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terça-feira, 21 de novembro de 2023

Calor de 44,8°C: Araçuaí (MG) tem o dia mais quente no histórico de medições do Brasil, diz Inmet

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Município com 34 mil habitantes, que fica no Vale do Jequitinhonha, registrou o dia mais quente em quase 18 anos. Em 2023, foram 8 ondas de calor registradas no país.
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Por Anaísa Catucci, g1

Postado em 21 de novembro de 2023 às 08h45m

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Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha, é uma das cidades que engloba o Vale do Lítio — Foto: Cristiano Machado/Imprensa MG
Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha, é uma das cidades que engloba o Vale do Lítio — Foto: Cristiano Machado/Imprensa MG

O município de Araçuaí (MG), distante 678 km de Belo Horizonte, no Vale do Jequitinhonha, foi considerado o mais quente no histórico de medições do país, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A cidade com 34.297 habitantes alcançou, no domingo (19), a temperatura de 44,8°C 🌡️.

☀️ O recorde anterior tinha sido registrado no dia 21 de novembro de 2005, em Bom Jesus (PI), distante 632 km ao Sul de Teresina, quando a máxima foi de 44,7°C.

Um aquecimento pré-frontal intensificou o calor no Nordeste de Minas Gerais, o que favoreceu a elevação da marca que ocorreu no décimo dia da onda de calor (entenda abaixo quais foram os fatores que causaram o novo recorde).

🥵 Essa foi a oitava onda de calor registrada no Brasil neste ano. O fenômeno estava em atuação desde o dia 8 de novembro e acabou no fim de semana.

As maiores temperaturas registradas pelo instituto nesta última onda de calor foram:

Onda de calor em 2023 — Foto: Inmet
Onda de calor em 2023 — Foto: Inmet

Um levantamento anterior do Inmet, porém, indicou que a marca de 44,8°C já havia sido registrada nos dias 4 e 5 de novembro de 2020, em Nova Maringá (MT). O g1 entrou em contato com o órgão para verificar se a informação de 2020 tem validade, mas até a última publicação não obteve resposta.

2023 deve ser o ano mais quente em 125 mil anos, diz observatório europeu

🔥 Entenda os fatores que causaram a alta temperatura

Ao longo dos últimos dias, a presença de uma grande massa de ar seco e pouca condição para chuva provocaram altas temperaturas nas áreas centrais do Brasil, que não estavam recebendo tanta umidade, segundo Cesar Soares, meteorologista da Climatempo.

"A influência do fenômeno climático El Niño faz com que tenha presença do calor mais persistente, sem tanta troca de calor do Sul do país em direção à região central. Por isso, as condições estavam favorecendo as temperaturas mais altas", explica.

Além disso, a frente fria entre São Paulo e Rio de Janeiro colaborou com o aquecimento pré-frontal, que intensificou o calor.

"Os ventos mudaram de direção e transportam mais ar quente das áreas centrais do Brasil em direção ao Litoral. E nesse processo, esses ventos mais quentes, esse ar mais quente, passou por essa região de Araçuaí favorecendo as temperaturas extremamente elevadas", completa.

 — Foto: Juan Silva/ g1
— Foto: Juan Silva/ g1

A previsão do tempo para esta semana aponta para um início de temperaturas mais baixas em relação ao calorão que atingiu o Brasil e com a presença de chuvas nos próximos dias. Nesta segunda-feira (20), espera-se que as chuvas caiam fortes em todo o Centro-Sul.

No meio da semana, porém, os termômetros já vão indicar nova subida pelas capitais em todo o país (confira abaixo lista com máximas e mínimas).

De acordo com o Climatempo, a maior parte de Minas Gerais, que teve um domingo (19) de muito calor como nos últimos dias, deverá se juntar aos demais estados do Sudeste e partes do Centro-Oeste sofrendo alguma queda de temperatura, temporais isolados e possíveis ventanias. A máxima deverá ficar abaixo dos 30°C no começo da semana.

