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sexta-feira, 29 de novembro de 2024

Mundial de Clubes 2025: Diego Ribas vai representar o Flamengo em sorteio dos grupos em Miami

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Ex-capitão e multicampeão foi escolhido por Landim para ser o “legend” rubro-negro na cerimônia
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Por Letícia Marques — Rio de Janeiro

Postado em 29 de novembro de 2024 às 09h50m

#.* Post. - Nº.\  11.419 *.#










Fifa divulga detalhes do troféu do Mundial de Clubes 2025

Diego Ribas foi o escolhido pelo presidente Rodolfo Landim para representar o Flamengo no sorteio dos grupos do Mundial de Clubes 2025, que era realizado em Miami, no dia 5 de dezembro, às 15h (de Brasília). A Fifa sugere um representante e um "legend" para o evento.

Ele foi o capitão da segunda geração mais vitoriosa da história do Flamengo. Diego Ribas, inclusive, era o capitão na campanha da Libertadores de 2022, que deu a classificação para o Mundial. Foi por este motivo que Landim escolheu o ex-jogador, que se aposentou no fim daquele mesmo ano. O presidente também estará presente na cerimônia.

Diego Ribas é homenageado — Foto: Alexandre Durão
Diego Ribas é homenageado — Foto: Alexandre Durão

Diego Ribas chegou ao Flamengo em 2026, e foi capitão do time entre 2017 e 2022. Nas sete temporadas com a camisa rubro-negra, conquistou 12 títulos - fica atrás somente de Zico e Júnior, além de Gabigol, Bruno Henrique e Arrascaeta após a conquista da Copa do Brasil deste ano. O quinteto possui 13 conquistas e são os jogadores mais vitoriosos da história do clube.

Títulos de Diego Ribas no Flamengo:

  • Libertadores da América (2019 e 2022)
  • Brasileiro (2019 e 2020)
  • Copa do Brasil (2022)
  • Recopa Sul-Americana (2020)
  • Supercopa do Brasil (2020 e 2021)
  • Carioca (2017, 2019, 2020 e 2021)
Diego Ribas e fmiliares com troféus do Flamengo — Foto: Alexandre Durão
Diego Ribas e fmiliares com troféus do Flamengo — Foto: Alexandre Durão

O Mundial de 2025

Os 32 times do Mundial de 2025 serão divididos em oito grupos de quatro equipes. A Fifa vai formar grupos para a competição em um sorteio dirigido (com divisão de potes) levando em consideração fatores esportivos e geográficos. O torneio será realizado entre 15 de junho e 13 de julho de 2025. Mais detalhes serão divulgados em breve.

Troféu do Mundial de Clubes 2025 — Foto: Divulgação/Fifa
Troféu do Mundial de Clubes 2025 — Foto: Divulgação/Fifa

O confronto direto será o primeiro critério de desempate na fase de grupos (uma novidade em torneios organizados pela Fifa), seguido por saldo de gols e quantidade de gols marcados. As duas melhores equipes de cada grupo avançam para o mata-mata da competição, que começa nas oitavas de final. Em caso de empate nos 'playoffs', a partida será decidida na prorrogação com disputa de pênaltis em sequência.

Sedes do Mundial de Clubes da Fifa 2025, nos Estados Unidos — Foto: Divulgação/Fifa
Sedes do Mundial de Clubes da Fifa 2025, nos Estados Unidos — Foto: Divulgação/Fifa

A edição inaugural do chamado "Super Mundial" será disputada em 11 cidades nos Estados Unidos, sendo que uma delas, Orlando, terá dois estádios no torneio. Nove sedes ficam na Costa Leste, e apenas duas estão na Costa Oeste (Los Angeles e Seattle). O MetLife Stadium, na região de Nova York, foi escolhido para receber a final do torneio, no dia 13 de julho de 2025. A competição terá 32 times e será disputada a cada quatro anos.

