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domingo, 15 de dezembro de 2024

As rochas em equilíbrio que desafiam a gravidade e ajudam a entender risco de terremotos

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Em todo o mundo, milhares de rochas em equilíbrio precário estão empoleiradas em estranhas posições, prestes a cair. Antes consideradas simples curiosidades geológicas, elas agora estão aumentando nosso conhecimento sobre o risco de terremotos
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TOPO
Por Richard Fisher

Postado em 15 de dezembro de 2024 às 06h45m

#.* Post. - Nº.\  11.437*.#

À primeira vista, parece que estas rochas podem ser derrubadas com um pequeno empurrão — Foto: Getty Images via BBC
À primeira vista, parece que estas rochas podem ser derrubadas com um pequeno empurrão — Foto: Getty Images via BBC

A impressão é que elas podem cair com um simples espirro.

Em todo o mundo, milhares de rochas em equilíbrio precário estão empoleiradas em estranhas posições, prestes a cair. Antes consideradas simples curiosidades geológicas, elas agora estão aumentando nosso conhecimento sobre o risco de terremotos.

Esses rochedos delicadamente posicionados que, teimosamente, permanecem de pé oferecem a oportunidade de estudar as profundezas da história, desde muito antes que os modernos sismômetros pudessem avaliar a movimentação do solo.

"As únicas testemunhas que podemos consultar são essas rochas precárias", afirma o geólogo Dylan Rood, do Imperial College de Londres. "Elas são as testemunhas daquilo que aconteceu um dia."

As rochas em equilíbrio precário permitem que nós nos preparemos para o futuro, melhorando os mapas de risco de terremotos que servem de base para os planos de desastres, prêmios de seguro e códigos de construção civil.

Essas rochas instáveis, que desafiam a gravidade, chegam até a ajudar os engenheiros a avaliar o estresse depositado sobre as usinas nucleares, depósitos de resíduos radioativos e imensas represas.

Fragilidade

As rochas em equilíbrio precário pertencem a uma categoria de formação de terrenos chamada "fraturas geológicas frágeis". Algumas delas surgiram devido à erosão, como os arcos de rochas ou pináculos, em forma de torres.

O Parque Nacional dos Arcos, no Estado americano de Utah, abriga milhares dessas formações. Nelas, a água da chuva ou a ação de congelamento e descongelamento desgastou o calcário até que ele chegasse ao ponto de colapso iminente.

Algumas rochas estão na mesma posição há milhões de anos. — Foto: Getty Images via BBC
Algumas rochas estão na mesma posição há milhões de anos. — Foto: Getty Images via BBC

No litoral, o mar pode escavar formações geológicas frágeis na forma de penhascos. Eles formam arcos que, um dia, irão desabar, deixando os rochedos na costa. Um dos mais conhecidos do mundo é o Old Man of Hoy, nas ilhas Orkney, na Escócia, muito apreciado pelos alpinistas.

Outras formações geológicas frágeis crescem ao longo do tempo, como as estalactites ou estalagmites. Em alguns casos, estas formações que parecem pingentes de gelo chegam a atingir vários metros de comprimento e peso considerável. Mas seu diâmetro não ultrapassa o de um braço humano.

Todas essas formações são impressionantes, mas os rochedos em equilíbrio precário são particularmente fotogênicos. Eles parecem monumentos megalíticos, colocados sobre um pequeno poleiro por alguma divindade ou civilização antiga.

É possível encontrá-las em todo o mundo. As rochas Brimham, em Yorkshire, na Inglaterra; a Bola de Manteiga de Krishna, na Índia; e Kummakivi, na Finlândia, são apenas alguns exemplos.

Nos Estados Unidos, elas estão espalhadas por diversos Estados, desde as rochas Metolius, em Oregon, até a rocha Bubble, no Maine.

E, em certos países, essas rochas chegam a adquirir significado religioso. Os fiéis budistas da Rocha Dourada, em Mianmar, cobriram a pedra com revestimento dourado. Eles acreditam que um fio de cabelo do Buda evita a queda da formação.

