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quinta-feira, 15 de maio de 2025

Desmatamento no Brasil recua, mas Cerrado concentra maior área e mais de 50% das perdas, aponta

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Mapbiomas Apesar do dado positivo, a perda de vegetação no país ainda é preocupante. Somente cinco estados concentram 65% da área desmatada no país.
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Por Ana Carolina Montoro, g1

Postado em 15 de Maio de 2.025 às 07h00m

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Incêndio no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás — Foto: Divulgação / PNCV
Incêndio no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás — Foto: Divulgação / PNCV

O desmatamento caiu em todos os biomas brasileiros em 2024, segundo dados divulgados pela rede MapBiomas nesta quinta-feira (15). No entanto, mesmo com a boa notícia, essa atividade continua avançando e o Cerrado perdeu 652.197 hectares: foi o ecossistema mais desmatado nesse período.

As informações fazem parte da nova edição do Relatório Anual do Desmatamento no Brasil (RAD) e apontam que a diminuição das áreas desmatadas nos seis biomas foi de 32,4%. Este é o segundo ano consecutivo de redução no desmatamento. Em 2023, a retração havia sido de mais de 11% em comparação com 2022.

Em seis anos, o Brasil perdeu uma área de vegetação equivalente a Coreia do Sul. Foram 9.880.551 hectares desmatados entre 2019 a 2024 e 67% desse valor (6.647.146 hectares) somente na região da Amazônia Legal.

Meta desmatamento zero: desafio

Alcançar o desmatamento zero na Amazônia até 2030 é uma das promessas de campanha do presidente Lula. Apesar dos avanços, outros estudos e levantamentos mostram que a situação ainda é de alerta. Em um estudo publicado na revista científica "Global Change Biology", pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Universidade de São Paulo alertam que o avanço da degradação florestal pode comprometer o saldo ambiental positivo registrado no bioma amazônico.

Entre 2022 e 2024, a área degradada na Amazônia cresceu 163%, impulsionada sobretudo por incêndios florestais durante períodos de seca extrema. Em 2024, foram degradados 25 mil km² de floresta — uma área maior que o estado de Sergipe — enquanto o desmatamento caiu 54% no mesmo intervalo.

Desmatamento no Brasil recua, aponta Mapbiomas
Desmatamento no Brasil recua, aponta Mapbiomas

Matopiba e Pará lideram desmatamento

Segundo o estudo do Mapbiomas, os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, região conhecida como Matopiba, concentrou 75% do desmatamento do Cerrado e cerca de 42% de toda a perda de vegetação nativa no país.

Junto com o Pará, esses quatro estados compõem o grupo das cinco unidades da federação responsáveis por 65% da área desmatada do Brasil em 2024.

Para se ter uma ideia do tamanho da perda de vegetação, mesmo o Maranhão reduzindo 34,3% o seu desmatamento em comparação com 2023, ainda foi o que mais desmatou no ano passado, com 218.298,4 hectares devastados.

Desmatamento da Amazônia cresce no Acre

A situação também segue preocupante na Amazônia, pois mesmo o bioma marcando o menor indíce de desmatamento desde 2019, quando começou a série histórica do RAD, a região da Amazônia Legal ainda ficou em segundo lugar na lista dos biomas mais desmatados após perder 377.708 hectares.

O estado do Acre, sozinho, mesmo sendo o menor estado da região, desmatou 30% a mais do que sua média anterior. Quando somado ao Cerrado, esses dois biomas representam quase 83% da área desmatada de todo o Brasil em 2024.

O Pará, estado sede da COP30 de Belém, agendada para o próximo mês de novembro, tem o maior acumulado de perdas do Brasil. Entre 2019 e 2024 foram cerca de 2 milhões de hectares.

Situação preocupante na Caatinga

Na Caatinga, um único imóvel rural do Piauí desmatou 13.628 hectares em três meses, o maior alerta de desmatamento já publicado pelo MapBiomas ao longo de seis anos de monitoramento.

Analisando somente para os municípios que mais desmatam, os quatro primeiros que registraram o maior aumento também estão no Piauí. São eles:

  • Canto do Buriti;
  • Jerumenha;
  • Currais;
  • Sebastião Leal;

O Pantanal (1,9% ou 23.295 hectares) e a Mata Atlântica (1,1%, ou 13.472 hectares) perderam os 3% restantes. O Pampa aparece com a menor área de desmatamento do relatório com apenas 0,1% do total, ou 896 hectares.