Previsão de temperatura para os próximos dias nas capitais

Capitais Segunda-feira (20) Terça-feira (21) Quarta-feira (22) Quinta-feira (23)
Aracaju 24°C a 30°C 25°C a 29°C 24°C a 30°C 25°C a 30°C
Belém 25°C a 31°C 25°C a 34°C 25°C a 34°C 25°C a 36°C
Belo Horizonte 21°C a 28°C 21°C a 28°C 20°C a 32°C 21°C a 34°C
Boa Vista 27°C a 38°C 27°C a 36°C 26°C a 36°C 26°C a 35°C
Brasília 19°C a 29°C 18°C a 28°C 19°C a 29°C 18°C a 28°C
Campo Grande 24°C a 30°C 24°C a 32°C 24°C a 31°C 21°C a 30°C
Cuiabá 26°C a 36°C 26°C a 34°C 25°C a 36°C 25°C a 34°C
Curitiba 15°C a 21°C 15°C a 28°C 20°C a 30°C 13°C a 26°C
Florianópolis 18°C a 23°C 19°C a 28°C 20°C a 30°C 21°C a 25°C
Fortaleza 26°C a 33°C 26°C a 34°C 26°C a 33°C 26°C a 33°C
Goiânia 21°C a 34°C 20°C a 32°C 22°C a 32°C 22°C a 33°C
João Pessoa 25°C a 31°C 25°C a 32°C 25°C a 32°C 25°C a 32°C
Macapá 26°C a 35°C 26°C a 35°C 26°C a 35°C 26°C a 35°C
Maceió 23°C a 31°C 23°C a 32°C 23°C a 32°C 24°C a 32°C
Manaus 28°C a 36°C 28°C a 32°C 27°C a 33°C 28°C a 33°C
Natal 26°C a 31°C 26°C a 32°C 26°C a 31°C 26°C a 31°C
Palmas 23°C a 34°C 23°C a 33°C 23°C a 34°C 24°C a 34°C
Porto Alegre 15°C a 27°C 17°C a 32°C 19°C a 26°C 18°C a 23°C
Porto Velho 23°C a 34°C 24°C a 33°C 24°C a 32°C 23°C a 32°C
Recife 26°C a 30°C 26°C a 31°C 27°C a 31°C 27°C a 31°C
Rio Branco 26°C a 37°C 25°C a 35°C 24°C a 34°C 25°C a 34°C
Rio de Janeiro 21°C a 27°C 22°C a 28°C 24°C a 36°C 24°C a 40°C
Salvador 25°C a 30°C 25°C a 30°C 24°C a 30°C 25°C a 31°C
São Luís 27°C a 33°C 26°C a 33°C 27°C a 33°C 26°C a 33°C
São Paulo 18°C a 23°C 18°C a 30°C 20°C a 32°C 20°C a 31°C
Teresina 24°C a 38°C 24°C a 38°C 24°C a 38°C 24°C a 38°C
Vitória 23°C a 28°C 23°C a 27°C 23°C a 31°C 22°C a 33°C

No entanto, uma nova virada no tempo começará na terça-feira (21) com ventos saídos da Argentina levando nuvens carregadas ao Paraná, Santa Catarina e parte do Rio Grande do Sul – onde o alerta inspira mais cuidados. No Sul e no Oeste gaúchos, a chuva deverá ser constante.

Segundo o MetSul, as regiões serranas gaúcha e catarinense deverão ter acumulados de chuva de 100mm, e o Norte de Santa Catarina pode chegar a 150mm até a quinta-feira (23), quando o calor diminui e as temperaturas cairão novamente.

Já no Sudeste e em parte do Centro-Oeste, chuvas muito fortes em pontos isolados e ventanias serão a tônica dos primeiros dias da semana. A atmosfera superaquecida pode provocar chuva de granizo em algumas cidades, e os ventos podem chegar a 100 km/h na área que pega o Norte de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Sul de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás. As temperaturas, no entanto, voltarão a subir no meio da semana após a queda entre a segunda e a terça-feira.

Partes do Norte e do Nordeste do país podem ter chuvas esporádicas provocadas pelo calor e umidade. A frente fria que está no centro do país, no entanto, não deverá ter força suficiente para diminuir o calor.

De acordo com o Inmet, as temperaturas continuarão quentes no começo da semana principalmente na região da Amazônia e no interior nordestino, e com tendência de estabilidade na maioria das cidades do litoral nordestino, com números pouco acima de 30°C nas máximas.

