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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

Hamas entrega 4 corpos de reféns israelenses à Cruz Vermelha, diz fonte

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Troca desta semana seria a última sob a primeira fase do acordo de cessar-fogo com Israel; oficialmente trégua terminaria neste sábado (1º)
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Da CNN
26/02/2025 às 19:51 | Atualizado 27/02/2025 às 06:48
Postado em 27 de Fevereiro de 2.025 às 10h30m

#.* Post. - Nº.\  11.527*.#



Quatro caixões que supostamente continham os restos mortais de reféns israelenses foram recebidos por Israel, enquanto prisioneiros palestinos foram libertados em uma troca noturna como parte do acordo de cessar-fogo.

A troca marca o início da troca final na trégua de 42 dias entre Israel e o Hamas, que deve expirar neste fim de semana, a menos que um acordo seja fechado para estendê-la.

Os dois lados deveriam ter começado as negociações sobre um fim permanente para a guerra no início deste mês, mas não está claro se essas discussões já começaram.

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A ala militar do Hamas, as Brigadas Qassam, disse na quarta-feira (26) que os restos mortais dos reféns Tsachi Idan, Itzhak Elgarat, Ohad Yahalomi e Shlomo Mantzur seriam entregues. Os quatro foram feitos prisioneiros no ataque liderado pelo Hamas em 7 de outubro de 2023.

A última transferência foi realizada em privado depois que o Gabinete do primeiro-ministro israelense disse que um acordo havia sido alcançado para que os corpos fossem devolvidos em um procedimento acordado e sem cerimônias do Hamas.

Espera-se que Israel liberte um total de 642 prisioneiros e detidos palestinos, segundo o Palestinian Prisoners Media Office.

Entre eles estão detidos, incluindo mulheres e crianças, que foram mantidos sem acusação, prisioneiros que cumpriam penas perpétuas e longas sentenças, bem como o prisioneiro político palestino mais antigo.

A entrega estava em dúvida desde sábado (21), quando Israel não libertou 620 prisioneiros e detidos palestinos em protesto contra o que disse serem cerimônias humilhantes conduzidas pelo Hamas durante as libertações anteriores de reféns.

Nas primeiras horas desta quinta-feira (27), a Cruz Vermelha disse que entregou os quatro caixões aos militares israelenses na travessia de Kerem Shalom, por meio de mediadores egípcios, e o processo de identificação dos corpos já havia começado em território israelense.

As famílias dos reféns estão sendo continuamente atualizadas sobre a situação e receberão uma notificação oficial no final do processo completo de identificação, disse o gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, pedindo ao público que respeitasse a privacidade das famílias.

Os ônibus da Cruz Vermelha transportando centenas de palestinos detidos por Israel chegaram a Gaza na quinta-feira. Os prisioneiros puderam ser vistos desembarcando do lado de fora do Hospital Europeu na cidade de Khan Younis, no sul, para se reunirem com suas famílias.

Multidões de jornalistas e moradores assistiram enquanto o que parecia ser um tiroteio comemorativo podia ser ouvido ao fundo.

Verificações de identificação

Após cruzar para o sul de Israel, os quatro caixões que supostamente continham os corpos de reféns israelenses foram transportados para o Centro Nacional de Medicina Forense em Tel Aviv, informou a polícia israelense na quinta-feira.

Imagens divulgadas pela corporação mostraram os veículos de emergência viajando por uma rodovia escura. Uma imagem mostrou uma multidão acenando bandeiras israelenses enquanto os veículos passavam.

Comunidades do Kibutz Nahal Oz e Sha’ar Hanegev se reuniram e esperaram.

O exército israelense disse anteriormente que Mantzur, que aos 85 anos era o refém mais velho feito em 7 de outubro de 2023, foi morto durante o ataque liderado pelo Hamas e seu corpo foi mantido em Gaza. Não havia confirmação das mortes dos outros.

Anteriormente, Israel disse que enviaria uma equipe de especialistas do Centro Nacional de Medicina Forense para a passagem de fronteira de Kerem Shalom para ajudar a identificar os reféns falecidos.

