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sexta-feira, 25 de outubro de 2024

Novos estudos mostram que a maioria das rochas espaciais que chega à Terra tem a mesma fonte

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Neste artigo, um professor da Universidade de Queensland detalha a origem das populares 'estrelas cadentes'. A cada ano, cerca de 17 mil bolas de fogo entram na atmosfera terrestre.
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TOPO
Por Trevor Ireland*

Postado em 25 de outubro de 2024 às 06h00m

#.* Post. - Nº.\  11.384 *.#

Fogo de artifício cósmico: a chuva de meteoros Geminídeos — Foto: Jakob Sahner/Astronomy Photographer of the Year
Fogo de artifício cósmico: a chuva de meteoros Geminídeos — Foto: Jakob Sahner/Astronomy Photographer of the Year

A visão de uma bola de fogo cruzando o céu, a popular estrela cadente, causa admiração e entusiasmo tanto em crianças quanto em adultos. É um lembrete de que a Terra faz parte de um sistema muito maior e incrivelmente dinâmico.

A cada ano, cerca de 17.000 dessas bolas de fogo não apenas entram na atmosfera da Terra, mas sobrevivem à perigosa jornada até a superfície. Isso dá aos cientistas uma oportunidade valiosa de estudar esses visitantes rochosos do espaço sideral.

Os cientistas sabem que, embora alguns desses meteoritos venham da Lua e de Marte, a maioria vem de asteroides. Mas dois estudos publicados recentemente, na revista Nature, deram um passo adiante. A pesquisa foi conduzida por Miroslav Brož, da Universidade Charles, na República Tcheca, e Michaël Marsset, do Observatório Europeu do Sul (ESO), no Chile.

Eles traçaram a origem da maioria dos meteoritos até apenas um punhado de eventos de ruptura de asteroides - e possivelmente até mesmo asteroides individuais. Com isso, eles melhoraram nossa compreensão dos eventos que moldaram a história da Terra - e de todo o Sistema Solar.

Só quando uma bola de fogo atinge a superfície da Terra é que ela é chamada de meteorito. Eles são comumente classificados em três tipos: de pedra, de ferro e de ferro e pedra.

Os meteoritos de pedra, por sua vez, vêm em dois tipos básicos: os mais comuns são os condritos, que têm objetos redondos em seu interior que parecem ter se formado como gotículas de fusão de seus materiais. Eles perfazem 85% de todos os meteoritos que caem na Terra.

A maioria destes meteoritos de pedra é conhecida como condritos comuns. Eles são, então, divididos em três classes amplas - H, L e LL - com base no conteúdo de ferro e na distribuição de ferro e magnésio nos seus principais minerais, olivina e piroxênio.

Estes minerais silicatos são os blocos de construção mineral do nosso Sistema Solar e comuns na Terra, estando presentes no basalto (uma das rochas mais abundantes na crosta terrestre).

Os condritos carbonáceos são um grupo distinto entre os condritos. Eles contêm grandes quantidades de água em minerais argilosos e materiais orgânicos, como aminoácidos. Estes condritos nunca derreteram e são amostras diretas da poeira que originalmente formou o Sistema Solar.

O menos comum dos dois tipos básicos de meteoritos pedregosos são os chamados acondritos. Esses não têm as partículas redondas características dos condritos, pois seu processo de derretimento, fusão e formação se deu em corpos planetários.

Os asteroides são as principais fontes de meteoritos.

A maioria dos asteroides reside em um cinturão denso entre Marte e Júpiter. O próprio cinturão é composto por milhões de asteroides varridos e organizados pela força gravitacional de Júpiter.

As interações com Júpiter podem perturbar as órbitas dos asteroides e provocar colisões. Isso resulta em detritos, que podem se agregar em asteroides conhecidos comode pilha de detritos(compostos por pedaços de rochas e cascalho unidos pela gravidade). Esses asteroides, então, ganham vida própria.