2023 deve ser o ano mais quente em 125 mil anos, diz observatório europeu
2023 deve ser o ano mais quente em 125 mil anos, diz observatório europeu
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ONU: metas do Acordo de Paris já são insuficientes para evitar aquecimento crítico de 1,5°C

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Novo relatório da agência das Nações Unidos para o Meio Ambiente afirma que, no cenário mais otimista, a probabilidade de limitar o aquecimento a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais é de apenas 14%.
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Por Roberto Peixoto, g1

Postado em 21 de novembro de 2023 às 08h00m

#.*Post. - N.\ 11.014*.#

Ativistas climáticos participam de uma manifestação do lado de fora do local da Cúpula do Clima COP26 da ONU em Glasgow, em 12 de novembro de 2021 — Foto: AP/Scott Heppell, Arquivo
Ativistas climáticos participam de uma manifestação do lado de fora do local da Cúpula do Clima COP26 da ONU em Glasgow, em 12 de novembro de 2021 — Foto: AP/Scott Heppell, Arquivo

Os compromissos globais para conter as mudanças climáticas estão cada vez mais aquém do necessário para limitar o aquecimento global a 1,5 grau Celsius, alertou a Organização das Nações Unidas (ONU) nesta segunda-feira (20).

A menos que ações mais efetivas sejam tomadas, o aumento da temperatura pode atingir os preocupantes índices de 2,5°C a 2,9°C acima dos níveis pré-industriais, indo muito além das metas do Acordo de Paris.

Todos os países do mundo são signatários do acordo, exceto alguns poucos, como Irã, Líbia, Iêmen e Eritreia. Seu principal objetivo é manter o aquecimento global do planeta bem abaixo de 2°C até o final do século e buscar esforços para limitar esse aumento até o famoso 1.5°C.

Na prática, a realidade se desenha mais alarmante, conforme evidenciado pelo novo relatório anual sobre a lacuna de emissões do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), que avalia a disparidade entre as emissões previstas e aquelas alinhadas com a necessidade de limitar o aumento da temperatura neste século.

Não há nenhuma pessoa ou economia no planeta intocada pelas mudanças climáticas, por isso precisamos parar de estabelecer recordes indesejados em termos de emissões de gases de efeito estufa, aumento das temperaturas globais e condições meteorológicas extremas, afirmou Inger Andersen, diretora executiva PNUMA.

No cenário mais otimista, a probabilidade de limitar o aquecimento a 1,5°C é de apenas 14%, afirma o relatório, lançado dias antes da COP, a conferência do clima da ONU, que desta vez entra em sua 28ª edição e acontece em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Onda de calor: o que é e por que está cada vez mais tão frequente?

Entre suas principais conclusões, o relatório também destaca que transformações globais de baixo carbono são necessárias para reduzir as emissões de gases de efeito estufa previstas para 2030 devem cair entre 28% e 42% para chegarmos próximo das metas do Acordo de Paris (2°C e 1,5°C, para cada percentual previsto, respectivamente).

Na contramão disso, o planeta, porém, vem registrando cada vez mais eventos extremos que escancaram a crise do clima. No documento, a ONU lembra que até o início de outubro deste ano, foram registrados 86 dias com temperaturas mais de 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.

Em outubro, cientistas do observatório europeu Copernicus anunciaram inclusive que 2023 deve terminar como o ano mais quente em 125 mil anos, pelo o que tudo indica.

Agência da ONU alerta para maior concentração registrada na atmosfera de dióxido de carbonoAgência da ONU alerta para maior concentração registrada na atmosfera de dióxido de carbono

Recorde atrás de recorde

Como vem mostrando o g1 nos últimos meses, desde julho, os sinais do aquecimento global provocado pelas atividades humanas vêm ficando cada vez mais evidentes em todo o mundo.

Neste ano, a Grécia, por exemplo, sofreu grandes incêndios, assim como os Estados Unidos e o Canadá, que também registrou inundações. As ondas de calor sucessivas no Brasil, no sul da Europa, norte da África, sul dos Estados Unidos e parte da China também provocaram muitos danos.

Aliado a isso, os oceanos também são vítimas desse fenômeno preocupante: as temperaturas registradas na superfície do mar estão muito elevadas desde abril

Todo esse calor, claro, é o resultado das contínuas emissões de gases com efeito de estufa, combinadas com o fenômeno climático El Niño, que aquece as águas superficiais no leste do Oceano Pacífico.

Por isso, não é de se espantar que o novo relatório da ONU alerte que as emissões globais de gases de efeito estufa (GEE) aumentaram 1,2% de 2021 a 2022, atingindo um novo recorde de 57,4 Gigatoneladas de Dióxido de Carbono Equivalente (GtCO2e).

