Objetivo:
“Projetando o futuro e o desenvolvimento autossustentável da sua empresa, preparando-a para uma competitividade e lucratividade dinâmica em logística e visão de mercado, visando sempre e em primeiro lugar, a satisfação e o bem estar do consumidor-cliente."
Último lançamento de missão lunar foi feito pelos russos em 1976. Módulo deve fazer pesquisas na superfície do satélite natural da Terra por um ano. País esvaziará um vilarejo para o lançamento. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por g1 Postado em 07 de agosto de 2023 às 11h40m #.*Post. - N.\ 10.903*.#
Teste para rover lunar soviético Lunokhod 1 em 1976; Rússia não envia uma missão à Lua há 46 anos — Foto: GETTY IMAGES via BBC
A Rússia
se prepara para esvaziar um vilarejo no extremo leste do país e lançar a
primeira missão lunar russa em quase 50 anos, no dia 11 de agosto. As
informações foram divulgadas por autoridades locais nesta segunda-feira
(7).
A agência espacial russa disse que vai lançar o módulo lunar "Luna-25"
de uma base de lançamento espacial que fica a mais de 5 mil quilômetros
de Moscou. A última operação do tipo foi feita em 1976.
Os moradores que vivem na região terão de deixar suas casas, já que o
vilarejo fica em uma área onde os propulsores do foguete devem cair após
a separação do veículo espacial.
O governo russo informou que a missão tem como objetivo desenvolver
tecnologias de pouso suave, além de fazer pesquisas sobre a estrutura
interna da Lua e exploração de recursos, como água.
O módulo lunar deve operar na superfície da Lua por, pelo menos, um ano.
No total, 96,60% da população se autodeclara indígena, ou seja, dos 13.751 habitantes, 13.283 habitantes são indígenas. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por g1 RR — Boa Vista 07/08/2023 10h00 Atualizado há 42 minutos Postado em 07 de agosto de 2023 às 10h50m #.*Post. - N.\ 10.902*.#
Servidores do IBGE na comunidade Pedra Branca, em Uiramutã — Foto: Samantha Rufino/g1 RR
Uiramutã é o município do Brasil com a maior proporção de indígenas do
país, segundo dados do Censo de 2022 divulgados pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta segunda-feira (7). No
total, 96,60% da população se autodeclara indígena, ou seja, dos 13.751 habitantes, 13.283 habitantes são indígenas(veja o ranking completo mais abaixo).
Localizado na tríplice fronteira do Brasil com a Venezuela e a Guiana,
Uiramutã fica na região nordeste de Roraima, distante 280 km da capital
Boa Vista, e é10º mais populoso entre os 15 municípios de Roraima. A região tem uma área territorial de 8.113,598 km².
Uiramutã tem proporcionalmente maior população indígena do Brasil
Além de ser o mais proporcionalmente indígena do país, Uiramutã é o
segundo município mais indígena de Roraima, ficando atrás apenas de Boa
Vista, com 20.410 pessoas que se declaram indígenas.
No total, 97.320 pessoas se identificam como indígenas no estado. Ou
seja, a população de Uiramutã representa 13,65% do total dos povos
originários de Roraima.
O município mais indígena do Brasil fica localizado na Terra Indígena Raposa Serra do Sol,território emblemático na luta dos povos indígenas pela demarcação.
A Raposa Serra do Sol é a terra indígena com mais pessoas indígenas,
com 26.176 pessoas, ficando atrás apenas da Terra Yanomami, com 27.152
pessoas indígenas.
Normandia, ao Norte de Roraima, ocupou a 5ª posição no ranking dos
municípios proporcionalmente mais indígenas do país. A cidade também
está localizada na Terra Indígena Raposa Serra do Sol.
A Terra Indígena Raposa Serra do Sol é onde vivem os povos Macuxi,
Taurepang, Patamona, Ingaricó e Wapichana. A extensão territorial tem
cerca de 1,7 milhão de hectares em área continua, onde estão
distribuídas 222 comunidades.
Veja os municípios do Brasil com a maior população indígena proporcional:
Uiramutã (RR) - 13.283 (96,60%)
Santa Isabel do Rio Negro (AM) - 13.622 (96,17%)
São Gabriel da Cachoeira (AM) - 48.26 (93,17%)
Amaturá (AM) - 9.948 (91,95%)
Normandia (RR) - 12.144 (88,84%)
Marcação (PB) - 7.926 (88,08%)
Baía da Traição (PB) - 7.992 (88,64%)
Carnaubeira da Penha (PE) - 10.506 (85,84%)
São Paulo de Oliveira Valença (AM) - 26.619 (80,74%)
São João das Missões (MG) - 10.398 (79,84%)
Uiramutã é cercado de serras e lavrado, vegetação típica de Roraima que
atravessa as fronteiras da Venezuela e Guiana e é semelhante a savanas.