São asteroides desse tipo que as recentes missões Hayabusa e Osiris-REx visitaram e coletaram amostras. Graças a isso, foi estabelecida a conexão entre tipos distintos de asteroides e os meteoritos que caem na Terra.

Os asteroides de classe S (semelhantes a meteoritos pedregosos) são encontrados nas regiões internas do cinturão, enquanto os asteroides carbonáceos de classe C (semelhantes a condritos carbonáceos) são mais comumente encontrados nas regiões externas do cinturão.

Mas, como mostram os dois estudos na Nature, podemos relacionar um tipo específico de meteorito ao seu asteroide específico de origem no cinturão principal.

Uma família de asteroides

Os dois novos estudos colocam as fontes dos tipos de condritos comuns em famílias específicas de asteroides - e, muito provavelmente, em asteroides específicos. Esse trabalho requer um minucioso rastreamento das trajetórias dos meteoróides (pedaços de matéria rochosa ou metálica que se deslocam no espaço exterior), observações de asteroides individuais e modelagem detalhada da evolução orbital dos corpos originais.

O estudo liderado por Miroslav Brož relata que os condritos comuns resultam de colisões entre asteroides com mais de 30 quilômetros de diâmetro que ocorreram há menos de 30 milhões de anos.

As famílias de asteroides Koronis e Massalia têm objetos com tamanhos adequados e estão em uma posição que leva à queda de material na Terra, com base em modelagens detalhadas em computadores. Nessas famílias, os asteroides Koronis e Karin são provavelmente as fontes dominantes de condritos H. As famílias Massalia (L) e Flora (LL) são, de longe, as principais fontes de meteoritos do tipo L e LL.

Já o estudo liderado por Michaël Marsset documenta, ainda mais, a origem dos meteoritos de condrito tipo L de Massalia.

Ele compilou dados espectroscópicos - ou seja, as intesidades de luz características que podem ser impressões digitais de diferentes moléculas - de asteroides no cinturão entre Marte e Júpiter. Isso mostrou que a composição dos meteoritos de condrito tipo L na Terra é muito semelhante à da família de asteroides Massalia.

Em seguida, os cientistas usaram modelagem computadorizada para mostrar que uma colisão de asteroides ocorrida há aproximadamente 470 milhões de anos formou a família Massalia. Por acaso, essa colisão também resultou em abundantes meteoritos fósseis encontrados em calcários do período Ordoviciano na Suécia.

Ao determinar o asteroide de origem, esses estudos fornecem as bases para missões que visitarão os asteroides que mais enviam meteoritos comuns do espaço exterior à Terra. Ao entender esses asteroides de origem dos meteoritos, podemos visualizar os eventos que moldaram nosso sistema planetário.

*Trevor Ireland é professor da Escola do Meio Ambiente da Universidade de Queensland.

**Este texto foi publicado originalmente no site da The Conversation Brasil.

Veja dicas para observar o cometa do século

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quinta-feira, 24 de outubro de 2024

IPCA-15: preços sobem 0,54% em outubro, com disparada de 5,29% da energia elétrica

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O resultado representa uma forte aceleração, de 0,41 ponto percentual, em relação ao registrado em setembro, quando o indicador teve ata de 0,13%.
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Por Bruna Miato, g1

Postado em 24 de outubro de 2024 às 10h00m

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 — Foto: NSC TV/Reprodução
— Foto: NSC TV/Reprodução

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) — considerado a prévia da inflação oficial do país — registrou uma alta de 0,54% nos preços em outubro, informou nesta quinta-feira (24) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A alta foi puxada pelo forte avanço de 1,72% no grupo de Habitação, influenciado sobretudo pela disparada de 5,29% nos preços da energia elétrica residencial. O grupo teve o maior impacto sobre o indicador no mês, com 0,26 ponto percentual.