Emissões globais de gases de efeito estufa (GEE) aumentaram 1,2% de 2021 a 2022, atingindo um novo recorde de 57,4 Gigatoneladas de Dióxido de Carbono Equivalente (GtCO2e). — Foto: Ria Puskas / Unsplash / Divulgação
Emissões globais de gases de efeito estufa (GEE) aumentaram 1,2% de 2021 a 2022, atingindo um novo recorde de 57,4 Gigatoneladas de Dióxido de Carbono Equivalente (GtCO2e). — Foto: Ria Puskas / Unsplash / Divulgação

"As tendências das emissões refletem padrões globais de desigualdade. Devido a essas tendências preocupantes e aos esforços de mitigação insuficientes, o mundo está a caminho de um aumento da temperatura muito além dos objetivos climáticos acordados durante este século", afirma o documento da ONU.

No texto, o PNUMA ressalta ainda que, para reverter esse cenário, os países com maior capacidade e responsabilidade pelas emissões – especialmente os países de renda elevada e com altas emissões entre o G20 – terão de tomar medidas mais ambiciosas e rápidas e fornecer apoio financeiro e técnico às nações em desenvolvimento.

Como parte do Acordo de Paris, os países desenvolvidos prometeram aos países em desenvolvimento dar US$ 100 bilhões por ano a partir de 2020 para ajudá-los a se preparar para as mudanças climáticas.

Apesar disso, esse é meta não vendo sendo cumprida. Ao longo da última COP, o apelo para que as nações ricas compensem países pobres afetados por eventos extremos finalmente ecoou em um resultado concreto, com a criação do fundo de perdas e danos. O termo faz referência aos estragos destrutivos que alguns países não podem prevenir ou se adaptar com seus atuais recursos.

Até o momento, no entanto, não está claro de onde sairão os aportes para esse fundo e quais países em específico vão receber a quantia. Discussões sobre isso devem ser realizadas até pelo menos a essa próxima COP -ou até depois disso.

Entenda a crise do clima em gráficos e mapas
Entenda a crise do clima em gráficos e mapas
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segunda-feira, 20 de novembro de 2023

Ibovespa fecha no maior patamar desde julho de 2021, com rumo dos juros nos EUA e meta fiscal; dólar volta aos R$ 4,85

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Moeda norte-americana teve queda de 1,11%, cotada a R$ 4,8517. Principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, subiu 0,95%, aos 125.957 pontos.
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Por g1

Posrado em 20 de novembro de 2023 às 13h45m

#.*Post. - N.\ 11.013*.#

Mercados operam com menor volume nesta segunda — Foto: Burak The Weekender/Pexels
Mercados operam com menor volume nesta segunda — Foto: Burak The Weekender/Pexels

O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, fechou em alta nesta segunda-feira, apesar de o dia ter menor volume de negociações no mercado brasileiro por conta do Dia da Consciência Negra, que é feriado em seis estados. O dólar fechou em queda, de volta aos R$ 4,85.

Investidores estão na expectativa pela divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que acontece amanhã. A ata deve trazer uma sinalização mais clara sobre quais serão os próximos passos da instituição em relação às taxas de juros nos Estados Unidos, hoje entre 5,25% e 5,50% ao ano.

No Brasil, o único destaque da agenda é o tradicional Boletim Focus, relatório do Banco Central (BC) que reúne as projeções do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos do país. Nesta edição, os economistas reduziram a expectativa de inflação em 2023 de 4,59% para 4,55%. Também está no radar a pauta política, principalmente em relação à meta fiscal para 2024.

Veja abaixo o dia nos mercados.

Entenda o que faz o dólar subir ou descer
Entenda o que faz o dólar subir ou descer

Dólar

O dólar teve queda de 1,11%, cotado a R$ 4,8517. Na mínima do dia, chegou a bater os R$ 4,8475. Veja mais cotações.

Com o resultado, passou a acumular:

  • queda de 1,11% na semana;
  • recuo de 3,75% no mês;
  • queda de 8,08% no ano.

Na sexta-feira, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,76%, vendida a R$ 4,9064.

O Ibovespa fechou em alta de 0,95%, aos 125.957 pontos, maior pontuação desde 29 julho de 2021 (125.675 pontos). As ações da Vale puxaram os ganhos, acompanhando a valorização do minério de ferro nos mercados internacionais.

