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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Queda em ações da Tesla tira Elon Musk do topo do ranking dos mais ricos do mundo

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Jeff Bezos, da Amazon - que foi líder do ranking de 2017 até o começo deste ano - voltou a ser o mais rico do mundo.  
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Por G1  
17/02/2021 12h36 Atualizado há 5 horas
Postado em 17 de fevereiro de 2021 às 17h40m


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O empresário Elon Musck em foto de arquivo de janeiro de 2020  — Foto: Joe Skipper/Reuters/Arquivo
O empresário Elon Musck em foto de arquivo de janeiro de 2020 — Foto: Joe Skipper/Reuters/Arquivo

Durou pouco mais de um mês a liderança do empresário Elon Musk, fundador da Tesla, no ranking das pessoas mais ricas do mundo. Com a queda de 2,4% nas ações da Tesla na terça-feira (16), a fortuna de Musk 'encolheu' cerca de US$ 4,5 bilhões em um dia - e foi ultrapassada pela de Jeff Bezos, da Amazon, segundo o ranking da Bloomberg.

A liderança de Bezos, no entanto, é pequena: com uma fortuna estimada em US$ 191 bilhões, ele está 'apenas' US$ 1 bilhão à frente de Musk, que havia se tornado o mais rico do mundo em janeiro. O próprio Bezos era o líder do ranking desde outubro de 2017.

No ano passado, a fortuna de Musk aumentou US$ 150 bilhões com avanço acelerado das ações da Tesla. O papel da companhia avançou 743% no período. Em novembro do ano passado, Musk ultrapassou Bill Gates e se tornou o segundo mais rico do mundo.

Veja a lista dos 10 mais ricos

  1. Jeff Bezos: US$ 191 bilhões – Amazon (Tecnologia/Varejo)
  2. Elon Musk: US$ 190 bilhões – Tesla (Automotivo)
  3. Bill Gates: US$ 137 bilhões – Microsoft (Tecnologia)
  4. Bernard Arnault: US$ 116 bilhões – LVMH (Consumo)
  5. Mark Zuckerberg: US$ 104 bilhões – Facebook (Tecnologia)
  6. Zhong Shanshan: US$ 97,4 bilhões - Nongfu Spring (Vários setores)
  7. Larry Page: US$ 97,4 bilhões – Google (Tecnologia)
  8. Sergey Brin: US$ 94,2 bilhões – Google (Tecnologia)
  9. Warren Buffett: US$ 93,2 bilhões – Berkshire Hathaway (Vários setores)
  10. Steve Ballmer: US$ 87,6 bilhões – Microsoft (Tecnologia)

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Pesquisadores descobrem DNA mais antigo do mundo em mamutes da Sibéria; veja VÍDEO

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Material tem cerca de 1 milhão de anos e ajuda a explicar como espécies do mamífero evoluíram.  
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Por G1  
17/02/2021 14h23 Atualizado há uma hora
Postado em 17 de fevereiro de 2021 às 15h25m


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VÍDEO: Pesquisadores descobrem DNA mais antigo do mundo em mamutes na Sibéria
VÍDEO: Pesquisadores descobrem DNA mais antigo do mundo em mamutes na Sibéria

Cientistas de 9 países descobriram o DNA mais antigo do mundo em dentes de mamutes achados na Sibéria: um dos fósseis pode ter até 1,65 milhão de anos. A descoberta acaba de ser publicada nesta quarta-feira (17) na revista científica "Nature", uma das mais importantes do mundo.

Liderados por instituições de pesquisa da Suécia, os paleontólogos dataram os molares de 3 fósseis, que haviam sido descobertos e escavados na década de 70. O material era mantido no Instituto Geológico da Academia Russa de Ciências.

Os fósseis foram batizados com os nomes dos lugares onde foram achados: Krestovka é o mais velho e pode ter até 1,65 milhão de anos; Adycha, aproximadamente 1,34 milhão; e o espécime mais novo, Chukochya, teve a idade calculada em até 870 mil anos.

Este DNA é incrivelmente antigo. As amostras são mil vezes mais antigas do que os vestígios de vikings e até anteriores à existência de humanos e neandertais, diz o autor sênior Love Dalén, professor de genética evolutiva no Centro de Paleogenética de Estocolmo.