A Rocha Dourada de Mianmar adquiriu significado religioso e agora é uma grande atração turística. — Foto: Getty Images via BBC
A Rocha Dourada de Mianmar adquiriu significado religioso e agora é uma grande atração turística. — Foto: Getty Images via BBC

Os rochedos precários mantêm seu delicado equilíbrio por dois motivos.

Em alguns casos, as geleiras carregaram as rochas e as depositaram em posições estranhas. As florestas do nordeste dos Estados Unidos, por exemplo, abrigam diversas dessas chamadas pedras erráticas.

Em outros casos, os rochedos parecem simplesmente terem sido colocados em um poleiro. O que aconteceu, na verdade, é que a sua base sofreu erosão gradualmente, até se tornar um pescoço estreito.

Janelas para a história

Os turistas costumam visitar os rochedos em equilíbrio precário para tirar selfies. Mas os sismólogos admiram essas rochas por outras razões. Elas podem revelar a atividade sísmica local em um passado distante.

Para entender melhor, precisamos voltar ao início dos anos 1990. Naquela época, os geólogos observaram um padrão curioso nos rochedos precários dos Estados americanos da Califórnia e de Nevada: geralmente, havia poucos deles perto dos limites das falhas geológicas.

Esta observação gerou uma ideia. Talvez as rochas pudessem revelar informações sobre os movimentos sísmicos do passado, antes da invenção dos precisos sismômetros modernos. Se um rochedo precário for encontrado em uma região —– e é possível imaginar há quanto tempo ele está ali, prestes a cair — isso significa que o terreno não se movimentou o suficiente para derrubá-lo.

Um dos primeiros rochedos a serem analisados desta forma foi a rocha Omak, no Estado americano de Washington — um rochedo glacial equilibrado sobre um poleiro minúsculo, a cerca de 90 km ao sul da fronteira entre os Estados Unidos e o Canadá.

Em 1872, ocorreu um forte terremoto no noroeste dos Estados Unidos, mas a tecnologia da época não conseguiu registrar com precisão qual foi a potência do sismo. Até que a permanência da rocha Omak no seu poleiro ajudou os geólogos a estimar um possível limite da gravidade daquele terremoto.

É ainda mais difícil determinar os impactos dos terremotos ocorridos antes do início dos registros humanos.

No campo da paleossismologia, geólogos procuram sinais de movimentos pré-históricos de terra, como rupturas de falhas geológicas, deslizamentos de terra ou detritos de tsunamis. Ocorre que muitos terremotos deixam poucos traços nos registros geológicos.

Mas, quando os sismólogos encontram rochedos precários que permaneceram de pé por milhares de anos, eles servem de testemunhas desses eventos. Sua análise aumenta a precisão dos mapas de risco de terremotos, especialmente em relação aos raros tremores mais fortes, que acontecem apenas em intervalos de milhares de anos.

Em setembro, pesquisadores do Serviço Geológico dos Estados Unidos publicaram uma análise de rochedos em equilíbrio precário, deixados para trás pelas geleiras, nos Estados de Nova York e Vermont.

Felizmente, não houve surpresas. Os rochedos sugerem que seus mapas, de forma geral, eram precisos. Mas nem sempre é isso que acontece.

Existe um casal de geólogos que ajuda a refinar e aprimorar a análise das rochas precárias. Anna e Dylan Rood, do Imperial College de Londres, desenvolveram uma metodologia mais precisa, baseada em probabilidades, para estudar as testemunhas sismológicas.

Se você encontrasse os Roods estudando um rochedo em equilíbrio precário no campo, você logo os reconheceria porque a rocha estaria toda marcada com fitas coloridas.

Com a tecnologia de detecção e telemetria por luz (Lidar, na sigla em inglês) e fotografias com drones, as fitas de marcação ajudam a criar modelos 3D computadorizados das rochas, para simular o que aconteceria com elas em diversos cenários sísmicos.