A energia, que também foi o maior problema do IPCA-15 e da inflação cheia de setembro, ficou ainda mais cara em outubro, quando a bandeira tarifária vermelha patamar 2 passou a valer. Essa bandeira adiciona um custo de R$ 7,87 a cada 100 quilowatt-hora (kWhconsumidos.

Conta de luz mais cara: veja como economizar energia, mesmo com a bandeira vermelha

O resultado deste mês representa uma forte aceleração, de 0,41 ponto percentual, em relação ao registrado em setembro, quando o indicador teve ata de 0,13%. Já em outubro de 2023, a taxa foi de 0,21%.

Em 12 meses, o IPCA-15 acumula uma alta de 4,47%, contra os 4,12% observados até setembro. Já no ano, o indicador acumula um avanço de 3,71%.

A prévia da inflação também veio acima das expectativas do mercado financeiro, que previa uma alta de 0,50% para este mês e um acumulado de 4,43% em 12 meses.

IPCA-15: preços sobem 0,54% em outubro

Veja abaixo a variação dos grupos em outubro

Em outubro, oitodos nove grupos pesquisados pelo IBGE apresentaram alta:

  • Alimentação e bebidas: 0,87%;
  • Habitação: 1,72%;
  • Artigos de residência: 0,41%;
  • Vestuário: 0,43%;
  • Transportes: -0,33%;
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,49%;
  • Despesas pessoais: 0,35%;
  • Educação: 0,05%;
  • Comunicação: 0,40%.

Habitação, Alimentação e Saúde ficam mais caros

No grupo de Habitação, além da disparada dos preços da energia elétrica residencial, destaque também para o aumento dos preços do gás de botijão, que teve uma alta de 2,17% em outubro.

Outros grupos com impactos importantes na prévia da inflação deste mês foram Alimentação e bebidas — com alta de 0,87% e impacto de 0,18 ponto percentual no índice — e Saúde e cuidados pessoas — com alta de 0,49% e impacto de 0,07 ponto percentual.

Em Alimentação, tanto a alimentação no domicílio (0,95%) quanto a alimentação fora do domicílio (0,66%) tiveram uma aceleração nos preços no mês.

As maiores altas vieram do contrafilé (5,42%), do café moído (4,58%) e do leite longa vida (2,00%), dentro de casa, e da refeição (0,70%) e do lanche (0,76%), na alimentação fora do domicílio.

Já no grupo de Saúde e cuidados pessoais, o avanço foi puxado pelos planos de saúde, que tiveram alta de 0,53%.

"Houve aplicação de reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os planos contratados antes da Lei nº 9.656/98, com vigência retroativa a partir de julho. Desse modo, no IPCA-15 de outubro foram apropriadas as frações mensais dos planos antigos relativas aos meses de julho, agosto, setembro e outubro", explica o IBGE.

Transportes têm queda, com alívio nas passagens e combustíveis

O grupo de Transportes foi o único a apresentar uma queda em outubro, caindo 0,33%, com um impacto negativo de 0,07 ponto percentual no IPCA-15.

Os principais componentes do grupo apresentaram redução nos preços no mês, com destaque para as passagens aéreas, que caíram 11,40%.

As passagens de ônibus urbano (-2,49%), trem (-1,59%) e metrô (-1,28%) também tiveram reduções nos preços, o que o IBGE atribui à gratuidade nas passagens concedidas à população no primeiro turno das eleições municipais, em 6 de outubro.

Os combustíveis também tiveram uma leve queda, de 0,01%, influenciados pela baixa de 0,71% nos preços do gás veicular e de 0,23% no óleo diesel. A gasolina não apresentou oscilação neste mês, e o etanol subiu 0,02%.

