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sábado, 8 de maio de 2021

Em dois dias, 45 mil se inscrevem para matar bisões nos EUA

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Objetivo é controlar superpopulação desses animais no Grand Canyon, no Estado americano do Arizona.
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TOPO
Por BBC

Postado em 08 de maio de 2021 às 14h35m


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Superpopulação de bisões vem causando danos — Foto: David Zalubowski/AP Photo
Superpopulação de bisões vem causando danos — Foto: David Zalubowski/AP Photo

Mais de 45 mil pessoas se registraram para abater bisões no Grand Canyon depois que o Serviço Nacional de Parques dos Estados Unidos (NPS, na sigla em inglês) solicitou voluntários para controlar a superpopulação desses animais.

O famoso parque nacional do Estado americano do Arizona está buscando 12 "voluntários qualificados" para reduzir o rebanho, que cresceu o suficiente para causar danos ambientais.

O evento não está sendo classificado como "caça", pois a caça é proibida nos parques nacionais dos Estados Unidos.

Mas alguns ambientalistas alertaram que a medida pode abrir um precedente perigoso.

As inscrições abriram na segunda-feira e fecharam após 48 horas com 45.040 inscritos.

Serão selecionados 25 nomes iniciais. Depois de serem avaliadas pelas autoridades do parque com base em suas habilidades, incluindo tiro ao alvo, 12 pessoas terão a oportunidade de matar um bisão em uma área do parque conhecida como North Rim.

Os voluntários estão autorizados a trazer uma equipe de apoio junto, de acordo com as regras do NPS.

Um bisão pode pesar mais de 900 kg, mas os atiradores devem carregar qualquer carcaça a pé, sem a ajuda de transporte motorizado ou animais de carga.

O evento acontecerá em um terreno acidentado, rochoso e, às vezes, com neve, com elevações superiores a 2.440 metros.

Superpopulação de bisões vem causando danos — Foto: Lucy Nicholson/Reuters
Superpopulação de bisões vem causando danos — Foto: Lucy Nicholson/Reuters

Autoridades dizem que o programa piloto é necessário depois que o rebanho cresceu rapidamente para 600 bisões nos últimos anos. O NPS espera reduzir o rebanho residente em North Rim para cerca de 200 bisões, a fim de reduzir a destruição de sítios arqueológicos nativos americanos, a erosão do solo e a contaminação da água.

Antes de serem caçados até quase sua extinção no século 19, os bisões (também conhecidos nos Estados Unidos como búfalos) percorriam grande parte do continente. Estima-se que 30 a 60 milhões de bisões foram reduzidos a apenas cerca de 400 no final daquele século.

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sexta-feira, 7 de maio de 2021

'Monstro do rio' de 109 kg é pescado nos EUA; peixe pode ter mais de 100 anos

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Animal foi devolvido à natureza. Entidade que divulgou foto diz que peixe 'é um dos maiores esturjões de lago já registrados' no país e 'presume-se que seja uma fêmea'.
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Por G1

Postado em 07 de maio de 2021 às 14h45m


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'Monstro do rio' de 108 kg é pescado no Rio Detroit, no estado do Michigan, nos Estados Unidos. Peixe pode ter 100 anos. — Foto: Reprodução Facebook/Alpena Fish and Wildlife Conservation Office
'Monstro do rio' de 108 kg é pescado no Rio Detroit, no estado do Michigan, nos Estados Unidos. Peixe pode ter 100 anos. — Foto: Reprodução Facebook/Alpena Fish and Wildlife Conservation Office

Um peixe gigante de mais de 100 kg e que pode ter mais de 100 anos foi pescado no Rio Detroit, nos Estados Unidos, em abril. O animal foi devolvido à natureza.

A imagem do "monstro do rio" foi divulgada pelo Escritório de Conservação de Peixes e Vida Selvagem de Alpena, uma cidade de aproximadamente 10 mil habitantes a cerca de 400 km de Detroit, capital do Michigan.