"Podemos calcular a probabilidade de tombamento da rocha com diversos abalos de terra, desde os terremotos muito pequenos e curtos até os realmente extremos", explica Anna.

Também é importante verificar se os rochedos realmente já eram instáveis durante os últimos terremotos. Para datar sua precariedade, os Roods analisam isótopos cosmogênicos nos minerais de quartzo das rochas, como berílio-10.

Estes isótopos se formam quando os raios cósmicos atingem o quartzo. Por isso, eles estão presentes em maior quantidade quando a superfície da rocha foi exposta à atmosfera.

Vale da Lua, na Bolívia — Foto: Getty Images via BBC
Vale da Lua, na Bolívia — Foto: Getty Images via BBC

Eles revelam há quanto tempo o rochedo permanece no seu poleiro ou se a sua base já esteve enterrada no solo ou em outros detritos.

"É um relógio", explica Dylan. "Podemos calcular quando a rocha foi exposta."

Com estas técnicas, os Roods demonstraram que alguns mapas de risco dos Estados Unidos talvez precisem ser atualizados.

Analisando rochedos precários em Lovejoy Buttes, perto da falha de San Andreas na região de Los Angeles, eles concluíram que os riscos de terremotos que acontecem uma vez a cada 10 mil anos podem ter sido superestimados. Seus cálculos indicam que o tremor seria 65% menos potente naquela região do que o estimado anteriormente.

Infraestrutura vital

Os Roods se conheceram analisando rochas precárias perto da usina nuclear de Diablo Canyon, na Califórnia. Desde então, eles e seus colegas demonstraram que os rochedos podem ser úteis, particularmente para testar o estresse sobre a vulnerabilidade de construções humanas, como instalações nucleares ou grandes represas.

Na verdade, as rochas precárias se tornaram tão úteis para a indústria nuclear que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) agora recomenda o estudo dessas rochas para reduzir o risco causado por terremotos perto das usinas nucleares.

Para determinar os riscos impostos a uma usina nuclear, os engenheiros precisam conhecer os impactos daquele raro terremoto "grande", que poderá rachar e abrir seu reator. Mas se não houver acontecido nenhum por milênios, fica difícil estimar a dimensão dos danos.

Rocha em equilíbrio precário no Parque Nacional dos Arcos, em Utah — Foto: Getty Images via BBC
Rocha em equilíbrio precário no Parque Nacional dos Arcos, em Utah — Foto: Getty Images via BBC

Quando os Roods e seus colegas mapearam e analisaram os rochedos perto da usina nuclear Diablo Canyon, eles conseguiram reduzir as incertezas nos mapas de risco em cerca de 50%.

Eles planejaram começar no final de outubro o estudo das frágeis formações geológicas da França. A companhia energética francesa EDF pediu que eles aprimorassem os mapas de risco sísmico das usinas nucleares e represas hidrelétricas do país.

No futuro, as rochas em equilíbrio precário também poderão ajudar os engenheiros a decidir onde enterrar resíduos radioativos. Um dos primeiros testes de uso dessas rochas no planejamento nuclear ocorreu na montanha Yucca, um possível depósito de resíduos nucleares em Nevada, nos Estados Unidos, agora descartado.

Pesquisadores da Universidade de Nevada em Reno analisaram os rochedos precários próximos revestidos com "verniz de rocha", uma substância rica em argila que se acumula ao longo do tempo nos desertos.

A presença do verniz demonstrou que algumas das rochas em equilíbrio precário haviam permanecido sem cair por até 80 mil anos – uma indicação de que o risco de terremotos na montanha Yucca era aceitável.

Por isso, se você encontrar algum dia um rochedo precário durante uma caminhada, imagine o que ele pode ter enfrentado para permanecer naquele lugar. Até os Roods ainda se maravilham com algumas dessas rochas instáveis que ainda estão de pé.

"Em um dos locais na Califórnia, você sozinho conseguiria balançá-las", afirma Dylan. "Isso realmente demonstra como elas são frágeis."

