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terça-feira, 25 de junho de 2024

Dólar volta a subir e fecha a R$ 5,45 após a ata do Copom e dados econômicos dos EUA; Ibovespa cai

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A moeda norte-americana teve alta de 1,16%, cotada em R$ 5,4534. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou em queda de 0,25%, aos 122.331 pontos.
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Por g1

Postado em 25 de junho de 2024 às 12h35m

#.*Post. - N.\ 11.244*.#

Dólar — Foto: Karolina Grabowska/Pexels
Dólar — Foto: Karolina Grabowska/Pexels

O dólar fechou em alta nesta terça-feira (25), voltando ao patamar dos R$ 5,45. Investidores repercutiram os sinais da condução da taxa básica de juros brasileira, a Selic, presentes na ata da última reunião do Copom divulgada hoje.

A ata da reunião mostra que o grupo avaliou que "eventuais ajustes futuros" na taxa de juros, com possíveis aumentos na Selic, "serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta".

Para analistas, o texto confirma que os juros brasileiros ficarão mais altos por mais tempo, em meio ao cenário de dificuldade de trazer a inflação de volta para a casa dos 3%, além de BC não fechar a porta para aumentos. (entenda mais abaixo)

Além disso, o mercado espera novos dados de inflação aqui e no exterior para entender o futuro dos juros na economia global. A declaração de uma diretora do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) também reiterou que os juros americanos devem permanecer altos por mais tempo.

O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, encerrou em queda.

Veja abaixo o resumo dos mercados.

Dólar

Ao final da sessão, o dólar avançou 1,16%, cotado a R$ 5,4534. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,4564. Veja mais cotações.

Com o resultado de hoje, acumulou ganhos de:

  • 0,23% na semana;
  • 3,89% no mês; e
  • 12,38% no ano.

No dia anterior, a moeda norte-americana estava cotada a R$ 5,3909.

Ibovespa

Já o Ibovespa encerrou em queda de 0,25%, aos 122.331 pontos.

Com o resultado de hoje, acumulou:

  • alta de 0,82% na semana;
  • ganhos de 0,19% no mês; e
  • perdas de 8,83% no ano.

Na véspera, o índice fechou com alta, aos 122.636 pontos.

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair

O que está mexendo com os mercados?

O destaque na agenda nacional nesta terça-feira (25) ficou com a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Após sete reduções seguidas na taxa Selic o colegiado decidiu fazer uma pausa no ciclo de cortes e manter os juros em 10,50% ao ano.

A decisão veio em linha com as atuais expectativas do mercado, mas ainda representa uma previsão maior de juros para 2024 em relação ao observado no começo do ano, além de indicativos de que os riscos que o BC leva em conta para mexer na Selic estão mais preocupantes.

O comitê informou, no documento, que o controle das estimativas de inflação, que estão em alta, requer uma "atuação firme" da autoridade monetária, e acrescentou que se manterá "vigilante".

Além disso, avaliou que "eventuais ajustes futuros" na taxa de juros, com possíveis aumentos na Selic, "serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta".

A instituição disse que seu papel na fixação da taxa de juros é técnico, e que busca conter a inflação e colocá-la dentro da meta de 3% para 2024, podendo variar entre 1,5% e 4,5%.

Até maio deste ano, a inflação acumulada em 12 meses era de 3,93%, enquanto o acumulado em 2024, até aqui, era de 2,27%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas as expectativas do mercado vêm piorando, o que acende um alerta dentro do BC.

"O cenário das contas públicas ainda é um grande problema, e estamos entrando em período eleitoral e de possível aumento de gastos. Essa é uma preocupação do Copom e do mercado financeiro", diz Helena Veronese, economista-chefe da B. Side Investimentos.

"Além disso, o BC trouxe projeções de inflação mais altas, que podem em breve ultrapassar o teto da meta. Isso piora a percepção de risco da economia e impacta o câmbio", explica.

Apesar de os números ainda mostrarem uma inflação dentro da meta, o IPCA vem acelerando nos últimos meses e, em maio, subiu acima das expectativas do mercado: alta de 0,46%, contra projeções de 0,42%.

