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segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Usar dias frios para negar aquecimento global não faz sentido, indica pesquisa

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Pesquisas desbancam argumento comumente usado de que temperaturas frias seriam evidência de que o planeta não está aquecendo. Diversos estudos científicos comprovam que o planeta ficou 1 grau Celsius mais quente nos últimos 100 anos. E um dia mais quente no Ártico gera ondas de frio na Europa e América do Norte. Entenda!
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 Por Edison Veiga, BBC  

 Postado em 12 de agosto de 2019 às 22h30m  

GIPOPE - GARIBA'S Logística for 2012 - 2013
Usar dias frios para negar aquecimento global não faz sentido, indica pesquisa — Foto: BBCUsar dias frios para negar aquecimento global não faz sentido, indica pesquisa — Foto: BBC

A briga já se tornou habitual, principalmente nas redes sociais: diante de um dia mais frio, uma anormal frente fria ou um inverno mais rigoroso que o normal, negadores do aquecimento global aproveitam para atacar pesquisas sobre o assunto.

Cientistas da área, contudo, apontam justamente o contrário: tais fenômenos meteorológicos são evidência clara de que o aquecimento global existe, de que se trata de uma crise ambiental grave e de que estamos vivendo um período catastrófico, na iminência de um colapso climático.

A revista "Nature Climate Change" desta segunda-feira (12) traz mais uma pesquisa a se somar às tantas realizadas sobre o tema.
O trabalho — desenvolvido por cientistas da Universidade de Exeter, na Inglaterra, da Universidade de Groningen, na Holanda, do Centro Canadense para Análise Climática, no Canadá, do Instituto Meteorológico Real da Holanda e do Instituto de Pesquisa de Energia e Sustentabilidade em Groningen, também da Holanda — concluiu que mesmo as ondas de frio estão no contexto da crise ambiental do aquecimento global.

Exemplo do Ártico
Os cientistas também apontam que os dias mais frios têm sido exceção, não regra. "Não tem havido um aumento global nos invernos frios, em tendências de longo prazo", afirma à BBC News Brasil o pesquisador Russell Blackport, da Faculdade de Engenharia, Matemática e Ciências Físicas da Universidade de Exeter.

"Houve algumas regiões que tiveram alguns invernos particularmente severos na última década, mas estes são aumentos de curto prazo, que refletem a variabilidade natural. Tendências de longo prazo mostram que os invernos frios extremos estão se tornando menos frequentes, e isso é consistente com o aumento das temperaturas globais."

Diversos estudos científicos comprovam que o planeta ficou 1 grau Celsius mais quente nos últimos 100 anos. Métricas mostram que, desde os anos 1980, dias com recorde máximo de temperatura têm sido mais frequentes do que dias com recorde mínimo de temperatura - independentemente da região do planeta.

Contudo, um dia mais quente no Ártico pode trazer frio para regiões contíguas. Ou seja: para a Europa e a América do Norte. É um fenômeno físico: o calor acaba fazendo com que o ar frio, antes concentrado no Ártico, se espalhe por outras regiões.

E isso acarreta frentes frias fora do comum — como a onda de frio ocorrida na Europa em maio deste ano, com direito a neve em diversas localidades no período que deveria ser o auge da primavera.

Os cientistas esmiuçaram esse fenômeno. Concluíram que o degelo não pode ser apontado como a causa de um dia frio. Os acontecimentos estão em consonância, porque ambos são culpa do atual contexto chamado de aquecimento global — mas que poderia ser também chamado de colapso climático ou crise climática.

"Usamos três linhas de evidências para concluir que a redução do gelo no mar tem influência mínima nos invernos frios - muito embora a redução do gelo nos mares tenda a coincidir com invernos frios", pontua Russell.

"Descobrimos que o calor tende a fluir da atmosfera para o oceano durantes os eventos frios, o oposto do que seria esperado se houvesse uma influência do gelo marítimo. Constatamos também que o tempo frio começa antes da redução do gelo - mas não prossegue depois disso. Também realizamos modelagens para prever o cenário."