* Richard Fisher é o autor do livro A Visão Longa: Por que Precisamos Transformar Como o Mundo Observa o Tempo (em inglês) e editor do site Aeon.

Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Innovation.

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sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Dólar sobe e fecha a R$ 6,03, com risco fiscal e apesar de intervenção do BC; Ibovespa cai

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A moeda norte-americana avançou 0,43%, cotada a R$ 6,0347. O principal índice acionário da bolsa de valores brasileira recuou 1,13%, aos 124.612 pontos.
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Por Redação g1 — São Paulo

Postado em 13 de dezembro de 2024 às 15h00m

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Dólar — Foto: REUTERS/Lee Jae-Won
Dólar — Foto: REUTERS/Lee Jae-Won

O dólar fechou em alta nesta sexta-feira (13), mesmo após a intervenção do Banco Central do Brasil (BC) no mercado de câmbio. Durante a tarde, a instituição realizou um novo leilão à vista da moeda norte-americana, com o intuito de conter a depreciação do real.

No cenário doméstico, investidores continuaram a monitorar o noticiário, em meio às preocupações com a desidratação do pacote fiscal do governo no Congresso Nacional e diante das novas mudanças da reforma tributária. (saiba mais abaixo)

Além disso, a decisão recente do Comitê de Política Monetária (Copom), que elevou a taxa básica de juros em 1 ponto percentual (p.p.), continuou a pesar no mercado, principalmente após a sinalização de uma condução mais dura dos juros à frente por parte do BC.

O estado de saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e novos dados econômicos locais e internacionais também ficaram no radar.

O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, fechou em queda.

Veja abaixo o resumo dos mercados.

O dólar subiu 0,43%, cotado a R$ 6,0347. Na máxima do dia, chegou a R$ 6,0770. Veja mais cotações.

Com o resultado, acumulou:

  • queda de 0,60% na semana
  • alta de 0,57% no mês;
  • avanço de 24,36% no ano.

Na véspera, a moeda norte-americana subiu 0,69%, cotado a R$ 6,0091.

Ibovespa

O Ibovespa caiu 1,13%, aos 124.612

 pontos.

Com o resultado, acumulou:

  • queda de 1,06% na semana;
  • perda de 0,84% no mês;
  • recuo de 7,13% no ano.

Na véspera, o índice caiu 2,74%, aos 126.042 pontos.

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair

O que está mexendo com os mercados?

Nesta sexta, o BC anunciou uma nova intervenção no câmbio — e, com isso, conseguiu ao menos aliviar o ritmo de alta do dólar, que chegou a bater os R$ 6,07. O leilão de venda à vista da moeda norte-americana, realizado nesta tarde, teve nove propostas aceitas, no total de US$ 845 milhões.

No cenário doméstico, o mercado financeiro tem se preocupado com os sinais de que o pacote fiscal recentemente anunciado pelo governo federal pode enfrentar resistências no Congresso Nacional.

As indicações de que o clima para votação das medidas de contenção de despesas desandou no Legislativo federal cresceram nos últimos dias, principalmente após a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, que estabeleceu regras mais rígidas para o pagamento de emendas parlamentares.

Emendas parlamentares são verbas pagas pelo governo para deputados e senadores financiarem obras em seus estados.

O STF entendeu que era preciso dar mais transparência ao processo, desde a identificação do parlamentar que destina a verba até o rastreamento de onde o dinheiro está sendo aplicado.

Mas o Congresso não gostou das regras e viu na ação do STF uma interferência no Legislativo, orquestrada com o governo.

Com isso, a Câmara não analisou nesta semana, ao contrário do que queria o governo, o pacote de ajuste fiscal, uma das prioridades do Palácio do Planalto para este fim de ano.

Na tentativa de contornar o atrito, o governo publicou uma portaria na quarta-feira para orientar o pagamento de emendas de uma forma que — na visão do governo — não desobedeça as regras do STF nem desagrade os parlamentares.

Por isso as portarias trazem interpretações do governo para as regras do STF. A expectativa é que o governo libere R$ 1,7 bilhão em emendas parlamentares para o Congresso até esta sexta (13).

