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quarta-feira, 15 de novembro de 2023

Gases de efeito estufa atingem novo recorde, e impactos climáticos aumentam, alerta ONU

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Agência das Nações Unidas publicou relatório apontando que a concentração de dióxido de carbono (CO2) e metano (CH4) atingiram níveis sem precedentes no último ano.
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Por Roberto Peixoto, g1

Postadp em 15 de novembro de 2023 às 10h45m

#.*Post. - N.\ 11.007*.#

A agência da ONU alerta que ondas de calor extremas, secas e inundações devastadoras afetaram milhões de pessoas e custaram bilhões de dólares somente este ano. — Foto: José Fernando Ogura/AEN
A agência da ONU alerta que ondas de calor extremas, secas e inundações devastadoras afetaram milhões de pessoas e custaram bilhões de dólares somente este ano. — Foto: José Fernando Ogura/AEN

Mais uma vez, as concentrações atmosféricas de gases do efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global causado pelo homem, atingiram níveis sem precedentes no último ano, afirma um novo estudo da Organização Meteorológica Mundial divulgado nesta quarta-feira (15).

Segundo a agência da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2022, as concentrações médias globais de dióxido de carbono (CO2), o gás de efeito estufa mais abundante na Terra, ultrapassaram em mais de 50% os níveis da era pré-industrial (definida pelo ano de 1750), alcançando o pico de 417,9 ppm (partes por milhão - o número de moléculas do gás a cada milhão de moléculas de ar).

Assim, o aumento do CO2 na atmosfera em relação a 2021, recorde anterior, foi de 0,5%.

Concentração média global de CO2 — Foto: arte/g1
Concentração média global de CO2 — Foto: arte/g1

Aliado a isso, o metano (CH4) também viu um aumento em suas concentrações (264% em relação a 1750, ou 1.923 ppb).

Concentração média global de CH4 — Foto: arte/g1
Concentração média global de CH4 — Foto: arte/g1

O óxido nitroso (N2O), o terceiro gás mais abundante, registrou o maior aumento anual entre 2021 e 2022: 0,42% (124% em relação a 1750, ou 335 ppb).

Concentração média global de N2O — Foto: arte/g1
Concentração média global de N2O — Foto: arte/g1

Segundo a OMM, a multiplicação de fenômenos meteorológicos extremos (como a onda de calor atípica que atinge boa parte do Brasil nesta semana) e a subida do nível do mar são alguns dos efeitos das alterações climáticas provocada pelo aumento desses gases.

"A despeito de décadas de advertências científicas, relatórios extensos e dezenas de conferências sobre o clima, continuamos seguindo na direção errada", declarou o Secretário Geral da OMM, Petteri Taalas.

"Com as atuais concentrações de gases de efeito estufa, estamos trilhando um caminho de aumento nas temperaturas que nos levará a valores muito acima das metas estabelecidas no Acordo de Paris", acrescentou o chefe da agência.

No relatório, a OMM ainda destaca que enquanto menos da metade das emissões de CO2 permanece na atmosfera, o oceano absorve um pouco mais de um quarto dessas emissões, e os ecossistemas terrestres, como florestas, cerca de 30%.

Por isso, se o nível de dióxido de carbono continuar a aumentar como está, a OMM alerta que a temperatura do planeta continuará a subir, mesmo que as emissões sejam reduzidas rapidamente, devido à persistência prolongada do CO2 na atmosfera.

Com isso, a agência ressalta também a importância da Vigilância Mundial de Gases de Efeito Estufa, uma iniciativa ambiciosa que fornecerá monitoramento contínuo para entender melhor os fatores impulsionadores das mudanças climáticas.

Aprovada em maio pelo Congresso Meteorológico Mundial, a Vigilância é uma plataforma que está programada para operar em 2028. O objetivo da inciativa é oferecer dados desagregados sobre emissões de gases do efeito estufa, para assim auxiliar a elaboração de políticas públicas mais eficientes para reduzi-las ou limitá-las.

Entenda a crise do clima em gráficos e mapasEntenda a crise do clima em gráficos e mapas

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terça-feira, 14 de novembro de 2023

Onda de calor: o que é e por que está cada vez mais tão frequente?

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Segundo especialistas, é comum haver ondas de calor na primavera, mas elas têm sido mais intensas em razão da crise climática e do El Niño. Dados do Inpe mostram que a frequência aumentou muito.
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Por Poliana Casemiro, Mariana Garcia, g1

Postado em 14 de novembro de 2023 às 12h20m

#.*Post. - N.\ 11.006*.#

Previsão do tempo: 15 estados e DF estão com alerta vermelho para calor intenso
Previsão do tempo: 15 estados e DF estão com alerta vermelho para calor intenso

Temperaturas altas na madrugada. Dias com calor recorde. O forno que estamos sentindo tem uma responsável: a onda de calor. Mas o que ela significa e por que tem sido cada vez mais frequente? Confira essas e outras dúvidas abaixo.

