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terça-feira, 30 de abril de 2024

Desemprego sobe a 7,9% no trimestre terminado em março, diz IBGE

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Taxa cresceu 0,5 ponto percentual em relação ao período anterior e atinge 8,6 milhões de pessoas. Mesmo com alta, resultado do primeiro trimestre é o melhor para o período desde 2014 (7,2%).
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Por Raphael Martins, g1

Postado em 30 de abril de 2024 às 10h00m

#.*Post. - N.\ 11.183*.#


Desemprego sobe a 7,9% no trimestre terminado em março, diz IBGE

A taxa de desemprego no Brasil foi de 7,9% no trimestre encerrado em março, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta terça-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em relação ao trimestre imediatamente anterior, encerrado em dezembro, houve alta de 0,5 ponto percentual na desocupação, que era de 7,4%. No mesmo trimestre de 2023, a taxa era de 8,8%. Mesmo com a alta, o resultado do primeiro trimestre é o melhor para o período desde 2014 (7,2%) e vem abaixo das projeções do mercado financeiro (8,1%).

Com os resultados, o número absoluto de desocupados cresceu 6,7% contra o trimestre anterior, atingindo 8,6 milhões de pessoas. Na comparação anual, o recuo é de 8,6%.

No primeiro trimestre de 2024, houve queda de 0,8% na população ocupada, estimada em 100,2 milhões de pessoas. No ano, o aumento foi de 2,4%, com mais 2,4 milhões de pessoas ocupadas.

De acordo com Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, o aumento da taxa de desocupação foi ocasionado pela redução na ocupação, em um movimento sazonal da força de trabalho no primeiro trimestre do ano.

O percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar — chamado de nível da ocupação — foi estimado em 57%, um recuo de 0,6 ponto percentual frente ao trimestre anterior. Em relação ao mesmo período do ano anterior, a alta é de 0,9 p.p.

Já o número de pessoas dentro da força de trabalho (soma de ocupados e desocupados), teve alta de 1,5%, estimado em 108,8 milhões. A população fora da força totalizou 66,9 milhões, estável em relação ao período anterior.

Veja os destaques da pesquisa

  • Taxa de desocupação: 7,9%
  • População desocupada: 8,6 milhões de pessoas
  • População ocupada: 100,2 milhões
  • População fora da força de trabalho: 66,9 milhões
  • População desalentada: 3,6 milhões
  • Empregados com carteira assinada: 37,98 milhões
  • Empregados sem carteira assinada: 13,4 milhões
  • Trabalhadores por conta própria: 25,4 milhões
  • Trabalhadores domésticos: 5,9 milhões
  • Trabalhadores informais: 38,9 milhões
  • Taxa de informalidade: 38,9%

Carteira assinada se mantém

O destaque positivo da pesquisa é a manutenção em bons patamares do emprego com carteira assinada. Com 37,984 milhões de empregados neste grupo, houve recorde histórico para os trimestres comparáveis, mesmo que o aumento tenha representado uma estabilidade em termos estatísticos.

"A estabilidade do emprego com carteira no setor privado, em um trimestre de redução da ocupação como um todo, é uma sinalização importante de manutenção de ganhos na formalização da população ocupada", diz Beringuy, do IBGE.

No emprego sem carteira assinada, houve uma redução leve, que o instituto considera estabilidade. Foram 13,4 milhões neste trimestre, contra 13,5 milhões no trimestre anterior — que havia sido recorde da série comparável.

Entre os informais (38,9 milhões de pessoas), houve uma redução de 589 mil trabalhadores no trimestre, redução de 1,5%.

Rendimento segue em alta

O rendimento real habitual teve alta frente ao trimestre anterior, de 1,5%, e passou a R$ 3.123. No ano, o crescimento foi de 4%.

Já a massa de rendimento real habitual foi estimada em R$ 308,3 bilhões, mais um recorde da série histórica do IBGE. O resultado teve variação inexpressiva frente ao trimestre anterior, e cresceu 6,6% na comparação anual.