Pesquisadores descobrem DNA mais antigo do mundo em mamutes da Sibéria. Na foto, o dente de mamute Krestovka, de mais de um milhão de anos. — Foto: Universidade de Estocolmo
Pesquisadores descobrem DNA mais antigo do mundo em mamutes da Sibéria. Na foto, o dente de mamute Krestovka, de mais de um milhão de anos. — Foto: Universidade de Estocolmo

Os pesquisadores tiveram que sequenciar vários pedaços de DNA para chegar à idade aproximada dos fósseis. Uma das constatações é que um deles, o Krestovka, era de uma linhagem antes desconhecida de mamutes.

"E eis que o mamute-columbiano, uma das espécies mais icônicas da Era do Gelo na América do Norte, é um híbrido entre o mamute-lanoso e o recém-descoberto mamute Krestovka", explica Love Dalén.

Outro achado foi que o espécime mais novo, Chukochya, é de um dos primeiros mamutes-lanosos (Mammuthus primigenius) conhecidos.

Pesquisadores descobrem DNA mais antigo do mundo em mamutes da Sibéria. Na foto, o dente de mamute Chukochya, de 870 mil anos. — Foto: Universidade de Estocolmo
Pesquisadores descobrem DNA mais antigo do mundo em mamutes da Sibéria. Na foto, o dente de mamute Chukochya, de 870 mil anos. — Foto: Universidade de Estocolmo

"Isso foi uma completa surpresa para nós. Todos os estudos anteriores indicavam que havia apenas uma espécie de mamute na Sibéria naquela época, chamado de mamute-da-estepe", explica o primeiro autor da pesquisa, Tom van der Valk.

Já o dente Adycha, de mais de um milhão de anos, parece ter sido de um ancestral do mamute-lanoso.

Com o DNA, os pesquisadores perceberam que adaptações ao frio que os mamutes-lanosos tinham – como pelos, regulação de temperatura, depósitos de gordura e ritmos circadianos adaptados – apareceram muito antes do surgimento deles. Seus ancestrais passaram por essas mutações lentamente ao longo do tempo.

Pesquisadores descobrem DNA mais antigo do mundo em mamutes da Sibéria. Na foto, o dente de mamute Adycha, de mais de um milhão de anos. — Foto: Universidade de Estocolmo
Pesquisadores descobrem DNA mais antigo do mundo em mamutes da Sibéria. Na foto, o dente de mamute Adycha, de mais de um milhão de anos. — Foto: Universidade de Estocolmo

"Acho que usar DNA antigo dessa forma é um pouco como viajar no tempo, usar uma máquina do tempo. E voltar um milhão de anos – que é muito, muito longe no tempo – nos permite estudar a evolução como ocorreu – e é muito animador", diz Dalén. 
Descobertas mais antigas são possíveis
Ilustração mostra mamutes-da-estepe — Foto: Universidade de Estocolmo
Ilustração mostra mamutes-da-estepe — Foto: Universidade de Estocolmo

A descoberta anterior de DNA mais antigo do mundo era de material que datava de até 780 mil anos atrás. Os pesquisadores da Suécia acreditam que ainda é possível ir mais além: recuperar material genético de até 2,6 milhões de anos atrás – graças ao congelamento dos fósseis, que ajuda a preservar o DNA.

"Ainda não atingimos o limite. Um palpite bem fundamentado seria que poderíamos recuperar o DNA de 2 milhões de anos de idade e, possivelmente, 2,6 milhões. Antes disso, não havia permafrost [solo congelado] onde o DNA antigo pudesse ser preservado", opina outro autor, Anders Götherström.

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terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Maior banco da França não financiará mais empresas que exploram terras desmatadas da Amazônia

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BNP Paribas afirmou que não finaciará mais empresas que compram gado ou soja produzida em terras amazônicas desmatadas ou convertidas depois de 2008. Medida também vale para terras desmatadas do Cerrado. 
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TOPO
Por Sudip Kar-Gupta e Matthieu Protard, Reuters  
15/02/2021 13h50 Atualizado há um dia
Postado em 16 de fevereiro de 2021 às 11h30m


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Ibama interdita área de desmatamento ilegal equivalente a 250 campos de futebol em Moju, no Pará, em outubro de 2020. — Foto: Reprodução / Agência Pará
Ibama interdita área de desmatamento ilegal equivalente a 250 campos de futebol em Moju, no Pará, em outubro de 2020. — Foto: Reprodução / Agência Pará

Maior banco da França, o BNP Paribas prometeu nesta segunda-feira (15) parar de financiar empresas que compram gado ou soja produzidos em terras amazônicas desmatadas ou convertidas depois de 2008.