O MapBiomas mostra que mais de 97% de toda a perda de vegetação nativa no Brasil nos últimos seis anos ocorreru por conta agropecuária e ainda explica que dependendo do bioma, outros causadores de desmatamento tem diferentes influências. Por exemplo, 99% de toda a área desmatada pelo garimpo está na Amazônia.

Desmatamento RAD MapBiomas 2024 — Foto: MapBiomas
Desmatamento RAD MapBiomas 2024 — Foto: MapBiomas

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Argentina pode ser entrada em disputa de EUA e China pela Antártida

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Continente não pertence a nenhuma nação, mas país sul americano pode estabelecer papel fundamental na disputa pela região
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Germán Padingerda CNN
15/05/2025 às 05:00
Postado em 15 de Maio de 2.025 às 06h00m

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Pinguins em iceberg na Antártida
Pinguins em iceberg na Antártida • 15/01/2022REUTERS/Natalie Thomas

Noextremo sul do mundo existe um continente de 14,2 milhões de quilômetros quadrados coberto de gelo, quase sem população e que — por enquanto — não pertence a ninguém, embora muitos países o desejem.

Rica em recursos naturais e com uma localização estrategicamente importante no sul, a Antártida era o sonho de muitas potências durante o século XX, mas um tratado assinado em 1959 conseguiu interromper a luta pelo domínio e limitar as atividades à pesquisa científica.

Mas agora, a crescente rivalidade global entre os Estados Unidos e a China, sem mencionar as aspirações de potências médias como Argentina, Chile e Austrália, e a persistência do Reino Unido e da Rússia, estão colocando esse status quo sob pressão.

E, em meio a essa rivalidade, a Argentina, um dos países pioneiros no estabelecimento de presença na Antártida, pode ter um papel-chave a desempenhar.

A recente visita do chefe do Comando Sul dos EUA, Almirante Alvin Holsey, à Argentina, incluiu uma parada em Ushuaia, a cidade mais ao sul do país e considerada uma das portas de entrada para a Antártida.

Esta é, de fato, a segunda visita a Ushuaia em menos de um ano: em junho de 2024, a então chefe do Comando Sul, Laura Richardson, visitou a cidade na província de Terra do Fogo, região com inúmeras ilhas e canais, e chegou a se encontrar com Milei.

Na ocasião, a visita de Richardson ocorreu em conjunto com a doação de uma aeronave de transporte militar Hércules C130H que, entre outras funções, apoiaria a pesquisa científica da Argentina na Antártida, disse a ex-chefe do Comando Sul.

Pouco antes de viajar, Laura Richardson expressou preocupações ao Congresso dos EUA sobre a construção planejada pela China de um porto na cidade de Río Grande, também localizada na Terra do Fogo.

Especificamente, Richardson disse que o porto apoiaria a presença contínua e a projeção de poder da China nas proximidades do Estreito de Magalhães, da Passagem de Drake e da Antártida.

Isso aumentaria drasticamente a capacidade da República Popular da China de acessar a região da Antártida e suas áreas de pesca, e impactaria a mobilidade estratégica dos EUA para uma área designada para a paz e a ciência, disse a ex-chefe do Comando Sul.

O projeto portuário decorre de um memorando assinado em 2023 entre a província da Terra do Fogo, Antártida e Ilhas do Atlântico Sul e a empresa estatal chinesa Shaanxi Chemical Industry Group Co. Ltd.

Trata-se de uma instalação multipropósito, com capacidade para embarcações de até 20.000 toneladas, de acordo com o decreto 3312/2022. No momento, a construção ainda não começou.

A Argentina de Milei

Javier Milei, presidente da Argentina, participa do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça
Javier Milei, presidente da Argentina, participa do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça • World Economic Forum / Gabriel Lado

O contexto de ambas as visitas é fundamental: O presidente argentino Javier Milei declarou que é aliado dos Estados Unidos, em forte contraste com os líderes antecessores, Alberto Fernández e Cristina Kirchner.

Muitos analistas acreditam que o atual presidente argentino precisa do apoio de Washington nas negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que tem a Argentina como principal credor.

Essa aliança coexiste, no entanto, com o relacionamento próximo do país sul-americano com a China, forjado em governos anteriores: a China é um dos principais parceiros comerciais da Argentina, e o país sul-americano abriga uma estação de observação do Espaço Profundo operada pela China e construída em 2017.