Carteira de trabalho — Foto: Mauro Pimentel/AFP/Arquivo
Carteira de trabalho — Foto: Mauro Pimentel/AFP/Arquivo

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sábado, 27 de abril de 2024

Quais são as 3 universidades da América Latina entre as 100 melhores do mundo

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A lista de 2024 é liderada pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (EUA), mas há três representantes latino-americanos — um deles no Brasil.
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TOPO
Por BBC

Postado em 27 de abril de 2024 às 06h00m

#.*Post. - N.\ 11.182*.#

Praça do Relógio na USP — Foto:  Cecília Bastos/Usp Imagens
Praça do Relógio na USP — Foto: Cecília Bastos/Usp Imagens

Na lista das 100 melhores universidades do mundo, uma delas é brasileira e somente outras duas também são da América Latina.

A lista de 2024 elaborada pela empresa de análise Quacquarelli Symonds (QS) é liderada mundialmente pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (EUA, o MIT), seguido pela Universidade de Cambridge e pela Universidade de Oxford, ambas no Reino Unido.

🎓O ranking QS é um dos mais prestigiados do mundo. O principal fator que ele leva em consideração é a reputação acadêmica, mas inclui também outras métricas como o número de docentes por aluno.

👩🏽‍🏫 Os avaliadores analisaram mais de 17 milhões de artigos acadêmicos e as opiniões de mais de 240 mil professores e especialistas para elaborar a lista, que é publicada há duas décadas.

👋🏼Este ano, incorporaram nas suas métricas as oportunidades de emprego proporcionadas pelas instituições acadêmicas e pelas redes internacionais de pesquisas que possuem.

10 melhores universidades do mundo

  • Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos EUA
  • Universidade de Cambridge, no Reino Unido
  • Universidade de Oxford, no Reino Unido
  • Universidade de Harvard, nos EUA
  • Universidade de Stanford, nos EUA
  • Imperial College de Londres, no Reino Unido
  • Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (ETH), na Suíça
  • Universidade Nacional de Cingapura (NUS), em Cingapura
  • University College de Londres (UCL), no Reino Unido
  • Universidade da California, em Berkeley, nos EUA
As três universidades latino-americanas entre as 100 melhores do mundo

1. Universidade de São Paulo (USP)

A Universidade de São Paulo (USP), fundada em 1934 após a unificação de diversas faculdades já existentes, é hoje a maior e mais prestigiada universidade do Brasil, com mais de 65,7 mil alunos, segundo o levantamento do QS World University Rankings.

A USP, que ocupa o 85º lugar no ranking mundial, é uma universidade pública e gratuita, financiada principalmente pelo Estado de São Paulo, além de um grupo de empresas e parte do orçamento nacional.

A universidade vem subindo posições na lista nos últimos anos, passando do 121º lugar em 2022 para o 85º este ano.

A sua reputação acadêmica é uma das mais elevadas, assim como a sua rede internacional de pesquisa e os seus resultados em termos de colocação profissional.

Em 2023, a USP lançou 50 bolsas de pós-doutorado exclusivas para pesquisadores negros, em um país onde 56% da população se identifica dessa forma, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Além disso, aqui no Brasil, há mais de uma década existe o sistema de cotas que reserva metade das vagas para alunos provenientes de escolas públicas, o que tem sido considerado um marco nas mudanças no sistema educacional brasileiro.

2. Universidade Nacional Autônoma do México

Alguns lugares abaixo, a Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) ocupa a 93ª posição, tendo também melhorado sua posição nos últimos anos.

Fundada em 1910 como uma universidade nacional, seus quase 160 mil alunos – mais de 4,2 mil deles estrangeiros –, segundo dados do QS World University Rankings, a tornam a maior da América Latina e do mundo.

A UNAM tem três vencedores do prêmio Nobel entre seus ex-alunos.