O banco também disse que incentivará clientes a não comprarem ou produzirem carne bovina ou soja oriundos do Cerrado, que ocupa 20% do Brasil, só financiando aqueles que adotarem uma estratégia de desmatamento zero até 2025.

Grupos ambientalistas disseram que a decisão do BNP Paribas enviou uma mensagem contundente a empresas que negociam commodities na região, mas pressionaram por ações mais rápidas.

"Instituições financeiras expostas ao setor agrícola do Brasil precisam contribuir para esta luta contra o desmatamento. Este é o caso do BNP Paribas", disse o banco em um comunicado.

A carne bovina e a soja são produtos vistos como catalisadores do desmatamento.

O crescimento populacional e as classes médias em expansão rápida em países como a China estimulam uma explosão de demanda por soja e aumentam o consumo de carne e laticínios.

Alguns cientistas alertam que a floresta amazônica, que se estende por nove países, ruma para uma espiral mortal, já que o desmatamento prossegue aceleradamente.

Uma área da floresta tropical amazônica do tamanho de Israel foi derrubada no ano passado, de acordo com a entidade Amazon Conservation.

Metade do Cerrado já foi derrubado e é um dos ecossistemas mais ameaçados do planeta, disseram quatro ONGs ambientalistas em um comunicado conjunto.

"O BNP Paribas está dando mais cinco anos para os negociantes derrubarem florestas impunemente", disse Klervi Le Guenic, do Canopée –Forêts Vivantes.

No mês passado, o BNP e outros bancos de empréstimos europeus, como Credit Suisse e Dutch bank ING, comprometeram-se a parar de financiar o comércio de petróleo cru do Equador graças à pressão de ativistas que almejam proteger a Amazônia.

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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Arqueólogos descobrem fábrica de cerveja 'mais antiga do mundo' no Egito

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Acredita-se que a descoberta arqueológica no cemitério de Abydos tenha cerca de 5 mil anos. 
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TOPO
Por BBC  
15/02/2021 17h27 Atualizado há 3 horas
Postado em 15 de fevereiro de 2021 às 20h30m


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A descoberta pode 'ser a cervejaria de alta produção mais antiga do mundo' — Foto: EPA/BBC
A descoberta pode 'ser a cervejaria de alta produção mais antiga do mundo' — Foto: EPA/BBC

Arqueólogos no Egito desenterraram o que pode ser a mais antiga fábrica de cerveja conhecida do mundo, com cerca de 5 mil anos.

Uma equipe de pesquisadores egípcios e americanos descobriu o local em Abydos, um antigo cemitério no deserto.

Eles encontraram várias unidades contendo cerca de 40 potes usados ​​para aquecer uma mistura de grãos e água usada para fazer cerveja.

A cervejaria provavelmente remonta à era do rei Narmer, de acordo com o Conselho Supremo de Antiguidades do Egito.

A empresa afirma acreditar que a descoberta foi "a mais antiga cervejaria de alta produção do mundo".

Potes que seriam usados para a produção de cervejas — Foto: The Egyptian Ministry of Antiquities/Handout via Reuters
Potes que seriam usados para a produção de cervejas — Foto: The Egyptian Ministry of Antiquities/Handout via Reuters

O rei Narmer governou o Egito há mais de 5 mil anos. Ele fundou a Primeira Dinastia e é considerado como responsável pela unificação do Egito.

A cervejaria consistia em oito grandes áreas, cada uma com 20 metros de comprimento. E cada uma continha cerca de 40 potes de cerâmica dispostos em duas fileiras, de acordo com Mostafa Waziry, secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito.