Chamado de "monstro do rio da vida real", o peixe pesava 109 kg (240 libras), media 2 metros e 28 centímetros de comprimento (6'10") e tinha quase 1 metro e 20 centímetros de circunferência (4 pés).

"Uma captura de uma vez na vida para nossa tripulação de espécies nativas do Rio Detroit na semana passada!", comemorou a entidade em uma rede social. "Este peixe é um dos maiores esturjões de lago já registrados nos EUA".

"Com base em sua circunferência e seu tamanho, presume-se que seja uma fêmea e que ela vagueia por nossas águas há mais de 100 anos", detalhou o Escritório de Conservação de Peixes e Vida Selvagem de Alpena.

'Monstro do rio' de 108 kg é pescado no Rio Detroit, no estado do Michigan, nos Estados Unidos. Peixe pode ter 100 anos. — Foto: Montagem/G1
'Monstro do rio' de 108 kg é pescado no Rio Detroit, no estado do Michigan, nos Estados Unidos. Peixe pode ter 100 anos. — Foto: Montagem/G1

"Ela provavelmente nasceu no rio Detroit por volta de 1920, quando Detroit se tornou a quarta maior cidade da América", segundo a entidade. "Ela foi rapidamente devolvida ao rio".

O esturjão do lago é um peixe de água doce que vive na América do Norte, da Baía de Hudson, no Canadá, até o rio Mississippi, que cruza os EUA de Norte a Sul.

O esturjão macho vive entre 50 a 60 anos, mas uma fêmea pode viver até 150 anos, segundo o Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos EUA.

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Vendas do comércio têm queda de 0,6% em março e setor encerra o 1º trimestre no vermelho, aponta IBGE

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Sete das oito atividades do setor registraram recuo nas vendas na passagem de fevereiro para março. Trimestre fechou com queda de 4,3% na comparação com o 4º trimestre de 2020 e o setor voltou a ficar abaixo do nível pré-pandemia.
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Por Daniel Silveira, G1 — Rio de Janeiro

Postado em 07 de maio de 2021 às 10h05


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Segmento de hiper e supermercados foi o único dos oito investigados na pesquisa do IBGE que registrou crescimento nas vendas em março — Foto: Eduardo Peret/Agência IBGE Notícias
Segmento de hiper e supermercados foi o único dos oito investigados na pesquisa do IBGE que registrou crescimento nas vendas em março — Foto: Eduardo Peret/Agência IBGE Notícias

As vendas do comércio varejista tiveram queda de 0,6% em março, na comparação com fevereiro, apontam os dados divulgados nesta sexta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No acumulado em 12 meses, porém, o comércio registra alta de 0,7%. Na comparação com março do ano passado, houve alta foi de 2,4%.

Setor varejista teve segunda queda nas vendas em três meses — Foto: Economia/G1
Setor varejista teve segunda queda nas vendas em três meses — Foto: Economia/G1

Com o resultado, o setor encerrou o primeiro trimestre do ano no vermelho. Na comparação com o 4º trimestre de 2020, a queda foi de 4,3% - foi o segundo trimestre seguido em queda.

Já na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, o recuo foi de 0,6%.

Resultado trimestral do varejo brasileiro — Foto: Economia G1
Resultado trimestral do varejo brasileiro — Foto: Economia G1

O comércio foi o segundo grande setor da economia a fechar o 1º trimestre do ano com perdas. A indústria encerrou o período com queda de 0,4%.

Em termos de patamar de vendas, o resultado de março deixou o setor varejista 6,5% abaixo do recorde, que foi alcançado em outubro de 2020.

Setor volta a ficar abaixo do nível pré-pandemia

O resultado de março também levou o setor de comércio a ficar abaixo do patamar pré-pandemia, depois de ter recuperado as perdas em fevereiro. O volume de vendas em março ficou 0,3% abaixo do observado em fevereiro de 2020.

