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quarta-feira, 14 de abril de 2021

Voo de 'helicóptero' da Nasa em Marte é adiado após falha em teste; entenda

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Agência identificou falha no software do helicóptero na sexta-feira (9). Ainda não há uma nova data para o voo.
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Por Bruna de Alencar, G1

Postado 14 de abril de 2021 às 12h30m


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Animação mostra o helicóptero Ingenuity, da Nasa, fazendo um teste de rotação lenta de suas hélices no dia 8 de abril. A imagem foi feita pelo robô Perseverance, também da Nasa. — Foto: Nasa

A Nasa ainda não conseguiu concretizar seu objetivo de conduzir o primeiro voo do helicóptero Ingenuity em Marte. Planejado para ocorrer na sexta-feira (9), o voo foi adiado após a equipe da agência espacial dos Estados Unidos identificar problemas no software de controle de voo.

A falha foi constatada durante um teste de funcionamento em alta velocidade dos dois rotores do helicóptero. O objetivo da checagem era verificar se eles conseguiriam alcançar a velocidade necessária para o voo, que é de 2400 rotações por minuto. O Ingenuity já havia sido aprovado em testes anteriores.

Durante o fim de semana, a agência se dedicou a solucionar o problema. De acordo com os especialistas, será necessário atualizar o software, mas o equipamento não tem avarias em outros pontos de estrutura e gerenciamento.

"Ingenuity continua saudável na superfície de Marte. Funções críticas como energia, comunicações e controle térmico estão estáveis", informou a Nasa.

Foto mostra o helicóptero Ingenuity, da Nasa, destravando as pás do rotor, permitindo que girassem livremente, em 7 de abril. — Foto: Nasa
Foto mostra o helicóptero Ingenuity, da Nasa, destravando as pás do rotor, permitindo que girassem livremente, em 7 de abril. — Foto: Nasa

Segundo a agência, as modificações no software de voo serão revisadas até esta quarta (14). Um cronograma detalhado ainda está sendo elaborado e a equipe planeja definir uma nova data para a navegação na próxima semana.

Nossa melhor estimativa de uma data de voo planejada é fluida agora, mas estamos trabalhando para atingir esses marcos e definiremos uma data de voo na próxima semana, disse a agência.

De acordo com a Nasa, a realização do voo em Marte abriria caminho para novas formas de exploração no planeta.

Missão em Marte

Nasa divulga vídeo de pouso do robô Perseverance em Marte
Nasa divulga vídeo de pouso do robô Perseverance em Marte

Em 18 de fevereiro, o robô Perseverance e o helicóptero Ingenuity aterrissaram juntos em Marte, sete meses depois de a missão ter partido dos Estados Unidos. No dia 3 de abril, o helicóptero, que é movido a energia solar, começou a ser abastecido pelo sol do planeta vermelho pela primeira vez.

Desde que começou as suas rotinas de preparação em Marte, o Ingenuity passou por uma série de testes pré-voo e foi aprovado em todos, com exceção do que ocorreu na sexta (9).

O Ingenuity possui uma série de restrições de voo: o helicóptero gasta muito bateria e precisa se aquecer ao sol para recarregar, voar à noite não é uma opção – porque a escuridão dificulta a navegação – e o helicóptero depende da câmera para observar o solo. Por isso, os melhores horários para o voo são ao meio-dia ou durante a tarde.

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Em 2019, Brasil tinha quase 40 milhões de pessoas sem acesso à internet, diz IBGE

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Número representa 21,7% da população com idade acima de 10 anos. Dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad C).
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Por G1

Postado em 14 de abril de 2021 às 11h00m


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O celular é o aparelho número um para acessar a internet no Brasil. Em 2019, o aparelho era usado por 98,6% dos internautas. — Foto: Altieres Rohr/G1
O celular é o aparelho número um para acessar a internet no Brasil. Em 2019, o aparelho era usado por 98,6% dos internautas. — Foto: Altieres Rohr/G1

O Brasil tinha 39,8 milhões pessoas sem conexão com a internet no final de 2019. O número representa 21,7% da população com idade acima de 10 anos.

