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segunda-feira, 7 de agosto de 2023

Rússia fará em 11 agosto a 1ª missão lunar em quase 50 anos

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Último lançamento de missão lunar foi feito pelos russos em 1976. Módulo deve fazer pesquisas na superfície do satélite natural da Terra por um ano. País esvaziará um vilarejo para o lançamento.
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Por g1

Postado em 07 de agosto de 2023 às 11h40m

 #.*Post. - N.\ 10.903*.#

Teste para rover lunar soviético Lunokhod 1 em 1976; Rússia não envia uma missão à Lua há 46 anos — Foto: GETTY IMAGES via BBC
Teste para rover lunar soviético Lunokhod 1 em 1976; Rússia não envia uma missão à Lua há 46 anos — Foto: GETTY IMAGES via BBC

A Rússia se prepara para esvaziar um vilarejo no extremo leste do país e lançar a primeira missão lunar russa em quase 50 anos, no dia 11 de agosto. As informações foram divulgadas por autoridades locais nesta segunda-feira (7).

A agência espacial russa disse que vai lançar o módulo lunar "Luna-25" de uma base de lançamento espacial que fica a mais de 5 mil quilômetros de Moscou. A última operação do tipo foi feita em 1976.

Os moradores que vivem na região terão de deixar suas casas, já que o vilarejo fica em uma área onde os propulsores do foguete devem cair após a separação do veículo espacial.

O governo russo informou que a missão tem como objetivo desenvolver tecnologias de pouso suave, além de fazer pesquisas sobre a estrutura interna da Lua e exploração de recursos, como água.

O módulo lunar deve operar na superfície da Lua por, pelo menos, um ano.

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Uiramutã é o município com maior proporção de indígenas do país, aponta IBGE

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No total, 96,60% da população se autodeclara indígena, ou seja, dos 13.751 habitantes, 13.283 habitantes são indígenas.
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Por g1 RR — Boa Vista

Postado em 07 de agosto de 2023 às 10h50m

 #.*Post. - N.\ 10.902*.#

Servidores do IBGE na comunidade Pedra Branca, em Uiramutã — Foto: Samantha Rufino/g1 RR
Servidores do IBGE na comunidade Pedra Branca, em Uiramutã — Foto: Samantha Rufino/g1 RR

Uiramutã é o município do Brasil com a maior proporção de indígenas do país, segundo dados do Censo de 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta segunda-feira (7). No total, 96,60% da população se autodeclara indígena, ou seja, dos 13.751 habitantes, 13.283 habitantes são indígenas (veja o ranking completo mais abaixo).

Além de ser o mais proporcionalmente indígena do país, Uiramutã é o segundo município mais indígena de Roraima, ficando atrás apenas de Boa Vista, com 20.410 pessoas que se declaram indígenas.

No total, 97.320 pessoas se identificam como indígenas no estado. Ou seja, a população de Uiramutã representa 13,65% do total dos povos originários de Roraima.

O município mais indígena do Brasil fica localizado na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, território emblemático na luta dos povos indígenas pela demarcação. A Raposa Serra do Sol é a terra indígena com mais pessoas indígenas, com 26.176 pessoas, ficando atrás apenas da Terra Yanomami, com 27.152 pessoas indígenas.

Normandia, ao Norte de Roraima, ocupou a 5ª posição no ranking dos municípios proporcionalmente mais indígenas do país. A cidade também está localizada na Terra Indígena Raposa Serra do Sol.

A Terra Indígena Raposa Serra do Sol é onde vivem os povos Macuxi, Taurepang, Patamona, Ingaricó e Wapichana. A extensão territorial tem cerca de 1,7 milhão de hectares em área continua, onde estão distribuídas 222 comunidades.

Veja os municípios do Brasil com a maior população indígena proporcional:

  • Uiramutã (RR) - 13.283 (96,60%)
  • Santa Isabel do Rio Negro (AM) - 13.622 (96,17%)
  • São Gabriel da Cachoeira (AM) - 48.26 (93,17%)
  • Amaturá (AM) - 9.948 (91,95%)
  • Normandia (RR) - 12.144 (88,84%)
  • Marcação (PB) - 7.926 (88,08%)
  • Baía da Traição (PB) - 7.992 (88,64%)
  • Carnaubeira da Penha (PE) - 10.506 (85,84%)
  • São Paulo de Oliveira Valença (AM) - 26.619 (80,74%)
  • São João das Missões (MG) - 10.398 (79,84%)
Uiramutã é cercado de serras e lavrado, vegetação típica de Roraima que atravessa as fronteiras da Venezuela e Guiana e é semelhante a savanas. — Foto: Samantha Rufino/g1 RR
Uiramutã é cercado de serras e lavrado, vegetação típica de Roraima que atravessa as fronteiras da Venezuela e Guiana e é semelhante a savanas. — Foto: Samantha Rufino/g1 RR

População total

Roraima atingiu a população de 636.303 habitantes. Foi o que mostrou os primeiros dados do Censo 2022, divulgados em junho de 2023 IBGE.