A alta foi puxada, sobretudo, pelos aumentos expressivos nos preços dos alimentos. A alta do dólar também gera preocupação, tendo em vista que boa parte dos produtos consumidos no Brasil são importados e, com a moeda americana mais cara, os preços também tendem a subir.

"Ficou nítida a preocupação do comitê em criar uma mensagem dura o suficiente com vistas a pelo menos iniciar o processo de recuperação de sua credibilidade e, consequentemente, estabilizar as expectativas no médio e longo prazo", destaca Matheus Pizzani, economista da CM Capital.

Para Leonado Costa, economista do ASA, a ata indica um "aumento da incerteza do cenário, com piora no ambiente externo e na ancoragem das expectativas" de inflação, que agora estão em níveis mais distantes da meta de 3%.

Além disso, diz o economista, confirma a interrupção do ciclo de quedas e manutenção de uma taxa Selic mais alta, em um patamar contracionista para a economia, até que se consolide o processo de desinflação após esse repique.

Também nesta terça-feira, a diretora do Federal Reserve Michelle Bowman reiterou sua opinião de que manter a taxa de juros dos Estados Unidos estável "por algum tempo" provavelmente será suficiente para deixar a inflação sob controle.

Juros mais altos nos Estados Unidos tornam os emergentes menos atrativos, o que inclui o Brasil. Assim, os investidores levam investimentos para economias desenvolvidas e o real tende a se desvalorizar ainda mais.

"A inflação nos EUA continua elevada, e ainda vejo vários riscos de aumento da inflação que afetam minha perspectiva", disse Bowman em comentários preparados para uma apresentação em Londres.

Bowman disse ainda que conflitos regionais podem pressionar para cima os preços da energia e dos alimentos, e condições financeiras mais frouxas ou estímulos fiscais também podem estimular a inflação.

"Se os dados que estão chegando indicarem que a inflação está se movendo de forma sustentável em direção à nossa meta de 2%, será apropriado em algum momento reduzir gradualmente a taxa de juros para evitar que a política monetária se torne excessivamente restritiva", disse ela.

Entretanto, Bowman destacou que a economia "ainda" não chegou a esse ponto, acrescentando que "permanecerá cautelosa" em sua abordagem da política monetária e previu que os bancos centrais de outros países poderão afrouxar mais cedo ou mais rapidamente do que o Fed.

Entre os dados econômicos, a confiança do consumidor dos Estados Unidos diminuiu ligeiramente em junho em meio a preocupações com as perspectivas econômicas, mas menos do que o mercado esperava para indicar um controle da inflação por lá.

O Conference Board disse que seu índice de confiança do consumidor diminuiu para 100,4 este mês, de 101,3 em maio em dado revisado. Economistas consultados pela Reuters previam que o índice cairia para 100,0 em relação aos 102,0 em maio relatados anteriormente.

Amanhã, o mercado nacional analisará na quarta-feira novos dados do IPCA-15 para junho, com expectativa de analistas consultados pela Reuters de alta de 0,45% na base mensal, ante 0,44% no mês anterior.

No cenário externo, os investidores estarão atentos à divulgação na sexta-feira de números do índice PCE de maio, o indicador de inflação preferido do Federal Reserve. Analistas projetam estabilidade, ante alta de 0,3% em abril.

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Sonda retorna para a Terra, e China se torna o primeiro país a ter amostras do lado oculto da Lua

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Missão inédita durou 53 dias e usou módulo com braço robótico e perfurador. Pouso foi feito nesta terça-feira (25), no norte da China.
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Por g1

Postado em 25 de junho de 2024 às 06h40m

#.*Post. - N.\ 11.243*.#


Sonda chinesa retorna para a Terra com amostras do lado oculto da Lua

A sonda chinesa Chang'e-6 pousou com sucesso na Terra trazendo amostras da Lua, nesta terça-feira (25), de acordo com a imprensa estatal. Com isso, a China se tornou o primeiro país a conseguir coletar amostras do lado oculto lunar e trazê-las para a Terra.