Os números são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad C), com levantamento feito no 4º trimestre de 2019, divulgada nesta quarta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Um ano antes, o número de brasileiros que não tinham acesso à rede mundial de computadores era de 45,9 milhões, o que correspondia a 25,3% da população com 10 anos ou mais.

Em um ano, o número de internautas no Brasil aumentou em 6,1 milhões de pessoas. Havia no país, ao final de 2019, 143,5 milhões pessoas conectadas à internet (78,3%).

Os dados do suplemento de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) da Pnad dão um panorama sobre quantas pessoas estão conectadas à internet e aparelhos mais usados para acessar a rede.

Veja abaixo os principais dados da pesquisa.

Uso da internet no Brasil em 2019 — Foto: Anderson Cattai/G1
Uso da internet no Brasil em 2019 — Foto: Anderson Cattai/G1

Acesso à internet

O número de pessoas que se conectam à internet no Brasil vem crescendo, segundo o IBGE. Em 2019, 78,3% das pessoas de 10 anos ou mais (143,5 milhões) se conectaram à rede.

Em 2016, esse número era de 64,7% da população, enquanto em 2017 era de 69,8% e em 2018 era de 74,7%.

Dentre os que não acessavam a internet, a maioria alegou não saber utilizá-la (43,8%) ou não ter interesse (31,6%). Essas pessoas também disseram que a internet era cara (11,9%), assim como os equipamentos (6,1%).

As regiões mais conectadas são:

  • Centro-oeste: 84,6%
  • Sudeste: 83,8%
  • Sul: 81,8%
  • Norte: 69,2%
  • Nordeste: 68,6%

Em 2019, a proporção de mulheres conectadas foi maior que a de homens: 78,3% delas tinham acesso, enquanto, o índice para eles era de 77,1%.

A faixa etária que mais se conecta tem entre 20 e 24 anos: 92,7% dessa faixa acessou a internet. Os brasileiros com 60 anos ou mais apresentaram o menor índice, de 45% – um salto a partir dos 38,7% em 2018.

Diferença de renda

O rendimento real médio per capita nos domicílios em que havia utilização da internet era de R$ 1.527, quase o dobro do rendimento dos que não utilizavam a rede, que foi de R$ 728.

A grande diferença entre esses dois rendimentos foi observada em todas as grandes regiões, afirmou o IBGE.

Celular como principal dispositivo

O celular é o aparelho número um para acessar a internet no Brasil. Em 2019, o aparelho era usado por 98,6% dos internautas. Veja a comparação com outros dispositivos:

  • celular: 98,6%;
  • computador: 46,2%;
  • televisão: 31,9%;
  • tablet: 10,9%.

O total de domicílios que tinha um computador diminuiu. Eram 41,7% em 2018, e 40,6% em 2019.

Em 2019, 148,4 milhões de pessoas com 10 anos ou mais tinham um celular para uso pessoal (81,0% da população desta faixa etária). O percentual é um pouco maior do que o estimado em 2018 (79,3%).

No entanto, o número é muito diferente entre pessoas que vivem em áreas urbanas e em áreas rurais: 84,4% contra 59,3%, respectivamente.

Entre as pessoas que não tinham um celular, 27,7% alegaram que o aparelho era caro; 22,6%, falta de interesse em ter um; 21,9% que não sabiam usar; e 16,4% que costumavam usar o aparelho de outra pessoa.

Troca de mensagens é o uso favorito

A maioria das pessoas apontou que trocar mensagens é a principal finalidade para o uso da internet. A comunicação por ligações de voz ou vídeo ficou em segundo lugar:

  • enviar ou receber mensagens de texto, voz ou imagem por aplicativos: 95,7%;
  • conversar por chamada de voz ou vídeo: 91,2%;
  • assistir vídeos, filmes e séries: 88,4%;
  • enviar ou receber e-mails: 61,5%.
Conexão em casa

O uso de internet discada no Brasil é quase inexistente, segundo o IBGE. Somente 0,2% das pessoas se conectam à rede dessa forma.