Um oficial israelense disse anteriormente à CNN que não libertaria os prisioneiros palestinos até que tivesse confirmado a identidade dos corpos dos reféns.

A libertação anterior causou alvoroço quando um dos corpos entregues pelo Hamas, que deveria ser o da refém Shiri Bibas, era de uma mulher de Gaza não identificada. Mais tarde, o Hamas devolveu o corpo de Bibas.

Se os quatro corpos forem identificados como pertencentes aos reféns, a libertação significaria que o Hamas e seus aliados agora mantêm 59 prisioneiros, conforme os números israelenses.

Destes, mais da metade é considerada morta pelo governo israelense. Um deles, Hadar Goldin, está detido e morto desde antes de 7 de outubro de 2023.

No sábado anterior, o Hamas havia libertado seis reféns israelenses de Gaza em duas cerimônias públicas e uma transferência privada, no que foi o retorno final de reféns vivos na primeira fase do cessar-fogo que começou em janeiro.

Prisioneiros palestinos

Em Ramallah, na Cisjordânia ocupada, o grupo de prisioneiros palestinos foram vistos desembarcando de um veículo da Cruz Vermelha nas primeiras horas de quinta-feira.

O Escritório de Mídia dos Prisioneiros Palestinos disse anteriormente que 43 prisioneiros deveriam ser libertados na Cisjordânia ocupada e em Jerusalém Oriental.

As imagens mostram os reencontros, incluindo uma filha abraçando e beijando seu pai libertado, e um homem segurando firmemente seu filho.

Fomos tirados do sofrimento como se tivéssemos sido retirados de nossos próprios túmulos. Nenhum prisioneiro teve a experiência de ter sua própria libertação adiada duas vezes, disse o prisioneiro libertado Yaha Shrida à Reuters.

Entre os 642 prisioneiros palestinos que devem ser libertados, espera-se que pouco menos de 500 sejam enviados de volta para Gaza, incluindo 445 que foram detidos no enclave desde o início da guerra. Os detidos incluem 44 crianças e duas mulheres.

Os defensores dos prisioneiros e detidos palestinos expressaram repetidas preocupações sobre o atraso em sua libertação e o tratamento de Israel aos detidos.

A Sociedade dos Prisioneiros Palestinos diz que 69 prisioneiros palestinos morreram em detenção israelense desde o ataque liderado pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, dos quais 38 foram detidos em Gaza.

O grupo libertado em Ramallah e Jerusalém Oriental na manhã de quinta-feira está entre os 151 prisioneiros que cumpriam penas perpétuas e longas sentenças, de acordo com o Gabinete de Mídia dos Prisioneiros Palestinos.

Noventa e sete deles serão enviados para exílio, enquanto os 11 restantes são de Gaza, para onde serão enviados de volta, e foram detidos antes da invasão de outubro de 2023.

Entre os palestinos que devem ser libertados está Nael Barghouti, o prisioneiro político palestino com mais tempo de prisão. Nael passou pela prisão pela primeira vez em 1978 e foi acusado de se envolver em ataques contra o exército israelense.

Ele foi libertado em um acordo Israel-Hamas de 2011, que viu 1.100 palestinos trocados por um soldado israelense mantido pelo Hamas por cinco anos, Gilad Shalit.

Nael foi preso novamente pelas forças israelenses em 2014 por filiação ao Hamas, segundo a mídia israelense, e desde então está cumprindo pena perpétua.

Também entre eles está Bilal Abu Ghanem, que está cumprindo penas perpétuas simultâneas pelo assassinato de três israelenses em um ônibus de Jerusalém em 2015.

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Desemprego vai a 6,5% no trimestre terminado em janeiro, diz IBGE

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Houve aumento de 0,3 p.p. em relação ao trimestre anterior. No entanto, índice é o menor da série histórica para esse período do ano; entenda.
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Por Júlia Nunes, g1 — São Paulo

Postado em 27 de Fevereiro de 2.025 às 09h20m

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Carteira de trabalho — Foto: Gilson Abreu/AEN
Carteira de trabalho — Foto: Gilson Abreu/AEN

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 6,5% no trimestre terminado em janeiro, aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta quinta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Houve aumento de 0,3 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre anterior, terminado em outubro, quando a taxa era de 6,2%.

