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sábado, 15 de junho de 2024

Cybertruck: veja comparação entre picape elétrica de Elon Musk e veículos à venda no Brasil

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Modelo da Tesla é mais potente, mas seu comprimento é menor que o da picape da Ford.
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Por g1

Postado em 15 de junho de 2024 às 08h00m

#.*Post. - N.\ 11.237*.#


Como é a Cybertruck, picape 'inquebrável' da Tesla

Nas últimas semanas, bombou nas redes sociais o vídeo do influenciador Danielzinho Grau, funkeiro que comprou um Tesla Cybertruck e rodou com o carro "indestrutível" de Elon Musk pela periferia de Cotia, no Morro do Macaco, na Grande São Paulo. O conteúdo teve mais de 19,3 milhões de visualizações nas redes sociais.

Com preço de aproximadamente R$ 300 mil na versão mais barata a partir da conversão direta, esse modelo poderia brigar com picapes médias como Toyota Hilux e Chevrolet S10.

Nesta reportagem, você vai entender a diferença entre essas picapes e como funciona a Tesla Cybertruck.

Preço

Segundo o site da Tesla, existem três versões da Cybertruck disponíveis no mercado norte-americano desde dezembro de 2023:

  • Rear-Wheel Drive (com tração apenas nas rodas traseiras) por US$ 60,990 (aproximadamente R$ 327 mil);
  • All-Whell Drive (tração integral) por US$ 79,990 (R$ 430 mil);
  • e CyberBeast por US$ 99.990 (R$ 540 mil) sem taxas e impostos.

De acordo com apuração do g1, o valor da versão de entrada pode chegar a R$ 2 milhões ao incluir todos os encargos e custos de importação.

A Tesla, empresa de carros elétricos do bilionário Elon Musk, entregou a primeira picape elétrica no dia 30 de novembro de 2023 para os primeiros compradores nos Estados Unidos, mas foi somente no último dia 21 de maio que a primeira Cybertruck chegou em solo brasileiro. O modelo tinha sido anunciado em 2019 para o mercado americano.

Onde se encaixa a Cybertruck?

Em termos de preço, ela é uma picape única e com importação independente, não tendo representação da Tesla no Brasil. Ou seja, é um veículo sem concorrentes por aqui.

Contudo, colocando a Cybertruck no mercado brasileiro, é possível estabelecer algumas comparações e tomaremos como base a Fiat Toro, Toyota Hilux e a Ford F-150.

Tesla Cybertruck — Foto: Divulgação/Tesla
Tesla Cybertruck — Foto: Divulgação/Tesla

De acordo com a tabela abaixo, a Cybertruck seria a mais potente dentre todas as picapes vendidas no Brasil atualmente, com um motor de 857 cavalos (cv)entre os veículos da mesma categoria vendidos por aqui, a Ford F-150 é a mais pontente, com 405 cv.

Mas o tamanho dela não é tão assustador quanto as imagens deixam transparecer. A picape da Tesla é 73 cm mais comprida que a Fiat Toro e 36 cm maior que a Toyota Hilux, mas perde para Ford F-150, que tem 20 cm a mais que ela no comprimento.

A caçamba também não é um quesito que torna a Cybertruck um sonho de consumo para quem gosta de carregar bastante bagagem. Enquanto o modelo da Tesla oferece 1900 litros, a Ford F-150 é a que chega mais perto com um espaço de 1.370 litros dedicado às malas.

Porém, o que pode incomodar consumidores aventureiros é a autonomia. Enquanto a picape da Tesla tem apenas 545 km de autonomia na versão intermediária, a F-150 ultrapassa os mil km.

Confira a tabela abaixo as principais diferenças e semelhanças entre a picape elétrica e as tradicionais do nosso mercado:

Mais polêmicas a caminho?

Também nas redes sociais, perfis estão compartilhando um vídeo que mostra uma Cybertruck totalmente polido. O carro, que é feito de aço inoxidável (entenda mais abaixo), parece um espelho. "E não é envelopamento", afirma um dos posts compartilhados. Veja abaixo:




































Segundo a agência France Presse, um artigo da revista The American Prospect aponta que o material usado no veículo pode oxidar e, devido à sua rigidez, pode ser fatal em acidentes automobilísticos.

Segundo a Tesla, a Cybertruck é à prova de balas. A montadora diz que o que garante a resistência do carro é o seu acabamento em um aço inoxidável ultra-duro que ajuda a reduzir marcas de desgaste e corrosão.

