Objetivo:
“Projetando o futuro e o desenvolvimento autossustentável da sua empresa, preparando-a para uma competitividade e lucratividade dinâmica em logística e visão de mercado, visando sempre e em primeiro lugar, a satisfação e o bem estar do consumidor-cliente."
Microsoft testou instalação de datacenter no Oceano Pacífico em 2015 (Foto: Divulgação/Microsoft)
A Microsoft mergulhou um datacenter, um daqueles conjuntos enormes de máquinas responsáveis por processar e armazenar dados na internet, no fundo do Oceano Pacífico por três meses. O teste foi feito em agosto de 2015 e faz parte do Natick, um projeto de pesquisa que busca criar datacenters mais rápidos e sustentáveis. A ideia por trás da instalação de um contêiner de 17,2 toneladas a 9 metros de profundidade tem alguns pretextos interessantes: economizar energia, principalmente, já que os datacenters emitem bastante calor e geram muitos custos de resfriamento; aproveitar fontes energéticas renováveis, como eólica e solar; e aproximar os servidores dos usuários, o que pode melhorar a velocidade de conexão. A Microsoft diz ainda que, nesse molde, é capaz de construir um datacenter em apenas 90 dias – algumas instalações terrestres levam anos para ficarem prontas. Por outro lado, o acesso a essas máquinas para manutenção pode ser dificultado pela sua natureza submarina. O datacenter é a tecnologia que dá vida a vários serviços que usamos todos os dias na internet, como streaming de filmes e músicas (Netflix, YouTube, Spotify), partidas online de games (Xbox Live, PlayStation Network, etc.), e seu uso tem crescido enormemente nos últimos anos. "Quando você tira seu smartphone do bolso você acha que está usando esse computadorzinho milagroso, mas na verdade você está usando mais de 100 máquinas nessa coisa chamada nuvem", diz ao jornal "The New York Times" Peter Lee, vice-presidente corporativo da Microsoft Research. "Daí você multiplica isso por bilhões de pessoas, e você tem uma grande quantidade de trabalho computacional". O Natick começou a ser pensado em 2013 e, por enquanto, continua sendo apenas um projeto experimental.
A produção da indústria brasileira encerrou o ano de 2015 com queda acumulada de 8,3%, segundo dados divulgados nesta terça-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o maior recuo da série, iniciada em 2003.
Entre todos os setores, o de carros teve o maior resultado negativo (Foto: Reuters)
Na comparação com novembro, a atividade fabril sofreu redução de 0,7% e diante de dezembro do ano anterior, de 11,9%. No ano, entre todos os setores da indústria analisados pela pesquisa, o de veículos automotores, reboques e carrocerias registrou a maior queda, de 25,9%. A produção de itens eletrônicos e ópticos caiu mais, 30%, mas tem peso menor que o de veículos, por isso sua importância é menor no índice geral.
PRODUÇÃO DA INDÚSTRIA
No ano, em %
Fonte: IBGE
Também puxaram o freio as indústrias de máquinas e equipamentos (-14,6%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-5,9%), metalurgia (-8,9%) e produtos de metal (-11,4%). Apenas as indústrias extrativas cresceram: 3,9%. Entre as categorias econômicas, a de bens de capital - máquinas e equipamentos - recuou 25,5% e a de bens de consumo duráveis, 18,7%. Os segmentos de bens de consumo semi e não-duráveis recuaram 6,7% e de bens intermediários, 5,2%. Comportamento em dezembro Na comparação com novembro, a maioria dos segmentos da indústria mostrou queda, com destaque para máquinas e equipamentos (-8,3%), bebidas (-8,4%) e metalurgia (-5%). Por outro lado, dez ramos mostraram alta, com as maiores influências partindo de: produtos alimentícios (2,6%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,3%), veículos automotores, reboques e carrocerias (4,7%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (12,2%) e celulose, papel e produtos de papel (5,4%). Já em relação a dezembro de 2014, que sofreu um tombo ainda maior, as montadoras registaram redução de 30,9% na produção de veículos automotores, reboques e carrocerias. Também recuaram as produções de indústrias extrativas (-11,5%), máquinas e equipamentos (-25,2%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-7,6%), metalurgia (-14,1%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-37,1%), entre outros. Apenas os segmentos de produtos alimentícios (4,4%) e celulose, papel e produtos de papel (2,6%) aumentaram sua produção.