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‘Donos’ do planeta: 5 maiores maiores controlam brazilam US$ trilhões

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Ativos de Us$ 29,6 trilhões, superior ao PIB dos EUA, para influência apontam o grande conglomerados de conglomerados de maior conglomerados sobre os locais. Com recente onda de privatizações, presença de gestoras como a BlackRock de sêt
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Publicado em Publicado em
Freepik / Site do PT -- 
Postado em 24 de outubro de 2024 às 07h35m

#.* Post. - Nº.\  11.382 *.#


Finançasirização: como as economias globais nas nas mãos das gestoras de fundos?

Em julho de 2023, uma entrevista do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, passou despercebida pela grande. Ao site da BlackRock, a maior gestor de fundos do planeta, Neto pensado vim em um plano que enônoma, na sua, seria visão bom para o Brasil: entregar o administração da controle das reservas internacional do banco, em US$ 380, à à sua gestora americana. Uma terceirização de ativos do BC, denunciada à época site do PT como um dos maiores ataques à soberania do país, é uma ponta do iceberg de apenas o oceano trilhões de dólares depilhas depíredos donos do mundo. Trata-se daste o de Tratar de oras, na prática, controlam o equivalente aos maiores do planeta.

Como cinco maiores maiores gestoras de fundos do mundo tomar noem atualmente de US$ 29 trilhões,6 ativos em. Para se ter uma ideia do que representa, um soma supera uma projeção de crescimento da poderosa nação global, os Estados Unidos, chegar PIB em 2023 deve a US$ 26 trilhões. Os conglomerados listados local em uma reportagem do site VC S/A, do Grupo Abril.

Uma cifra impressionante revela atuação como a silenciosa dos fundos, que os entre os acionistas das empresas mais empresas poderosas da era moderno, têm interferido, de modo crescente, nas locais, incluindo o Brasil, principalmente como a privat fazer as pressásteres o governo Bolsonaro.

De acordo com a VC S/A, o top 5 fundos dos fundos integra: BlackRock, com o administração de US$ 10 trilhões em sórte, Vanguard (US$ 8,1), Fidelity (US$ 4,2), State Street Corp (US$ 4,02) e Morgan Stanley (US$ 3,32 trilhões). Essa última, sóro, controle que superam o PIB brasileiro para este ano: US$ 2,13.

Em artigo para o portal 247 no final de semana, o engenheiro e professor do Instituto Federal Fluminense (IFF), Roberto Moraes, chama a papel para o papel que as gestoras de âmbito de ocupação de âmbito financeiro, hegemonia no Brasil e no mundo.

Sem texto, Moraes debruçou-se sobre a especial a atuação da BlackRock, a gestora predileta de Campos Neto – o lacaio do capital – para ger dicionário como reservas brasileiras, conquistadas e é graças a favor do PT. Ele destaca, por exemplo, oc, ovar da gestor sobre diversas áreas no Brasil, em especial, o sector elétrico após, a entrega criminosa da Eletrobras ao capital privado.

A gestora de fundo de fundo de BlackRock está presente negócios de diversos setores no Brasil energia (eletricidade e petróleo), bancos, agronegócio, alimentos, alimentos, siderurgia indústria, varejo, varejo e, construção e imobiliáio, etc. e também discurso o utiliza de privilegiar a ESG (Environmental, Social and Governance e Governance ou em Meio investimentos, Social e Governança) com foco

“Diversidade” (trato)

A reportagem do site VC S/A. também chama a parao atenção a diversidade da atuação dos fundos, quem participação sua porcentagens emagens carteínas: pequenas empresas “Boa das do S&P 500, o ibovespa dos ibovespa dos, EUA tem o capital fortemente pulverizado, maiores e os maiores acionistas são universidades invari maior gestor de fundos, destaca.

Além disso, porcentagens pequenas que se escondem, mas os valores maiores. O stake da Vanguard na Apple vale US$ 175 (três Petrobrasss inteira), exemplifica.

A pulverização escrita no modus operandi dos disfarçador, mas tambémr uma real as sua influência en gestoras têm na economia dos países, conformar-se por observado Moraes no artigo. No Brasil, mais, chama, recentemente a o inva forgo privatizados privatizados e em Háões espaciais, interesse moderno numa Grande em Minas Gerais que está em vias de privatização de empresas estatais com o governo Zema, observa o professor.