3. Universidade de Buenos Aires

A Universidade de Buenos Aires (UBA), embora tenha caído em um ano do 67º para o 95º lugar, é uma das melhores universidades da América Latina.

Fundada em 1821 na Argentina, é uma universidade pública gratuita onde se formaram cinco ganhadores do prêmio Nobel.

Dos seus mais de 117.000 estudantes, 29.500 são estrangeiros, de acordo com o QS World University Rankings — a maior proporção de estudantes estrangeiros entre as instituições de ensino da região.

A Universidade de Buenos Aires enfrenta uma situação delicada devido à decisão do governo argentino de estender o mesmo orçamento de 2023 para 2024 num país com uma inflação interanual de 276%.

Na semana passada, o conselho superior da universidade declarou emergência orçamental e convocou uma manifestação em defesa da instituição acadêmica para o próximo dia 23 de abril.

Ranking aponta a USP entre as 100 melhores universidades do mundo

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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Insegurança alimentar: fome atingiu 3,2 milhões de lares brasileiros em 2023, diz IBGE

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Regiões Norte e Nordeste registraram situação mais crítica que as demais regiões do país
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Bruno Laforéda CNN -- Em São Paulo
25/04/2024 às 10:01
Postado em 25 de abril de 2024 às 10h35m

#.*Post. - N.\ 11.181*.#

Insegurança alimentar grave atingiu mais de 3 milhões de lares brasileiros em 2023, segundo o IBGE
Insegurança alimentar grave atingiu mais de 3 milhões de lares brasileiros em 2023, segundo o IBGE Antonio Cruz/Agência Brasil

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) e divulgada nesta quinta-feira (25) aponta que a fome esteve presente em 3,2 milhões de residências brasileiras no ano passado. O dado integra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua: Segurança Alimentar 2023.

Esse número de domicílios passou por privação de alimentos, algumas vezes, durante o período analisado no estudo, entre os meses de outubro a dezembro.

Nesses casos, a escassez afetou não só os adultos, mas as crianças e adolescentes residentes nos lares atingidos pela fome. Essa situação é definida como insegurança alimentar grave.

Em 2023, 72,4% dos mais de 78 milhões de domicílios brasileiros mapeados pelo IBGE encontravam-se em situação de segurança alimentar e 27,6% possuíam algum grau de insegurança. Já a insegurança alimentar grave foi notada em 4,1% do total de lares. Porcentagem inferior a observada cinco anos antes, mas ainda maior que a obtida no estudo de 2013.

2023

  • 72,4% dos domicílios possuíam segurança alimentar
  • 27,6% dos domicílios possuíam algum grau de insegurança alimentar
  • 4,1% dos domicílios possuíam insegurança alimentar grave
  • 2018
  • 63,3% dos domicílios possuíam segurança alimentar
  • 36,7% dos domicílios possuíam algum grau de insegurança alimentar
  • 4,6% dos domicílios possuíam insegurança alimentar grave
  • 2013
  • 77,4% dos domicílios possuíam segurança alimentar
  • 22,6% dos domicílios possuíam algum grau de insegurança alimentar
  • 3,2% dos domicílios possuíam insegurança alimentar grave

Esta é a quinta vez que a pesquisa sobre insegurança alimentar é realizada com a mesma metodologia pelo IBGE, mas pela primeira vez foi incluída na PNAD.

O tema já foi investigado pelo Instituto anteriormente, nas edições de 2004, 2009 e 2013 da antiga PNAD e na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2017-2018, sempre utilizando a escala EBIA. Assim, embora não sejam diretamente comparáveis, por se tratarem de pesquisas diferentes, o IBGE vem mantendo um padrão quinquenal para essa investigação, permitindo traçar a trajetória de enfrentamento da fome no país, explicou o instituto em comunicado.

