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quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Produção industrial tem 3ª queda seguida e pior resultado para setembro em 3 anos

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Recuo de 1,8% na comparação com agosto foi pressionado pela queda na produção de bens de consumo duráveis e de automóveis. Resultado mostra perda de ritmo do setor.
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Por Daniel Silveira e Darlan Alvarenga, G1 

Postado em 01 de novembro de 2018 às 12h00m 
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Produção de veículos no Brasil puxa queda da indústria em setembro — Foto: Fabian Bimmer/ReutersProdução de veículos no Brasil puxa queda da indústria em setembro — Foto: Fabian Bimmer/Reuters













A produção industrial brasileira caiu 1,8% em setembro frente ao mês anterior, segundo divulgou nesta quinta-feira (1) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pressionada pela queda de bens de consumo duráveis e pela menor produção de automóveis.

Trata-se da terceira queda mensal seguida do setor. De acordo com André Macedo, gerente da pesquisa, foi também a queda mais acentuada para um mês de setembro, na comparação com o mês imediatamente anterior, desde 2015, quando foi de 2,2%.

Produção industrial mensal
Comparação com o mês imediatamente anterior, em %
Created with Highcharts 5.0.90,80,8000,80,82,82,8-2,2-2,20,10,1-0,1-0,10,90,9-10,9-10,912,612,6-0,2-0,2-0,7-0,7-1,8-1,8setoutnovdezjan/18fev/18mar/18abr/18mai/18jun/18jul/18ago/18set/18-15-10-5051015
Fonte: IBGE

Na comparação com setembro do ano passado, a indústria caiu 2%, primeiro resultado negativo nesta base comparação, após três altas consecutivas.

O resultado veio pior do que o esperado. As expectativas em pesquisa da Reuters com economistas eram de queda de 0,8% na variação mensal e de 0,4% na base anual.

Apesar da 3ª queda consecutiva, a indústria registrou avanço de 2,7% no 3º trimestre, na comparação com o trimestre anterior. Segundo o IBGE, esta alta compensou o recuo de 2,7% do 2º trimestre, que foi impulsionada pelas perdas significativas do mês de maio, quando a produção industrial caiu 10,9% em função dos efeitos da greve dos caminhoneiros. Já na comparação com o 3º trimestre do ano passado, houve alta de 1,2%.

Perda de ritmo no ano
No acumulado no ano e em 12 meses, a produção continua registrando alta, de 1,9% e de 2,7% respectivamente. Entretanto, houve perda de ritmo frente aos meses anteriores. Em julho, a taxa acumulada em 12 meses era de 3,3%, e em agosto, de 3,1%.
"Fica muito clara uma perda de ritmo dessa produção. Desde 2015 a gente não via três meses seguidos de queda na margem", destacou André Macedo.
O IBGE revisou os dados da indústria dos últimos meses. Em agosto, a queda foi de 0,7%, ao invés do recuo de 0,3% anunciada anteriormente. Já o resultado de julho foi revisado para uma queda de 0,2%, ante recuo de 0,1% estimado inicialmente.

Produção industrial em 12 meses
Variação acumulada em 1 ano, em %
Created with Highcharts 5.0.90,50,51,71,72,22,22,52,52,82,8332,92,944333,23,23,33,33,13,12,72,7setoutnovdezjanfevmarabr/18mai/18jun/18jul/18ago/18set/18012345
Fonte: IBGE

16 dos 26 ramos industriais recuam
Dos 26 ramos de atividade, 16 recuaram em setembro. Segundo Macedo, o principal impacto negativo partiu do segmento de veículos automotores, reboques e carrocerias (-5,1%), seguido de máquinas e equipamentos (-10,3%) e bebidas (-9,6%). São resultados muito próximos em termos de influência, ponderou.
De acordo com Macedo, foi verificado um grande número de fábricas de automóveis com paralisações ou férias coletivas no mês de setembro, em função da queda nas exportações dado que a gente perde um canal importante de exportação por causa da crise na Argentina.
Do outro lado, o destaque de alta de produção foi metalurgia, que avançou 5,4%.
16 dos 26 ramos industriais recuam em setembro na comparação com agosto — Foto: Divulgação16 dos 26 ramos industriais recuam em setembro na comparação com agosto — Foto: Divulgação

Entre as grandes categorias, a queda mais acentuada na comparação com agosto foi em bens de consumo duráveis (-5,5%), influenciada, em grande parte, pela menor produção de automóveis. Também houve recuo na produção de bens de capital (-1,3%), bens intermediários (-1,0%) e bens de consumo semi e não-duráveis (-0,7%).