Com o resultado, passou a acumular:

  • alta de 0,95% na semana;
  • ganho de 11,32% no mês;
  • alta de 14,78% no ano.

Na sexta-feira, o índice fechou em alta de 0,11%, aos 124.773 pontos.

O que está mexendo com os mercados?

O dia é de agenda fraca no Brasil por conta do feriado, mas investidores continuam repercutindo as expectativas sobre o rumo dos juros nos Estados Unidos.

Depois de dados mais fracos de inflação na última semana, o mercado passou a dar como certo que o ciclo de alta nas taxas americanas atingiu um pico e que o Fed poderia iniciar os cortes ainda no primeiro semestre de 2024.

Essa visão agrada os investidores e beneficia os ativos de risco - inclusive o real e a bolsa brasileira - porque a rentabilidade dos títulos públicos americanos, considerados os mais seguros do mundo, estão diretamente relacionadas aos juros do Fed. Assim, com juros menores, o rendimento dos títulos também cai, aumentando o apetite por outros ativos.

Agora, o que o mercado aguarda é a divulgação da ata do Fed para saber exatamente o que foi discutido na última reunião da instituição, quando os juros foram mantidos entre 5,25% e 5,50% ao ano. A esperança é que o documento deixe mais claro o que pensam os dirigentes do banco central americano.

Para além disso, a semana também é de agenda mais vazia no resto do mundo, já que quinta-feira é o feriado do Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos e os mercados não abrem.

No Brasil, o Boletim Focus mostrou a redução das estimativas da inflação para 2023, mas não trouxe outras grandes alterações. Sobre o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, o mercado financeiro reduziu a projeção de crescimento de 2,89% para 2,85%.

Já no cenário político, as atenções estão voltadas para as discussões sobre a meta fiscal, que o ministro da Fazenda Fernando Haddad batalha para manter em zero para o ano que vem.

Especialistas acreditam que, se o governo concordar em manter zerada a meta, deve correr com outras tramitações no Congresso Nacional para aumentar a arrecadação federal, como a taxação das apostas esportivas, por exemplo.

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Pela 1ª vez, mundo registra um dia com temperatura média global 2°C acima da era pré-industrial

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Dados do Copernicus (C3S) mostram que recorde foi batido na sexta (17): anomalia foi de 2,07°C. Meta do Acordo de Paris é reduzir emissões dos gases de efeito estufa para limitar o aquecimento global a 1,5°C.
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Por Roberto Peixoto, Poliana Casemiro, g1

Postado em 20 de novembro de 2023 às 13h20m

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Na sexta-feira 17 de novembro, o mundo bateu um marco considerado preocupante no cenário climático: pela 1ª vez, a média global de temperatura ultrapassou os 2°C de anomalia e atingiu exatos 2,07°C acima dos níveis pré-industriais (1850-1900). O valor provisório para o sábado (18) é 2,06°C.

Anomalia da temperatura registrada em 17 de novembro passou pela primeira vez dos 2°C. — Foto: Arte/g1
Anomalia da temperatura registrada em 17 de novembro passou pela primeira vez dos 2°C. — Foto: Arte/g1

Se a comparação for feita apenas com um período histórico mais recente, 1991 a 2020, a anomalia representa um aumento de 1,17°C em relação à média registrada. Os marcos históricos foram divulgados pela diretora adjunta do Serviço de Monitorização das Alterações Climáticas do Copernicus (C3S), Sam Burgess, e depois confirmados pelo próprio C3S.

O calor recorde ocorre em um ano marcado pela forte ação do fenômeno El Niño e pela intensificação de efeitos das mudanças climáticas provocadas pelas emissões de gases de efeito estufa (GEE). Os GEE são resultado de atividades humanas, como a utilização de combustíveis fósseis ou as queimadas de áreas florestais.

Os dados sinalizam uma tendência alarmante no panorama global. O pesquisador Carlos Nobre, referência internacional nos efeitos das mudanças climáticas, explica que o fenômeno El Niño faz com que o calor seja maior no verão e o inverno seja menos rigoroso, com mudança na distribuição das chuvas.

Em 2016, quando também houve El Niño, o mundo também bateu recordes de calor, mas a anomalia da temperatura foi de 0,94°C -- quase metade do que foi verificado agora. Para Carlos Nobre, o número é resultado da maior emissão de gases do efeito estufa.