O número representa um aumento de 41,25% quando comparado ao Censo anterior, feito em 2010. Na época, a população do estado era de 451.227. Ou seja, são 185.076 novos habitantes.

Roraima foi o único estado do país em que todos os municípios cresceram e não perderam habitantes. Boa Vista continua sendo o município mais populoso do estado, com 413.486 mil habitantes - equivalente a 64,9% do total da população do estado.

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Conservação é desafio para todos os países que detêm Amazônia, mas Brasil e Bolívia lideram perda florestal

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 'Perda florestal' indica a remoção ou mortalidade da cobertura arbórea, não necessariamente por desmatamento.
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Por g1 — Belém

Postado em 07 de agosto de 2023 às 07h10m

 #.*Post. - N.\ 10.901*.#

Garimpo ilegal localizado no meio da floresta amazônica, na fronteira entre a Bolívia e Brasil — Foto: Jorge Silva/Reuters
Garimpo ilegal localizado no meio da floresta amazônica, na fronteira entre a Bolívia e Brasil — Foto: Jorge Silva/Reuters

A preservação da floresta Amazônica é um desafio para todos os oito países onde ela está circunscrita, mas Brasil e Bolívia lideram o ranking de perda florestal, tanto em números absolutos quanto proporcionais ao total de floresta em seus territórios.

Os dados dos últimos 20 anos de perda florestal colhidos pela Global Forest Watch indicam que a Bolívia é o país que mais perdeu cobertura florestal original no bioma, com 9,06% perdido entre 2002 e 2022, último ano com dados fechados. Na sequência está o Brasil, com 8,46%.

Perda florestal da Amazônia

PAÍS PERDA DE COBERTURA FLORESTAL DESDE 2002
📍 Bolívia 9,06%
📍 Brasil 8,46%
📍 Peru 3,58%
📍 Colômbia 3,51%
📍 Equador 2,13%
📍 Venezuela 1,49%
📍 Suriname 1,21%
📍 Guiana 0,87%
📍 Guiana Francesa 0,72%

"Perda florestal" indica a remoção ou mortalidade da cobertura arbórea, não necessariamente por desmatamento. Essa perda pode estar relacionada a diversos fatores, como queimadas - legais e ilegais -, danos decorrentes de fenômenos naturais, entre outros.

"Brasil e Bolívia têm tido as maiores taxas de perda de floresta", afirma Jefferson Ferreira-Ferreira, coordenador de ciência de dados do World Resources Institute Brasil (WRI Brasil), responsável pela plataforma Global Forest Watch.

"A Bolívia tem uma dinâmica de desmatamento muito forte, com similaridade com o Brasil, de perda de floresta para agricultura e mineração."

A organização compilou os dados de uma colaboração entre a Universidade de Maryland, a Google, a USGS e a NASA, e usa imagens de satélite Landsat para mapear a perda de cobertura de árvores anual a uma resolução de 30 × 30 metros.

A Bolívia apresenta resultados negativos crescentes. No ano passado, o aumento foi de 32% em relação ao ano anterior, resultado que só ficou atrás, entre os países sul-americanos, do desempenho do Equador, com taxa de 68,49%.

A porção do território francês na América do Sul, a chamada Guiana Francesa, é o território com maior preservação, com perda de 0,72% do bioma nos últimos 20 anos.

Mas Ferreira destaca que a perda florestal no território francês está em aceleração. De 2021 para 2022, o aumento foi de 68,45%, a segunda pior da região, logo atrás do Equador. "Embora tenha um grande bloco de floresta conservada e com o desmatamento pequeno, dos menores em área absoluta, é claro que 68% é uma taxa grande", afirma.

Na região, o destaque negativo recai sobre o Brasil por conta da área total perdida. "Não percentualmente, mas historicamente o Brasil é o que mais perde floresta em toda a Amazônia em área total", afirma.

A média de floresta brasileira perdida de 2002 a 2022 é de 1,3 milhão de hectares por ano. Em 2022, esse total chegou a 1,69 milhão de hectares, o pior resultado desde 2017, que totalizou 1,96 milhão de hectares de floresta a menos que no ano anterior.

Perda florestal da Amazônia

PAÍS média de perda por ano por hectares
📍 Brasil 1.308.365
📍 Bolívia 176.043
📍 Peru 117.810
📍 Colômbia 91.495
📍 Venezuela 27.426
📍 Equador 10.790
📍 Suriname 7.387
📍 Guiana 7.160
📍 Guiana Francesa 2.682

O cientista também fala da importância do engajamento dos governos não só na preservação da floresta, mas na transparência dos dados sobre sua conservação. "Em relação ao Brasil, a gente tem um sistema com várias iniciativas de outros setores da sociedade, além do sistema oficial, o que permite um bom nível de transparência", afirma.