A maioria dos lares usa banda larga fixa e banda larga móvel (3G e 4G). De 2018 para 2019, nos domicílios em que havia utilização da internet, o percentual de domicílios em que havia tanto a conexão por banda larga fixa quanto a móvel subiu de 56,3% para 59,2%.

Os domicílios que utilizaram somente a conexão por banda larga móvel passou de 23,3% para 21,4% de um ano para o outro. Naqueles em que havia somente o uso de conexão por banda larga fixa, a variação foi de 19,0% para 18,1%.

No total, 77,9% dos domicílios possuíam banda larga fixa e 81,2% banda larga móvel. Veja os números por região:

  • Norte: fixa 55% / móvel 88,6%;
  • Nordeste: fixa 80,4% / móvel 63,8%;
  • Centro-oeste: fixa 77,3% / móvel 87,1%;
  • Sudeste: fixa 79% / móvel 87,5%;
  • Sul: fixa 81% / móvel 82,4%.
  • Estudantes
4,1 milhões de alunos de escola pública estavam sem acesso à internet, pouco antes da pandemia
4,1 milhões de alunos de escola pública estavam sem acesso à internet, pouco antes da pandemia

Os estudantes usam mais a internet: 88,1% deles se conectaram à internet em 2019. O número entre não estudantes que acessaram a rede foi de 75,8%.

Apesar disso, o acesso se torna diferente de acordo com a rede de ensino:

  • 98,4% dos estudantes da rede privada utilizaram a internet;
  • 83,7% dos estudantes da rede pública se conectaram à rede.

Essas diferenças se acentuam de acordo com a região do país. Considerados apenas os estudantes da rede privada, o percentual de uso da internet ficou acima de 95,0% em todas as grandes regiões. Veja abaixo os números para a rede pública:

  • Norte: 68,4%;
  • Nordeste: 77%;
  • Centro-oeste: 88,6%;
  • Sul: 90,5%;
  • Sudeste: 91,3%.

Entre os estudantes que não tinham um celular, 91% deles eram da rede pública de ensino. O principal motivo apontado pela ausência do aparelho foi o custo (41,2%), seguido pela alegação de que costumavam utilizar o telefone móvel celular de outra pessoa (28,7%).

Na rede privada, os motivos eram inversos: o uso de aparelho de outra pessoa teve peso maior (40,3%) do que a questão do aparelho ser caro (20,0%).

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terça-feira, 13 de abril de 2021

Inflação pesou menos para os mais pobres em março, mostra Ipea

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Em 12 meses, porém, faixas de renda de R$ 900 a R$ 2,4 mil, são – de longe – as mais penalizadas
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TOPO
Por Valor Online

Postado em 13 de abril de 2021 às 16h00m


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A inflação se acelerou para todas as faixas de renda em março, devido aos aumentos nos preços dos combustíveis, informou nesta terça-feira (13) o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea).

As famílias de renda média (entre R$ 4,12 e R$ 8,25 mil) e média alta (R$ 8,25 e R$ 16,5 mil) foram as mais afetadas: a variação dos preços para esses dois grupos passou de 0,98% e 0,97% para 1,09% e 1,08%, respectivamente. Já as famílias de renda muito baixa e baixa apresentaram menor incremento inflacionário, com altas de 0,71% e 0,85%, respectivamente, em suas cestas de produtos e serviços.

Inflação por faixa de renda - março/2021 — Foto: Economia G1
Inflação por faixa de renda - março/2021 — Foto: Economia G1

No acumulado em 12 meses, porém, o Ipea mostra que essas faixas de renda mais baixa, entre R$ 900 e R$ 2,4 mil, ainda são de longe as mais penalizadas pela alta dos preços. Nessa base de comparação, a inflação aumenta conforme a renda, sendo de 4,67% para os mais ricos e de 7,24% para os mais pobres.

Inflação por faixa de renda - 12 meses até março/2021 — Foto: Economia G1
Inflação por faixa de renda - 12 meses até março/2021 — Foto: Economia G1

Nos primeiros três meses deste ano, entretanto, há um início de reversão dessa disparidade, com a inflação acumulada chegando a 2,29% para os mais ricos e 1,60% para os mais pobres. A previsão do Ipea é que, ao longo de 2021, prevaleça o equilíbrio para a inflação sobre diferentes faixas de renda.