Das oito atividades, somente duas registraram patamar superior ao pré-pandemia: artigos farmacêuticos (12,7%) e hiper e supermercados (3,9%). As quedas mais intensas ficaram com os segmentos de tecidos e vestuários (-50,1%) e livros, jornais e revistas (-50,2%).

Em março, comércio voltou a operar abaixo do nível pré-pandemia — Foto: Economia/G1
Em março, comércio voltou a operar abaixo do nível pré-pandemia — Foto: Economia/G1

Queda disseminada nas vendas

De acordo com o IBGE, das oito atividades do comércio investigadas na pesquisa mensal, sete tiveram queda no volume de vendas na passagem de fevereiro para março. A única com crescimento foi a hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que teve alta de 3,3%.

O principal impacto negativo para o resultado geral partiu do setor de móveis e eletrodomésticos, que teve queda de 22% em março. Segundo o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, essa atividade foi muito influenciada pelo comportamento dos consumidores durante a pandemia.

No primeiro momento, o setor teve um crescimento acentuado porque, estando em casa, as pessoas repuseram muita coisa tanto em móveis quanto em eletrodomésticos. Mas, passada essa primeira fase, não há crescimentos tão expressivos assim. E, quando as vendas diminuem, o setor costuma fazer promoções. Então houve um aquecimento das vendas em fevereiro e essa queda em março, explicou. 
Varejo ampliado

Pelo conceito varejo ampliado, que inclui "Veículos, motos, partes e peças" (-20,0%) e de "Material de construção" (-5,6%), o volume de vendas teve queda de 5,3% em relação a fevereiro, mas registrou crescimento de 10,1% na comparação com março de 2020.

No acumulado no ano, o varejo ampliado tem crescimento de 1,4%. Já no acumulado em 12 meses, ele registra queda de 1,1%.

O gerente da pesquisa ponderou que, apesar da queda em março, o setor de material de construção é um dos que se mantêm acima do patamar pré-pandemia - 13,5% acima de fevereiro de 2020.

"Essa atividade teve um crescimento forte desde o início da pandemia, explicado tanto pelo auxílio emergencial, que possibilitou a aquisição por parte das famílias das camadas de mais baixa renda, como pela necessidade de construções e reformas emergenciais em casa. A partir de novembro, tivemos execução de obras maiores, como adaptação de edifícios em grandes cidades, apontou.

Veja o desempenho de cada um dos segmentos em março:

  • Combustíveis e lubrificantes: -5,3%
  • Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo: 3,3%
  • Tecidos, vestuário e calçados: -41,5%
  • Móveis e eletrodomésticos: -22%
  • Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria: -0,1%
  • Livros, jornais, revistas e papelaria: -19,1%
  • Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação: -4,5%
  • Outros artigos de uso pessoal e doméstico: -5,9%
  • Veículos, motos, partes e peças: -20,0% (varejo ampliado)
  • Material de construção: -5,6% (varejo ampliado)
Queda nas vendas em 22 das 27 regiões pesquisadas

O baixo desempenho do comércio em março foi registrado na maioria das regiões pesquisadas. De acordo com o IBGE, das 27 Unidades da Federação, 22 tiveram quedas nas vendas na comparação com o mês anterior.

As quedas mais intensas foram observadas no Ceará (-19,4%), Distrito Federal (18,1%) e Amapá (-10,1%). Dentre as cinco UFs que registraram crescimento nas vendas, os destaques foram o Amazonas (14,9%) e o Acre (11,2%).

Alguns estados tiveram comportamento de queda em móveis e eletrodomésticos de forma mais intensa, como se deu no Ceará. O que tem acontecido, especialmente em grandes empresas, é adoção de estratégias distintas, como o fechamento de lojas. Com isso, há variações no número de estabelecimentos abertos e a diminuição de receitas em determinados estados, explicou o gerente da pesquisa.

Na comparação com março do ano passado, porém, 19 das 27 UFs apresentaram crescimento nas vendas, com destaque para o Rio de Janeiro (7,1%), Minas Gerais (5,5%) e Santa Catarina (7,6%).