Acredita-se que milhares de galões de cerveja tenham sido produzidos no local — Foto: EPA/BBC
Acredita-se que milhares de galões de cerveja tenham sido produzidos no local — Foto: EPA/BBC

Uma mistura de grãos e água usada para a produção de cerveja era aquecida nos potes, com cada bacia "presa por alavancas de barro colocadas verticalmente em forma de anéis", diz.

"A cervejaria pode ​​ter sido construída neste lugar especificamente para abastecer os rituais reais que aconteciam dentro das instalações funerárias dos reis do Egito", afirmou o Ministério do Turismo do Egito, citando o arqueólogo e cochefe da missão Matthew Adams, da Universidade de Nova York.

Acredita-se que a cerveja era produzida em grande escala no local, com capacidade para produzir cerca de 22.400 litros de uma vez.

"Evidências do uso de cerveja em ritos de sacrifício foram encontradas durante escavações nessas instalações", disse o comunicado.

Abydos é uma das cidades mais antigas do antigo Egito e abriga vastos cemitérios e templos.

A área fica no sul da Província de Sohag, no Alto Egito, onde também fica a cidade de Luxor, um dos pontos turísticos mais populares do país.

No início deste mês, uma missão que trabalhava perto de Alexandria descobriu várias múmias de cerca de 2 mil anos com línguas de ouro dentro da boca.

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Fenômeno descoberto por cientistas explica por que oceano Atlântico cresce enquanto Pacífico encolhe

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Uma descoberta surpreendente no fundo do oceano oferece novas pistas sobre como se movem as placas que formam a Terra. 
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TOPO
Por BBC  
15/02/2021 14h59 Atualizado há 3 horas
Postado em 15 de fevereiro de 2021 às 18h00m


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Mulher anda com neto na praia em Delaware, nos Estados Unidos, no dia 2 de janeiro. Estado é banhado pelo Oceano Atlântico. — Foto: Mark Makela/AFP
Mulher anda com neto na praia em Delaware, nos Estados Unidos, no dia 2 de janeiro. Estado é banhado pelo Oceano Atlântico. — Foto: Mark Makela/AFP

Quem vive nas Américas está cada dia mais longe daqueles que vivem na Europa e na África.

E não estamos nos referindo a uma distância política ou ideológica. Literalmente, nossos continentes estão cada dia mais separados.

A cada ano, as placas tectônicas em que estão localizadas a América, de um lado, e a Europa e a África, do outro, se afastam cerca de quatro centímetros.

Os cientistas sabem que as placas se movem em direções opostas, e que nas áreas de fronteira entre elas as partes mais densas afundam.

A força que causa essa separação, no entanto, é uma questão que ainda não tem resposta definitiva.

"A sabedoria convencional é de que esse processo é normalmente resultado de forças gravitacionais, à medida que partes das placas se afundam na Terra. No entanto, a força por trás da separação das placas do Atlântico continuava sendo um mistério, porque o Atlântico não é cercado de placas densas em afundamento", aponta a o Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Oxford.

Mas agora, em uma pesquisa recente publicada na Nature, um grupo de sismólogos acredita ter encontrado uma nova peça para montar esse quebra-cabeça.

Uma descoberta que também oferece novas pistas para entender melhor os movimentos sísmicos que podem causar grandes desastres.

Alguns especialistas preferem, no entanto, ser cautelosos quanto ao alcance do estudo, embora reconheçam a importância da descoberta.

Uma cordilheira no oceano

No fundo do Oceano Atlântico se ergue a Dorsal Mesoatlântica, uma extensa cordilheira localizada de maneira equidistante entre a América, de um lado, e a Eurásia e a África, do outro.

Essa cadeia de montanhas se estende por mais de 16.000 km do sul da Islândia ao sul da África.

A cordilheira chega a ter mais de 1.500 km de largura, e suas montanhas podem se erguer acima da superfície do oceano, formando ilhas como os Açores ou Tristão da Cunha.

A Dorsal Mesoatlântica é uma área chave: é a fronteira de placas mais extensa do planeta e também um lugar onde se formam novas placas.

É onde se encontram as bordas das placas da América do Norte e da América do Sul, que se movem se afastando das placas da Eurásia e da África.

Essa separação torna o Oceano Atlântico cada vez mais amplo, enquanto o Pacífico, devido ao avanço da América, está encolhendo.