A empresa de Musk diz que o vidro do carro suporta o impacto de uma bola de beisebol arremessada a uma velocidade de 112 km/h. Ao entregar as primeiras unidades, a montadora fez um teste e lançou uma bola sem tanta rapidez.

A demonstração foi menos arriscada do que a de 2019, quando o modelo foi apresentado. Na ocasião, o designer-chefe da empresa, Franz von Holzhausen, jogou uma pequena bola de ferro contra o veículo, que acabou ficando com a janela trincada.

"Jogamos chaves inglesas, jogamos todo tipo de coisa, jogamos uma máquina de lavar e não quebrou. Por algum motivo, um pouco estranho, quebrou esta noite, não sei por quê", disse Musk, na ocasião, de acordo com a agência France Presse.

Na última quinta-feira, o bilionário disse acreditar que a Cybertruck é o melhor produto já feito pela Tesla. "É muito raro que apareça um produto que seja aparentemente impossível", afirmou. "Será algo único nas estradas. Finalmente, o futuro parecerá com o futuro".

A versão All-Wheel Drive (tração nas quatro rodas) roda até 545 km com apenas uma carga, segundo a fabricante. A empresa vende uma bateria extra para aumentar o alcance e afirma que é possível recuperar quase metade da carga em 15 minutos de carregamento rápido.

Analistas classificaram a Cybertruck como um projeto de alto risco em relação a outros veículos da Tesla. "Vai atrair uma clientela mais rica, que pode pagar o preço e quer algo que seja único e peculiar", disse, à Reuters, Jessica Caldwell, chefe de insights da empresa de pesquisa automotiva Edmunds.

"Não é um grande segmento da população que pode pagar por isso, especialmente com as atuais taxas de juros", afirmou.

A Cybertruck deve competir com picapes elétricas, como:

  • a Ford F-150 Lightning, que custa a partir de US$ 50 mil (R$ 268,2 mil);
  • a Rivian R1T, a partir de US$ 73 mil (R$ 391,5 mil);
  • e Hummer EV, a partir de US$ 96 mil (R$ 514,9 mil).

Tesla Cybertruck — Foto: Divulgação/Tesla

Conheça mais detalhes da Cybertruck

A picape da Tesla tem ainda uma central multimídia com duas telas: uma de 18,5 polegadas para a região frontal, e outra de 9,4 polegadas para os bancos traseiros. O modelo tem 15 alto-falantes que, segundo a fabricante, oferecem qualidade de estúdio.

Com espaço para cinco pessoas, o carro também conta com um amplo teto de vidro.

As primeiras unidades foram entregues na quinta-feira, mas outros clientes devem começar a receber os carros apenas em 2024. Os primeiros da fila são os que pagaram US$ 100 (cerca de R$ 500) para reservar seu lugar e aceitaram pagar o valor total do veículo.

Musk, cofundador e diretor-executivo da Tesla, disse que a produção do veículo vai acelerar até 2025, quando a empresa pretende passar a fabricar 250 mil unidades por ano.

A Tesla diz que 1 milhão de pessoas já reservaram unidades da Cybertruck, o que faria as entregas do carro demorarem até quatro anos.

Veja abaixo as diferenças entre as versões da Cybertruck:


Veja fotos da Cybertruck

Cybertruck em loja da Tesla na Califórnia, em foto de 20 de novembro de 2023 — Foto: Reuters/Mike Blake
Cybertruck em loja da Tesla na Califórnia, em foto de 20 de novembro de 2023 — Foto: Reuters/Mike Blake


Cybertruck em loja da Tesla na Califórnia, em foto de 20 de novembro de 2023 — Foto: Reuters/Mike Blake
Cybertruck em loja da Tesla na Califórnia, em foto de 20 de novembro de 2023 — Foto: Reuters/Mike Blake


Tesla Cybertruck — Foto: Divulgação/Tesla
Tesla Cybertruck — Foto: Divulgação/Tesla


Tesla Cybertruck — Foto: Divulgação/Tesla
Tesla Cybertruck — Foto: Divulgação/Tesla


Tesla Cybertruck — Foto: Divulgação/Tesla
Tesla Cybertruck — Foto: Divulgação/Tesla


Tesla Cybertruck — Foto: Divulgação/Tesla
Tesla Cybertruck — Foto: Divulgação/Tesla


Tesla Cybertruck — Foto: Divulgação/Tesla
Tesla Cybertruck — Foto: Divulgação/Tesla


Tesla Cybertruck — Foto: Divulgação/Tesla
Tesla Cybertruck — Foto: Divulgação/Tesla