Alimentos X combustíveis

"Isso é efeito dos aumentos da gasolina e desaceleração na alta dos alimentos, o que diminui a pressão sobre [a cesta dos] mais pobres e aumenta a pressão sobre os mais ricos", diz a pesquisadora do Ipea Maria Andreia Lameiras. Ela lembra que isso já havia acontecido em fevereiro, quando também houve reajuste de mensalidade escolar, o que pesa mais sobre famílias abastadas.

Segundo Lameiras, a tendência de convergência das inflações para ricos e pobres para o restante do ano se deve a uma previsão de desaceleração nas altas de preços de alimentos – que têm maior peso no consumo das famílias de renda baixa –, ao aumento de preços administrados represados em 2020 e também à inflação dos serviços. Esta última deve subir com o progresso da vacinação e a consequente normalização do comércio e circulação de pessoas.

Em março, assim como em fevereiro, o segmento que mais contribuiu para a alta inflacionária de todas as faixas de renda em março foi o de transportes, impactado principalmente pelo aumento do preço dos combustíveis (11,2%), mais consumido pelas famílias de maior renda. Para as famílias da faixa mais baixa, pesaram os reajustes de 0,11% dos preços de ônibus urbano e de 1,84% dos trens.

Embora tenham convivido com inflação relativamente maior no primeiro trimestre, as famílias mais ricas contaram com algum alívio inflacionário relacionado a transportes devido à queda de 2,0% do preço das passagens aéreas e a redução de 3,4% nos preços praticados em aplicativos de transporte, dois ramos por elas mais utilizados.

Além dos transportes, o grupo habitação também contribui para a alta de preços sentida pelas famílias mais pobres, sobretudo por conta do aumento do botijão de gás (5,0%), dos artigos de limpeza (1,1%) e da energia elétrica (0,76%).

Para as famílias mais ricas, o segundo grupo com maior pressão inflacionária foi o de alimentos e bebidas, impulsionado pelo reajuste de 0,89% da alimentação fora do domicílio. Em março de 2021, a aceleração da inflação só não foi maior devido ao desempenho dos alimentos em domicílio, que registrou a primeira deflação (-0,17%) desde outubro de 2019.

Quando comparadas com o mesmo período de 2020, diz o Ipea, todas as faixas de renda viram aceleração da inflação. As famílias mais ricas foram as que registraram as maiores altas inflacionárias entre os dois períodos, com o índice saltando de menos 0,20% para 1,0%, ou seja, 1,2 ponto percentual. Entre os mais pobres, essa alta foi de 0,46 ponto, de 0,25% para 0,71%.

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Brasil é única grande economia em desaceleração em 2021, aponta OCDE

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Na contramão da tendência global, indicadores compostos do país tiveram queda de 0,32% em março.
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Por G1
13/04/2021 11h27 
Postado em 13 de abril de 2021 às 12h45m


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O Brasil é a única grande economia com desaceleração do crescimento neste começo de ano, segundo relatório divulgado nesta terça-feira pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

De acordo com os indicadores antecedentes da ODE, a atividade econômica continua a se fortalecer na maioria das principais economias, com exceção do Brasil.

Na contramão da tendência global, o índice composto de indicadores antecedentes (Composite leading indicators–CLIs), caiu 0,32% no Brasil em março, na comparação com fevereiro – único recuo entre as maiores economias monitoradas pela OCDE. No grupo das 7 maiores economias, houve alta de 0,24%.

Indicadores compostos avançados a OCDE — Foto: Economia G1
Indicadores compostos avançados a OCDE — Foto: Economia G1

Entre as principais economias emergentes, os indicadores para a Índia, Rússia e o setor manufatureiro da China continuam a se expandir em um ritmo constante em março, "mas no Brasil o CLI aponta para uma desaceleração do crescimento", destacou a OCDE.