— Foto: Samantha Rufino/g1 RR
População total
Roraima atingiu a população de 636.303 habitantes. Foi o que mostrou os
primeiros dados do Censo 2022, divulgados em junho de 2023 IBGE.
O número representa um aumento de 41,25% quando comparado ao Censo
anterior, feito em 2010. Na época, a população do estado era de 451.227.
Ou seja, são 185.076 novos habitantes.
Roraima foi o único estado do país em que todos os municípios cresceram
e não perderam habitantes. Boa Vista continua sendo o município mais
populoso do estado, com 413.486 mil habitantes - equivalente a 64,9% do
total da população do estado.
'Perda florestal' indica a remoção ou mortalidade da cobertura arbórea, não necessariamente por desmatamento. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por g1 — Belém 07/08/2023 05h03 Atualizado há 02 horas Postado em 07 de agosto de 2023 às 07h10m #.*Post. - N.\ 10.901*.#
Garimpo ilegal localizado no meio da floresta amazônica, na fronteira entre a Bolívia e Brasil — Foto: Jorge Silva/Reuters
A preservação da floresta Amazônica é um desafio para todos os oito países onde ela está circunscrita, mas Brasil
e Bolívia lideram o ranking de perda florestal, tanto em números
absolutos quanto proporcionais ao total de floresta em seus territórios.
Os dados dos últimos 20 anos de perda florestal colhidos pela Global
Forest Watch indicam que a Bolívia é o país que mais perdeu cobertura
florestal original no bioma, com 9,06% perdido entre 2002 e 2022, último
ano com dados fechados. Na sequência está o Brasil, com 8,46%.
Perda florestal da Amazônia
PAÍS
PERDA DE COBERTURA FLORESTAL DESDE 2002
📍 Bolívia
9,06%
📍 Brasil
8,46%
📍 Peru
3,58%
📍 Colômbia
3,51%
📍 Equador
2,13%
📍 Venezuela
1,49%
📍 Suriname
1,21%
📍 Guiana
0,87%
📍 Guiana Francesa
0,72%
"Perda florestal" indica a remoção ou mortalidade da cobertura arbórea, não necessariamente por desmatamento.
Essa perda pode estar relacionada a diversos fatores, como queimadas -
legais e ilegais -, danos decorrentes de fenômenos naturais, entre
outros.
"Brasil e Bolívia têm tido as maiores taxas de perda de floresta",
afirma Jefferson Ferreira-Ferreira, coordenador de ciência de dados do
World Resources Institute Brasil (WRI Brasil), responsável pela
plataforma Global Forest Watch.
"A
Bolívia tem uma dinâmica de desmatamento muito forte, com similaridade
com o Brasil, de perda de floresta para agricultura e mineração."
A organização compilou os dados de uma colaboração entre a Universidade
de Maryland, a Google, a USGS e a NASA, e usa imagens de satélite
Landsat para mapear a perda de cobertura de árvores anual a uma
resolução de 30 × 30 metros.
A Bolívia apresenta resultados negativos crescentes. No ano passado, o
aumento foi de 32% em relação ao ano anterior, resultado que só ficou
atrás, entre os países sul-americanos, do desempenho do Equador, com
taxa de 68,49%.
A porção do território francês na América do Sul, a chamada Guiana Francesa, é o território com maior preservação, com perda de 0,72% do bioma nos últimos 20 anos.
Mas Ferreira destaca que a perda florestal no território francês está
em aceleração. De 2021 para 2022, o aumento foi de 68,45%, a segunda
pior da região, logo atrás do Equador. "Embora tenha um grande bloco de
floresta conservada e com o desmatamento pequeno, dos menores em área
absoluta, é claro que 68% é uma taxa grande", afirma.
Na região, o destaque negativo recai sobre o Brasil por conta da área
total perdida. "Não percentualmente, mas historicamente o Brasil é o que
mais perde floresta em toda a Amazônia em área total", afirma.
A média de floresta brasileira perdida de 2002 a 2022 é de 1,3 milhão
de hectares por ano. Em 2022, esse total chegou a 1,69 milhão de
hectares, o pior resultado desde 2017, que totalizou 1,96 milhão de
hectares de floresta a menos que no ano anterior.