* Com reportagem de Paola Patriarca

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sexta-feira, 14 de junho de 2024

Laboratório de R$ 1 bilhão dará 'autonomia tecnológica' para país combater futuras pandemias, diz ministra

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Batizado de Orion, laboratório de biossegurança máxima (NB4) será único no mundo, uma vez que será integrado ao Sirius, acelerador de partículas no CNPEM, em Campinas (SP).
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Por Fernando Evans, g1 Campinas e Região

Postado em 14 de junho de 2024 às 14h55m

#.*Post. - N.\ 11.236*.#


Ministra de Ciência e Tecnologia visita CNPEM em Campinas

A ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos, afirmou nesta sexta-feira (14) que o Orion, laboratório de biossegurança máxima (NB4) de R$ 1 bilhão que está sendo construído no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP), dará mais autonomia tecnológica para que o país combata futuras pandemias.

"Isso vai dar uma resposta ao próprio complexo industrial de saúde e salvar vidas, na medida em que a gente vai ter a capacidade de ter mais autonomia tecnológica e ajudar a prevenir os impactos que podem advir dessas mudanças que estão aí, demonstrando que elas podem acontecer e que a gente tem que garantir que a ciência responda".

Luciana Santos esteve no CNPEM, no início da tarde desta sexta, para visitar as obras do Orion. A ministra falou brevemente com jornalistas e participou de um tour pelo complexo.

Depois do almoço, Luciana Santos participou da posse de Juliana Daguano na diretoria do Centro de Tecnologia da Informação (CTI) Renato Archer. Juliana é a primeira diretora da história do CTI.

No CTI, a ministra visitou as obras do novo parque tecnológico, previsto para ser inaugurado em setembro de 2024, e o Laboratório de Qualificação de Produtos Eletrônicos, onde ocorre o aprimoramento do hardware de equipamentos diversos, entre eles, a urna eletrônica.

A minsitra também visitou outras instalações do CTI, e teve contato com tecnologias em desenvolvimento nas áreas de impressão 3D e robótica, entre outros.

"O CTI Renato Archer é uma das nossas vinculadas mais tecnológicas. Daqui saem métodos e processos que têm possibilidade de atender demandas variadas no cenário socioeconômico, em temas como indústria 4.0, saúde avançada, tecnologias habilitadoras, está completamente alinhado àquilo que estamos pautando como prioridade", destacou a ministra.

Segundo Juliana Daguano, o avanço em Tecnologia da Informação (TI) norteia o CTI, que atualmente tem duas grandes áreas estratégicas em desenvolvimento.

"Uma de semicondutores e processos para desenvolvimento de semicondutores, e outra para aplicação de TI, como robótica e inteligência artificial", explica.

A ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, visita laboratórios do CTI Renato Archer, em Campinas (SP), na companhia da diretora Juliana Daguano — Foto: Fernando Evans/g1
A ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, visita laboratórios do CTI Renato Archer, em Campinas (SP), na companhia da diretora Juliana Daguano — Foto: Fernando Evans/g1

Como será o Orion?

A estrutura permitirá o enfrentamento de futuras pandemias, com estudos de patógenos capazes de causar doenças graves, e terá uma característica única no mundo: é a primeira vez que um NB4 estará conectado a uma fonte de luz síncrotron, o Sirius. Conheça, abaixo, detalhes do projeto.

🧪 O complexo laboratorial de máxima contenção biológica representa um avanço para o Brasil, que permitirá pesquisas com patógenos capazes de causar doenças graves e com alto grau de transmissibilidade (das chamadas classes 3 e 4) - estrutura essa que não existe até hoje em toda a América Latina.

💉Possuir um laboratório de biossegurança máxima (NB4) oferece condições ao país de monitorar, isolar e pesquisar os agentes biológicos para desenvolver métodos de diagnóstico, vacinas e tratamentos.

🧫No caso do Brasil, mais do que armazenar e manipular essas amostras biológicas, o laboratório de biossegurança máxima terá acesso exclusivo a três linhas de luz (estações de pesquisa) do Sirius, o que não existe em nenhum outro lugar do mundo.

🌟 É por conta dessa conexão com o Sirius que vem o nome do projeto, Orion, em homenagem à constelação que possui três estrelas apontadas para a estrela que batizou o acelerador de partículas brasileiro.

👩‍🔬 O projeto prevê a capacitação de cientistas brasileiros para lidar com agentes infecciosos desses tipos. Essa formação já integra o custo previsto de R$ 1 bilhão.