Norte e Nordeste são as regiões mais afetadas

No último trimestre de 2023, aproximadamente um quarto dos domicílios das regiões Norte e Nordeste do Brasil estavam em situação de insegurança alimentar leve. Nestes casos, os moradores vivem sob a preocupação ou incerteza quanto ao acesso a alimentos e acabam adotando estratégias que acabam comprometendo a qualidade da dieta e a chamada sustentabilidade alimentar da família.

As proporções de insegurança alimentar grave observadas nessas áreas ficaram acima do registrado no restante do país no mesmo período.

Proporção de domicílios com insegurança alimentar grave em 2023 por região:

  • Norte: 7,7% dos domicílios possuíam insegurança alimentar grave
  • Nordeste: 6,2% dos domicílios possuíam insegurança alimentar grave
  • Centro-Oeste: 3,6% dos domicílios possuíam insegurança alimentar grave
  • Sudeste: 2,9% dos domicílios possuíam insegurança alimentar grave
  • Sul: 2% dos domicílios possuíam insegurança alimentar grave
  • Características dos domicílios com insegurança alimentar grave em 2023:

O levantamento do IBGE mostra que características da pessoa responsável pelo domicílio podem contribuir para os dados de segurança alimentar. No período analisado, 51,7% dos lares era chefiado por mulheres e 48,3% por homens.

Em contrapartida, situações de insegurança alimentar, independentemente do grau, foram observadas em 59,4% dos domicílios liderados por mulheres, valor 18,8 pontos percentuais maior em comparação com residências comandadas por homens, com proporção de 40,6%.

O recorte por cor ou raça também traz variações. No Brasil, em 2023, 42% dos responsáveis pelos domicílios eram brancos, 12% pretos e 44,7% pardos.

Entretanto, dos lares em situação de insegurança alimentar, 29% eram liderados por pessoas pretas, 15,2% brancas e 54,4% pardas.

Nos casos de insegurança alimentar grave a proporção de residências com responsável de cor ou raça parda atinge 58,1%, mais que o dobro do que era observado nas casas lideradas por pessoas brancas, de 23,4%.

quarta-feira, 24 de abril de 2024

Fome bate recorde e atinge mais de 280 milhões no mundo, diz relatório da ONU

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Estudo revela que mais de uma em cada cinco pessoas em 59 países enfrentaram insegurança alimentar aguda em 2023; Gaza e Sudão estão entre as situações mais alarmantes
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Priscila Yazbek
Correspondente em Paris, Priscila é apaixonada por coberturas internacionais e econômicas — e por conectar ambas. Ganhou 11 prêmios de jornalismo
24/04/2024 às 10:15
Postado em 24 de abril de 2024 às 10h40m

#.*Post. - N.\ 11.180*.#

Fome bate recorde e atinge mais de 280 milhões no mundo, diz relatório da ONU
Fome bate recorde e atinge mais de 280 milhões no mundo, diz relatório da ONU

Mais de uma em cada cinco pessoas em 59 países enfrentaram insegurança alimentar aguda em 2023. O número de pessoas ameaçadas pela fome chegou a 281 milhões no ano passado, um recorde.

Os dados foram divulgados em um relatório global sobre crises alimentares publicado nesta quarta-feira (24) pela FAO, braço da ONU para alimentação, pelo UNICEF, fundo da ONU para infância, e o Programa Mundial de Alimentos (PMA), em parceria com organizações internacionais, como a União Europeia, e a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional.

O documento faz um raio-x detalhado da fome no mundo e destaca que a situação se agravou significativamente desde 2016, quando cerca de uma em cada 10 pessoas em 48 países passavam fome.

O relatório revela que a insegurança alimentar subiu pelo quinto ano consecutivo e piorou sobre 2022, quando 257 milhões de pessoas passaram fome.

Quando falamos de insegurança alimentar aguda, estamos falando de uma fome tão grave que representa uma ameaça imediata aos meios de subsistência e à vida das pessoas. Essa é a fome que ameaça se transformar em inanição e causar mortes generalizadas, disse Dominique Burgeon, diretor da FAO em Genebra.