Recuperação lenta
Com o desemprego elevado e baixo nívek de investimento e consumo, o Brasil vem mostrando dificuldades em engrenar um ritmo forte de crescimento.

No segundo trimestre, a indústria registrou contração de 0,6%, contribuindo para que o Produto Interno Bruto (PIB) do país registrasse crescimento de apenas 0,2% sobre os três meses anteriores.

Segundo a última pesquisa Focus do Banco Central, a expectativa do mercado é que a economia cresça 1,36% em 2018, menos da metade do que era esperado do começo do ano.
IBGE 

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quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Estátua mais alta do mundo revolta agricultores na Índia

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Monumento a Sardar Vallabhbhai Patel, líder do país logo após sua independência, custou cerca de R$ 1,5 bilhão e foi construído em área rural pobre no oeste com dificuldade de acesso a água.
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BBC
Por BBC 

Postado em 31 de outubro de 2018 às 14h35m 

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Vista geral da "Estátua da Unidade", retratando Sardar Vallabhbhai Patel, um dos pais fundadores da Índia, durante sua inauguração em Kevadia, no estado de Gujarat, na Índia, nesta quarta-feira (31)  — Foto: REUTERS / Amit DaveVista geral da "Estátua da Unidade", retratando Sardar Vallabhbhai Patel, um dos pais fundadores da Índia, durante sua inauguração em Kevadia, no estado de Gujarat, na Índia, nesta quarta-feira (31) — Foto: REUTERS / Amit Dave

A Índia inaugurou nesta quarta-feira (31) a estátua mais alta do mundo, com 182 metros de altura e custo de mais de R$ 1,5 bilhão.

A obra tem sido motivo de atrito entre o governo e agricultores locais, que se queixam do fato de o Estado ter gasto tanto dinheiro enquanto muitos têm enfrentado dificuldades.

Vijendra Tadvi, um dos moradores do Estado de Gujarat - onde o monumento foi erguido, no oeste do país -, lutou por anos para ter acesso a água para irrigar sua fazenda de 1,2 hectares. Hoje com 39 anos, ele planta pimenta, milho e amendoim.

Estátua mais alta do mundo é inaugurada, na Índia
Como milhões de agricultores na Índia, depende das chuvas das monções para irrigar sua colheita – no resto do tempo, ele retira água do lençol freático, que corresponde a 80% da oferta de água para irrigação.

Longos verões secos seguidos e chuvas erráticas levaram a frequentes secas no país e diminuíram a renda de fazendeiros como Tadvi.

Em 2015, ele conseguiu um trabalho extra para complementar sua renda – como motorista no canteiro de obras de construção da estátua, que estava sendo construída pelo governo do Estado do Gujarat.

O tributo ao líder da independência indiana Sardar Vallabhbhai Patel custou 29,9 bilhões de rúpias, ou R$ 1,5 bilhão. E o governo do Estado teve que custear mais da metade desse valor – o resto veio do governo federal ou de doações.
Vijendra Tadvi diz que o governo deveria investir em infraestrutura para a agricultura, não em estátuas — Foto: BBCVijendra Tadvi diz que o governo deveria investir em infraestrutura para a agricultura, não em estátuas — Foto: BBC
"Em vez de gastar dinheiro em uma estátua gigante, o governo deveria usá-lo para melhorar as condições dos agricultores e do distrito", diz Tadvi, que afirma que os agricultores da área não têm nem a infraestrutura mais básica de irrigação.
Quando a estátua ficou pronta, Tadvi conseguiu se recolocar e continuou trabalhando em outros canteiros de obras na região. Mas continua insatisfeito com o gasto público com a obra faraônica.

O monumento foi apelidado de "estátua da unidade" e é a peça principal de uma série de homenagens a Patel. O líder nacionalista nasceu em Gujarat e se tornou o primeiro ministro do interior da Índia independente, e também o primeiro ministro interino sob Jawaharlal Nehru.