Perda florestal da Amazônia
PAÍS
média de perda por ano por hectares
📍 Brasil
1.308.365
📍 Bolívia
176.043
📍 Peru
117.810
📍 Colômbia
91.495
📍 Venezuela
27.426
📍 Equador
10.790
📍 Suriname
7.387
📍 Guiana
7.160
📍 Guiana Francesa
2.682
O cientista também fala da importância do engajamento dos governos não
só na preservação da floresta, mas na transparência dos dados sobre sua
conservação. "Em relação ao Brasil, a gente tem um sistema com várias
iniciativas de outros setores da sociedade, além do sistema oficial, o
que permite um bom nível de transparência", afirma.
"Em alguns países isso se repete. Na Bolívia e Colômbia existe um bom
grau de transparência, mas em alguns países isso ainda é meio obscuro,
como na Venezuela", aponta. "A gente ainda não vê muita iniciativa do
governo para esse tipo de transparência. Mas felizmente a sociedade
civil e a academia têm feito um bom trabalho de modo geral."
Segundo o especialista, os dados apontam que os anos de El Niño
favorecem a maior perda florestal por representarem clima mais seco e,
com isso, mais propensão ao fogo. Mas, além disso, outras ações humanas
também levam a uma maior perda em toda a região.
"O preço internacional da carne e outras commodities e a própria taxa
de câmbio do dólar mostra influência na perda florestal. Isso aumenta o
apetite para a produção em detrimento da floresta", afirma Jefferson.
Um novo estudo revela que uma técnica chamada fluorescência de raios X portátil (pXRF, na sigla em inglês) está sendo utilizada para estudar materiais antigos e identificar restos de decoração apagados ou totalmente invisíveis a olho nu. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por BBC 05/08/2023 20h28 Atualizado há 13 minutos Postado em 05 de agosto de 2023 às 20h55m #.*Post. - N.\ 10.900*.#
Estudo com XRF da pintura de Ramsés 2º — Foto: Martinez Et Al 2023, Plos One
As paredes das antigas tumbas egípcias podem nos ensinar muito sobre a vida dos faraós e do seu entorno.
As pinturas das tumbas mostram o morto e seus familiares imediatos em
atividades religiosas, no próprio enterro, banqueteando-se e caçando nas
margens do Nilo.
Mas muitos desses túmulos foram saqueados ao longo da história e
escavados sem cuidado por caçadores de tesouros estrangeiros e pelos
primeiros arqueólogos. O resultado foi que grande parte das decorações
pintadas foi danificada, mesmo tendo sido bem preservada pelo ambiente
árido.
Essas seções danificadas de decorações pintadas vêm sendo
reconstruídas, em grande parte, por palpites bem fundamentados. Mas um
novo estudo revela que uma técnica chamada fluorescência de raios X
portátil (pXRF, na sigla em inglês) está sendo utilizada para estudar
materiais antigos e identificar restos de decoração apagados ou
totalmente invisíveis a olho nu.
As decorações detalhadas em tumbas, projetadas para refletir o status e
o apreço pela pessoa morta, atingiram o seu ápice na 18ª e na 19ª
dinastia egípcia (1550-1189 a.C.), na antiga cidade de Tebas (atual
Luxor). A realeza era enterrada no Vale dos Reis e no Vale das Rainhas.
Os membros da corte e outros funcionários de alto escalão eram
enterrados em diversos locais na margem oeste do Nilo, perto dos templos
mortuários dos reis que eles serviram em vida. Suas tumbas eram
cortadas na rocha e as paredes brutas escavadas das câmaras eram
cobertas com reboco, que fornecia uma superfície macia para as equipes
de desenhistas e outros artistas.
Os motivos decorativos que eles pintavam não eram sempre idênticos,
tendo se alterado entre a 18ª e a 19ª dinastia. Enquanto a primeira se
concentrava em cenas vibrantes do cenário natural e do dia a dia, o
período posterior preferia cenas religiosas mais austeras.
As tintas e os pigmentos utilizados pelos antigos egípcios eram feitos
de minérios. Por isso, eles possuem marcadores químicos específicos.
O amarelo, por exemplo, era atingido moendo-se o auripigmento sulfeto
de arsênio. O pigmento azul podia ser criado com cloreto de cobre
hidratado e o vermelho, com óxido de ferro.