Além disso, parte das reservas estratégicas de moeda estrangeira da Argentina está, desde 2009, em yuans.

Em relação à Antártida e ao Oceano Atlântico Sul, a Argentina está presa entre os Estados Unidos e a China, em uma espécie de pêndulo que oscila de acordo com as inclinações políticas do governo vigente em Buenos Aires.

Mas o programa antártico da Argentina é antigo, firmemente estabelecido e vai além do contexto atual: o país estabeleceu a primeira presença humana em 1904, após comprar uma estação meteorológica nas Ilhas Laurie, de acordo com a história oficial.

Desde então, a Argentina mantém uma presença ininterrupta no continente e reivindica o território que chama de Setor Antártico Argentino, definido pelo paralelo 60° Sul e pelos meridianos de longitude 25° e 74° Oeste.

Grande parte desse território, no entanto, também é reivindicado pelo Chile e pelo Reino Unido, com os quais a Argentina também mantém uma disputa pelas Ilhas Malvinas, Geórgia do Sul e Sandwich do Sul, o que levou a uma breve guerra em 1982.

O que diz o Tratado da Antártida?

Os primeiros exploradores chegaram à Antártida no início do século XIX, mas não houve tentativas sérias de estabelecer bases ou reivindicar soberania até a primeira metade do século XX.

Após o fim da Segunda Guerra Mundial, o interesse pela Antártida aumentou e, com ele, as disputas internacionais entre os países que haviam estabelecido presença no continente.

Para evitar conflitos e estabelecer uma estrutura legal para atividades no continente, os países envolvidos negociaram e assinaram o Tratado da Antártida em 1959, que entrou em vigor em 1961. Essencialmente, o tratado proíbe atividades militares e estabelece a liberdade de pesquisa científica na Antártida.

Ele também reconhece que sete países — Argentina, Austrália, Chile, França, Nova Zelândia, Noruega e Reino Unido — têm reivindicações territoriais (muitas vezes sobrepostas) sobre o continente, embora efetivamente as coloque em espera durante a vigência do tratado.

Os Estados Unidos e Rússia reservam-se o direito de apresentar futuras reivindicações.

Foram 12 os países signatários originais: aqueles com reivindicações territoriais, junto com Bélgica, Japão, África do Sul, União Soviética (atualmente Rússia) e Estados Unidos.

Posteriormente, o número de países aumentou para 58, incluindo China, Brasil, Índia e Ucrânia, e foi aberta uma secretaria justamente em Buenos Aires, capital da Argentina.

Qual é o tamanho da presença humana na Antártida?

Não há assentamentos permanentes no continente, mas sim cientistas e militares nas diversas missões dos 30 países que escolheram iniciar atividades.

De acordo com dados de 2024 citados pelo CIA World Factbook, a população total é de aproximadamente 5.000 no verão e 1.100 no inverno, quando a maioria das bases fecha e apenas algumas bases permanentes continuam no local.

A população dos EUA é a maior no verão, chegando a 1.495 pessoas, seguida pela Argentina (425), Chile (375), Reino Unido (315) e Austrália (238).

Os Estados Unidos operam, de fato, a maior base na Antártida: a Estação McMurdo.

No inverno, a população da Argentina é a maior, com 225 pessoas, seguida pelos Estados Unidos (215), Rússia (125), Chile (114) e Índia (48).

China na Antártida

Mais limitada, a presença da China na Antártida chega a 164 pessoas no verão e 32 no inverno.

Mas para um país que estabeleceu a primeira base apenas em 1985, as atividades da China continuaram a crescer, e atualmente o país conta com cinco bases de pesquisa.

No início de abril, a China até revelou um novo telescópio na estação Zhongshan, de acordo com a agência de notícias estatal Xinhua.

Contudo, assim como acontece com outras potências no Hemisfério Norte, uma presença estável no Polo Sul provavelmente exigirá uma cooperação de longo prazo com os países do Sul.