Em temos percentuais, a parcela da população global que enfrenta elevados níveis de insegurança alimentar aguda aumentou acentuadamente e passou de 14% em 2018 para mais de 20% em todos os anos desde 2020, atingindo o nível máximo em 2022, com 23%.

Em 2023, o percentual caiu para 21,5%, o que poderia indicar uma ligeira melhora, mas os autores explicam que como a área de abrangência do estudo ficou maior, houve um aumento absoluto de pessoas afetadas pela insegurança alimentar aguda.

Gaza e Sudão

Os autores do relatório citam Gaza e Sudão como algumas das regiões de maior preocupação.


Comboio de ajuda humanitária entra em Gaza pela passagem de Rafah / 09/04/2024 REUTERS TV/via REUTERS

Segundo Gian Carlo Cirri, diretor do PMA em Genebra, as pessoas estão claramente morrendo fomenas duas regiões.

Cirri afirma que depois de quase sete meses de ofensiva israelense em Gaza, as pessoas não conseguem satisfazer as necessidades alimentares mais básicas e já esgotaram todas as estratégias de sobrevivência, como comer ração animal, mendigar e vender pertences para comprar comida.

Ele acrescenta que a única forma de enfrentar a fome é garantir entregas diárias de alimentos em um espaço de tempo muito curto e diz que para isso é fundamental a entrada de ajuda humanitária de maneira consistente.

Em linha com relatórios anteriores, o diretor do PMA também afirma que 30% por cento das crianças com menos de dois anos estão agora gravemente desnutridas em Gaza e 70% da população no norte do enclave enfrenta uma situação de fome catastrófica.

Há evidências razoáveis ​​de que todos os três limiares da fome – insegurança alimentar, desnutrição, mortalidade – serão ultrapassados ​​nas próximas seis semanas, afirma Cirri.

Sobre o Sudão, o relatório da ONU revela que 42% da população ou 20,3 milhões de pessoas lutaram para encontrar o suficiente para comer no ano passado.


Refugiados sudaneses fazem fila para receber alimentos do Programa Mundial de Alimentos da ONU na região de fronteira entre Sudão e Chade / REUTERS/Zohra Bensemra

É o maior número de pessoas no mundo que enfrentam níveis emergenciais de insegurança alimentar aguda. Dentro da escala do IPC (acrônimo em inglês para Classificação Integrada da Fase de Segurança Alimentar), esses milhões de sudaneses estão no nível IPC4, apenas um abaixo do IPC5, a faixa mais elevada de perigo.

Em 2019, o Sudão passou pela maior onda de protesto da história, que levou à deposição de Omar al-Bashir, o líder autoritário que governava o país há 30 anos.

Generais assumiram o poder e iniciou-se uma série de disputas que culminaram um conflito entre forças rivais em abril de 2023.

Conflitos armados, crises econômicas e mudanças climáticas

As crises em Gaza e no Sudão provam que os conflitos armados são a principal causa da fome hoje, segundo os autores.

E acrescentam que são o principal fator para fome também em países como a República Democrática do Congo, o Iêmen, a Síria e em países que acolhem refugiados sírios, como Egito, Jordânia, Iraque e Turquia.

Mas as crises econômicas e as mudanças climáticas também são fatores que provocam a fome.

O relatório cita o impacto das crises econômicas em países asiáticos, por exemplo, e afirma que a inflação global foi persistentemente elevada no Paquistão, em Mianmar e Bangladesh ao longo de 2023, além de ressaltar que no Afeganistão, os choques causados pela estagnação dos salários e pelo desemprego generalizado foram os principais fatores de insegurança alimentar aguda.