No entanto, esse é o menor índice para um trimestre encerrado em janeiro desde o início da série histórica do IBGE, em 2012. A mesma taxa, de 6,5%, também foi registrada em 2014.

Ao todo, 7,2 milhões de pessoas estão sem emprego no país, um crescimento de 5,3% na comparação com o trimestre anterior. Porém, frente a 2024 (8,3 milhões), o contingente apresentou queda de 13,1% (menos 1,1 milhão de pessoas).

Segundo William Araujo Kratochwill, analista de pesquisa do IBGE, esses aumentos no trimestre ainda não significam, necessariamente, uma mudança na trajetória de quedas do desemprego no país. Eles podem ser explicados pelas demissões comuns aos inícios de ano.

"No primeiro trimestre do ano, há sempre aumento da desocupação devido aos desligamentos de temporários, aqueles que são contratados para atender o aumento da demanda no último trimestre do ano", diz.

Além disso, ele explica que houve uma diminuição importante de contratos no setor público, como na área de saúde e educação, principalmente por causa da mudança das administrações municipais a partir de 2025.

A população ocupada no Brasil ficou em 103 milhões, um recuo de 0,6% no trimestre (menos 641 mil pessoas), após uma sequência de recordes. Na comparação anual, houve crescimento: 2,4% (mais 2,4 milhões de pessoas.

Com isso, 58,2% das pessoas em idade de trabalhar no Brasil estão empregadas. O nível da ocupação caiu 0,5 p.p. no trimestre, mas cresceu 0,9 p.p. em relação ao mesmo período do ano passado.

Entre os empregados com carteira assinada, o número absoluto de profissionais chegou a 39,3 milhões, uma estabilidade contra o trimestre anterior. No comparativo com 2024, o ganho é de 3,6%, o que equivale a 1,4 milhão de trabalhadores a mais.

Já os empregados sem carteira são 13,9 milhões, uma queda no trimestre (menos 553 mil pessoas) e crescimento de 3,2% (mais 436 mil pessoas) no ano.

A taxa de informalidade ficou em 38,3% da população ocupada (ou 39,5 milhões de trabalhadores). No trimestre anterior, o percentual era de 38,9% e, no mesmo período de 2024, de 39%.

No setor público, o número de empregados (12,5 milhões) mostrou redução de 2,8% no trimestre e expansão de 2,9% (mais 352 mil pessoas) no ano.

Os trabalhadores por conta própria são 25,8 milhões, o que representa estabilidade nas duas comparações.

Entenda como o desemprego é calculado no Brasil

Força de trabalho 'desperdiçada'

O IBGE classifica como desocupadas as pessoas sem trabalho que estão procurando emprego. A soma desse grupo com o dos empregados totaliza a população dentro da força de trabalho no Brasil, que ficou em 110,2 milhões no trimestre terminado em janeiro.

Assim, estão fora da força de trabalho 66,8 milhões de brasileiros, um aumento de 1% no trimestre. São pessoas de 14 anos ou mais desempregadas, mas que não estão em busca de serviço ou disponíveis para trabalhar.

Diante disso, a PNAD calcula que o Brasil tem 18,1 milhões de pessoas subutilizadas, ou seja, que poderiam estar trabalhando, mas estão desocupadas, subocupadas (não trabalham todas as horas que poderiam) ou fora da força de trabalho potencial.

Esse contingente ficou estável no trimestre (17,9 milhões) e recuou 11% (menos 2,2 milhões de pessoas) no ano (20,3 milhões).

A taxa de subutilização ficou em 15,5%, também mostrando estabilidade no trimestre (15,4%) e queda de 2 p.p. no ano (17,6%).

A população desalentada, por sua vez, é de 3,2 milhões, um aumento de 4,8% em relação ao trimestre terminado em outubro (mais 147 mil pessoas), mas uma redução de 10,9% (menos 389 mil pessoas) no último ano.