Veja os 31 times confirmados pela Fifa para o Mundial de Clubes de 2025:

  1. Boca Juniors (Argentina) – via ranking da CONMEBOL
  2. River Plate (Argentina) – via ranking da CONMEBOL
  3. Fluminense (Brasil) – vencedor da Copa Libertadores da América 2023
  4. Flamengo (Brasil) – vencedor da Copa Libertadores da América 2022
  5. Palmeiras (Brasil) – vencedor da Copa Libertadores da América 2021
  6. Auckland City (Nova Zelândia) – via ranking da OFC
  7. Pachuca (México) – vencedor da Liga dos Campeões da Concacaf 2024
  8. Club León (México) – vencedor da Liga dos Campeões da Concacaf 2023
  9. Inter Miami (EUA) - vencedor da Supporter's Shield 2024
  10. Seattle Sounders (EUA) – vencedor da Liga dos Campeões da Concacaf 2022
  11. Monterrey (México) – vencedor da Liga dos Campeões da Concacaf 2021
  12. FC Salzburg (Áustria) – via ranking da UEFA
  13. Atlético de Madri (Espanha) – via ranking da UEFA
  14. Juventus (Itália) – via ranking da UEFA
  15. Borussia Dortmund (Alemanha) – via ranking da UEFA
  16. Benfica (Portugal) – via ranking da UEFA
  17. Porto (Portugal) - via ranking da UEFA
  18. Internazionale de Milão (Itália) – via ranking da UEFA
  19. Paris Saint-Germain (França) – via ranking da UEFA
  20. Bayern de Munique (Alemanha) – via ranking da UEFA
  21. Manchester City (Inglaterra) – vencedor da Liga dos Campeões da UEFA 2022/23
  22. Real Madrid (Espanha) – vencedor da Liga dos Campeões da UEFA 2021/22
  23. Chelsea (Inglaterra) – vencedor da Liga dos Campeões da UEFA 2020/21
  24. Ulsan (Coreia do Sul) – via ranking da AFC
  25. Al Ain (Emirados Árabes Unidos) – vencedor da Liga dos Campeões da AFC 2024
  26. Urawa Red Diamonds (Japão) – vencedor da Liga dos Campeões da AFC 2022
  27. Al-Hilal (Arábia Saudita) – vencedor da Liga dos Campeões da AFC 2021
  28. Mamelodi Sundowns (África do Sul) – via ranking da CAF
  29. ES Tunis Esperance (Tunísia) – finalista da Liga dos Campeões da CAF 2023/24 ou via ranking da CAF
  30. Wydad (Marrocos) – vencedor da Liga dos Campeões da CAF 2021/22
  31. Al Ahly (Egito) – vencedor da Liga dos Campeões da CAF 2020/21 e 2022/23
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Flamengo

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quinta-feira, 28 de novembro de 2024

Real é a 8ª moeda que mais perdeu valor frente ao dólar em 2024; veja ranking

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Estão em situação pior que a do real moedas de países como Sudão do Sul, Nigéria e Egito, com histórico de conflitos civis. Argentina e Venezuela também têm perdas maiores. Levantamento foi feito pela agência classificadora de risco Austin Rating, com base em dados do BC.
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Por André Catto, g1

Postado em 28 de novembro de 2024 às 16h10m

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Notas de dólar. — Foto: Reuters
Notas de dólar. — Foto: Reuters

O real é a oitava moeda que mais perdeu valor frente ao dólar em 2024. É o que mostra um levantamento feito pela agência classificadora de risco Austin Rating, com base em dados do Banco Central do Brasil (BC).

A queda acumulada do real no ano chegou a 19,1% nesta quinta-feira (28), dia em que o dólar atingiu, pela primeira vez na história, o patamar de R$ 6.

A disparada da moeda norte-americana é uma reação do mercado ao novo pacote de corte de gastos do governo federal, anunciado na véspera pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e detalhado na manhã de hoje.