🏗 O complexo laboratorial terá cerca de 20 mil metros quadrados, e sua construção está prevista para ficar pronta até 2026. Após essa etapa, o Orion passará pelo chamado comissionamento técnico e científico, e também por certificações internacionais de segurança, para que possa entrar em operação regular.

O Orion será único no mundo, uma vez que o complexo laboratorial de máxima contenção biológica estará conectado ao Sirius, fonte de luz síncrotron de 4ª geração — Foto: CNPEM/Divulgação
O Orion será único no mundo, uma vez que o complexo laboratorial de máxima contenção biológica estará conectado ao Sirius, fonte de luz síncrotron de 4ª geração — Foto: CNPEM/Divulgação

Vírus circulantes na mira

De acordo com o CNPEM, existem cerca de 60 laboratórios de máxima contenção no mundo, com estrutura e certificados para manipular amostras biológicas classificados como "classe 4" - nenhum deles na América do Sul, Central ou Caribe.

🥼 E o que isso permite? Para se ter uma ideia, o primeiro e único vírus desta categoria já identificado no Brasil, o Sabiá (SABV), que causa a febre hemorrágica brasileira, doença diagnosticada em humanos pela primeira vez na década de 1990, tem amostras isoladas armazenadas no exterior.

Pesquisas mais aprofundadas sobre a doença não são realizadas hoje em solo brasileiro por falta de infraestrutura adequada. Segundo Antônio José Roque da Silva, diretor-geral do CNPEM, a doença teve recentes notificações.

😷 Veja exemplos de outros vírus que poderão ser manipulados no Orion e que são circulantes na América Latina:

  • Junín: causador da febre hemorrágica argentina
  • Guanarito: causador da febre hemorrágica venezuelana
  • Machupo: causador da febre hemorrágica boliviana

No mundo, estruturas como essa são as responsáveis por análises e estudos de vírus como o Ebola, por exemplo, que são mais perigosos que o Sars-Cov-2, causador da Covid-19.

E a própria Covid-19 serve de alerta sobre a necessidade de monitoramento de agentes conhecidos, em constante mutação, e novas ameaças - crescimento populacional e desmatamento, por exemplo, são apontados como fatores de desequilíbrio em áreas que podem ser reservatórios naturais de doenças ainda desconhecidas.

A pandemia recolocou no centro do debate a importância do domínio nacional de uma base produtiva em saúde, bem como o papel do Estado na coordenação de agentes e investimentos no enfrentamento da crise sanitária. Nesse contexto, a implantação do laboratório de biossegurança nível 4 é estratégica para o país. E a conexão entre o NB4 e a fonte de luz síncrotron abrirá grandes oportunidades de pesquisa e desenvolvimento na área de patógenos, posicionando o Brasil como liderança global, afirmou a ministra Luciana Santos.

Por que o Orion será único no mundo?

De acordo com Antonio José Roque da Silva, diretor-geral do CNPEM, além de instalações laboratoriais em NB3 e NB4 e das estações de pesquisa com técnicas de luz síncrotron, junto ao Sirius, o projeto deve ainda reunir laboratórios de pesquisa básica, técnicas analíticas e competências avançadas para imagens biológicas, como microscopias eletrônicas e criomicroscopia.

"Todas essas competências científicas reunidas em um único complexo é algo que o diferencia de toda infraestrutura disponível no Brasil e no mundo", destaca.

Antônio José Roque da Silva, diretor-geral do CNPEM — Foto: Fernando Evans/G1
Antônio José Roque da Silva, diretor-geral do CNPEM — Foto: Fernando Evans/G1

📝Um dos pontos-chave do projeto está na capacitação de pessoal, que contará com parcerias com instituições internacionais de referência e treinamentos no exterior. O programa prevê atividades práticas em ambiente-modelo (Laboratório Mockup), no próprio CNPEM.

Segundo Silva, as equipes enfrentrão condições simuladas, sem a manipulação de materiais infecciosos ou risco de contágio, sob supervisão de profissionais capacitados.

"Paralelamente às obras e aos desenvolvimentos tecnológicos do Projeto Orion, o CNPEM irá conduzir um programa nacional de treinamento e capacitação em infraestruturas de alta e máxima contenção biológica, voltado à formação de recursos humanos em competências ainda pouco desenvolvidas no Brasil e nos demais países da América Latina", detalha o diretor.