Os desalentados são pessoas que gostariam de trabalhar e estariam disponíveis, mas não procuraram emprego por acharem que não encontrariam, por falta de qualificação, por exemplo.

Veja os destaques da pesquisa

  • Taxa de desocupação: 6,5%
  • População desocupada: 7,2 milhões de pessoas
  • População ocupada: 103 milhões
  • População fora da força de trabalho: 66,8 milhões
  • População desalentada: 3,2 milhões
  • Empregados com carteira assinada: 39,3 milhões
  • Empregados sem carteira assinada: 13,9 milhões
  • Trabalhadores por conta própria: 25,8 milhões
  • Trabalhadores domésticos: 5,8 milhões
  • Trabalhadores informais: 39,5 milhões
📈 Rendimento médio cresce

As pessoas ocupadas receberam cerca de R$ 3.343 por mês no trimestre terminado em janeiro, por todos os trabalhos que tinham na semana de referência da pesquisa. É o que o IBGE chama de rendimento médio real habitual.

O valor subiu 1,4% no trimestre e 3,7% no ano, chegando ao maior valor da série histórica.

Já a massa de rendimentos, que soma os valores recebidos por todos esses trabalhadores, foi estimada em R$ 339,5 bilhões, o que representa estabilidade no trimestre e um aumento de 6,2% (mais R$ 19,9 bilhões) no ano.

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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

O que significa o raro alinhamento de planetas que está acontecendo no céu

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Os observadores do céu já podem ver seis planetas alinhados - e, no dia 28 de fevereiro, Mercúrio se junta ao clube. Evento pode trazer oportunidades a cientistas.
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TOPO
Por BBC

Postado em 26 de Fevereiro de 2.025 às 07h30m

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O que significa o raro alinhamento de planetas que está acontecendo no céu — Foto: Getty Images/via BBC
O que significa o raro alinhamento de planetas que está acontecendo no céu — Foto: Getty Images/via BBC

Se você olhar para o céu em uma noite clara até o fim do mês, poderá se deparar com uma surpresa. Seis planetas — Vênus, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno — estão atualmente visíveis no céu noturno.

Durante uma única noite, no dia 28 de fevereiro, Mercúrio se juntará a eles, criando um raro alinhamento de sete planetas visíveis no céu.

Mas esses eventos não são apenas um espetáculo para os observadores de estrelas; eles também podem ter um impacto real em nosso Sistema Solar e oferecer novos insights sobre o nosso lugar nele.

Os oito planetas principais do nosso Sistema Solar seguem órbitas no mesmo plano ao redor do Sol e a diferentes velocidades.

Mercúrio, o planeta mais próximo do Sol, completa uma órbita — um "ano" para o planeta — em 88 dias terrestres.

O ano da Terra, claro, é de 365 dias, enquanto, no plano extremo superior, Netuno leva impressionantes 60.190 dias, ou cerca de 165 anos terrestres, para completar uma única volta ao redor da nossa estrela.

As diferentes velocidades dos planetas significam que, em algumas ocasiões, vários deles podem se alinhar aproximadamente no mesmo lado do Sol.

Da Terra, se as órbitas se alinharem de maneira precisa, podemos ver múltiplos planetas em nosso céu noturno ao mesmo tempo.

Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno são brilhantes o suficiente para serem visíveis a olho nu, enquanto Urano e Netuno exigem binóculos ou um telescópio para serem observados.

Neste ano, este evento pode ser testemunhado em janeiro e fevereiro.

Os planetas não estão exatamente alinhados, então eles aparecerão em um arco pelo céu devido ao seu plano orbital no Sistema Solar.

Durante as noites claras, todos os planetas, exceto Mercúrio, estarão visíveis — um evento às vezes chamado de "desfile planetário".

No dia 28 de fevereiro, no entanto — se o tempo permitir, sem nuvens — todos os sete planetas serão visíveis, um grande espetáculo para os observadores na Terra.