Na China, a alta foi de 0,36%. Já na Índia e na Rússia, os avanços foram de 0,29% e 0,26%, respectivamente.

O indicador da OCDE tem como objetivo tentar antecipar pontos de virada na atividade econômica em relação à tendência.

Nos Estados Unidos, o indicador mostra que o ritmo de crescimento continua a crescer, impulsionando a expansão da confiança do consumidor. "No Japão, Canadá e na área do euro como um todo, especialmente na Alemanha e na Itália, os CLIs apontam agora para um aumento constante. Na França, e agora no Reino Unido, os CLIs sinalizam um crescimento estável", destacou a OCDE, no relatório.

A OCDE ressaltou ainda que os indicadores devem ser interpretados com cuidado, uma vez que as medidas de restrição para conter o avanço da Covid-10 e o progresso das campanhas de vacinação poderão gerar flutuações maiores do que o normal nos componentes. "A magnitude do CLI deve ser considerada como uma indicação da força do sinal e não como uma medida do grau de crescimento da atividade econômica", destacou.

Analistas do mercado financeiro projetam uma queda do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro no 1º trimestre, em meio ao agravamento da pandemia, novas medidas restritivas e aumento das preocupações com as contas públicas do país.

Pesquisa Focus do Banco Central, divulgada nesta segunda, mostrou piora nos principais indicadores. A projeção do mercado para a inflação de 2021 subiu de 4,81% para 4,85%. A expectativa dos analistas para a alta do PIB (Produto Interno Bruto) no ano caiu de 3,17% para 3,08%. Já a estimativa para a taxa básica de juros ao final do ano subiu de 5% ao ano para 5,25% ao ano.



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segunda-feira, 12 de abril de 2021

Yuri Gagarin: os perigos ocultos no primeiro voo tripulado ao espaço há 60 anos

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Seis décadas atrás, o astronauta russo Yuri Gagarin, de apenas 27 anos, se tornou a primeira pessoa a chegar ao espaço, mas é provável que nem mesmo ele soubesse dos riscos em que se envolveu durante essa missão.
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TOPO
Por Pavel Aksenov e Nikolay Voronin, BBC

Postado em 12 de abril de 2021 às 16h20m


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Yuri Gagarin foi primeira pessoa a chegar ao espaço — Foto: Getty Images via BBC
Yuri Gagarin foi primeira pessoa a chegar ao espaço — Foto: Getty Images via BBC

Em sua pequena nave, com pouco mais de um metro e oitenta de diâmetro, Yuri Gagarin (1934-1968) partiu para a viagem que seria a primeira de um ser humano ao espaço sideral.

Gagarin ia mais como passageiro do que como cosmonauta. Naquela época, o "piloto" não conseguia nem tocar nos controles da nave.

De acordo com uma transcrição da comunicação com o controle de solo, Gagarin ficou impressionado com a visão da janela da cápsula, mencionando a "bela aura" de nosso planeta e as sombras surpreendentes lançadas por nuvens na superfície da Terra.

A viagem de Gagarin ao espaço em 12 de abril de 1961, exatamente 60 anos atrás, foi uma vitória da extinta União Soviética (URSS) sobre os Estados Unidos na corrida espacial. E seu retorno à Terra foi um triunfo inegável.

Mas, para fazer história, Gagarin enfrentou um desafio perigoso que exigia uma coragem imensa.

Ele partiu para o espaço, um lugar misterioso e praticamente desconhecido na época, em uma nave que não tinha controles de resgate.

Na época, ninguém confiava na segurança de foguetes, espaçonaves, controles e sistemas de comunicação, ou mesmo que os humanos poderiam sobreviver no espaço.

Aos 27 anos, Gagarin aceitou o desafio de viajar para o espaço — Foto: Getty Images via BBC
Aos 27 anos, Gagarin aceitou o desafio de viajar para o espaço — Foto: Getty Images via BBC

"Se a espaçonave Vostok fosse apresentada aos cientistas hoje, ninguém concordaria em lançar algo tão improvisado ao espaço", diz o engenheiro Boris Chertok quase meio século após a missão, em seu livro Rockets and People (Foguete e Pessoas, em tradução livre para o português).