Segundo especialistas, a onda de calor acontece quando temos uma temperatura acima da média por um período de mais de cinco dias.

Na atual onda de calor, classificada como uma das mais intensas do ano, a temperatura está 5°C acima da média.

A onda de calor é comum todos os anos na transição entre a primavera e o verão. O meteorologista Giovanni Dolif, do Centro Nacional de Desastres Naturais (Cemaden), explica que, nessa época, a Terra já está mais exposta ao Sol com a proximidade do verão. E as temperaturas altas ocorrem porque é uma temporada sem chuva e, com isso, menos nuvens para impedir a passagem de tanto calor.

2023 deve ser o ano mais quente em 125 mil anos, diz observatório europeu2023 deve ser o ano mais quente em 125 mil anos, diz observatório europeu

🥵 Se é comum, por que parece que nunca sentimos tanto calor antes?

O que o meteorologista explica é que a onda de calor se junta a dois eventos que estão fazendo a Terra ficar mais quente: o aquecimento global e o El Niño, fenômeno que deixa as águas do oceano mais quentes.

O nosso planeta está mais quente e, com isso, a onda de calor começa já em uma situação em que estamos com a temperatura acima da média. Tivemos o junho mais quente da história. Esse calor em sequência faz com que hoje a gente veja níveis extremos.
— Giovanni Dolif, meteorologista do Centro Nacional de Desastres Naturais (Cemaden).

E é o que está acontecendo:

  • No domingo (12), o Rio de Janeiro registrou a maior máxima do ano, com 40,4ºC.
  • A semana começou com São Paulo chegando aos 37,7ºC, marcando o segundo dia mais quente da história das medições feitas pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em 1943.
  • Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Rio de Janeiro e Teresina estão com um calor tão intenso que a previsão é de que, nesta terça-feira (14), batam recorde de máxima com 13°C acima da média de novembro.
  • O Inmet colocou 15 estados sob alerta de grande risco pelo calor intenso.

Além de ondas de calor mais intensas, estamos vendo isso acontecer com mais frequência. Essa é a quarta vez que ela ocorre no Brasil neste ano e de forma sequencial. As anteriores foram registradas nos meses de agosto, setembro, outubro e em novembro.

O meteorologista do Climatempo Fábio Luengo explica que o planeta mais quente é que faz com que tenhamos mais sequências de dias com temperaturas acima da média – condição da onda de calor – e que isso é resultado das mudanças climáticas.

O aquecimento global mexe com tudo e bagunça qualquer tipo de evento. Estamos tendo eventos mais extremos e mais frequentes, explica Luengo.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, mostram um salto brutal entre da onda de calor nos últimos 59 anos.

  • De 1961 a 1990: 7 dias
  • 1991 e 2000: 20 dias
  • De 2001 a 2010: 40 dias
  • 2011 e 2020: 52 dias

Os dados indicam que houve aumento das ondas de calor ao longo dos períodos analisados, em praticamente todo o Brasil, com exceção da região Sul, uma parte do sul do estado de São Paulo e o sul do Mato Grosso do Sul.

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segunda-feira, 13 de novembro de 2023

Lago no Havaí fica cor-de-rosa por excesso de sal; cientistas apontam estresse ambiental

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Pesquisadores dizem que a coloração é resultado do crescimento de uma bactéria que prospera em altos níveis de sal. A salinidade do lago é o dobro da encontrada na água do mar.
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Por g1

Postado em 13 de novembro de 2023 às 16h25m

#.*Post. - N.\ 11.005*.#

Lago no Havaí, nos Estados Unidos, fica rosa
Lago no Havaí, nos Estados Unidos, fica rosa

Um lago no Havaí (EUA) ficou completamente rosa. O motivo é o excesso de sal presente na água, que está o dobro da salinidade encontrada no mar. Pesquisadores dizem que essa coloração é resultado de um estresse ambiental.

De água salgada, o Lago Kealia fica na ilha de Maui e mudou de cor no dia 30 de outubro.

O que os testes mostraram foi a proliferação de halobactérias – um organismo unicelular que prospera em corpos d'água com altos níveis de sal, deixando o lago cor-de-rosa brilhante. A razão para o aumento dessas bactérias ainda é investigada.