Além disso, outro ponto que continua a pesar nos mercados é a quantidade de mudanças que o Senado tem feito na reforma tributária — o que tem elevado as estimativas para o novo Imposto sobre Valor Agregado (IVA).

Se esta alíquota superar 26,5%, o governo federal deverá enviar um projeto ao Congresso para adequar a tributação a esse patamar

Por fim, a última decisão do Copom, que elevou a taxa básica para 12,25% ao ano, também segue no radar dos investidores, em meio à leitura que os juros elevados penalizam mais alguns setores do que outros — o que pode penalizar algumas ações na bolsa de valores brasileira.

O mercado também seguiu atento ao estado de saúde do presidente Lula, que precisou passar por mais um procedimento na última quinta-feira para evitar um novo sangramento na cabeça. A intervenção aconteceu pela manhã e, segundo o médico responsável, foi "um sucesso".

No exterior, o foco ficou com a divulgação de novos indicadores econômicos nos Estados Unidos e na Europa.

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Os países com as maiores dívidas públicas em 2024

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Descubra as causas dos déficits e entenda as consequências para o futuro dessas nações.
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Redação O Antagonista
4 minutos de leitura 26.09.2024 13:17 
Postado em 13 de dezembro de 2024 às 14h25m

#.* Post. - Nº.\  11.4345*.#


Créditos: depositphotos.com / jochenschneider

Você sabe quais países têm as maiores dívidas públicas em 2024? A proporção dívida/PIB é a métrica que compara a dívida pública de um país com o seu Produto Interno Bruto (PIB). Ao comparar o que uma nação deve com o que produz, a proporção dívida/PIB mostra a capacidade de um país pagar as suas dívidas.

Os países com proporção dívida/PIB semelhantes são classificados com base na sua PPC do PIB. O PIB PPC (Paridade do Poder de Compra) ajusta a produção econômica de um país tendo em conta as diferenças no custo de vida e no poder de compra.

Como se faz o cálculo das maiores dívidas públicas?

Para se ter uma ideia, nações mais ricas e desenvolvidas que o Brasil chamam a atenção por suas dívidas gigantescas! Quais as causas desses déficits e de quanto estamos falando? Para descobrir quais os países mais endividados do mundo – valores (em dólares) calculados utilizando os dados da proporção dívida/PIB da base de dados da dívida bruta das administrações públicas em relação ao PIB do Fundo Monetário Internacional – continue lendo.

Quais são os países mais endividados?

De acordo com os dados mais recentes, os países que lideram a lista das maiores dívidas públicas em 2024 são:

  • Japão: O Japão continua no topo com uma proporção dívida/PIB que ultrapassa 260%. O país tem lutado contra o envelhecimento da população e gastos sociais elevados.
  • Grécia: Conhecida por sua crise financeira na última década, a Grécia permanece com uma dívida considerável, com uma proporção dívida/PIB em torno de 200%.
  • Itália: Com uma economia estagnada e desafios políticos, a Itália também está entre os primeiros colocados, registrando uma proporção dívida/PIB próxima de 150%.
Por que esses países estão tão endividados?

Vários fatores contribuem para essas altas proporções dívida/PIB. Entre eles estão os crescente gastos sociais, a baixa taxa de crescimento econômico, e desastres naturais ou crises financeiras que levam os governos a aumentar os gastos.

No caso do Japão, por exemplo, a sociedade envelhecida significa mais gastos com previdência e saúde, enquanto na Grécia e na Itália, a corrupção e a gestão econômica ineficiente desempenham papéis cruciais.


Centro de cidade Japonesa (Créditos: depositphotos.com / sepavone)

O que isso significa para o futuro?

As altas dívidas públicas podem ter consequências graves para os países afetados. Pode haver aumento nos custos de empréstimos, o que torna mais caro para o governo financiar suas operações. Além disso, pode limitar a capacidade desses países de incentivar o crescimento econômico através de investimentos públicos.