Perspectivas

A confiança empresarial teve, em abril, a primeira alta após seis quedas seguidas, conforme o último levantamento divulgado pela Fundação Getúlio Vargas. Segundo a entidade, a indústria é único setor a registrar níveis elevados de confiança. No entanto, o índice do comércio, que em março havia despencado para o menor nível desde maio de 2020, teve alta de 11,6 pontos, no mês.

Os economistas do mercado financeiro passaram a prever uma maior expansão da economia este ano. Conforme o último relatório Focus, divulgado pelo Banco Central, a previsão é de que o Produto Interno Bruto (PIB) do país tenha alta de 3,14% - antes, o crescimento previsto era de 3,09%.

O mercado financeiro também aumentou a projeção de alta da inflação para este ano, de 5,01% para 5,04%. A previsão de inflação do mercado continua acima da meta central deste ano, de 3,75%, e se aproxima do teto do sistema de metas: 5,25%. Isso porque, pelo sistema atual, a inflação será considerada cumprida se ficar entre 2,25% e 5,25% em 2021.

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quinta-feira, 6 de maio de 2021

Destroços de foguete chinês cairão no sábado na Terra; impacto pode ocorrer sobre território dos EUA

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Foguete 'Long March 5B' decolou da ilha de Hainan, no sul da China, em 29 de abril, para colocar em órbita o primeiro módulo da Estação Espacial Chinesa Tiangong.
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Por G1

Postado em 06 de maio de 2021 às 09h00m


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VÍDEO: Destroços de foguete chinês devem cair no mar dos EUA em 8 de maio
VÍDEO: Destroços de foguete chinês devem cair no mar dos EUA em 8 de maio

Destroços do foguete chinês "Long March 5B" devem cair no oceano em território dos Estados Unidos, informou nesta quarta-feira (5) o jornal China Global Times. Os detritos que voltarão à Terra fazem parte do primeiro estágio do foguete, que possui cerca de 30 metros de comprimento, 5 metros de largura e 187 toneladas.

O Long March 5B decolou da ilha de Hainan, no sul da China, em 29 de abril para colocar em órbita o primeiro módulo da Estação Espacial Chinesa Tiangong, que se tornará o alojamento de três tripulantes.

De acordo com o site de geolocalização espacial americano Aerospace, os destroços têm chance de chegar à Terra em 8 de maio, às 23h34, caindo no oeste Estados Unidos. O ponto exato da queda dos destroços, entretanto, ainda é incerto.

Segundo Wang Yanan, editor-chefe da revista espacial Aerospace Knowledge, os destroços não irão interferir em atividades humanas.

Longa Marcha 5B decolou no dia 29 de abril, na China — Foto: Reuters
Longa Marcha 5B decolou no dia 29 de abril, na China — Foto: Reuters

"A maior parte dos destroços queimará durante a reentrada, deixando apenas uma pequena porção que pode cair no chão, e provavelmente pousará em áreas longe de atividades humanas ou no oceano", disse Yanan ao China’s Global Times, jornal pertencente ao grupo oficial do Partido Comunista da China.

A publicação também afirmou que a rede de monitoramento espacial da China está observando cuidadosamente a área da trajetória do foguete e tomará medidas para evitar danos aos navios que passam pela região.

O Departamento de Defesa dos EUA disse à agência de notícias Reuters que todos os destroços podem ser ameaças em potencial e que o 18° Esquadrão de Controle Espacial da Califórnia ofereceria informações diárias sobre a localização do foguete.

Entenda o caso

O Long March 5B foi lançado para colocar em órbita o primeiro módulo da estação espacial chinesa, que está programada para ser finalizada em 2022.

O foguete usado no lançamento tem dois estágios, o equivalente a duas partes que são usadas em diferentes momentos do voo. O primeiro estágio, mais robusto, foi desenhado para aguentar o atrito com a atmosfera na saída da Terra. Já o segundo estágio é mais leve e opera em altas atitudes.