"Para entender esse recorde, a gente olha para as emissões de carbono. Em 2022 tivemos um recorde de emissões e as estimativas mostram que 2023 vai bater esse recorde. Quando vemos isso, percebemos que a alta era o esperado", explica.

Na mesma direção, Luciana Gatti, pesquisadora do Inpe especialista em emissão de carbono, afirma que a principal conclusão a partir destes dados é que os aumentos de temperatura e o aumento dos eventos extremos estão mais acelerados do que os modelos previam.

"A gente tem que observar essas mudanças e se perguntar se o colapso climático já não começou, se já não temos tempo de esperar 2030. Quantas pessoas mais vão ter que morrer para entendermos que é preciso mudança?", afirma Luciana Gatti.

Em entrevista ao g1, a divulgadora científica Karina Bruno Lima, doutoranda em Climatologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), explica que a medição não representa o dia mais quente registrado pelo Copernicus, sendo esse recorde estabelecido em julho deste ano.

Lima ressaltou a importância de compreender que o destaque recai sobre a maior anomalia em comparação com a média pré-industrial para o período. "Como é a primeira vez que ficamos 2°C acima, é muito preocupante", afirmou.

A marca de temperatura de outubro se soma à lista de diversos recordes globais de calor deste ano:

  • Segundo o Copernicus, o mês de outubro de 2023, foi o mais quente já registrado em nível mundial, com uma temperatura média do ar à superfície de 15,3°C, o que representa 0,85°C acima da média de outubro de 1991 a 2020 e 0,4°C acima do outubro mais quente anterior, em 2019.
  • A anomalia da temperatura global para outubro de 2023 foi a segunda mais alta em todos os meses do conjunto de dados ERA5, atrás de setembro de 2023.
  • O mês como um todo foi 1,7°C mais quente do que uma estimativa da média de outubro para 1850-1900, o período de referência pré-industrial.
  • E por causa de tudo isso, 2023 deve terminar como o ano mais quente em 125 mil anos.
Meta distante: conter o aquecimento a 1,5°C

Relatório recente da Organização das Nações Unidas (ONU) aponta que a probabilidade de limitar o aquecimento a 1,5°C é de apenas 14%. O dado consta em documento lançado dias antes da COP, a conferência do clima da ONU, que desta vez entra em sua 28ª edição e acontece em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Outro relatório da ONU alerta que as emissões globais de gases de efeito estufa (GEE) aumentaram 1,2% de 2021 a 2022, atingindo um novo recorde de 57,4 Gigatoneladas de Dióxido de Carbono Equivalente (GtCO2e).

O Acordo de Paris, assinado em dezembro de 2015, criou metas para que os países consigam manter o aquecimento global abaixo de 2ºC, buscando limitá-lo a 1,5ºC. Os países ricos devem garantir um financiamento de US$ 100 bilhões por ano, e os compromissos deverão ser revistos a cada 5 anos. Ou seja, em 2025 haverá uma nova reunião-chave internacional para calibrar as metas e garantir uma melhor preservação do planeta.

Sete consequências do aquecimento global, segundo a ONU:

  • Com o aquecimento a 2ºC, o mar do Ártico sofrerá degelo durante o verão a cada 10 anos. Essa frequência diminui para 100 anos com o aquecimento de 1,5ºC;
  • Até o final do século, o aumento do nível do mar deve ser 0,1 metro menor no cenário a 1,5ºC do que a 2ºC. O intervalo projetado para 1,5ºC é de 0,26 a 0,77 metro;
  • No melhor cenário, até 10,4 milhões de pessoas a menos serão impactadas pelo aumento do nível do mar até 2100;
  • Em regiões continentais, ondas de calor podem ser de duas a três vezes maiores no cenário acima de 2ºC do que naquele de 1,5ºC;
  • O número de espécies de animais e plantas que podem desaparecer é muito maior na projeção para 2ºC do que naquela de 1,5ºC;
  • Os ciclones tropicais devem ocorrer em menor frequência, mas deve ser maior o número de ciclones com intensidade muito forte, fator acentuado no cenário de 2ºC, em relação a 1,5ºC;
  • O aquecimento global a 2ºC deve aumentar a probabilidade de ocorrência de secas extremas, assim como falta de chuvas e riscos associados à falta de água.

ONU diz que é urgente agir agora para garantir 'futuro habitável' na Terra
ONU diz que é urgente agir agora para garantir 'futuro habitável' na Terra

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