Também ajudou a azedar o humor dos investidores a proposta para elevar a isenção do Imposto de Renda (IR) para pessoas que ganham até R$ 5 mil por mês.

Os efeitos negativos das medidas refletem o cenário de incerteza em relação à sustentabilidade das contas públicas do país, apontam analistas. Apesar do corte de R$ 70 bilhões para os próximos dois anos, a interpretação do mercado é que o pacote é insuficiente para reduzir a dívida bruta em relação ao PIB.

Tanto o pacote de corte de gastos quanto a mudança no IR ainda precisam ser aprovados pelo Congresso Nacional.

Veja o ranking de moedas abaixo:

Apesar da 8ª posição entre as moedas com maiores perdas, o real já chegou a ocupar, em junho, a 5ª posição no ranking de desvalorização, em uma lista de 118 países.

Na máxima desta quinta, o dólar comercial chegou a R$ 6,0029. Para a elaboração do ranking, entretanto, a Austin Rating considera as taxas de câmbio de referência Ptax, divulgadas diariamente pelo BC. Nessa modalidade, o dólar ficou cotado a R$ 5,9865.

Segundo o levantamento, a moeda do Sudão do Sul é a que mais se desvalorizou frente à moeda norte-americana em 2024, com perdas de 69,80%. Na sequência, estão as moedas da Etiópia e da Nigéria, com quedas de 56% e 47%, respectivamente.

Ocupa a outra ponta a moeda do Quênia, que se valorizou 21,20% no ano, seguida pelas moedas do Sri Lanka e da Libéria, que avançaram 11,40% e 8,30%, respectivamente.

"Entre os países piores do que o Brasil, temos nações que enfrentam algum problema de confronto civil, como Nigéria, Egito, Sudão do Sul e Gana, o que justifica a desvalorização", explica o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini.

Na variação diária, o real atingiu nesta quinta-feira a maior desvalorização frente ao dólar entre as 118 moedas analisadas, com perdas de 2,6%. Em seguida, estão as moedas da Armênia, do Cazaquistão e do Tajiquistão, todas com quedas de 1,8% em relação à moeda norte-americana.

'Pacote saiu pela culatra': comentaristas analisam disparada do dólar após pacote de corte de gastos

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Reserva rica em urânio localizada no Amazonas é vendida à China por R$ 2 bilhões

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Transação foi intermediada pelo grupo minerador Misur com empresa estatal chinesa. Mina de Pitinga fica localizada a 300 km de Manaus e possui abundância de ao menos quatro tipos de minério.
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Por g1 AM

Postado em 28 de novembro de 2024 às 12h20

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Reserva de urânio localizada no Amazonas é vendida à empresa estatal da China — Foto: Divulgação
Reserva de urânio localizada no Amazonas é vendida à empresa estatal da China — Foto: Divulgação

A Mineração Taboca S.A., responsável pela reserva de urânio localizada na Mina de Pitinga, interior do Amazonas, foi vendida para a empresa estatal China Nonferrous Trade Co. Ltd. por US$ 340 milhões - o equivalente a cerca de R$ 2 bilhões. A transação, intermediada pelo grupo minerador peruano Misur, que detém o controle acionário da empresa brasileira, ocorreu na terça-feira (26).

A Mineração Taboca é conhecida pela descoberta da reserva em 1979, situada na Vila Balbina, a 300 km de Manaus. Na região, já foi identificado urânio, elemento químico utilizado como combustível para a geração de energia nuclear. A mina é também responsável pela lavra e pelo beneficiamento de cassiterita, columbita e, atualmente, é a maior produtora de estanho refinado do Brasil.

Em comunicado, a Mineração Taboca anunciou a transferência de 100% das ações para a empresa estatal chinesa.

"Este novo momento é estratégico e constitui uma oportunidade de crescimento para a Mineração Taboca, pois permitirá que ela tenha acesso a novas tecnologias para se tornar mais competitiva e ampliar sua visão e capacidade produtiva", afirmou a empresa.