Sirius, laboratório de luz síncrotron de 4ª geração, reforça a ciência no enfrentamento do novo coronavírus — Foto: Nelson Kon
Sirius, laboratório de luz síncrotron de 4ª geração, reforça a ciência no enfrentamento do novo coronavírus — Foto: Nelson Kon

Sirius, fase 2

Considerado o principal projeto científico brasileiro, o Sirius é um laboratório de luz síncrotron de 4ª geração, que atua como uma espécie de "raio X superpotente" que analisa diversos tipos de materiais em escalas de átomos e moléculas.

Ele foi projetado para abrigar até 38 linhas de luz (estações de pesquisa), sendo 14 delas previstas na primeira fase. Com o novo PAC, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) vai destinar mais R$ 800 milhões para avançar no projeto, com a construção de mais 10 novas linhas.

Junto as novas estações previstas, outras três serão construídas e conectadas ao complexo Orion (dentro do orçamento do laboratório). As linhas no Sirius são batizadas com nomes inspirados na fauna e flora brasileira, e essas serão a Hibisco, Timbó e Sibipiruna.

As três linhas, segundo o diretor do CNPEM, devem ser entregues justamente com toda a estrutura voltada para pesquisa básica, técnicas analíticas e competências de bioimagens previstas para o Orion.

"Essas estações de pesquisa permitirão extrair informações estruturais quantitativas a respeito dos sistemas infectados com patógenos de classe 3 e 4, desde o nível subcelular até o nível de organismo. Com isso, geraremos imagens 3D que permitirão, por exemplo, o estudo celular em escala nanométrica, passando pela dinâmica de inflamação nos tecidos e danos aos órgãos, até o acompanhamento do processo de infecção no organismo. Juntamente com as outras técnicas avançadas que serão integradas no Orion, teremos condições para que patógenos, células, tecidos e organismos sejam pesquisados de forma segura, o que tornará possível a compreensão dos fenômenos biológicos relacionados ao desenvolvimento das doenças e guiará o desenvolvimento de futuros métodos de diagnóstico, vacinas e tratamentos", detalha Silva.

Como funciona o Sirius? Para observar as estruturas, os cientistas aceleram os elétrons quase na velocidade da luz, fazendo com que percorram o túnel de 500 metros de comprimento 600 mil vezes por segundo. Depois, os elétrons são desviados para uma das estações de pesquisa, ou linhas de luz, para os experimentos.

🧲 Esse desvio é realizado com a ajuda de ímãs superpotentes, e eles são responsáveis por gerar a luz síncrotron. Apesar de extremamente brilhante, ela é invisível a olho nu. Segundo os cientistas, o feixe é 30 vezes mais fino que o diâmetro de um fio de cabelo.

CNPEM, que abriga o Sirius, fechou acordo de cooperação com China em maio deste ano, assista:

Brasil e China assinam acordo para cooperação científica

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quinta-feira, 13 de junho de 2024

Lula defende criação de IA para Sul Global “competir com os mais ricos”

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Presidente destacou que tecnologia transformará radicalmente modo de vida e que é necessário compartilhar benefícios 
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Tiago TortellaSalvador Stranoda CNN
13/06/2024 às 13:40 | Atualizado 13/06/2024 às 14:40
Postado em 13 de junho de 2024 às 14h55m

#.*Post. - N.\ 11.235*.#


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu a criação de uma inteligência artificial para o Sul Global para que seja possível competir com os países mais ricos. A fala foi feita durante evento da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Segundo o petista, será necessário que a OIT trabalhe junto à ONU e a países para quea gente construa um projeto de Inteligência Artificial que seja do Sul Global, para que a gente possa competir com os países mais ricos, que, ao criar a Inteligência Artificial, tentam manipular o restante da humanidade.

A inteligência artificial nada mais é do que a esperteza de algumas empresas que acumulam conhecimento de todos os seres humanos. E com a acumulação desses dados sem pagar um único centavo de dólar ao povo, eles conseguem fazer o que estão fazendo no mundo, disse.

É uma tarefa revolucionária a gente tentar mudar esse quadro, comentou Lula.

Assim, o presidente ressaltou que  a inteligência artificial transformará radicalmente o modo de vida, sendo necessário atuar para que os benefícios cheguem a todos e não apenas nos mesmos países que ficam sempre com a parte melhor.

A própria OIT classifica as ferramentas de IA e os avanços da robótica como forças que devem mudar profundamente o mercado de trabalho nos próximos anos.

Taxação de super-ricos

Em outro momento de sua fala, Lula defendeu a reforma do sistema financeiro global como uma ferramenta de diminuição da desigualdade no mundo.