A atual primeiro ministro indiano, Narenda Modi, que também é de Gujarat, encomendou a estátua quando foi ministro chefe do Estado, em 2010.

Nos últimos anos, o partido de Modi, o partido hindu nacionalista BJP (Partido Bharatiya Janata) tem evocado a figura de Patel em uma tentativa de se colocar como representante de seu legado.

Eles acusam a oposição, o Partido do Congresso, de deixar a imagem Patel de lado para beneficiar os descendentes de Nehru, três dos quais serviram como primeiro-ministro.
Agricultores sofrem com frequentes perdas causadas pela seca — Foto: BBCAgricultores sofrem com frequentes perdas causadas pela seca — Foto: BBC

O Partido do Congresso governou a Índia por 49 dos 71 anos desde a independência.
Os planos para o memorial a Patel incluem um hotel três estrelas, um museu e um centro de pesquisa de assuntos sobre os quais ele se interessava – como "boa governança" e "desenvolvimento agrário".

Tudo isso será a cerca de 10 km da vila de Tadvi, Nana Pipaliya, no distrito de Narmada – uma região predominantemente pobre e rural.

Muitas das famílias na região continuam a sofrer com fome e malnutrição, e o índice de crianças matriculadas em escolas primárias tem caído, de acordo com um relatório de 2016 publicado pelo próprio governo do Estado.
Estátua de Sardar Vallabhbhai Patel é a mais alta do mundo e custou R$ 1,5 bilhão à Índia — Foto: Reprodução/BBCEstátua de Sardar Vallabhbhai Patel é a mais alta do mundo e custou R$ 1,5 bilhão à Índia — Foto: Reprodução/BBC

O governo diz que o memorial vai melhorar a economia do distrito, já que eles esperam cerca de 2,5 milhões de visitantes por ano. "Vai gerar oportunidades de emprego para os locais e aumentar o turismo na área", diz Sandeep Kumar, um dos membros do governo envolvidos no projeto.
Moradores da região estão céticos.
"Porque eles não podem investir em um projeto para ajudar os agricultores e melhorar suas condições de vida?", diz Lakhan, um ativista local que atende apenas pelo primeiro nome.
"Nos prometeram água para a irrigação, mas a situação continua a mesma."
O vilarejo de Nana Pipaliya deveria receber água de uma represa próxima como parte de um projeto de irrigação. Mas os agricultores ainda estão sem água, diz Tadvi.

"Eu consigo fazer apenas uma colheita por ano, enquanto pessoas com estrutura de irrigação conseguem fazer até três", diz Bhola Tadvi, um agricultor que conta somente de água da chuva para irrigar sua plantação.

De acordo com um censo de 2011, cerca de 85% da população economicamente ativa do distrito trabalha com agricultura – um setor dominado por pequenos agricultores que têm entre 0,8 e 1,6 hectares de terra.

Membros do governo do distrito disseram à BBC que o governo está comprometido com a disponibilização de água. Lakhan diz que milhares de agricultores continuam tendo dificuldade para ter acesso a água para irrigação.

Metade da população da Índia é de trabalhadores rurais, mas a agricultura é responsável por apenas 15% do PIB (Produto Interno Bruto) do país.

Na verdade, o setor encolheu 1,2% neste ano. As fazendas empregam muitas pessoas, mas produzem muito pouco, e milhares de agricultores batalham para pagar empréstimos.

No início do ano, agricultures do Estado de Maharashtra fizeram um enorme protesto pedindo por uma moratória dos empréstimos e por melhores preços para as colheitas.

Em 2017, fazendeiros do distrito de Tamil Nadu, que foi muito afetado pela seca, protestaram usando caveiras humanas com ratos vivos presos entre os dentes para chamar atenção para sua situação.

Em Gujarat, na sombra da estátua de Patel, muitos agricultores chegam a furtar água. Eles desviam ilegalmente a água que passa por muitas das terras da região pelo canal que vem da represa.

Um dos agricultores afirma ter instalado um cano subterrâneo do canal para sua fazenda, dizendo que quase todos os agricultores na área fizeram isso para sobreviver.
"Não temos opção a não ser pegar a água ilegamente, já que não outras fontes de água para nós."
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