Uma cunha entre as placas

Nesse novo estudo, os pesquisadores descobriram que nesta cordilheira existem áreas onde o material do interior da Terra aparece no fundo do mar.

Especificamente, são rochas provenientes de mais de 600 km de profundidade no manto, área localizada entre o núcleo e a crosta terrestre.

Esse fenômeno, segundo os autores do estudo, faz com que esse material atue como uma cunha que se interpõe entre as placas e faz com que elas se separem ainda mais.

"Este trabalho refuta suposições de longa data de que as dorsais oceânicas poderiam desempenhar um papel passivo nas placas tectônicas", afirmou em comunicado Mike Kendall, geofísico da Universidade de Oxford, no Reino Unido, e coautor da pesquisa.

"(O estudo) sugere que, em lugares como o Meio-Atlântico, as forças na dorsal desempenham um papel importante na separação das placas recém-formadas."

Sinais inesperados

Os dados para esta pesquisa foram obtidos por meio de 39 sismógrafos que os pesquisadores colocaram no fundo do oceano, em uma área da cordilheira localizada entre a América do Sul e a África.

Durante quase um ano, os movimentos detectados por esses sensores permitiram aos cientistas notar variações na estrutura do manto terrestre a 600 km de profundidade.

Cada tipo de onda que um sismógrafo registra está associada a um mineral diferente, portanto, com os sinais que os pesquisadores receberam, eles foram capazes de perceber que havia materiais na superfície provenientes do manto.

"Os sinais observados foram indicativos do surgimento profundo, lento e inesperado do manto mais profundo", escreveram os autores.

"Esses resultados lançam uma nova luz sobre nossa compreensão de como o interior da Terra está conectado às placas tectônicas", acrescentou Matthew Agius, sismólogo da Università degli studi Roma Tre, na Itália, e principal autor do estudo.

Cautela

Para o geólogo Daniel Melnick, que não participou da pesquisa, "a novidade do artigo é que apresenta pela primeira vez evidências de transporte de material do manto inferior (a 600 km) em uma dorsal oceânica".

A pesquisa pode ter implicações no "entendimento dos processos químicos e das trocas de calor dentro da Terra", afirmou Melnick, pesquisador do Instituto de Ciências da Terra da Universidade Austral do Chile, à BBC News Mundo, serviço em espanhol da BBC.

Ele acrescenta que o fluxo de material entre o manto e a crosta já havia sido documentado em zonas de subducção, onde uma placa afunda debaixo de outra; e também em "pontos quentes" como o Havaí e a Islândia, mas não em dorsais oceânicas.

Outros especialistas, por sua vez, também comemoram os resultados do estudo, mas são cautelosos quanto ao seu alcance.

"Essas descobertas adicionam uma peça ao quebra-cabeça para entender o fluxo no manto da Terra", afirmou ao portal Live Science Jeroen Ritsema, professor do departamento de Ciências da Terra da Universidade de Michigan, nos EUA, que não participou do estudo.

Segundo ele, os autores fizeram uma análise "excelente", mas com alcance limitado.

O professor se refere ao fato de terem observado apenas uma pequena porção do fundo do Atlântico, por isso não está claro se o fenômeno ocorre ao longo de toda a cordilheira.

"É difícil inferir o fluxo de rochas em escala global no manto da Terra a partir de um único ponto de observação", explicou Ritsema ao Live Science.

"É como olhar pelo buraco de uma fechadura e tentar descobrir quais são os móveis da sala, da cozinha e dos quartos."

Mais bem preparados

De acordo com os autores, os resultados dessa pesquisa podem ser úteis para entender melhor os movimentos das placas tectônicas e melhorar os sistemas de alerta para terremotos, tsunamis e erupções vulcânicas.

As placas tectônicas também influenciam o nível do mar, portanto, estudá-las permite ainda calcular melhor os efeitos das mudanças climáticas.

Para Kate Rychert, professora de Geofísica da Universidade de Southampton, no Reino Unido, e coautora do estudo, suas descobertas "têm amplas implicações na compreensão da evolução e habitabilidade da Terra".

"Também mostra como é crucial coletar dados dos oceanos", diz Rychert. "Há muito mais para explorar."

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