"Há algo especial em olhar para os planetas com seus próprios olhos", diz Jenifer Millard, comunicadora científica e astrônoma no Fifth Star Labs, no Reino Unido.

"Sim, você pode ir ao Google e encontrar fotos espetaculares de todos esses planetas. Mas quando você olha para esses objetos, esses são fótons que viajaram milhões ou bilhões de quilômetros pelo espaço para atingir suas retinas."

Embora fascinantes de observar, esses alinhamentos têm algum impacto aqui na Terra? Ou podem ter algum uso para aumentar nosso entendimento sobre o Sistema Solar e além?

De fato, diz Millard, "é apenas uma coincidência que eles estejam nessa posição de suas órbitas".

E, embora alguns cientistas tenham sugerido que os alinhamentos planetários possam causar impactos na Terra, a base científica para a maioria dessas alegações é fraca ou inexistente.

No entanto, em 2019, pesquisadores sugeriram que os alinhamentos planetários poderiam ter um impacto na atividade solar.

Uma das principais questões em aberto sobre o Sol é o que impulsiona seu ciclo de 11 anos entre períodos de atividade máxima, conhecidos como máximo solar (no qual estamos atualmente), e períodos de menor atividade, o mínimo solar.

Frank Stefani, físico do Helmholtz-Zentrum, centro de pesquisa em Dresden-Rossendorf, na Alemanha, sugeriu que as forças gravitacionais combinadas de Vênus, Terra e Júpiter poderiam ser a resposta.

Embora a atração gravitacional de cada planeta sobre o Sol seja extremamente pequena, Stefani diz que, quando dois ou mais planetas se alinham com o Sol — fenômeno conhecido como uma sizígia —, eles podem se combinar para causar pequenas rotações dentro da estrela, chamadas ondas de Rossby, que podem impulsionar eventos climáticos.

"Na Terra, as ondas de Rossby causam ciclones e anticiclones", diz Stefani. "Temos as mesmas ondas de Rossby no Sol."

Os cálculos de Stefani mostraram que os alinhamentos de Vênus, Terra e Júpiter causariam uma periodicidade de atividade solar de 11,07 anos, quase exatamente igual à duração dos ciclos solares que observamos.

Nem todos estão tão convencidos da ideia, com alguns observando que a atividade solar já pode ser explicada apenas por processos dentro do próprio Sol.

"A evidência observacional sugere que os planetas não têm efeito diretamente no ciclo solar", diz Robert Cameron, cientista solar do Instituto Max Planck de Pesquisa do Sistema Solar, na Alemanha, que publicou um artigo sobre o assunto em 2022. "Não há evidência de qualquer sincronização."

Mas há outras peculiaridades bem menos controversas dos alinhamentos planetários que certamente têm impacto sobre nós: sua utilidade para observações científicas, particularmente em termos de exploração do Sistema Solar.

Chegar aos planetas externos com uma espaçonave é difícil porque esses mundos estão tão distantes que seriam necessárias décadas para serem alcançados.

No entanto, usar a atração gravitacional de um planeta bem posicionado, como Júpiter, para impulsionar uma espaçonave para fora pode reduzir drasticamente o tempo de viagem, algo que nenhuma espaçonave fez melhor do que os veículos Voyager da Nasa.

Em 1966, um cientista da Nasa chamado Gary Flandro calculou que haveria um alinhamento dos quatro planetas mais distantes — Júpiter, Saturno, Urano e Netuno — em 1977, o que permitiria visitar todos os quatro em um intervalo de apenas 12 anos, em comparação com 30 anos se eles não estivessem alinhados.

Esse alinhamento fortuito, que ocorre apenas uma vez a cada 175 anos, levou a Nasa a lançar as espaçonaves gêmeas Voyager 1 e 2 em 1977 em uma "grande turnê" do Sistema Solar exterior.

A Voyager 1 passou por Júpiter em 1979 e por Saturno em 1980, evitando Urano e Netuno porque os cientistas queriam passar por Titã, a fascinante lua de Saturno, e não podiam fazer isso sem arruinar o efeito de impulso.