A China Nonferrous Mining Co., uma das maiores empresas estatais produtoras de cobre do mundo, foca em mineração, processamento, hidrometalurgia, fundição pirometalúrgica e vendas, com operações significativas na Zâmbia, na África.

Localização da Mina de Pitanga, no Amazonas — Foto: g1
Localização da Mina de Pitanga, no Amazonas — Foto: g1

Repercussão

Em pronunciamento na plenária do Senado, na quarta-feira (27), o senador Plínio Valério (PSDB-AM), questionou a venda e levantou suspeitas de favorecimento ao governo chinês.

"Estamos lá impedidos, com cadeados ambientais que nos escravizam e que nos prendem, porque sempre esbarramos nas ONGs. Sempre esbarramos na ministra Marina Silva, a serviço das ONGs, e, de repente, os chineses compram a maior mina de urânio do Brasil. Vão beneficiar urânio no Amazonas, perto de Manaus, no município de Presidente Figueiredo, que vive do turismo, que vive das suas 160 e poucas cachoeiras, e ninguém fala nada. Por quê? O que há aí? Um compromisso? Um conluio? Uma perseguição àquilo que a gente pode ou não pode fazer?", disse em discurso.

Comportas da Hidrelétrica de Balbina são abertas

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segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Psicologia da reclamação: o custo mental, emocional e até físico de reclamar de tudo, sempre

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Neste artigo, María J. García-Rubio, que é professora da Faculdade de Ciências da Saúde, diz que queixume crônico tem um impacto significativo na saúde emocional, mental e até física.
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TOPO
Por María García Rubio

Postado em 25 de novembro de 2024 às 05h45m

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As queixas diárias estão correlacionadas com sintomas de ansiedade e depressão. Especificamente, com pensamentos intrusivos, ruminação, baixa autoestima, cansaço e fadiga mental. Portanto, indivíduos que não param de reclamar de tudo tendem a ser mais pessimistas e menos resilientes diante das adversidades. — Foto: Getty Images
As queixas diárias estão correlacionadas com sintomas de ansiedade e depressão. Especificamente, com pensamentos intrusivos, ruminação, baixa autoestima, cansaço e fadiga mental. Portanto, indivíduos que não param de reclamar de tudo tendem a ser mais pessimistas e menos resilientes diante das adversidades. — Foto: Getty Images

Vamos imaginar uma situação muito comum: duas pessoas andando rapidamente se cruzam na rua. Podem ser amigos, colegas de trabalho ou conhecidos. Um deles cumprimenta com um ei, tudo bem?oucomo você está? Automaticamente, o outro responde: tudo indo ou vamos andando. Pouco depois, cada um segue seu caminho. O breve encontro é marcado desde o início pelo ato da reclamação sistemática.

No século XXI, as sociedades desenvolvidas aceitam este tipo de atitude como uma forma rotineira de interação social. Na verdade, é bastante comum ouvir reclamações sobre trânsito, clima, trabalho ou dificuldades financeiras. Para muitos, é algo inofensivo e até terapêutico, pois serve como uma válvula de escape emocional.

No entanto, foi demonstrado que o queixume crônico tem um impacto significativo na saúde emocional, mental e até física tanto daqueles que reclamam como dos que recebem as lamentações.

Um fenômeno cotidiano

Aqui, abordaremos a expressão repetida de insatisfação, frustração ou desconforto com situações percebidas como negativas. É um fenômeno quase universal que pode ser extrapolado para contextos familiares, profissionais e sociais. Longe de ser uma visão catastrófica, as reclamações ocasionais são uma parte normal da experiência humana. A exaustão emocional e fisiológica ocorre quando esse humor negativo invade nossas rotinas diárias.

Mas por que lamentamos tanto? Alguns especialistas consideram que funciona como um mecanismo de enfrentamento através do qual liberamos a tensão ou buscamos validação. Especificamente, observou-se que ao reclamar buscamos a aprovação da nossa opinião ou percepção, como se fosse um ciclo.