Esta foto de 8 de novembro de 2023 mostra o lago no Kealia Pond National Wildlife Refuge em Maui, Havaí, que ficou rosa em 30 de outubro de 2023.  — Foto: Leslie Diamond via AP
Esta foto de 8 de novembro de 2023 mostra o lago no Kealia Pond National Wildlife Refuge em Maui, Havaí, que ficou rosa em 30 de outubro de 2023. — Foto: Leslie Diamond via AP

Mais salgada do que o mar

Segundo a equipe do Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos EUA, a análise da água mostrou que a salinidade está superior a 70 partes por mil. Isso é o dobro da salinidade da água do mar.

A tonalidade rosa brilhante é preocupante para o ecossistema, já que os níveis de sal na água são muito altos para a maioria dos peixes sobreviverem ou outros animais beberem.

Autoridades no Havaí estão investigando por que o lago ficou rosa, mas há indícios de que a culpa pode ser da seca. — Foto: Leslie Diamond via AP
Autoridades no Havaí estão investigando por que o lago ficou rosa, mas há indícios de que a culpa pode ser da seca. — Foto: Leslie Diamond via AP

O governo norte-americano pediu que as pessoas não se aproximem da água, não consumam nem comam peixes retirados do local.

O Serviço de Pesca dos Estados Unidos informou que estão sendo coletadas amostras da água para descobrirem a cepa da halobactéria e que não há uma previsão de medida para reverter o cenário no Lago Kealia.

O governo norte-americano ainda pediu que as pessoas não se aproximem da água. — Foto: Leslie Diamond via AP
O governo norte-americano ainda pediu que as pessoas não se aproximem da água. — Foto: Leslie Diamond via AP

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domingo, 12 de novembro de 2023

5 ameaças que podem levar girafas à extinção

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As populações de girafas diminuíram 40% nos últimos 30 anos e existem agora menos de 70 mil indivíduos adultos na natureza. Quais são as causas deste declínio alarmante do mamífero mais alto do mundo e o que pode ser feito para proteger estes gigantes?
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TOPO
Por Derek Lee*

Postado em 12 de novembro de 2023 às 07h00m

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Girafas são os mamíferos mais altos do mundo. — Foto: GETTY IMAGES via BBC
Girafas são os mamíferos mais altos do mundo. — Foto: GETTY IMAGES via BBC

As populações de girafas diminuíram 40% nos últimos 30 anos e existem agora menos de 70 mil indivíduos adultos na natureza.

Quais são as causas deste declínio alarmante do mamífero mais alto do mundo e o que pode ser feito para proteger estes gigantes pacíficos?

As cinco maiores ameaças às girafas são a perda de habitat, a falta de fiscalização da aplicação da lei, as alterações ecológicas, as alterações climáticas e a falta de conscientização. Abaixo, falarei sobre essas ameaças e o que está sendo feito para salvá-las.

Também explicarei um estudo do qual participei que classificou estas ameaças em termos do risco de cada uma delas de causar a extinção das girafas — e se ações humanas podem diminuí-lo.

Girafas herdam padrão de manchas das mães, diz estudo
Girafas herdam padrão de manchas das mães, diz estudo

O estudo utilizou dados de mais de 3.100 girafas identificadas ao longo de oito anos numa área não cercada de 4.500 km² do ecossistema Tarangire, na Tanzânia.

Usamos os dados para simular como as mudanças ambientais e o uso da terra poderiam afetar a população de girafas ao longo de 50 anos. As descobertas podem orientar ações de conservação.

Degradação, fragmentação e perda de habitat

As girafas precisam de grandes áreas de savana com abundantes arbustos e árvores nativas para se alimentarem. A maior ameaça para as girafas é a degradação, fragmentação e perda dos seus habitats através de atividades humanas, como a agricultura e a expansão dos assentamentos humanos.

A perda de habitat fora das áreas protegidas é a principal razão para o recente declínio no número de girafas. Os parques nacionais fornecem a maior parte do habitat restante. Alguns bons habitats permanecem desprotegidos, mas são cuidados por pastores.

Os pastores tradicionais, como os Maasai, no norte da Tanzânia, mantêm grandes espaços de savana natural onde a vida selvagem e as pessoas prosperam juntas.

No entanto, a maioria das pessoas que agora vivem em áreas que eram habitat de girafas são sedentárias. À medida que as populações de agricultores e cidadãos se expandem, as girafas são forçadas a viver em áreas de terra mais pequenas e isoladas. Isto reduz o seu acesso a alimentos e água e aumenta a sua vulnerabilidade.

Os conservacionistas estão trabalhando para salvaguardar o habitat desprotegido das girafas e manter ou restaurar as ligações entre as áreas protegidas. A gestão comunitária dos recursos naturais é fundamental para esta atividade, pois dá às comunidades locais o poder legal para proteger as suas terras e recursos.