"[Naquela época] assinei documentos afirmando que tudo me parecia bem e que garantia a segurança da missão. Nunca teria assinado isso hoje. Ganhei muita experiência e percebi o quanto corremos riscos", acrescenta.

O veículo de lançamento Vostok, no qual a espaçonave de mesmo nome foi instalada, era baseado no foguete R-7, um ICBM (míssil balístico intercontinental) de duas fases lançado pela primeira vez em agosto de 1957.

Nesse mesmo ano, o Sputnik 1, o primeiro satélite terrestre artificial, foi transportado no R-7.

O design do foguete teve muito sucesso — os mísseis desta família continuam sendo os únicos na Rússia para voos espaciais tripulados. Embora esteja desatualizado, ele se mostrou confiável para colocar espaçonaves em órbita.

Pequena nave em que Gagarin viajou tinha cerca de dois metros de diâmetro — Foto: Getty Images via BBC
Pequena nave em que Gagarin viajou tinha cerca de dois metros de diâmetro — Foto: Getty Images via BBC 

No entanto, em 1961, as coisas eram bem diferentes.

"Pelos padrões modernos de segurança de foguetes, não tínhamos motivos para ser otimistas antes de 1961. Tivemos pelo menos oito lançamentos consecutivos naquele ano", disse Chertok em seu livro.

"[Mas] dos cinco lançamentos de satélites em 1960, quatro conseguiram decolar. Destes, apenas três conseguiram sair da órbita da Terra e apenas dois pousaram. E dos dois que retornaram à Terra, apenas um pousou com normalidade".

O primeiro lançamento do programa Vostok foi em 15 de maio de 1960, menos de um ano antes da missão de Gagarin. A bordo do navio satélite estava um boneco apelidado de Ivan Ivanovich.

A espaçonave deixou a órbita da Terra, mas não voltou. Seus sistemas de orientação falharam.

Em 19 de agosto, os cães Belka e Strelka voaram para o espaço e voltaram, naquele que foi o único lançamento com sucesso em 1960.

As tentativas posteriores tiveram menos sucesso.

Em 1º de dezembro, outro lançamento, também transportando cães, Mushka e Pchelka, não conseguiu retornar em sua trajetória calculada e começou a descer para fora das fronteiras da URSS.

Toda a nave foi destruída, com os animais a bordo, para evitar que outros países obtivessem tecnologia soviética.

'Quase perfeito'

Durante o voo de Gagarin em 12 de abril de 1961, o foguete funcionou quase perfeitamente. Mas não há insignificâncias na tecnologia espacial e esse "quase" poderia ter custado a vida ao cosmonauta russo.

Entre muitas falhas técnicas, sua espaçonave entrou em órbita em uma altitude maior do que o esperado.

Ela tinha freios, mas se não funcionassem, Gagarin teria que esperar a espaçonave descer por conta própria antes de retornar à Terra.

Embora a Vostok tivesse oxigênio, comida e água por mais de uma semana, a altitude que atingiu faria com que a nave demorasse mais para começar a descer.

Gagarin provavelmente teria ficado sem suprimentos e morrido. Felizmente, os freios funcionaram.

Então, os cabos que conectam a cápsula espacial ao módulo de serviço não foram separados antes do retorno de Gagarin à Terra. Assim, a cápsula de Gagarin inesperadamente arrastou um módulo adicional ao pousar.

As temperaturas na cápsula ficaram perigosamente altas e Gagarin girou freneticamente, quase perdendo a consciência.

"Estava em uma nuvem de fogo caindo em direção à Terra", lembrou o cosmonauta mais tarde. Demorou 10 minutos antes de os cabos finalmente queimarem e o módulo de descida, que continha seu passageiro humano, se soltar.

Gagarin saltou antes que sua cápsula atingisse o solo, caindo de paraquedas para uma aterrissagem segura perto do rio Volga.

Isso violou a exigência da Federação Aeronáutica Internacional (FAI) de que os astronautas e cosmonautas devem pousar na espaçonave; caso contrário, o voo para o espaço não conta.