O relatório lembra ainda que eventos climáticos extremos foram um fator mais proeminente para a fome em 2023 do que em 2022 por causa do fenômeno do El Niño, que provocou chuvas irregulares e reduzidas, temperaturas acima do normal e redução do rendimento das colheitas em países da América Latina, como Guatemala, Honduras e no Corredor Seco de El Salvador e Nicarágua.

terça-feira, 23 de abril de 2024

A planta usada como alternativa ao papel higiênico na África e nos EUA

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Na África e nos EUA, por questões de custos ou sustentabilidade, a folha de boldo é vista por alguns como alternativa ao papel higiênico.
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TOPO
Por BBC

Postado em 23 de abril de 2024 às 10h55m

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BBC - A planta usada como alternativa ao papel higiênico na África e nos EUA — Foto: BBC
BBC - A planta usada como alternativa ao papel higiênico na África e nos EUA — Foto: BBC

Será que o Plectranthus barbatus, popularmente conhecido como boldo, é uma alternativa sustentável aos caros papéis higiênicos no continente africano?

Martin Odhiambo, fitoterapeuta do Museu Nacional do Quênia, diz que sim. "Pode ser o futuro papel higiênico."

Assim como ocorreu com muitos outros produtos, o preço do papel higiênico aumentou em toda a África. Embora ele seja fabricado no continente, a pasta de papel utilizada na sua produção é, muitas vezes, importada.

Martin, especializado em plantas tradicionais, acredita que a resposta ao aumento dos custos já pode existir no continente.

"A Plectranthus barbatus é o papel higiênico africano. Muitos jovens hoje em dia desconhecem essa planta, mas ela tem potencial para ser uma alternativa, amiga do ambiente, ao papel higiênico", diz ele.

As folhas dela são macias, diz Martin, e têm cheiro de menta.

Benjamin, que utiliza o boldo há mais de 25 anos, cultiva a planta no quintal dele — Foto: BBC
Benjamin, que utiliza o boldo há mais de 25 anos, cultiva a planta no quintal dele — Foto: BBC

A planta é cultivada amplamente em toda a África e ainda é usada em áreas rurais, o que a torna facilmente acessível.

As folhas têm tamanho semelhante a um quadrado de papel higiênico industrial, e podem ser usadas em vasos sanitários modernos com descarga.

Benjamin, que utiliza Plectranthus barbatus há mais de 25 anos, cultiva a planta no quintal dele, perto de sua casa em Meru, no Quênia.

Ele diz: "Aprendi sobre a planta com meu avô, em 1985, e a uso desde então. É macia e tem um cheiro agradável."

Mas ela poderia ser usada por mais pessoas?

A produção em larga escala ainda é algo distante. No entanto, o seu potencial está sendo explorado em outros países.

Robin Greenfield, um ativista ambiental nos Estados Unidos, diz que usa folhas de boldo há cinco anos.

Robin cultiva mais de cem pés de boldo em seu viveiro na Flórida. Ele compartilha mudas por meio de uma iniciativa que incentiva as pessoas a cultivarem seu próprio papel higiênico.

Robin cultiva mais de cem pés de boldo em seu viveiro na Flórida para usar como papel higiênico — Foto: BBC
Robin cultiva mais de cem pés de boldo em seu viveiro na Flórida para usar como papel higiênico — Foto: BBC

"Há muitas pessoas que associam o uso da planta como papel higiênico à pobreza, mas devo lembrá-los que, quando usam papel higiênico industrial, continuam usando plantas. A diferença é que elas apenas têm uma indústria com elas", diz ele.

Robin diz que recebeu comentários positivos de pessoas que usaram a planta. Ele diz que são pessoas que valorizam a sustentabilidade do cultivo do seu próprio papel higiênico.

"Para quem hesita em experimentar o boldo como papel higiênico, eu diria para abandonar as preocupações sobre o que as pessoas pensam de você. E simplesmente dizer: vou ser eu mesmo. E isso pode significar me limpar com algumas folhas bem macias que eu mesmo planto."

Este conteúdo foi criado com financiamento da Fundação Bill e Melinda Gates.

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