Superar esses desafios exigirá uma combinação de reformas econômicas e medidas de austeridade, além de um crescimento econômico robusto. No entanto, a implementação dessas políticas também pode ser politicamente desafiadora e impopular.

Impacto das dívidas públicas nos países

Embora altos níveis de dívida pública possam parecer assustadores, nem sempre são um sinal de desastre iminente. Países como o Japão e os Estados Unidos conseguem manter altos níveis de dívida devido à confiança dos investidores e à capacidade de emitir dívida em suas próprias moedas. Assim, a gestão eficaz da dívida pública e o fortalecimento das economias subjacentes são essenciais para enfrentar esses problemas a longo prazo.

Em suma, acompanhar as dinâmicas da dívida pública mundial é crucial para entender a saúde econômica global e prever possíveis crises financeiras. A proporção dívida/PIB serve como um barômetro importante nesse aspecto, refletindo tanto os desafios quanto as resiliências das economias modernas.

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quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

Bolsa de Valores: ações de quase todas as empresas caem

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Os investidores do mercado financeiro reagiram à decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central de acelerar a alta da taxa básica de juros.
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Por Jornal Nacional

Postado em 12 de dezembro de 2024 às 21h55m

#.* Post. - Nº.\  11.434 *.#










Mercado financeiro reverbera decisão do Copom de acelerar alta da selic

No mercado financeiro, esta quinta-feira (12) reverberou a decisão de quarta-feira (11) do Comitê de Política Monetária sobre o ritmo de aumento da Selic.

A resposta dos investidores aos movimentos do Banco Central vem sempre no dia seguinte ao anúncio da taxa de juros - e nesta quinta-feira (12) o dia terminou para baixo. Foi um tombo daqueles. O índice da Bolsa de Valores caiu 2,74% - uma queda que não se via desde janeiro de 2023. As ações de quase todas as empresas, não importa o setor, derretaram. Em 2024, as perdas passam dos 6%.

De manhã, parecia que o rumo seria outro. O dólar comercial começou na mínima do dia, cotado a R$ 5,86. A cotação também caiu porque o Banco Central colocou dólares no mercado: R$ 4 bilhões, em dois leilões. Mas, à tarde, a moeda americana voltou a subir e fechou em R$ 6.

A desconfiança falou mais alto, dizem os economistas. Eles afirmam que o Banco Central foi duro, deixou claro que vai fazer de tudo para controlar a inflação.

A Selic vinha em queda desde agosto de 2023, até estacionar no patamar de 10,5% em maio. Começou a subir aos poucos e deu um salto na reunião de quarta-feira (11) para 12,25%. Além disso, o comunicado já deixou dois novos aumentos encaminhados. Uma frase que reforça o compromisso do BC e acalmaria os mercados.

Mas o mesmo comunicado trouxe o alerta de que a percepção sobre o recente anúncio fiscal afetou os preços de ativos, as expectativas de inflação e a taxa de câmbio. Uma percepção que, no fim do dia, se sobrepôs às ações do Banco Central, segundo o economista Roberto Mota.

"A mensagem que ficou para sociedade brasileira é que o executivo não vai permitir que a economia desacelere, e o Banco Central precisa que a economia brasileira desacelere para a inflação entrar dentro da meta. Essa combinação é uma combinação bastante perigosa, afirma Roberto Motta, estrategista da Genial Investimentos.

O economista André Perfeito diz que a sinalização do Banco Central tem que ser acompanhada da aprovação de medidas fiscais:

A gente tem que iniciar esse processo de ajuste o mais rápido possível para estancar um barulho que não precisa. O Brasil está sofrendo, ou se automutilando mais do que o necessário. Não era para esse câmbio estar nesse patamar. Não era para taxa de juros estar nesse patamar. E a gente continua, vamos dizer assim, sem uma capacidade de ancorar isso.

Taxa básica de juros ao ano — Foto: Reprodução/TV Globo
Taxa básica de juros ao ano — Foto: Reprodução/TV Globo