As autoridades se recusaram a admitir que Gagarin não viajou os últimos quilômetros até o solo em sua nave.

Seus registros de voos espaciais foram certificados pela FAI, que também mudou suas regras para reconhecer que os passos importantes eram o lançamento seguro, sua passagem pela órbita e o retorno do piloto.

Um cosmonauta moderno faria isso?

O serviço russo da BBC perguntou a três cosmonautas russos se eles voariam para o espaço na espaçonave Vostok no estado em que se encontrava em 1961.

Pavel Vinogradov, que viajou ao espaço três vezes em 1997, 2006 e 2016, disse que voaria apesar de todo o perigo, mas apenas por causa de sua natureza aventureira.

No entanto, Gagarin estava em uma posição diferente, diz ele, e é improvável que estivesse ciente de todos os riscos envolvidos.

"Você tem que entender quais eram os meus conhecimentos quando voei pela primeira vez", diz Vinogradov. "Sou engenheiro, sei muito. Gagarin provavelmente não sabia de tudo isso."

Mikhail Kornienko, que voou ao espaço duas vezes em 2010 e 2015, diz que com certeza teria voado em 1961 no lugar de Gagarin, mas não faria o mesmo agora sabendo que o risco era extremamente alto.

"Tenho certeza de que qualquer pessoa teria entrado naquela nave em seu lugar", diz o cosmonauta.

Sergei Ryazansky voou duas vezes ao espaço e observa que o primeiro corpo de cosmonautas recrutou pilotos de caça militares, pessoas disciplinadas dispostas a sacrificar suas vidas pela pátria.

Os primeiros cosmonautas eram jovens, diz ele.

"Provavelmente, se tivesse essa idade, devido ao meu desejo de aventura, eu concordaria [em voar para o espaço na espaçonave Vostok]. Agora, é claro, eu não faria. Tenho quatro filhos e uma responsabilidade com minha família", reflete Ryazansky.

Voar para o espaço é assustador, mesmo agora, lembra ele.

"Uma pessoa normal tem medos. E isso é bom. A pessoa se torna mais serena, mais atenta e mais responsável." 
'Nossas vidas mudaram para sempre'

Filho de camponeses, Gagarin ascendeu a um espaço desconhecido e voltou como o homem mais famoso do planeta.

Seu voo o tornou um herói nacional e celebridade mundial, e mais tarde viajou extensivamente para promover as conquistas da União Soviética, para a então Tchecoslováquia, Bulgária, Finlândia, Reino Unido, Islândia, Cuba, Brasil, Canadá, Hungria e Índia.

No Brasil, último destino de sua passagem pelas Américas, realizada apenas três meses após seu feito, Gagarin esteve por seis dias, entre Rio de Janeiro e São Paulo. Sua visita mobilizou multidões e foi parte do esforço do governo de Jânio Quadros em restabelecer as relações diplomáticas com a URSS. Os laços foram reatados em dezembro de 1961, já no governo de João Goulart.

"Isso significou, é claro, que nossas vidas mudaram para sempre", explicou Elena Gagarina, a filha mais velha de Gagarin, quando falou à BBC em 2011 sobre o status de celebridade do pai.

"Foi extremamente difícil para meus pais ter uma vida privada. Eles tiveram muito poucas oportunidades de ficar juntos em uma vida privada depois do voo", disse ela na ocasião.

"Mesmo que planejasse algo para si mesmo, estava cercado de pessoas que queriam vê-lo, falar com ele e tocá-lo. Ele percebeu que fazia parte do seu trabalho e não podia recusar", continua.

Embora Gagarin desejasse voar novamente, foi proibido de fazê-lo novamente devido ao seu status de herói nacional.

Passou, então, a treinar vários outros cosmonautas e se matriculou no prestigioso Instituto Zhukovsky de Engenharia Aeronáutica.

Gagarin se formou com louvor em fevereiro de 1968.

Em março do mesmo ano, em um voo de teste de rotina em um MIG-15, seu avião caiu, matando ele e seu copiloto. Gagarin tinha 34 anos.

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