Mas a Voyager 2 usou o alinhamento para visitar todos os quatro planetas, tornando-se a única espaçonave da história a visitar Urano e Netuno, em 1986 e 1989, respectivamente.

"Isso funcionou maravilhosamente", diz Fran Bagenal, astrofísica da Universidade do Colorado em Boulder, nos EUA, e membro da equipe científica da Voyager. "Se a Voyager 2 tivesse partido em 1980, teria levado até 2010 para chegar a Netuno. Eu não acho que teria obtido apoio. Quem iria financiar algo assim?"

Não é apenas dentro do nosso Sistema Solar que os alinhamentos planetários são úteis. Astrônomos usam os alinhamentos para investigar muitos aspectos diferentes do Universo, especialmente na descoberta e estudo de exoplanetas, mundos que orbitam outros astros.

A principal maneira de encontrar esses mundos é conhecida como o método de trânsito: quando um exoplaneta passa na frente de uma estrela, do nosso ponto de vista, ele diminui a luz da estrela, permitindo que seu tamanho e órbita sejam discernidos.

Graças a esse método, descobrimos muitos planetas em órbita ao redor de estrelas específicas.

Trappist-1, uma estrela-anã vermelha localizada a 40 anos-luz da Terra, possui sete planetas do tamanho da Terra, todos os quais fazem trânsito na estrela do nosso ponto de vista.

Os planetas nesse sistema estão, na verdade, em ressonância de movimento uns com os outros — o que significa que o planeta mais externo completa duas órbitas para cada três órbitas do próximo planeta mais interno, depois quatro, seis, e assim por diante.

Isso significa que há períodos em que múltiplos planetas nesse sistema se alinham em uma linha reta, algo que não ocorre em nosso Sistema Solar.

Usando os métodos de trânsito, podemos estudar a existência de atmosferas em planetas como esses.

"Se um planeta com uma atmosfera passa na frente de uma estrela, esse alinhamento faz com que a luz da estrela passe através do planeta, e as moléculas e átomos na atmosfera do planeta absorvem luz em certos comprimentos de onda", diz Jessie Christiansen, astrônoma do Instituto de Ciências Exoplanetárias da Nasa, no Instituto de Tecnologia da Califórnia.

Isso permite que diferentes gases, como dióxido de carbono e oxigênio, sejam identificados. "A grande maioria das nossas análises de composição atmosférica se deve aos alinhamentos", diz ela.

Alinhamentos muito mais grandiosos podem nos permitir sondar o Universo distante, nomeadamente os alinhamentos de galáxias. Observar galáxias no início do universo é difícil porque elas são muito fracas e distantes.

No entanto, se uma grande galáxia ou um aglomerado de galáxias passar entre nossa linha de visão com uma galáxia muito mais distante e precoce, sua grande atração gravitacional pode amplificar a luz do objeto mais distante, permitindo que o observemos e estudemos, um processo chamado lente gravitacional.

"Esses são enormes alinhamentos na escala do universo", diz Christiansen. Eles são usados por telescópios como o Telescópio Espacial James Webb para observar estrelas e galáxias distantes, como Earendel, a estrela mais distante conhecida da Terra.

A luz observada pelo telescópio dessa estrela veio dos primeiros bilhões de anos da história do Universo, que tem 13,7 bilhões de anos, e foi visível somente devido à lente gravitacional.

E ainda existem outros usos mais recentes para os alinhamentos, como sondar a existência de vida extraterrestre em sistemas solares onde os exoplanetas passam um na frente do outro do nosso ponto de vista.

Em 2024, o estudante de pós-graduação Nick Tusay, da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos Estados Unidos, usou esses alinhamentos para procurar por qualquer comunicação sendo enviada entre os mundos do sistema Trappist-1, como fazemos na Terra ao enviar sinais para planetas como Marte, em nosso sistema solar, para nos comunicarmos com rovers e espaçonaves.

"Sempre que dois planetas estão alinhados pode ser interessante", diz Tusay.