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quarta-feira, 14 de maio de 2025

Real é a 4ª moeda que mais se valorizou frente ao dólar no ano; veja ranking

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Lista de maiores ganhos é liderada pela moeda da Rússia, seguida pela de Gana. Levantamento com 118 países foi feito pela agência classificadora de risco Austin Rating, com base em dados do BC.
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Por André Catto, g1

Postado em 14 de Maio de 2.025 às 05h00m

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Notas de real e dólar — Foto: Amanda Perobelli/ Reuters
Notas de real e dólar — Foto: Amanda Perobelli/ Reuters

O real é a quarta moeda que mais se valorizou frente ao dólar neste ano. A informação consta em um ranking de 118 países elaborado pela agência classificadora de risco Austin Rating, com base em dados do Banco Central do Brasil (BC).

A alta acumulada do real chegou a 10,1% nesta terça-feira (13), dia em que o dólar caiu a R$ 5,60. Conforme o levantamento, 72 países observaram suas moedas se valorizarem, ao menos um pouco, no período.

O maior ganho foi observado no rublo russo, que avançou 34,2%. Em seguida (e logo à frente da moeda brasileira), estão o cedi, moeda de Gana (16,6%), e a coroa sueca, da Suécia (13,5%).

Veja o ranking abaixo:

Nesta terça-feira, o dólar comercial fechou a R$ 5,6086. Para a elaboração do ranking, entretanto, a Austin Rating considera as taxas de câmbio de referência Ptax, divulgadas diariamente pelo BC. Nessa modalidade, o dólar ficou cotado a R$ 5,6256.

O levantamento mostra que 20 moedas estão no zero a zero com o dólar no ano. Outras 26 se desvalorizaram — entre elas, o peso argentino (-8,3%), o dinar, da Líbia (11%), e o bolívar soberano, da Venezuela, que ocupa a lanterna do ranking com uma queda de 44,2%.

O que explica a queda do dólar?

O economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, destaca quatro principais motivos para a queda do dólar em relação ao real — especialmente nos últimos dias. Veja abaixo.

1️⃣ Percepção de queda do risco externo. O Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) decidiu, em suas três últimas reuniões, manter a taxa básica de juros do país na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano — patamar elevado para o padrão histórico do país.

Nesta terça, no entanto, o índice de preços ao consumidor dos EUA (CPI, na sigla em inglês) veio abaixo do esperado pelo mercado, o que ajudou a reforçar a perspectiva de que o Fed pode reduzir juros em um horizonte não tão distante. Essa é uma percepção que beneficia o real.

"Parece que o índice já começou a convergir para a meta de inflação dos EUA. Então, os investidores ficaram um pouco mais otimistas em relação a uma provável queda de juros por lá em julho", diz Agostini.

2️⃣ O acordo entre EUA e China sobre o tarifaço. Na segunda-feira (12), as duas potências concordaram em reduzir por 90 dias as chamadas "tarifas recíprocas".

  • As tarifas dos EUA sobre as importações chinesas cairão de 145% para 30%.
  • As taxas da China sobre os produtos americanos serão reduzidas de 125% para 10%.

O movimento animou os investidores e voltou a trazer o dólar a uma tendência de queda — apesar da disparada logo após o tarifaço de Trump. "A decisão desta semana continua surtindo efeito nos mercados", diz Agostini.

3️⃣ A percepção de leve queda no risco fiscal brasileiro. Segundo Agostini, "os últimos resultados da área fiscal vieram um pouco melhores do que o esperado", elevando o ânimo dos investidores.

O economista pondera, no entanto, que as contas públicas ainda são "uma pedra no sapato do governo brasileiro" na tentativa de melhorar a economia em direção a crescimento, juros menores e inflação mais baixa.

"Nisso, os ativos financeiros também poderiam estar melhores, com bolsa de valores em um nível mais elevado e o real mais valorizado em relação ao dólar", acrescenta.

4️⃣ O diferencial entre as taxas básicas de juros dos EUA e do Brasil. Por fim, o economista destaca a distância entre os juros do Brasil — a 14,75% ao ano, maior nível em 20 anos — e os juros dos EUA, na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano.

"Esse diferencial continua grande. Isso acaba atraindo capital para o país. É um movimento que melhora o fluxo, principalmente para países emergentes", explica Agostini.