🌏 A Chang'e-6 fez um pouso na região norte da China por volta das 14h06, pelo horário local (3h06, em Brasília). Entre a viagem de ida para a Lua e de volta para a Terra, a missão durou 53 dias.

🌑 A sonda pousou no lado oculto do satélite terrestre no dia 2 de junho. A alunissagem aconteceu na bacia de Aitken, uma das maiores crateras de impacto conhecidas no sistema solar.

Com a ajuda de um braço robótico e de um perfurador, a sonda coletou amostras da Lua e deixou o satélite natural dois dias após o pouso.

Cientistas acreditam que a parte oculta da Lua, que nunca é visível da Terra, possui um grande potencial de pesquisa. Isso porque, diferentemente do lado que conseguimos ver, as crateras do lado oculto não estão cobertas por antigos fluxos de lava.

Além disso, o material coletado pela sonda chinesa poderá fornecer pistas de como a Lua se formou.

Chang'e-6 na Lua em foto divulgada pela imprensa chinesa, em junho de 2024 — Foto: CNSA via Xinhua/AP
Chang'e-6 na Lua em foto divulgada pela imprensa chinesa, em junho de 2024 — Foto: CNSA via Xinhua/AP

Ambição espacial

Sonda chinesa coleta amostras do lado oculto da Lua
Sonda chinesa coleta amostras do lado oculto da Lua

🚀 A China já havia colocado em 2019 uma nave espacial na face oculta da Lua, mas não recolheu nenhuma amostra.

Sob o comando do presidente Xi Jinping, o país tem dedicado um esforço considerável para realizar o "sonho espacial".

Na última década, o governo chinês fez grandes investimentos no programa espacial. O objetivo é desenvolver tecnologia suficiente para se aproximar de Estados Unidos e Rússia.

👩‍🚀 Até 2030, a China planeja enviar uma missão tripulada à Lua, além de construir uma base superficial no satélite natural.

Enquanto isso, os Estados Unidos acreditam que o programa espacial chinês esteja sendo utilizado para ocultar objetivos militares.

Os Estados Unidos também se preparam para enviar astronautas para Lua em uma missão que deve acontecer em 2026.

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sexta-feira, 21 de junho de 2024

Naufrágio de 3.300 anos “muda a compreensão” da navegação no mundo antigo

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Estimativa é que a embarcação seja do século 13 ou 14 antes de Cristo
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Catherine Nichollsda CNN
21/06/2024 às 17:27
Postado em 21 de junho de 2024 às 17h45m

#.*Post. - N.\ 11.242*.#

Especialistas analisam jarros retirados de um dos naufrágios mais antigos do Mar Mediterrâneo
Especialistas analisam jarros retirados de um dos naufrágios mais antigos do Mar Mediterrâneo Emil Eljam/Israel Antiquities Authority via CNN Newsource

Estima-se que a embarcação seja do século 13 ou 14 A.C., pontuou a autoridade em comunicado. Ela foi descoberta a 90 quilômetros da costa, a 1,8 quilômetros de profundidade.

Além disso, centenas de jarros intactos foram encontrados a bordo.

Os restos do navio foram achados durante uma pesquisa ambiental do fundo do mar pela Energean, uma empresa londrina de produção de gás natural, segundo Karnit Bahartan, chefe da equipe ambiental da companhia.

Durante a pesquisa, eles identificaram algo incomum, que parecia ser um grande aglomerado de urnas, relatou Bahartan. Ao final, isso era uma descoberta sensacional, mais do que qualquer um de nós poderia ter imaginado, ela acrescentou.

A Energean então conduziu uma operação para retirar os jarros dos destroços. Eles serão exibidos no recém-construído Campus Nacional Jay e Jeanie Schottenstein para a Arqueologia de Israel, em Jerusalém.


Empresa retira objetos de naufrágio no Mar Mediterrâneo / Emil Eljam/Israel Antiquities Authority via CNN Newsource

Yaakov Sharvit, diretor da Unidade de Arqueologia Marítima da autoridade de antiguidades, destacou que o barco pode ter naufragado por uma tempestade ou por um encontro com piratas.