"Em alguns países isso se repete. Na Bolívia e Colômbia existe um bom grau de transparência, mas em alguns países isso ainda é meio obscuro, como na Venezuela", aponta. "A gente ainda não vê muita iniciativa do governo para esse tipo de transparência. Mas felizmente a sociedade civil e a academia têm feito um bom trabalho de modo geral."

Segundo o especialista, os dados apontam que os anos de El Niño favorecem a maior perda florestal por representarem clima mais seco e, com isso, mais propensão ao fogo. Mas, além disso, outras ações humanas também levam a uma maior perda em toda a região.

"O preço internacional da carne e outras commodities e a própria taxa de câmbio do dólar mostra influência na perda florestal. Isso aumenta o apetite para a produção em detrimento da floresta", afirma Jefferson.

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sábado, 5 de agosto de 2023

Como tecnologia moderna está desvendando segredos das tumbas de faraós

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Um novo estudo revela que uma técnica chamada fluorescência de raios X portátil (pXRF, na sigla em inglês) está sendo utilizada para estudar materiais antigos e identificar restos de decoração apagados ou totalmente invisíveis a olho nu.
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TOPO
Por BBC

Postado em 05 de agosto de 2023 às 20h55m

 #.*Post. - N.\ 10.900*.#

Estudo com XRF da pintura de Ramsés 2º — Foto: Martinez Et Al 2023, Plos One
Estudo com XRF da pintura de Ramsés 2º — Foto: Martinez Et Al 2023, Plos One

As paredes das antigas tumbas egípcias podem nos ensinar muito sobre a vida dos faraós e do seu entorno.

As pinturas das tumbas mostram o morto e seus familiares imediatos em atividades religiosas, no próprio enterro, banqueteando-se e caçando nas margens do Nilo.

Mas muitos desses túmulos foram saqueados ao longo da história e escavados sem cuidado por caçadores de tesouros estrangeiros e pelos primeiros arqueólogos. O resultado foi que grande parte das decorações pintadas foi danificada, mesmo tendo sido bem preservada pelo ambiente árido.

Essas seções danificadas de decorações pintadas vêm sendo reconstruídas, em grande parte, por palpites bem fundamentados. Mas um novo estudo revela que uma técnica chamada fluorescência de raios X portátil (pXRF, na sigla em inglês) está sendo utilizada para estudar materiais antigos e identificar restos de decoração apagados ou totalmente invisíveis a olho nu.

As decorações detalhadas em tumbas, projetadas para refletir o status e o apreço pela pessoa morta, atingiram o seu ápice na 18ª e na 19ª dinastia egípcia (1550-1189 a.C.), na antiga cidade de Tebas (atual Luxor). A realeza era enterrada no Vale dos Reis e no Vale das Rainhas.

Os membros da corte e outros funcionários de alto escalão eram enterrados em diversos locais na margem oeste do Nilo, perto dos templos mortuários dos reis que eles serviram em vida. Suas tumbas eram cortadas na rocha e as paredes brutas escavadas das câmaras eram cobertas com reboco, que fornecia uma superfície macia para as equipes de desenhistas e outros artistas.

Os motivos decorativos que eles pintavam não eram sempre idênticos, tendo se alterado entre a 18ª e a 19ª dinastia. Enquanto a primeira se concentrava em cenas vibrantes do cenário natural e do dia a dia, o período posterior preferia cenas religiosas mais austeras.

As tintas e os pigmentos utilizados pelos antigos egípcios eram feitos de minérios. Por isso, eles possuem marcadores químicos específicos.

O amarelo, por exemplo, era atingido moendo-se o auripigmento sulfeto de arsênio. O pigmento azul podia ser criado com cloreto de cobre hidratado e o vermelho, com óxido de ferro.

Assim, utilizando fluorescência de raios X portátil, os cientistas podem detectar esses marcadores químicos dos pigmentos para criar um mapa das áreas danificadas.

A física e a egiptologia

Os campos da arqueologia e da egiptologia têm um longo histórico de uso de técnicas e ferramentas criadas por outras disciplinas.

Desenvolvidas no início do século 20 pelo físico britânico Henry Moseley (1887-1915), XRF e pXRF medem os raios X secundários emitidos por um material bombardeado por raios X primários. Estes sinais podem então ser usados para determinar a composição elementar do material.

Em vez do equipamento analítico volumoso (e imóvel) frequentemente empregado para estudar artefatos arqueológicos em laboratório, o equipamento necessário para realizar a análise pXRF pesa apenas 2 kg e pode ser levado facilmente para o campo.