Assim, utilizando fluorescência de raios X portátil, os cientistas
podem detectar esses marcadores químicos dos pigmentos para criar um
mapa das áreas danificadas.
A física e a egiptologia
Os campos da arqueologia e da egiptologia têm um longo histórico de uso
de técnicas e ferramentas criadas por outras disciplinas.
Desenvolvidas no início do século 20 pelo físico britânico Henry
Moseley (1887-1915), XRF e pXRF medem os raios X secundários emitidos
por um material bombardeado por raios X primários. Estes sinais podem
então ser usados para determinar a composição elementar do material.
Em vez do equipamento analítico volumoso (e imóvel) frequentemente
empregado para estudar artefatos arqueológicos em laboratório, o
equipamento necessário para realizar a análise pXRF pesa apenas 2 kg e
pode ser levado facilmente para o campo.
Embora a pXRF tenha sido utilizada no passado para determinar a
composição química de cerâmicas e metais, um novo projeto de pesquisa
internacional chefiado por Philippe Martinez, da Universidade Sorbonne,
na França, empregou recentemente esta técnica para analisar as belas e
complexas pinturas encontradas nos túmulos dos nobres do Egito Antigo.
O Vale dos Reis, perto de Luxor, no Egito, onde os faraós eram enterrados — Foto: Getty Images/Via BBC
A reconstrução da arte antiga
Este processo não é útil apenas para reconstruir seções danificadas.
Ele também tem o potencial de esclarecer elementos da técnica artística.
Na capela do túmulo pertencente ao Superintendente dos Campos de Amon,
Menna (TT69), da 18ª dinastia, a equipe de pesquisa identificou um braço
oculto no retrato do dono da tumba.
Este terceiro braço, que teria ficado invisível quando a tumba foi
terminada, é o resultado de uma alteração da postura do retratado pelos
pintores, por razões desconhecidas. Desta forma, a técnica pode mostrar
etapas do processo de decoração e escolhas estéticas ou técnicas feitas
pelos artistas, milhares de anos atrás.
Além do túmulo de Menna, a equipe também analisou um retrato de Ramsés
2º encontrado no túmulo de Nactamon, tradicionalmente datado como sendo
da 19ª dinastia.
A pintura continha diversas alterações sutis, incluindo a forma do
cetro real sustentado pelo governante (talvez para evitar que ele
coincidisse com o rosto do retratado).
O colar usado pelo rei também pode ter sido alterado. A equipe
responsável pelo projeto defende que esta mudança pode ser importante
para a datação da tumba.
Eles sugerem que o rei foi ilustrado primeiramente usando um tipo de
colar conhecido como shebyu, que era popular durante a 20ª dinastia,
alguns anos depois da morte de Ramsés 2º.
Este colar original parece ter sido alterado, passando a ser de outro
tipo, chamado wesekh, que era mais popular em retratos reais durante o
período em que ele viveu. Aparentemente, os pintores do túmulo
ilustraram originalmente o governante da 19ª dinastia usando joias da
20ª dinastia, perceberam o erro e fizeram as alterações necessárias.
Por outro lado, isso pode sugerir que o dono do túmulo, Nactamon, viveu
e trabalhou, na verdade, durante a 20ª e não a 19ª dinastia e que o
retrato de Ramsés 2º não é o retrato do rei vivo, mas do governante
morto e deificado.
As análises científicas estão sendo cada vez mais incorporadas à
maioria dos aspectos da pesquisa egiptológica, desde a análise material
de pigmentos, cerâmicas, metais e madeira até a análise espectroscópica
de antigos papiros egípcios.
Estas técnicas permitirão a realização de pesquisas minimamente
invasivas, ou totalmente não invasivas, que ajudarão a preservar os
artefatos e evitar maiores danos. E também irão esclarecer detalhes
cruciais sobre as proezas artísticas e tecnológicas dos antigos
egípcios.
* Nicky Nielsen é professor de egiptologia da Universidade de Manchester, no Reino Unido.
Este artigo foi publicado originalmente no site de notícias acadêmicas
The Conversation e republicado sob licença Creative Commons. Leia aqui a
versão original em inglês.
Novos dados revelaram que os oceanos atingiram a temperatura mais alta já registrada, batendo recorde de 2016. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por BBC 04/08/2023 12h43 Atualizado há uma hora Postado em 04 de agosto de 2023 às 13h45m #.*Post. - N.\ 10.899*.#
Ondas de calor no Oceano estão matando corais — Foto: Reuters
Novos dados revelaram que os oceanos atingiram a temperatura mais alta já registrada, devido ao fenômeno das mudanças climáticas — o que traz implicações sombrias para o planeta.