Este é o primeiro e mais antigo naufrágio descoberto até agora nas profundezas do mar no Mediterrâneo oriental, pontuou.

Sharvit afirmou que os jarros encontrados a bordo eram comerciais e que provavelmente continham óleo, vinho ou outros produtos agrícolas, como frutas.

Robô traz à superfície jarros de naufrágio no Mar Mediterrâneo.
Robô traz à superfície jarros de naufrágio no Mar Mediterrâneo. / Energean via CNN Newsource

Até a descoberta deste naufrágio, entendia-se que as viagens comerciais eram feitas de porto a porto, sendo possível enxergar a costa a partir da embarcação, e não através de extensões marítimas abertas.

O navio que acaba de ser descoberto muda a compreensão da navegação no mundo antigo”, avaliou Sharvit.

A descoberta mostra as impressionantes capacidades de navegação dos [povos] antigos, que tornaram possível cruzar o Mar Mediterrâneo sem qualquer contato visual com a costa – já que desta distância [que o barco foi encontrado] só se pode ver a linha do horizonte, adicionou.

Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

inglês   versão original

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quinta-feira, 20 de junho de 2024

Pantanal: incêndio de 2024 supera o registrado no mesmo período de 2020, ano recorde de queimadas

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Área quase quatro vezes maior que o território da cidade de São Paulo já queimou no bioma neste ano. Focos de incêndios cresceram 8% se comparados os seis primeiros meses de 2024 e de 2020.
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Por José Câmara, g1 MS

Postado em 20 de junho de 2024 às 16h10m

#.*Post. - N.\ 11.241*.#


Biólogo registra jacaré carbonizado que não conseguiu fugir do fogo

O número de focos de incêndios no Pantanal neste ano já supera o registrado no mesmo período de 2020, ano recorde de queimadas em todo o bioma. As queimadas nos seis primeiros meses de 2024 já são 8% maiores em comparação com 2020. Há meses, especialistas alertaram para uma temporada de fogo devastadora.

A comparação é feita entre os dias 1º de janeiro e 19 de junho de 2020 e de 2024, conforme os dados disponibilizados pelo Programa de BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Focos de incêndio no Pantanal: 2020 x 2024
Comparação entre os dias 1º de janeiro e 19 de junho

Fonte: BDQueimadas/Inpe

No ano de 2020, até então o pior ano para o Pantanal, de acordo com especialistas, cerca de 26% do bioma foi consumido pelo fogo durante vários meses. Naquele ano, pesquisadores identificaram que os incêndios no bioma afetaram pelo menos 65 milhões de animais vertebrados nativos e 4 bilhões de invertebrados. O levantamento foi feito com base nas densidades de espécies conhecidas.

No ano catastrófico, pesquisadores identificaram que os incêndios no bioma afetaram pelo menos 65 milhões de animais vertebrados nativos e 4 bilhões de invertebrados. O levantamento foi feito com base nas densidades de espécies conhecidas.

Registros de 2020: fauna e flora do Pantanal são afetadas com as queimadas. — Foto: Reprodução
Registros de 2020: fauna e flora do Pantanal são afetadas com as queimadas. — Foto: Reprodução

As cicatrizes do fogo aparecem mais uma vez de forma mais intensa em 2024. Jacarés foram encontrados carbonizados e a vegetação outrora verde se tornou cinza, em Corumbá - capital do Pantanal. A fauna e a flora pantaneira correm risco mais uma vez, alertam os pesquisadores e ambientalistas.

O biólogo e diretor de comunicação da ONG SOS Pantanal, Gustavo Figueirôa, registrou de perto as marcas que o fogo tem deixado na temporada das chamas deste ano. O especialista conseguiu registrar um jacaré que não conseguiu fugir do fogo a tempo. O que restou foi a carcaça carbonizada do animal sobre a grama acinzentada.