Após cumprir a sua missão, o primeiro estágio se desprende o foguete. No caso do Long March 5B, a peça foi descartada em uma órbita elíptica ao redor da Terra.

O bloco do primeiro estágio se aproxima cada vez mais do planeta ao passar em sua trajetória mais baixa da órbita, até o momento que o objeto deve fazer a sua reentrada na atmosfera.

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quarta-feira, 5 de maio de 2021

Produção industrial cai 2,4% em março e setor fecha 1º trimestre com retração

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Nos 3 primeiros meses do ano, setor teve queda de 0,4%, na comparação com o 4º trimestre, interrompendo dois trimestres seguidos de recuperação. Resultado de março foi pressionado principalmente pelo tombo de 8,4% na produção de veículos automotores.
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Por Darlan Alvarenga e Daniel Silveira, G1

Postado em 05 de maio de 2021 às 10h00m


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Produção de veículos na fábrica da Stellantis em Goiana (PE); segundo o IBGE, segmento teve queda de 8,4% em março — Foto: Divulgação/Stellantis
Produção de veículos na fábrica da Stellantis em Goiana (PE); segundo o IBGE, segmento teve queda de 8,4% em março — Foto: Divulgação/Stellantis

A produção industrial brasileira caiu 2,4% em março, na comparação com fevereiro, segundo divulgou nesta quarta-feira (5) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se da segunda queda mensal seguida e de um recuo mais intenso do que o observado em fevereiro (-1%), quando houve a interrupção de uma trajetória de 9 meses consecutivos de recuperação.

Na comparação com março de 2020, porém, houve alta de 10,5% – sétima taxa positiva consecutiva nessa base de comparação.

Indústria registra, em março, segundo queda seguida — Foto: Economia/G1
Indústria registra, em março, segundo queda seguida — Foto: Economia/G1

Indústria perde o que ganhou em 9 meses

Com o resultado de março, o setor industrial encontra-se 16,5% abaixo do patamar recorde registrado em maio de 2011, voltando para o nível "exatamente igual ao pré-pandemia, ou seja, àquele observado em fevereiro de 2020", destacou o gerente da pesquisa, André Macedo.

O pesquisador lembrou que, de maio de 2020 a janeiro de 2021, houve ganho acumulado de 40,1%, o que fez a produção industrial superar o patamar pré-pandemia. "Com as perdas de fevereiro e março deste ano, nós zeramos esse acumulado que tinha até o mês de janeiro", explicou.

A interrupção da trajetória de recuperação da indústria acontece em meio à intensificação das medidas para frear o avanço da pandemia de coronavírus.

Esses dois resultados negativos têm como pano de fundo o próprio recrudescimento da pandemia. Isso faz com que haja maior restrição das pessoas, o que provoca a interrupção das jornadas de trabalho, paralisações de plantas industriais e atrapalha toda a cadeia produtiva, levando ao encarecimento e à falta de insumos para o processo produtivo. Isso afeta o processo de produção como um todo, destacou o gerente da pesquisa. 
Queda de 0,4% no 1º trimestre e perda de 3,1% em 12 meses

Com o resultado, a indústria encerrou o primeiro trimestre do ano com queda de 0,4% na comparação com o 4º trimestre de 2020.

Essa queda interrompe dois trimestres seguidos de crescimento, enfatizou Macedo.

Indústria encerra 1º trimestre de 2021 com queda na produção — Foto: Economia/G1
Indústria encerra 1º trimestre de 2021 com queda na produção — Foto: Economia/G1

Já na comparação com os 3 primeiros meses de 2020, houve alta de 4,4%. "Esse resultado acentua o crescimento observado no 4º trimestre de 2020, que teve alta de 3,4%. Estes dois trimestres de crescimento interromperam uma sequência de oito trimestres seguidos de taxas negativas nesta base de comparação [trimestre contra trimestre imediatamente anterior]", enfatizou o pesquisador.

