tiveram alta em junho.Veja abaixo:

  • Alimentação e bebidas: 0,43%
  • Habitação: 1,10%
  • Artigos de residência: 1,09%
  • Vestuário: 1,21%
  • Transportes: 0,41%
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,51%
  • Despesas pessoais: 0,29%
  • Educação: 0,05%
  • Comunicação: -0,12%
Indicador acumulado em 12 meses até junho é o maior registrado desde setembro de 2016 — Foto: Economia/G1
Indicador acumulado em 12 meses até junho é o maior registrado desde setembro de 2016 — Foto: Economia/G1

Energia elétrica foi novamente a vilã

O maior impacto na inflação de junho veio do grupo habitação (1,10%), principalmente, por causa da energia elétrica (1,95%).

Embora tenha desacelerado em relação ao mês anterior (5,37%), a conta de luz teve o maior impacto individual no índice do mês, respondendo por 0,09 ponto percentual do IPCA de junho. No acumulado em 12 meses, a alta da energia elétrica residencial é de 14,20%.

A energia continuou subindo muito por conta da bandeira tarifária vermelha patamar 2, que passou a vigorar em junho e acrescenta R$ 6,243 à conta de luz a cada 100 quilowatts-hora consumidos. Em maio, estava em vigor a bandeira vermelha patamar 1, cujo acréscimo é menor (R$ 4,169)", destacou o analista da pesquisa, André Filipe Guedes Almeida.

Vale lembrar que em julho, a cobrança extra da tarifa vermelha foi reajustada para R$ 9,49 a cada 100 kWh consumidos, o que fará com que a energia elétrica continue pressionando a inflação..

No grupo dos transportes, os combustíveis subiram 0,87% e acumulam alta de 43,92% nos últimos 12 meses.

Mais uma vez, o maior impacto veio da gasolina, que subiu 0,69% em junho, depois de um aumento de 2,87% em maio. Os preços do etanol (2,14%) e do óleo diesel (1,10%) e do gás veicular (0,16%) também registraram alta.

"Essa desaceleração na energia elétrica e nos combustíveis, embora ainda tenham tido variação positiva, contribuíram para uma inflação menor em junho", apontou Almeida.

Apenas 4 das 11 regiões pesquisadas tiveram inflação abaixo da média nacional — Foto: Economia/G1
Apenas 4 das 11 regiões pesquisadas tiveram inflação abaixo da média nacional — Foto: Economia/G1

Carnes sobem pelo 5º mês seguido

No grupo Alimentação e bebidas, a alta de 0,43% ficou próxima à do mês anterior (0,44%). A alimentação no domicílio passou de 0,23% em maio para 0,33% em junho, principalmente por conta das carnes (1,32%), que subiram pelo quinto mês consecutivo e acumulam alta de 38,17% em 12 meses.

No lado das quedas no mês, os destaques foram a batata-inglesa (-15,38%), a cebola (-13,70%), o tomate (-9,35%) e as frutas (-2,69%).

Repercussão e perspectivas

A meta central do governo para a inflação em 2021 é de 3,75%, e o intervalo de tolerância varia de 2,25% a 5,25%. Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic), que está atualmente em 4,25% ao ano.

A expectativa do mercado financeiro para a inflação de 2021 foi elevada na semana passada para 6,07%, segundo a pesquisa Focus do Banco Central. Com isso, a projeção dos analistas segue cada vez mais acima do teto do sistema de metas. Se confirmado o resultado, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, terá de redigir uma carta aberta explicando os motivos para o descumprimento da meta.

Já a expectativa para a taxa Selic no fim do ano segue em 6,50%, o que pressupõe que haverá novas altas nos próximos meses.

Para o economista da Necton, André Perfeito, o resultado de junho mostra que em parte alguns componentes da cesta do IPCA estão respondendo à atividade ainda fraca.

"O indicador veio bom e pode tirar certo peso das costas do Banco Central. No entanto a recente desvalorização do real pode jogar no sentido contrário", afirma o economista, que projeta alta de 100 pontos base na próxima reunião do Copom.

Para 2022, o mercado financeiro estima uma inflação de 3,77%. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,5% e será oficialmente cumprida se oscilar de 2% a 5%.

INPC desacelera para 0,60% em junho

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), usado para reajustes salariais, desacelerou para 0,60% em junho, ficando abaixo do resultado de maio (0,96%). No ano, o indicador acumula alta de 3,95% e, em 12 meses, de 9,22%, acima dos 8,90% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

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quarta-feira, 7 de julho de 2021

Mundo passa de 4 milhões de mortes por Covid, mas número 'subestima o total de vítimas', diz OMS

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OMS O último milhão de óbitos foi registrado em tempo recorde: apenas 81 dias. Brasil passou a Índia de novo e é o país que tem a maior média de novas vítimas do novo coronavírus.
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Por Lucas Sampaio, G1

Postado em 07 de julho de 2021 às 11h45m


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Mundo passa de 4 milhões de mortes por Covid-19 — Foto: Bruno Kelly/Reuters
Mundo passa de 4 milhões de mortes por Covid-19 — Foto: Bruno Kelly/Reuters

O mundo passou de 4 milhões de mortes causadas pela Covid-19, mas o número "subestima o total de vítimas", afirmou nesta quarta-feira (7) o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom.

A marca é superada com o Brasil de novo como o país que tem a maior média diária de novas vítimas do coronavírus do planeta (veja mais abaixo).

Foram 263 dias para a pandemia chegar ao 1º milhão de vítimas, mais 108 dias para o 2º milhão, outros 93 dias para o 3º milhão e apenas 81 dias para ultrapassar a marca atual.

"O mundo está em um ponto perigoso nesta pandemia. Acabamos de ultrapassar a trágica marca de 4 milhões de mortes registradas de Covid-19, o que provavelmente subestima o número total de vítimas", afirmou Tedros.