Segundo o pesquisador, todas as abordagens concordaram que a redução das geleiras tem "influência mínima" sobre os invernos frios.

Argumentos cientificamente errados
Esse tipo de fenômeno, de dias mais frios, acaba suscitando argumentos justamente por quem não acredita — por razões pessoais, interesses políticos e econômicos ou simplesmente ideologia — nas evidências de que o planeta vive um forte aquecimento.

"Se o mundo está ficando mais quente, por que, então, está fazendo tanto frio nos Estados Unidos?", tuitou recentemente o presidente americano Donald Trump, em meio a uma onda de frio ocorrida no país.

Questionamentos semelhantes também têm sido recorrentes nos círculos do poder brasileiro. "Só por curiosidade: quando está quente a culpa é sempre do possível aquecimento global e quando está frio fora do normal, como é que se chama?", escreveu, também no Twitter, o vereador Carlos Bolsonaro, um dos cinco filhos do presidente Jair Bolsonaro.

Outro cético assumido do tema é o diplomata Ernesto Araújo, atual ministro das Relações Exteriores do Brasil. Em uma recente reunião junto a especialistas do Itamaraty, ele usou uma observação pessoal para tentar desmentir o consenso científico ambiental internacional.

"Não acredito em aquecimento global. Vejam que fui a Roma em maio e estava tendo uma onda de frio enorme. Isso mostra como as teorias do aquecimento global estão erradas. Isso a mídia não noticia", afirmou ele.

Para os cientistas, esse tipo de raciocínio não encontra ecos nas aferições globais. "É um argumento que comete o erro comum de confundir tempo com clima", explica Blackpor, diante da repercussão internacional da declaração do ministro brasileiro.

"O tempo descreve a atmosfera em escalas curtas — dia a dia, semana a semana —, enquanto o clima descreve as estatísticas em escalas de tempo muito mais longas, geralmente de mais de 30 anos. Eventos climáticos de curto prazo que podem causar temperaturas extremas sempre ocorreram e continuarão ocorrendo no futuro. Contudo, tendências de longo prazo no clima mostram que dias de frio extremo estão se tornando menos prováveis e menos intensos, o que é consistente com o aumento global das temperaturas."

Degelo e anomalias
Uma potencial conexão entre a perda de gelo do Ártico e ondas de tempo frio no hemisfério norte tem sido objeto de estudos há algum tempo — observações mostram que, sempre que há uma diminuição da cobertura de gelo na região, áreas próximas sofrem com baixas temperaturas.

A pesquisa divulgada nesta segunda se baseou em uma grande quantidade de dados climáticos. Isso significa uma vasta gama de aferições, tanto geograficamente quanto cronologicamente. Assim, os cientistas podem realizar conexões estatísticas e comprovar curvas de aquecimento - sem ruídos suscitados por variações pontuais.

No caso do Ártico, os dados levam à conclusão de que invernos relativamente frios ocorrem de forma simultânea a momentos de declínio de gelo na região — mas um não é a causa do outro.

Ambos são decorrentes, na verdade, de anomalias de grande escala na circulação atmosférica, conforme pontua comunicado distribuído pela Universidade de Groningen.
Olhando por outro lado, há uma notícia que pode ser parcialmente alentadora.

"Nossas descobertas mostram que uma diminuição do gelo do Ártico em um futuro próximo não levará a mais e intensas ondas de frio no inverno", acredita o pesquisador Richard Bintanja, professor da universidade holandesa e coautor da pesquisa. "Afinal, o degelo do Ártico é resultado de circulação atmosférica de padrões incomuns, e não sua causa."

Parcialmente alentadora porque, se o degelo não irá causar invernos mais rigorosos ainda, isso não significa que os problemas climáticos não irão continuar. Muito pelo contrário. "Há muitas razões para se preocupar com a perda dramática do gelo do Ártico", pontua o professor da Universidade de Exeter James Screen, também participante da pesquisa.