Nesta ocasião, as buscas não deram resultados. Mas uma civilização alienígena olhando para o nosso Sistema Solar poderia usar alinhamentos semelhantes para o mesmo propósito.

Embora o "desfile planetário" deste mês dependa de um ponto de vista — quaisquer dois planetas do nosso sistema podem estar alinhados se você estiver posicionado no ângulo certo — não é impossível imaginar alguém do outro lado, assistindo.

"Talvez outra civilização alienígena veja isso como uma oportunidade para conduzir suas próprias investigações", diz Tusay.

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Por que Marte é vermelho? Cientistas podem finalmente ter a resposta e ela traz pista sobre vida no planeta

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Nova pesquisa sugere que Marte é vermelho por causa da ferrugem resultante da reação de um composto com água e oxigênio. Com isso, mostra condições de habitação no planeta.
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Por Redação g1

Postado em 26 de Fevereiro de 2.025 às 05h35m

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Pesquisadores descobrem resposta sobre cor vermelha do planeta — Foto: NASA/JPL-Caltech
Pesquisadores descobrem resposta sobre cor vermelha do planeta — Foto: NASA/JPL-Caltech

Marte cativou cientistas e o público por séculos. Um dos maiores motivos é sua tonalidade avermelhada, que lhe rendeu o título de "planeta vermelho". Agora, pesquisadores encontraram uma explicação: a ferrugem da reação de um composto com água e oxigênio. Com isso, surgem novas pistas sobre a possibilidade de o planeta ter sido habitável no passado.

➡️ Antes, pesquisas sugeriam que a cor avermelhada era causada por um mineral seco e semelhante à ferrugem, chamado hematita. Ou seja, a reação teria ocorrido sem a presença de umidade — um fator crucial para determinar se Marte já foi habitável.

No entanto, nas últimas décadas o planeta recebeu várias missões espaciais que permitiram análises do material coletado. Com base nesses dados, pesquisadores sugerem uma nova explicação: o mineral de ferro rico em água, chamado ferrihidrita, pode ser o principal responsável pela poeira avermelhada de Marte.

➡️ A ferrihidrita é um mineral de óxido de ferro que se forma em ambientes ricos em água. Na Terra, está comumente associada a processos como o intemperismo de rochas vulcânicas e cinzas. Até agora, seu papel na composição da superfície marciana não era bem compreendido, mas esta nova pesquisa sugere que ela pode ser um dos principais componentes da poeira que cobre o planeta.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram dados de várias missões a Marte, combinando observações orbitais do Mars Reconnaissance Orbiter, da NASA, e do Mars Express e Trace Gas Orbiter, da Agência Espacial Europeia, além de medições feitas na superfície por veículos como Curiosity, Pathfinder e Opportunity. A pesquisa foi publicada nesta terça-feira (25) na revista Nature Communications.

A descoberta oferece uma pista promissora sobre o passado mais úmido e potencialmente habitável de Marte, pois, diferentemente da hematita — que normalmente se forma sob condições mais quentes e secas —, a ferrihidrita se forma na presença de água fria.

➡️ Esse novo contexto sugere que Marte pode ter tido um ambiente capaz de sustentar água líquida, um ingrediente essencial para a vida, antes de fazer a transição para o ambiente seco que conhecemos hoje, bilhões de anos atrás.

Já houve vida? Para entender isso, precisamos compreender as condições que estavam presentes durante a formação desse mineral. O que sabemos, a partir deste estudo, é que as evidências apontam para a formação de ferrihidrita, e para que isso acontecesse, deve ter havido um ambiente onde o oxigênio, proveniente do ar ou de outras fontes, e a água puderam reagir com o ferro. Essas condições eram muito diferentes do ambiente seco e frio de hoje
— Adomas Valantinas, astrônomo e um dos autores do estudo.

A pesquisa ainda não é capaz de confirmar se houve vida em Marte, mas fornece indícios de que o planeta já teve condições favoráveis à habitação. Esta pesquisa é uma oportunidade de abrir novas portas, afirma John Mustard, outro dos pesquisadores envolvidos.