🌡️ A temperatura média diária global da superfície do mar chegou a 20,96ºC esta semana, batendo um recorde que vinha de 2016, de acordo com a Copernicus, uma agência de mudanças climáticas da União Europeia.
Essa temperatura está muito acima da média para esta época do ano.
Os
oceanos são fundamentais para regular o clima do planeta. Eles absorvem
o calor, produzem metade do oxigênio da Terra e controlam os padrões
climáticos.
Águas mais quentes têm menos capacidade de absorver dióxido de carbono da atmosfera, o que provoca aumento no aquecimento do clima. Mais gases na atmosfera aceleram o derretimento das geleiras que fluem para o oceano, levando a um aumento do nível do mar.
🌊 Oceanos mais quentes e ondas de calor afetam espécies marinhas
como peixes e baleias que migram para águas mais frias, alterando a
cadeia alimentar marítima. Especialistas alertam que os estoques de
peixes podem ser afetados.
Alguns animais predadores, como tubarões, podem se tornar mais agressivos porque ficam confusos em temperaturas mais altas.
Março deveria ser quando os oceanos globalmente estão mais quentes, não
agosto ou setembro. O fato de termos visto o recorde agora me deixa
nervoso sobre o quanto o oceano pode ficar mais quente entre agora e
março próximo.
— Samantha Burgess, do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus
"É preocupante ver essa mudança acontecendo tão rapidamente. Tivemos
uma onda de calor marinha de 247 dias no Reino Unido entre agosto de
2022 e abril de 2023", disse o professor Mike Burrows, que está
monitorando os impactos nas costas marítimas escocesas com a Associação
Escocesa de Ciência Marinha.
🚨 Os cientistas dizem que as mudanças climáticas estão diretamente ligadas ao aquecimento dos oceanos, por que os mares estão absorvendo a maior parte do aquecimento das emissões de gases de efeito estufa.
"Quanto mais queimamos combustíveis fósseis, mais excesso de calor será
absorvido pelos oceanos, o que significa que mais tempo levará para
estabilizá-los e trazê-los de volta para o nível onde estavam", explica
Burgess.
O
novo recorde de temperatura média supera o registrado em 2016, quando a
flutuação natural do clima El Niño estava em pleno andamento e em seu
ponto mais forte.
O El Niño ocorre quando a água quente sobe à superfície na costa oeste da América do Sul, elevando as temperaturas globais.
Outro El Niño já começou, mas os cientistas dizem que ele ainda é fraco
— o que significa que as temperaturas do oceano devem subir ainda mais
acima da média nos próximos meses.
Os novos dados de temperatura foram registrados após uma série de ondas de calor marinhas este ano, incluindo no Reino Unido, no Atlântico Norte, no Mediterrâneo e no Golfo do México.
"As ondas de calor marinhas que estamos vendo estão ocorrendo em locais incomuns onde não esperávamos", diz Burgess.
Em junho, as temperaturas nas águas do Reino Unido ficaram de 3°C a 5°C acima da média, de acordo com a agência meteorológica britânica Met Office e a Agência Espacial Europeia.
Na Flórida,
a temperatura da superfície do mar atingiu 38,44°C na semana passada —
comparável a uma banheira de hidromassagem. Normalmente as temperaturas
devem ficar entre 23°C e 31°C, de acordo com a Administração Nacional
Oceânica e Atmosférica (NOAA ma sigla em inglês).
As ondas de calor marinhas dobraram de frequência entre 1982 e 2016 e
se tornaram mais intensas e mais longas desde a década de 1980, de
acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
Embora as temperaturas do ar tenham sofrido alguns aumentos dramáticos nos últimos anos, os oceanos demoram mais para aquecer, mesmo tendo absorvido 90% do aquecimento da Terra devido às emissões de gases de efeito estufa.
Mas agora há sinais de que as temperaturas oceânicas podem estar subindo.
Uma teoria é que muito calor foi armazenado nas profundezas do oceano,
que agora está vindo à superfície, possivelmente ligado ao El Niño, diz
Karina von Schuckmann, da ONG Mercator Ocean International.
Embora os cientistas soubessem que a superfície do mar continuaria
aquecendo devido às emissões de gases de efeito estufa, eles ainda estão investigando exatamente por que as temperaturas subiram tanto em relação aos anos anteriores.