"A correlação entre a redução do gelo marinho e os invernos frios não significa que um esteja causando o outro", completa Russell. "Mostramos que a causa real é a mudança na atmosfera, que leva o ar quente para o Ártico e traz o ar frio para as latitudes médias." Ou seja: o aquecimento global.

O comunicado divulgado pela Universidade de Exeter enfatiza que, "nas últimas décadas, o Ártico sofreu um aquecimento das temperaturas por causa das mudanças climáticas, o que levou a um grande declínio na cobertura de gelo".

"Essa redução na cobertura de gelo implica no aumento das áreas de mar aberto - o que, por sua vez, permite que o oceano perca mais calor para a atmosfera no inverno", aponta o texto. "Isso pode alterar o clima, mesmo fora do Ártico."

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'Prévia' do PIB do Banco Central recua 0,13% no 2º trimestre e indica início de 'recessão técnica'

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Chamada 'recessão técnica' acontece quando há dois trimestres seguidos de queda no nível de atividade. Resultado oficial do PIB no 2º trimestre será divulgado pelo IBGE em 29 de agosto.
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 Por Alexandro Martello, G1 — Brasília  

 Postado em 12 de agosto de 2019 às 10h45m  

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A economia brasileira registrou retração de 0,13% no segundo trimestre de 2019, segundo o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), uma espécie de "prévia" do Produto Interno Bruto (PIB), divulgado pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (12).

O recuo de 0,13% entre abril e junho deste ano foi verificado na comparação com o primeiro trimestre de 2019. O número foi calculado após ajuste sazonal, uma "compensação" para comparar períodos diferentes de um ano.

Como o nível de atividade já havia recuado 0,2% nos três primeiros meses deste ano, contra o último trimestre do ano passado, a economia brasileira pode ter entrado em uma "recessão técnica" – que se caracteriza por dois trimestres seguidos de tombo do PIB.

VARIAÇÃO DO PIB
EM %, CONTRA O TRIMESTRE ANTERIOR
Created with Highcharts 5.0.90,50,5000,50,50,10,1-0,2-0,2-0,13-0,131º TRI/20182º TRI/20183º TRI/20184º TRI/20181º TRI/2019PREVIA DO BC - 2º TRI/20190-0,250,250,50,75
Fonte: IBGE E Banco Central

Segundo explicações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na recessão técnica é considerada a possibilidade de recuperação no curto prazo. É diferente da recessão de fato, quando a situação do país está se deteriorando significativamente, e há alta do desemprego e dos índices de falência, queda da produção e do consumo.

O Produto Interno Bruto (PIB) é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. O IBC-BR do Banco Central, porém, é somente um indicador criado para tentar antecipar o resultado do PIB – que é calculado pelo IBGE. Os números oficiais do PIB do segundo trimestre serão divulgados em 29 de agosto.

Quando a comparação é feita com o resultado do segundo trimestre de 2018, porém, o IBC-Br indica alta de 0,85% (sem ajuste sazonal). Em 12 meses até junho deste ano, também sem ajuste sazonal, os números do BC indicam uma expansão de 1,08%.

O fraco resultado do segundo trimestre deste ano já era esperado por economistas. Isso porque os componentes do PIB já haviam indicado atividade em baixa no período. O setor de serviços, por exemplo, registrou queda de 0,6% no segundo trimestre, enquanto a produção industrial teve queda de 0,7% e as vendas do comércio caíram 0,3%.

Apesar da retração do PIB nos três primeiros meses deste ano, e do possível tombo também no período de abril a junho, os economistas do mercado financeiro, o Banco Central e o Ministério da Economia projetam crescimento da economia em todo este ano. A previsão de é alta do PIB de cerca de 0,8% no ano de 2019.

Relatório Focus
O Banco Central também divulgou nesta segunda-feira (12) o Relatório Focus com previsões para crescimento da economia, inflações, taxa de juros, entre outros indicadores. O relatório é resultado de levantamento feito na semana passada com mais de 100 instituições financeiras.