Presidente da China critica mais uma vez tarifaço de Trump em encontro com Lula em Pequim
Presidente da China critica mais uma vez tarifaço de Trump em encontro com Lula em Pequim

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terça-feira, 13 de maio de 2025

Lula na China: veja setores em que Brasil pode aumentar vendas para o país asiático

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Governo avalia que pode vender mais 400 produtos para a China em meio a 'tarifaço' de Trump. Durante visita, Lula disse que Brasil e o país asiático nunca estiveram 'tão próximos'.
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Por Filipe Matoso, GloboNews — Brasília

Postado em 13 de Maio de 2.025 às 14h00m

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Brasil pretende ampliar exportação de alumínio para a China — Foto: Getty Images via BBC
Brasil pretende ampliar exportação de alumínio para a China — Foto: Getty Images via BBC

Levantamento da Agência Brasileira de Promoção de Exportações (Apex) indica que o Brasil pode aumentar em 400 itens a lista de produtos vendidos para a China e aproveitar o atual cenário internacional para ampliar o valor das exportações para o país asiático.

A China é o principal parceiro comercial do Brasil, à frente de Estados Unidos e Argentina. Dados da Apex mostram que o fluxo comercial entre Brasil e China se manteve estável entre 2023 e 2024, mas as importações brasileiras de produtos chineses aumentaram 20%.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está na China e se reuniu nesta terça-feira (13) com o presidente Xi Jinping. No encontro, Lula disse que Brasil e China "nunca" estiveram "tão próximos" e afirmou que a relação entre os dois países "nunca foi tão necessária".

Veja abaixo as áreas em que, segundo a Apex, o Brasil pode aumentar exportações para a China, quantos produtos e alguns exemplos:

⛓️Área: Artigos manufaturados, classificados principalmente pelo material

  • Quantos produtos: 113
  • Exemplos: ferro-gusa, alumínio, couro, pérolas, cobre

🧲Área: Matérias em bruto e não comestíveis (exceto combustíveis)

  • Quantos produtos: 61
  • Exemplos: minérios de ferro e de cobre, soja e celulose

🥩 Área: Produtos alimentícios e animais vivos

  • Quantos produtos: 46
  • Exemplos: carnes bovina, de aves e suína, milho, trigo, açúcares e melaços

🛢️Área: Combustíveis minerais, lubrificantes e materiais relacionados

  • Quantos produtos: 5
  • Exemplos: petróleo bruto, combustíveis e produtos residuais de petróleo

🧪Área: outros

  • Quantos produtos: 164
  • Exemplos: polímeros de etileno, produtos químicos, medicamentos, motores de pistão, máquinas, aparelhos elétricos, calçados
'Tarifaço' de Trump

Presidente Lula critica guerra comercial imposta pelos EUA, na China

A viagem de Lula à China e a declaração sobre guerras comerciais vêm num contexto em que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs o chamado "tarifaço", isto é, uma série de tarifas a produtos importados vendidos no mercado americano, provocando instabilidade no comércio global e uma guerra comercial com a China.

O argumento de Trump é que é preciso proteger os produtores locais do que ele costuma chamar de "roubo" de outros países.

Nesse cenário, a embaixada dos EUA no Brasil, por exemplo, divulgou um comunicado no qual citou o Brasil entre os países que "sufocam" parte da economia americana, acrescentando que Trump não permitirá que EUA sejam "explorados".

Diante desse contexto, especialistas em relações internacionais e diplomatas têm dito que o Brasil deve atuar em duas frentes:

  • negociar alternativas com a Casa Branca;
  • ampliar as relações com outros parceiros comerciais.
Importação de produtos chineses aumentou

China deve investir R$ 27 bi no Brasil: veja os setores

As exportações brasileiras para a China, contudo, diminuíram de US$ 104,3 bilhões para US$ 94,3 bilhões, enquanto as importações de produtos chineses aumentaram de US$ 53,1 bilhões para US$ 63,6 bilhões.

O saldo da chamada balança comercial é positivo para o Brasil, isto é, o país mais exporta que importa em valor agregado. Porém, esse saldo caiu 40% entre 2023 e 2024, passando de US$ 51,1 bilhões para US$ 30,7 bilhões.

Comparação com os EUA

Dados também obtidos pela Apex mostram que, no caso dos Estados Unidos, segundo maior parceiro comercial, o Brasil exportou no ano passado o equivalente a US$ 40,3 bilhões e importou US$ 40,6 bilhões, o que gerou um saldo negativo para o Brasil de US$ 283 milhões.

A corrente comercial, com base nesses resultados, foi de US$ 81,02 bilhões em 2024, segundo a Apex, metade da corrente comercial registrada entre Brasil e China.

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