A mão invisível do mercado só agrava a desigualdade. O crescimento da produtividade não tem sido acompanhado pelo crescimento dos salários, gerando insatisfação e muita polarização, destacou.

O Brasil está impulsionando a proposta de taxação dos super-ricos na pauta do G20. Nunca antes o mundo teve tantos bilionários. Estamos falando de 3 mil pessoas que detêm quase US$ 15 trilhões, pontuou Lula.

Veja outros destaques do discurso do presidente brasileiro nesta matéria.

Assista ao discurso completo de Lula:

quarta-feira, 12 de junho de 2024

Dólar sobe e ultrapassa os R$ 5,40 após declarações de Lula; Ibovespa cai

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No dia anterior, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,07%, cotada a R$ 5,3605. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou com um avanço de 0,73%, aos 121.635 pontos.
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Por g1

Postado em 12 de junho de 2024 às 11h50m

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Dólar — Foto: Karolina Grabowska/Pexels
Dólar — Foto: Karolina Grabowska/Pexels

O dólar inverteu o sinal e opera em forte alta nesta quarta-feira (12), com investidores repercutindo falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em evento realizado hoje, no Rio de Janeiro.

Lula disse que não consegue discutir economia sem "colocar a questão social na ordem do dia" e que o "mercado (financeiro) não é uma entidade abstrata, apartada da política e da sociedade".

A declaração vem em um momento em que investidores estão cautelosos com a questão fiscal brasileira e o governo vem sendo pressionado a reduzir gastos.

Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em forte queda.

Veja abaixo o resumo dos mercados.

Dólar

Às 11h35, o dólar subia 0,79%, cotado a R$ 5,4027. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,4286 Veja mais cotações.

Na terça-feira, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,07%, cotada a R$ 5,3605.

Com o resultado, acumulou altas de:

  • 0,68% na semana;
  • 2,12% no mês;
  • 10,47% no ano.

Ibovespa

No mesmo horário, o Ibovespa caía 1,07%, aos 120.337 pontos.

Na terça, o índice encerrou em alta de 0,73%, aos 121.635 pontos.

Com o resultado, acumulou:

  • alta de 0,72% na semana;
  • queda de 0,38% no mês;
  • perdas de 9,35% no ano.

Entenda o que faz o dólar subir ou descer

O que está mexendo com os mercados?

O mercado começou o dia com maios tranquilidade nesta quarta, depois que dados de inflação dos Estados Unidos mostraram que os preços na maior economia do mundo começam a arrefecer.

O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) não teve alteração em maio, enquanto o mercado esperava uma leve alta de 0,01%. No mês anterior, a inflação no país havia crescido 0,03%.

Com a inflação dando esses sinais de arrefecimento, crescem as expectativas dos investidores de que o Federal reserve (Fed, o banco central americano) não deve promover novas altas em suas taxas de juros e que, além disso, um ciclo de quedas pode começar nos próximos meses.

Hoje, inclusive, o Fed se reúne para definir as novas taxas de juros americanas, atualmente entre 5,25% e 5,50% ao ano. As projeções são de que a instituição mantenha essas taxas inalteradas.

Apesar da visão mais positiva com o futuro da inflação e dos juros nos Estados Unidos, o mercado nacional inverteu o sinal depois do presidente Lula discursar em um evento, defendendo que a economia não pode estar apartada do social.

"Todos os debates que se fazem se tratando de economia, a gente fala de um monte de coisa, mas me parece que os problemas sociais não existem. Eles existem. Estão nos nossos calcanhares, estão nas nossas portas, estão nas ruas", disse Lula.

O presidente deu a declaração em um momento no qual o governo é pressionado pelo mercado a reduzir gastos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que apresentará a Lula uma proposta de mudança no formato dos pisos (gastos mínimos) em saúde e educação.

Lula, cujo governo tem dificuldade para zerar o déficit das contas públicas, disse que trabalha para equilibrar contas sem comprometer investimento.

"Estamos arrumando a casa e colocando as contas públicas em ordem para assegurar o equilíbrio fiscal. O aumento da arrecadação e a queda da taxa de juros permitirão a redução do déficit sem comprometer a capacidade de investimento público", declarou.

Em abril, a arrecadação do governo federal com impostos, contribuições e demais receitas somou R$ 228,9 bilhões, segundo a Receita Federal, o maior valor para o mês em 30 anos. No primeiro quadrimestre (janeiro a abril), a arrecadação cresceu acima da inflação.

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