Em 12 meses, o setor acumula uma perda de 3,1%, com taxas negativas em 11 das 26 atividades industriais. O IBGE destacou, porém, que a taxa nesta métrica foi a menos intensa desde abril de 2020 (-2,9%).

O desempenho da indústria em março, porém, foi melhor do que o esperado. As expectativas em pesquisa da Reuters com economistas eram de queda de 3,5% na variação mensal e de alta de 7,6% na base anual.

Produção de veículos recua 8,4%

A retração da indústria em março foi disseminado, alcançando 3 das 4 quatro das grandes categorias econômicas e 15 dos 26 ramos pesquisados.

15 dos 26 ramos industriais pesquisados pelo IBGE tiveram queda em março — Foto: Divulgação/IBGE
15 dos 26 ramos industriais pesquisados pelo IBGE tiveram queda em março — Foto: Divulgação/IBGE

Entre as atividades, a maior pressão negativa veio de veículos automotores, reboques e carrocerias (-8,4%), terceiro resultado negativo consecutivo nessa comparação, acumulando perda de 15,8% no período.

Outras quedas expressivas foram observadas na produção de artigos do vestuário e acessórios (-14,1%), de outros produtos químicos (-4,3%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,4%), de couro, artigos para viagem e calçados (-11,2%), de produtos de borracha e de material plástico (-4,5%), de bebidas (-3,4%), de móveis (-9,3%), e de produtos têxteis (-6,4%).

Na outra ponta, as altas com maior impacto no resultado do mês partiram do crescimento na produção, indústrias extrativas (5,5%), outros equipamentos de transporte (35,0%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,7%).

Análise por grandes categorias

Entre as grandes categorias econômicas, a queda mais intensa foi em bens de consumo semi e não duráveis (-10,2%), que inclui a produção de alimentos, bebidas, calçados e produtos têxteis e combustíveis.

Os segmentos de bens de consumo duráveis (-7,8%) e bens de capital (-6,9%) também recuaram em março. Já o setor produtor de bens intermediários (0,2%) foi o único a registrar avanço.

Das quatro grandes categorias da indústria, somente as de bens intermediários e bens de capital superaram em março o patamar pré-pandemia – estão, respectivamente, 4,2% e 9% acima do observado em fevereiro do ano passado. Já bens de consumo semiduráveis e não duráveis se encontra e bens de consumo duráveis ficaram com o patamar, respectivamente, 8,6% e 12,1% abaixo do pré-pandemia.

Repercussão e perspectivas

"Estes dados confirmam mais uma vez que o PIB do 1º trimestre deve recuar de fato, mas lembramos que a perspectiva era já de queda devido, entre outras coisas, a piora da pandemia e as medidas de isolamento social", avaliou o economista-chefe da Necton, André Perfeito.

Para o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), o resultado de março mostrou que "a recuperação em 'V' da indústria durou pouco". "A entrada de 2021, com a piora da pandemia e o fim dos programas emergenciais em um quadro dramático do emprego, inaugurou uma nova fase de retrocesso para o setor. Com isso, tudo aquilo que vinha sendo conquistado em termos de retomada da produção ficou comprometido", avaliou em nota.

Apesar da perda de fôlego da economia neste começo de ano, a indústria segue como um dos setores com melhor performance de recuperação. De acordo com Sondagem da FGV, a indústria continua sendo o único setor a registrar níveis elevados de confiança entre os empresários.

Além da demanda fraca e queda da renda das famílias, o também tem sido pressionado pelo aumento de preços de insumos. A inflação da indústria ficou em 4,78% em março e atingiu taxa recorde de 33,52% em 12 meses, indicando que as margens de lucro estão comprimidas e que os empresários não estão conseguindo repassar os custos aos preços.

Os economistas do mercado financeiro estimam atualmente uma taxa de 5,04% para o IPCA (inflação oficial do país) em 2021. Para o PIB (Produto Interno Bruto), a previsão é de crescimento de 3,14% no ano. Para boa parte dos analistas, porém, a economia deve registrar retração no 1º semestre.

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