Até o momento, ela funciona como estratégia de apresentação perante nosso grupo social. É uma função adaptativa do ser humano.

O problema é quando se torna crônico e se estende a vários contextos. É uma situação que se agrava com o uso e abuso das redes sociais, em que é comum que pessoas influentes das populações mais jovens dediquem grande parte do seu conteúdo a desabafar sobre isto e aquilo como estratégia para atrair seguidores ou para criar debates e troca de comentários.

Embora seja um campo de pesquisa pioneiro e necessite de mais estudos, a neurociência já se aprofundou na etiologia e nas consequências do ato de queixar.

Várias pesquisas confirmaram que o cérebro humano foi projetado para identificar ameaças e problemas, o que explica porque é tão fácil focar no negativo e porque algumas pessoas tendem a reclamar mais do que outras. Este é um mecanismo evolutivo de origem protetora: o cérebro tende a se fixar no que é ruim porque isso lhe permitiu enfrentar um perigo real há milhares de anos e aumentou suas chances de sobrevivência.

Tal efeito, denominado viés de negatividade, pode tornar-se contraproducente no ambiente moderno, uma vez que focar continuamente no que não está bom pode alterar a maneira como as pessoas veem o mundo e, assim, promover novas interações como aquelas baseadas em reclamações.

Alguns estudos indicam que o ato de lamentar-se tende a causar mudanças estruturais no cérebro que, por sua vez, levam a problemas na resolução de problemas e na função cognitiva. Isto significa que os reclamantes podem ter consequências prejudiciais, como a resolução de problemas, a tomada de decisões ou o planejamento - o que gera ainda mais frustração e lamúrias.

Observou-se, também, que as queixas diárias estão correlacionadas com sintomas de ansiedade e depressão. Especificamente, com pensamentos intrusivos, ruminação, baixa autoestima, cansaço e fadiga mental. Portanto, indivíduos que não param de reclamar de tudo tendem a ser mais pessimistas e menos resilientes diante das adversidades.

Estratégias para mudar de atitude

A seguir, explicamos algumas das formas de interação e enfrentamento mais recomendadas na consulta psicológica:

  1. Pratique a gratidão. Focar a atenção no momento concentrando no que temos/conseguimos promove a gratidão. Registrar coisas pelas quais podemos nos sentir gratos em um diário ajuda a mudar a perspectiva.
  2. Procure soluções. Fazer, por exemplo, uma lista de possíveis ações para melhorar uma situação nos dá uma sensação de controle e reduz a frustração.
  3. Preste atenção às próprias palavras. A psiconeurolinguística nos ensina que estar ciente da linguagem que usamos e modificá-la para que seja mais positiva ou neutra pode nos ajudar a mudar nosso padrão de pensamento.
  4. Estabeleça limites com outras pessoas. Este é um mecanismo de proteção. Significa, por exemplo, evitar conversas que foquem muito no negativo ou propor uma abordagem mais construtiva para os problemas.

Sem dúvida, ter consciência do hábito pouco saudável de reclamar incessantemente e tentar mudá-lo é fundamental para melhorar a qualidade de vida. É um objetivo que faz parte do crescimento pessoal de cada indivíduo e que pode ser reforçado com o apoio da terapia psicológica.

Antes de reclamar novamente, considere os efeitos cerebrais, emocionais e sociais que isso acarreta. E lembre-se: a queixa não é negativa se não se tornar crônica. Não somos perfeitos, somos humanos.

María García Rubio é professora da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidad Internacional de Valencia, codiretora da Cátedra VIU-NED de Neurociência Global e Mudança Social e membro do Grupo de Pesquisa em Psicologia e Qualidade de Vida (PsiCal).

Este texto foi publicado originalmente no site do The Conversation Brasil.

'E se eu jogar meu celular pela janela?': O que são pensamentos intrusivos

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