Segundo o relatório, os analistas do mercado financeiro voltaram a reduzir a previsão de crescimento da economia em 2019 – passou de 0,82% para 0,81%.

Os analistas ouvidos pelo BC também reduziram a previsão de inflação de 3,80% para 3,76%.

FGTS e reforma da Previdência
Após o tombo do PIB no primeiro trimestre deste ano, a área econômica do governo Bolsonaro começou a se movimentar para estimular a economia e, mais recentemente, anunciou a liberação de R$ 42 bilhões das contas do PIS e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), com efeito em 2019 e 2020.

Se todos recursos forem sacados, o impacto sobre o PIB este ano seria de 0,26 ponto percentual e de 0,59 ponto percentual no ano que vem, estimou o Instituto Fiscal Independente (IFI), órgão vinculado ao Senado. Ou seja, a liberação do dinheiro acrescentaria, nos dois anos, crescimento de 0,85 ponto percentual no PIB.

Além disso, analistas acreditam que a aprovação da reforma da Previdência, em primeiro turno pela Câmara dos Deputados, também vai contribuir para impulsionar o crescimento da economia nos próximos meses. A lógica é que os investidores se sentirão mais seguros em investir e gerar empregos em um país com as contas mais arrumadas.

IBC-BR X PIB
O IBC-Br foi criado para tentar antecipar o resultado do PIB, que é divulgado pelo IBGE. Os resultados do IBC-Br, porém, nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais do PIB.

O cálculo dos dois é um pouco diferente – o índice do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos.

O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária.

Atualmente, a taxa Selic está em 6% ao ano, na mínima histórica, e a estimativa do mercado é de que recue para 5% ao ano até o final de 2019.
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domingo, 11 de agosto de 2019

74 milhões de brasileiros ficarão sem água até 2035, diz Plataforma Brasileira de Biodiversidade

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 Por Amelia Gonzalez  
 Escreve sobre sustentabilidade e debate temas ligados a economia, meio ambiente e sociedade  

 Postado em 11 de agosto de 2019 às 13h00m  
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Estiagem de 2014 fez o Sistema Cantareira viver o seu pior momento na história: alerta sobre o uso consciente da água e respeito a essas fontes de vida — Foto: Adriano RosaEstiagem de 2014 fez o Sistema Cantareira viver o seu pior momento na história: alerta sobre o uso consciente da água e respeito a essas fontes de vida — Foto: Adriano Rosa

Não será por falta de aviso ou de informações pertinentes que os atuais donos do poder no país deixarão de levar a sério a dimensão dos impactos que as mudanças climáticas podem causar aos brasileiros.

No mesmo dia em que mais de cem cientistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC na sigla em inglês) lançaram um relatório preocupante sobre os impactos das mudanças climáticas e apontaram que 8% das terras no Brasil já sofrem alguma forma de degradação (desertificação entre elas), pesquisadores da Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (BPBES) avisaram, em outro estudo, que se não houver uma mudança na gestão das águas do país faltará água para cerca de 74 milhões de brasileiros até 2035.

Hoje, a população brasileira consome cerca de 260 mil litros de água por segundo, aproximadamente 108 litros de água por dia. O estudo brasileiro foi lançado durante o 15º Congresso Brasileiro de Limnologia que aconteceu ontem (8) em Florianópolis.
A questão é que praticamente todas as atividades econômicas no Brasil também dependem de suas águas. Só a matriz energética brasileira depende de cerca de 65% da produção hidrelétrica. Sendo assim, e nesse cenário de escassez apresentado no relatório temático Água: biodiversidade, serviços ecossistêmicos e bem-estar humano no Brasil, advertem os pesquisadores que a atividade produtiva que mais vai sofrer será a indústria, que hoje utiliza cerca de 180 mil litros de água por segundo e terá perdas econômicas correspondentes a cerca de 84%. Em seguida virão a pecuária e a agricultura de irrigação, principais usuários dos recursos hídricos do país, consumindo, respectivamente, por volta de 750 mil e 125 mil litros de água por segundo.