Quem controla, queo de forma minoritária, em ampla participação em diferentes e territórios, sempre nonidade persona tanto dúvida de interesses, geoeconomicamente, para ganhos em escala e não os mais próximos, enfatiza Moraes, ao identificar a a da daos presença verdadeira no Brasil fundos. Vale observar com atenção com os movimentos de entrada e entrada e entrada dessas participações acionárias da gestora BlackRock no Brasil, aponta.

Em especial no setor elétrico, lembrando na Eletrobras privatizada por Bolsonaro, o BlackRock tem posição expressiva superior a R$ 6 bilhões. Na América Latina, uma BlackRock tem tem patrimônio e da da da quase US$ 100, estima o engenheiro.

Moraes, que é autor do livro A ?indústria ? fundos ? fundos ? ? ? ?rcussões ? ?recusões ? ?indústria ? ?indústria ?, de ida e de outras estratégias não — the Para ele, em sua expansão, a gestor a pelote a nate a setores mais com economia, o bancário, fundos, interferindo nos da economia real, e amplia o escopo de influência na política e na economia.

São movimentos que mostram olace ainda no BlackRock com o sector sector sector fundos, as económicas nacionais, controle das receitas económicas (e papeis), de maiss nacionais em seus capitalização e ativos da economia real, controle de que vai valorização valorização, e capacidade de interferência nas políticas de economias e nas nacionais, denuncia

É essencial e debater fenômeno esse sobre as cadeias de valor global, uma atuação transversal ea trans dos fundos, sobre a geoeconomia, uma geopolítica, a pelotra política, a pelotra política dos países político e a das estratégias dos projetos nacionais de desenvolvimento, adverte Moraes, na artigo do artigo.

Daação, com site VC S/A e 247

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Contas das estatais federais brasileiras devem fechar 2024 com o maior déficit em 15 anos

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Especialistas reforçam que o descontrole nas contas das estatais compromete a credibilidade do país e o esforço em sanar as despesas públicas no momento em que o governo fala em urgência para revisar gastos.
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Por Jornal Nacional

Postado em 24 de outubro de 2024 às 05h20m

#.* Post. - Nº.\  11.381 *.#


Contas das estatais federais devem fechar 2024 com maior déficit em 15 anos

As contas das empresas estatais federais brasileiras devem fechar 2024 com o maior déficit em 15 anos.

São mais de 100 empresas estatais. Fazem parte da máquina do governo federal e atuam em diversos setores - como infraestrutura, telecomunicações e agropecuária. O governo usa o resultado de algumas dessas empresas para calcular o desempenho das contas públicas do país - mês a mês. E, em 2024, as contas devem apresentar o maior rombo desde 2009.

De janeiro a agosto, o déficit das empresas estatais federais bateu R$ 3,3 bilhões e a previsão do próprio governo é que fechem o ano em R$ 3,7 bilhões no vermelho.

Em 2009, o rombo do ano foi de R$ 3,8 bilhões. Nos anos seguintes, as estatais federais tiveram resultados melhores e, em alguns anos, até positivo. Graças a aportes dos governos. Em 2018, a gestão do então presidente Michel Temer injetou R$ 5 bilhões no caixa dessas empresas, fazendo um superávit. Em 2019, o governo Jair Bolsonaro injetou R$ 10 bilhões, e o resultado ficou positivo em R$ 14 bilhões. Em 2023, o resultado voltou a ser negativo, em R$ 700 milhões.

Estatais federais em bilhões de reais — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução
Estatais federais em bilhões de reais — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução

Em 2024, os déficits maiores estão na:

  • Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron);
  • Empresa de Correios e Telégrafos;
  • Emgea, de planejamento financeiro;
  • Infraero;
  • Dataprev - responsável pela tecnologia da informação do país, como processamento de folha de pagamento e benefícios do INSS.