Aplicação da lei insuficiente

Outra grande ameaça às girafas é a caça ilegal para os mercados de carne de animais selvagens. Isso geralmente é controlado por organizações criminosas internacionais.

Uma maior fiscalização é a melhor ferramenta para combater esta ameaça. Os conservacionistas estão trabalhando para reforçar a aplicação da lei local e internacional em torno dos crimes contra a vida selvagem e para reduzir a procura de produtos de girafas.

Isto requer o apoio a patrulhas anti-caça por guardas florestais e patrulhas anti-caça nas aldeias. Também é essencial que as comunidades tenham alternativas, formas legais de ganhar a vida.

Uma terceira grande ameaça às girafas são as alterações ecológicas causadas pelo homem que afetam a disponibilidade de alimentos e a mobilidade. Estas mudanças incluem o desmatamento de savanas para produção de lenha e carvão vegetal, mineração e construção de estradas e oleodutos. O desvio de água e o bombeamento de águas subterrâneas também afetam o seu habitat e o acesso à água.

A mineração, as estradas e os oleodutos podem perturbar os padrões naturais de movimento da vida selvagem, resultando em populações mais pequenas e mais isoladas, mais suscetíveis à extinção local.

Os conservacionistas estão promovendo a silvicultura sustentável, novas técnicas para preparar alimentos, como uso de fogões a gás, a conservação da água e o planejamento dos recursos hídricos subterrâneos.

Também estão construindo passagens para a vida selvagem em estradas e oleodutos.

Alterações Climáticas

A previsão é de que as alterações climáticas resultantes da poluição por dióxido de carbono causada pelo homem aumentem as temperaturas e as precipitações em muitas áreas da savana africana.

As girafas não são afetadas pelas temperaturas mais elevadas observadas até agora, mas o aumento das chuvas sazonais está associado à menor sobrevivência das girafas devido a doenças e à menor qualidade dos alimentos.

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A longo prazo, mais chuvas criarão condições favoráveis ao aumento da cobertura vegetal lenhosa nas savanas.

Isto poderia ajudar as girafas, aumentando o seu abastecimento alimentar, mas apenas se uma quantidade suficiente de savana natural for preservada da exploração humana.

Falta de conhecimento e conscientização

A quinta grande ameaça às girafas é a falta de conhecimento e conscientização sobre as suas necessidades.

As girafas são frequentemente ignoradas e sub-representadas na pesquisa, financiamento e políticas sobre a vida selvagem. Muitas pessoas não sabem que as girafas estão ameaçadas e enfrentam múltiplas ameaças em toda a África.

Os conservacionistas estão trabalhando para aumentar o conhecimento e a conscientização sobre as girafas local e mundialmente.

Os cientistas estão estudando a demografia, a dieta, o comportamento e a genética das girafas, e existe um grande programa de educação ambiental na Tanzânia, nos EUA e na Europa.

Criando um futuro seguro para girafas

As girafas enfrentam uma crise silenciosa de extinção em África. Mas ainda há esperança de que possam ser salvas se as pessoas compreenderem e abordarem o problema.

O novo estudo do qual fui coautor classificou ameaças e analisou ações potencialmente mitigadoras.

A nossa simulação mostrou que o maior fator de risco para a extinção local das girafas foi uma redução na fiscalização da aplicação da lei sobre a vida selvagem, levando a mais caça ilegal.

No modelo, um aumento na aplicação da lei mitigaria os efeitos negativos das alterações climáticas e da expansão das cidades ao longo dos limites das áreas protegidas.

O estudo destaca a grande utilidade da aplicação da lei como ferramenta de conservação da natureza.

Dada a sua vasta distribuição histórica em África e áreas de vida individuais de milhares de hectares, as girafas provavelmente não sobreviverão apenas dentro dos limites de áreas protegidas pequenas e fragmentadas.

Proponho, como parte das nossas recomendações baseadas em evidências, que as pastagens utilizadas pela vida selvagem e pelos pastores como vias de circulação sejam permanentemente protegidas da agricultura, mineração e construção de grandes obras de infraestrutura.

Isso dará às pessoas e também aos animais de grande porte, como as girafas, liberdade para circular.

Também exigirá a expansão da aplicação da lei sobre a vida selvagem nas terras das aldeias fora das áreas protegidas formais.

Estas medidas ajudariam a possibilitar que pessoas e girafas prosperassem juntas.

*Derek E. Lee é biológo e pesquisador na Penn State University, nos EUA.

**Este artigo foi publicado no site de divulgação científica The Conversation e reproduzido aqui sob a licença Creative Commons. Clique aqui para ler a versão original (em inglês).

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