Apesar da declaração, o painel da OMS reporta na manhã desta quarta 3.988.565 mortes causadas pela Covid-19. O monitoramento da Universidade Johns Hopkins aponta 3.995.703 vítimas e o "Our World in Data", projeto ligado à Universidade de Oxford, 3,99 milhões.

VEJA TAMBÉM: Variantes estão vencendo 'corrida contra vacinas' por causa da desigualdade na aplicação, diz OMS

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante reunião em Genebra em 24 de maio — Foto: Laurent Gillieron/Pool via Reuters
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante reunião em Genebra em 24 de maio — Foto: Laurent Gillieron/Pool via Reuters

O mundo registrou o último milhão de mortes em tempo recorde, mas número de novas vítimas tem desacelerado nos últimos meses, de uma média de 13,9 mil no fim de de abril para 7,8 mil atualmente.

Brasil como o pior país

O número de mortes por Covid-19 tem recuado também no Brasil, de uma média de mais de 3,1 mil em meados de abril para cerca de 1,5 mil por dia na última semana, mas o patamar atual ainda é muito alto.

O Brasil é o país que a maior média de óbitos por dia por Covid-19 desde 20 de junho (posto que já havia ocupado entre março e abril deste ano e entre junho e julho do ano passado).

Atualmente, a média diária de vítimas no Brasil é mais do que a de Índia e Rússia juntos (o 2º e 3º países do ranking. Veja na tabela abaixo:)

Países com as maiores médias de novas mortes por Covid-19

1. Brasil 1.574
2. Índia 806
3. Rússia 658
4. Colômbia 591
5. Indonésia 511
6. Argentina 483
7. África do Sul 305
8. Peru 213
9. EUA 198
10. México 154

O mundo tem atualmente 184 milhões de casos de Covid-19 confirmados, e os países já aplicaram mais de 3,2 bilhões de vacinas para combater a doença e o vírus.

O Brasil é o 2º país com mais óbitos, o 3º com mais infectados e o 4º que mais aplicou doses de imunizantes.

Todos os números são do "Our World in Data", projeto ligado à Universidade de Oxford, e da Universidade Johns Hopkins.

As 10 nações com mais óbitos por Covid-19 desde o início da pandemia são:

Os 10 países com mais mortes por Covid

1. EUA 605 mil
2. Brasil 525 mil
3. Índia 403 mil
4. México 233 mil
5. Rússia 137 mil
6. Reino Unido 128 mil
7. Itália 127 mil
8. França 111 mil
9. Colômbia 109 mil
10. Argentina 96 mil

Os 10 países com mais casos confirmados de Covid

1. EUA 33,7 milhões
2. Índia 30,6 milhões
3. Brasil 18,7 milhões
4. França 5,8 milhões
5. Rússia 5,5 milhões
6. Turquia 5,4 milhões
7. Reino Unido 4,9 milhões
8. Argentina 4,5 milhões
9. Colômbia 4,3 milhões
10. Itália 4,2 milhões

Os 10 países com mais vacinas contra a Covid-19 aplicadas são:

Os 10 países com mais vacinas contra Covid aplicadas

1. China 1,32 bilhão
2. Índia 351 milhões
3. EUA 330 milhões
4. Brasil 106 milhões
5. Reino Unido 79 milhões
6. Alemanha 77 milhões
7. França 56 milhões
8. Turquia 54 milhões
9. Itália 53 milhões
10. Japão 50 milhões

O primeiro milhão de mortes foi marcado por uma primeira onda na Europa, entre março e abril de 2020, que assustou o mundo e levou os países a adotarem severas medidas de restrição para diminuir a proliferação do vírus.

O segundo milhão de vítimas foi marcado por uma aceleração constante no número de óbitos primeiro na Europa, impulsionada pela variante alfa, detectada inicialmente no Reino Unido, e posteriormente nos Estados Unidos, o que levou o mundo a atingir na época o recorde de mortes diárias.

O terceiro milhão de óbitos foi marcado por uma forte queda no número de mortes tanto nos EUA quanto na Europa, após severas restrições e com a aceleração da vacinação. Ao mesmo tempo, os óbitos já começavam a crescer na América do Sul e na Ásia, a partir de março.

Já o quarto milhão foi marcado por uma disparada da pandemia na América do Sul e na Ásia, sobretudo por causa do Brasil e da Índia.

Corpos enterrados em covas rasas nas margens do Rio Ganges, perto de um local de cremação, em Prayagraj, na Índia, em 15 de maio de 2021. Suspeita é que corpos são de vítimas da Covid-19. — Foto: Rajesh Kumar Singh/AP
Corpos enterrados em covas rasas nas margens do Rio Ganges, perto de um local de cremação, em Prayagraj, na Índia, em 15 de maio de 2021. Suspeita é que corpos são de vítimas da Covid-19. — Foto: Rajesh Kumar Singh/AP

Variantes gama e delta

Na América do Sul, a variante gama (ou P.1) se espalhou pelo Brasil e depois para os outros países da região, causando uma onda de casos e mortes inclusive em países com a vacinação mais adiantada, como Chile e Uruguai.

Na Ásia, a variante delta devastou a Índia, que passou por um completo colapso sanitário e hospitalar entre abril e maio e bateu todos os recordes mundiais de casos e mortes por Covid-19.

Desde então, a variante delta tem se espalhado pelo mundo e causado uma forte alta de mortes em diversos países — da Rússia à Indonésia — e também de casos até em nações que são referência na vacinação contra a Covid-19, como Israel e Reino Unido.

Entenda por que a chegada da variante delta preocupa especialistas
Entenda por que a chegada da variante delta preocupa especialistas

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