O resultado não inclui Petrobras e Eletrobras, porque são empresas que têm características específicas, como regras de governança que se aproximam de empresas privadas de capital aberto. E nem inclui os bancos públicos.

A Lei de Diretrizes Orçamentárias permite que o governo abata os gastos com investimentos previstos no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

O Ministério da Gestão e da Inovação afirmou que, em boa parte das empresas estatais, o déficit que agora está sendo registrado é explicado pelo aumento em investimentos, como máquinas e tecnologia; que esses investimentos estão sendo bancados por recursos que já estão no caixa das empresas e não demandarão nenhum aporte do Tesouro; que em anos anteriores, especialmente entre 2018 e 2021, o Tesouro já repassou recursos para as estatais para que elas realizassem investimentos e que como eles não foram feitos, se transformaram em superávits elevados naqueles anos e ficaram guardados no caixa das empresas.

O governo também citou que, em 2018 e 2019, foram feitos aportes que somam R$ 10 bilhões, que geraram um superávit. E que a Emgepron recebeu investimentos em 2018 e 2019 para a construção de quatro fragatas, o que gerou superávit naqueles anos. Ainda segundo o governo, em 2024, a empresa já investiu R$ 1 bilhão desses recursos, que ficam registrados como déficit.

As projeções para os próximos anos também indicam resultados ruins. Especialistas reforçam que o descontrole nas contas das estatais compromete a credibilidade do país e o esforço em sanar as despesas públicas no momento em que o governo fala em urgência para revisar gastos.

O economista Gabriel Barros ressaltou que há preocupação sobre a sustentabilidade da política do governo federal de repassar recursos para as estatais, criando contas cada vez mais deficitárias.

"O mercado está bastante preocupado e atento a esses estímulos por fora do orçamento, vamos colocar assim, que o governo está fazendo. Esses estímulos também incluem as estatais federais. Então, essa reversão de superávit para déficit, nesse contexto em que o governo usa as estatais como vetor de crescimento da economia, preocupa bastante, porque amplia a percepção de risco e piora, de fato, a trajetória das contas públicas", diz Gabriel Leal Barros, economista-chefe da Ryo Asset.

O economista Claudio Frischtak lembrou que o déficit nessas contas é pago por todos nós.

"Basicamente, esse déficit alguém tem que pagar, e quem vai pagar somos nós, evidentemente. Porque o governo não produz dinheiro, por assim dizer. Então, isso tem uma implicação adversa sobre uma situação fiscal que já é muito frágil. Os resultados atuam no sentido de fragilizar ainda mais o arcabouço fiscal do governo. E qual é a consequência? Juros mais elevados, câmbio mais estressado, risco-país, infelizmente um pouco pior, afirma Claudio Frischtak, presidente da Inter.B Consultoria.

A Emgepron reiterou que o déficit não corresponde a prejuízo contábil e, em grande parte, representa gastos com a construção de navios para a Marinha. A Emgepron afirma que a capitalização da empresa para a condução de uma política pública de defesa, aprovada pelo Tribunal de Contas da União, explica o déficit.

Os Correios afirmaram que o déficit foi herdado do governo anterior, mas que investiram cerca de R$ 2 bilhões próprios para reconstruir a empresa, adotaram medidas para reduzir despesas e aumentar receitas, e não vão precisar de aporte do governo.

A EMGEA declarou que é superavitária e tem disponibilidade para quitar todas as suas despesas.

A Infraero declarou que não vai precisar de recursos do governo para cobrir o déficit e que ele é decorrente do uso de recursos próprios, disponíveis em caixa, para a transferência dos aeroportos da sétima rodada de concessões.

A Dataprev declarou que não apresenta prejuízo, que continua tendo resultados positivos significativos e que mantém níveis altos de liquidez.

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