Cerca de 85% da produção agropecuária nacional – localizada nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul – dependem da água proveniente das chuvas, que tem aproximadamente 40% da sua origem na evapotranspiração da Amazônia. Em 2018, o Brasil exportou quase 84 milhões de toneladas de soja, o que corresponde a cerca de 8,4 trilhões de litros de água, detalha o relatório.
 Crescente atividade agrícola impacta os ambientes com fertilizantes e agrotóxicos — Foto: TV TEM/ReproduçãoCrescente atividade agrícola impacta os ambientes com fertilizantes e agrotóxicos — Foto: TV TEM/Reprodução

Não há bons prognósticos para todas as regiões brasileiras. No Nordeste, a falta de chuva que já é recorrente vai se juntar à poluição:
O Centro-Oeste é caracterizado por uma intensa e crescente atividade agrícola que impacta os ambientes aquáticos com fertilizantes e agrotóxicos. Já a Região Norte apresenta situações de escassez nos centros urbanos causada pela baixa qualidade e por falta de gestão adequada de seus recursos hídricos. O Sul do país concentra quase 1/3 do aquífero Guarani, que vem sendo exposto à contaminação pela proliferação de poços que colocam em risco essas reservas. Todos esses processos fazem com que cerca de 40% do território brasileiro possua um nível que varia de moderado a elevado de ameaça à biodiversidade aquática, diz o relatório.

As principais ameaças vêm, como se sabe, das mudanças climáticas, das mudanças no uso do solo, da fragmentação de ecossistemas e da poluição. E é neste ponto que o relatório brasileiro se junta ao estudo feito pelos pesquisadores do IPCC que dão contornos reais às mudanças climáticas.
Tais mudanças, bem como a transposição de rios, promovem modificações na dinâmica e na estrutura dos ambientes aquáticos causando perda na conectividade e alteração no regime hidrológico, o que favorece o estabelecimento de espécies exóticas.
Os eventos extremos, que têm sido sentidos, vão aumentar. E os pesquisadores mostram o que já aconteceu: anos de seca prolongada nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil resultaram em uma perda estimada de R$ 20 bilhões na receita agrícola em 2015, um recuo de quase 7% em relação ao ano anterior. 
Portanto, não é fato para se deixar de lado.

Há o que fazer, e muito. Se tivermos vontade política e um olhar atento e cuidadoso, se houver um processo de governança com base técnica e científica mais inclusivo, colaborativo e transparente, garantem os pesquisadores que ainda vai dar tempo para reverter.
A comunidade ribeirinha do Amolar vive a várias horas de viagem de barco de Corumbá (MS), quase na divisa com Mato Grosso — Foto: Eduardo Palacio/G1 A comunidade ribeirinha do Amolar vive a várias horas de viagem de barco de Corumbá (MS), quase na divisa com Mato Grosso — Foto: Eduardo Palacio/G1

A restauração florestal e a conservação dos mananciais e da vegetação ribeirinha trazem benefícios consistentes para a qualidade da água e podem reduzir, consideravelmente, os gastos com tratamento. O setor privado é um importante aliado no estabelecimento das soluções para a água no país, pois é responsável por grande parte das áreas com vegetação nativa remanescente e é amplamente afetado por alterações na disponibilidade hídrica. A universalização do saneamento básico no país trará benefícios da ordem de R$ 1,5 trilhão, valor quatro vezes maior que o gasto estimado para sua implementação, diz o relatório.

Aliny Pires, uma das coordenadores do estudo e professora adjunta da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) lembra que o diferencial do trabalho está na abordagem da questão da água, que não tem potencial apenas como recurso hídrico:
A água é muito mais do que isso, é um componente-chave da biodiversidade, é patrimônio cultural e está atrelada ao bem-estar da população brasileira de inúmeras maneiras.
Não há vida sem água. Simples assim.
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