Jacaré não conseguiu fugir do fogo. — Foto: Gustavo Figueirôa/Arquivo Pessoal
Jacaré não conseguiu fugir do fogo. — Foto: Gustavo Figueirôa/Arquivo Pessoal

Incêndios de 2020 x 2024

Imagens retratam animais do Pantanal durante as queimadas que devastaram a região — Foto: Deny Kobayashi
Imagens retratam animais do Pantanal durante as queimadas que devastaram a região — Foto: Deny Kobayashi

Em 2020, as queimadas atingiram 4,5 milhões de hectares, em 21 municípios que compõem o Pantanal, conforme relatório técnico elaborado pelos setores de geoprocessamento dos Ministérios Públicos de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul.

Segundo monitoramento feito pelo Inpe, 2020 foi o que teve mais registros de fogo no Pantanal desde o fim da década de 1990.

Neste ano, o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ) já registrou mais de 517 mil hectares consumidos pelo fogo em todo Pantanal. A área queimada é quase quatro vezes o tamanho do território da cidade de São Paulo. O bioma tem 16 milhões de hectares.

Sem nem acabar o mês de junho, o Pantanal já registra o maior número de focos de incêndios para um mês de junho de toda a série histórica do Inpe, iniciada em 1998. Nos 19 primeiros dias deste mês, 2571 focos de incêndios foram registrados em todo o bioma, que no Brasil fica em Mato Grosso do Sul e em Mato Grosso.

A extensão destruída entre janeiro e maio superou em 39% o registrado no mesmo período de 2020, o pior ano da série histórica até então.

Explosão nas queimadas

Incêndios no Pantanal intensificam queimadas no Brasil
Entre os biomas brasileiros, o Pantanal teve maior crescimento percentual.


Fonte: BDQueimadas-Inpe

O Brasil lidera o número de focos de incêndio entre os países da América do Sul, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A explosão dos incêndios no Pantanal levou à liderança do país no ranking de queimadas, neste mês de junho.

Do dia 1º a 19 de junho deste ano, os focos de incêndio cresceram 2951% no Pantanal, se comparados com o mesmo período de 2023. Entre os biomas brasileiros, o Pantanal é o que teve maior crescimento percentual de queimadas em junho deste ano. Veja o gráfico acima.

Em segundo lugar no crescimento do número de focos de queimadas, a Amazônia aparece com 93% de incremento no quantitativo de queimadas. Os outros biomas apresentaram os seguintes percentuais:

  • Pantanal: 2951%;
  • Pampa: - 45%;
  • Mata Atlântica: 93%;
  • Cerrado: 23%;
  • Caatinga: 38%;
  • Amazônia: 11%.
Temporada do fogo antecipada
Bombeiros combatem incêndios no Pantanal de Mato Grosso do Sul, em Corumbá, no dia 7 de junho de 2024. — Foto: CBMMS/Reprodução
Bombeiros combatem incêndios no Pantanal de Mato Grosso do Sul, em Corumbá, no dia 7 de junho de 2024. — Foto: CBMMS/Reprodução

Neste ano, a temporada das chamas, que começaria em julho, chegou mais cedo e com força. Em Mato Grosso do Sul e em Mato Grosso, os focos de incêndio nos seis primeiros meses de 2024 aumentaram 1127% se comparado ao mesmo período de 2023.

Para especialistas, a escalada do fogo em 2024 caminha para um cenário semelhante ao de 2020, até então o pior ano para o Pantanal desde o fim da década de 1990. Um estudo realizado por 30 pesquisadores de órgãos públicos, universidades e ONGs estimou que, naquele ano, ao menos, 17 milhões de animais vertebrados morreram em consequência direta das queimadas no Pantanal.

O representante da ONG SOS Pantanal, o biólogo Gustavo Figueirôa, vê com muita preocupação o aumento das chamas e o início de um período mais seco no bioma.

"Vemos estes incêndios se alastrando de forma muito rápida, ganhando uma força grande e a tendência é só piorar daqui para frente. Acho que esse é o sinal para que os órgãos públicos ajam em conjunto, cooperem para atuar quanto antes, não esperar a situação sair completamente fora de controle para tentarem atacar só na remediação", pontua Figueirôa. 
Corumbá

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