Os economistas das instituições financeiras pioraram novamente suas previsões para o comportamento da inflação e para o desempenho da economia brasileira neste ano e em 2017. Os dados são do boletim Focus, pesquisa feita pelo Banco Central junto a mais de cem bancos, divulgado nesta segunda-feira (1º). Para 2016, a expectativa dos economistas para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, subiu de 7,23% para 7,26% no quinto aumento seguido. Com isso, permanece acima do teto de 6,5% do sistema de metas do ano que vem e bem distante do objetivo central de 4,5%.
ESTIMATIVAS PARA O IPCA 2016
Em %
Fonte: BC
Para 2017, a estimativa do mercado financeiro para a inflação passou de 5,65% para 5,80%. Com isso, a se distanciou da meta central de 4,5% do ano que vem e se aproximou do teto de 6% do regime de metas para o período. Foi a terceira elevação seguida da previsão para 2017. O aumento das expectativas dos analistas das instituições financeiras para a inflação aconteceu com mais intensidade após o Banco Central manter a taxa básica de juros estável em 14,25% ao ano – o maior patamar em quase dez anos – em meados de janeiro. Até poucos dias antes da reunião do Copom, que manteve os juros, o BC indicava que subiria a taxa Selic para tentar controlar a inflação, mas depois acabou deixando-a inalterada alegando baixo nível de atividade no Brasil e no mundo. Analistas que apontam que o BC sucumbiu a pressões políticas. A autoridade monetária tem informado que buscará "circunscrever" o IPCA aos limites estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 2016 (ou seja, trazer a taxa para até 6,5%) e, também, fazer convergir a inflação para a meta de 4,5%, em 2017. O mercado financeiro, porém, ainda não acredita que isso acontecerá. Produto Interno Bruto Para o PIB de 2016, o mercado financeiro passou a prever uma contração de 3,01% na semana passada, contra uma retração de 3% estimada na semana anterior. Foi a segunda piora seguida do indicador.
PREVISÕES PARA O PIB 2016
Em %
Fonte: BC
Como o mercado segue estimando "encolhimento" do PIB em 2015, se a previsão se concretizar, será a primeira vez que o país registra dois anos seguidos de contração na economia – a série histórica oficial, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tem início em 1948. Para o comportamento do PIB em 2017, os economistas das instituições financeiras mostraram mais pessimismo e baixaram a previsão de crescimento de 0,8% para 0,7% na semana passada – também na segunda queda consecutiva da previsão. O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira. Na semana retrasada, o Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou a piora de suas estimativas e passou a prever uma contração de 3,5% para o PIB brasileiro neste ano e um crescimento zero para 2017. Taxa de juros O mercado financeiro reduziu sua estimativa para a taxa básica da economia no final deste ano de 14,64% para 14,25% ao ano – atual patamar da taxa Selic. Isso quer dizer que os analistas deixaram de acreditar em uma nova alta dos juros no decorrer de 2016. Já para o fechamento de 2017, a estimativa para a taxa de juros ficou estável em 12,75% ao ano - o que pressupõe queda dos juros no ano que vem. A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para tentar conter pressões inflacionárias. Pelo sistema de metas de inflação brasileiro, a instituição tem de calibrar os juros para atingir objetivos pré-determinados. As taxas mais altas tendem a reduzir o consumo e o crédito, o que pode contribuir para o controle dos preços. Câmbio, balança e investimentos Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2016 subiu de R$ 4,30 para R$ 4,35. Para o fechamento de 2017, a previsão dos economistas para o dólar permaneceu em R$ 4,40. A projeção para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2016 subiu de US$ 37,45 bilhões para US$ 37,90 bilhões de resultado positivo. Para o próximo ano, a previsão de superávit ficou estável em US$ 40 bilhões. Para 2016, a projeção de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil ficou inalterada em US$ 55 bilhões e, para 2017, a estimativa dos analistas permaneceu em US$ 60 bilhões.