Embora a pXRF tenha sido utilizada no passado para determinar a composição química de cerâmicas e metais, um novo projeto de pesquisa internacional chefiado por Philippe Martinez, da Universidade Sorbonne, na França, empregou recentemente esta técnica para analisar as belas e complexas pinturas encontradas nos túmulos dos nobres do Egito Antigo.

O Vale dos Reis, perto de Luxor, no Egito, onde os faraós eram enterrados — Foto: Getty Images/Via BBC
O Vale dos Reis, perto de Luxor, no Egito, onde os faraós eram enterrados — Foto: Getty Images/Via BBC

A reconstrução da arte antiga

Este processo não é útil apenas para reconstruir seções danificadas. Ele também tem o potencial de esclarecer elementos da técnica artística.

Na capela do túmulo pertencente ao Superintendente dos Campos de Amon, Menna (TT69), da 18ª dinastia, a equipe de pesquisa identificou um braço oculto no retrato do dono da tumba.

Este terceiro braço, que teria ficado invisível quando a tumba foi terminada, é o resultado de uma alteração da postura do retratado pelos pintores, por razões desconhecidas. Desta forma, a técnica pode mostrar etapas do processo de decoração e escolhas estéticas ou técnicas feitas pelos artistas, milhares de anos atrás.

Além do túmulo de Menna, a equipe também analisou um retrato de Ramsés 2º encontrado no túmulo de Nactamon, tradicionalmente datado como sendo da 19ª dinastia.

A pintura continha diversas alterações sutis, incluindo a forma do cetro real sustentado pelo governante (talvez para evitar que ele coincidisse com o rosto do retratado).

O colar usado pelo rei também pode ter sido alterado. A equipe responsável pelo projeto defende que esta mudança pode ser importante para a datação da tumba.

Eles sugerem que o rei foi ilustrado primeiramente usando um tipo de colar conhecido como shebyu, que era popular durante a 20ª dinastia, alguns anos depois da morte de Ramsés 2º.

Este colar original parece ter sido alterado, passando a ser de outro tipo, chamado wesekh, que era mais popular em retratos reais durante o período em que ele viveu. Aparentemente, os pintores do túmulo ilustraram originalmente o governante da 19ª dinastia usando joias da 20ª dinastia, perceberam o erro e fizeram as alterações necessárias.

Por outro lado, isso pode sugerir que o dono do túmulo, Nactamon, viveu e trabalhou, na verdade, durante a 20ª e não a 19ª dinastia e que o retrato de Ramsés 2º não é o retrato do rei vivo, mas do governante morto e deificado.

As análises científicas estão sendo cada vez mais incorporadas à maioria dos aspectos da pesquisa egiptológica, desde a análise material de pigmentos, cerâmicas, metais e madeira até a análise espectroscópica de antigos papiros egípcios.

Estas técnicas permitirão a realização de pesquisas minimamente invasivas, ou totalmente não invasivas, que ajudarão a preservar os artefatos e evitar maiores danos. E também irão esclarecer detalhes cruciais sobre as proezas artísticas e tecnológicas dos antigos egípcios.

* Nicky Nielsen é professor de egiptologia da Universidade de Manchester, no Reino Unido.

Este artigo foi publicado originalmente no site de notícias acadêmicas The Conversation e republicado sob licença Creative Commons. Leia aqui a versão original em inglês.

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sexta-feira, 4 de agosto de 2023

Por que novo recorde de calor do oceano é alerta sombrio para planeta

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Novos dados revelaram que os oceanos atingiram a temperatura mais alta já registrada, batendo recorde de 2016.
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TOPO
Por BBC

Postado em 04 de agosto de 2023 às 13h45m

 #.*Post. - N.\ 10.899*.#

Ondas de calor no Oceano estão matando corais — Foto: Reuters
Ondas de calor no Oceano estão matando corais — Foto: Reuters

Novos dados revelaram que os oceanos atingiram a temperatura mais alta já registrada, devido ao fenômeno das mudanças climáticas — o que traz implicações sombrias para o planeta.

🌡️ A temperatura média diária global da superfície do mar chegou a 20,96ºC esta semana, batendo um recorde que vinha de 2016, de acordo com a Copernicus, uma agência de mudanças climáticas da União Europeia.

Essa temperatura está muito acima da média para esta época do ano.

Os oceanos são fundamentais para regular o clima do planeta. Eles absorvem o calor, produzem metade do oxigênio da Terra e controlam os padrões climáticos.

Águas mais quentes têm menos capacidade de absorver dióxido de carbono da atmosfera, o que provoca aumento no aquecimento do clima. Mais gases na atmosfera aceleram o derretimento das geleiras que fluem para o oceano, levando a um aumento do nível do mar.

🌊 Oceanos mais quentes e ondas de calor afetam espécies marinhas como peixes e baleias que migram para águas mais frias, alterando a cadeia alimentar marítima. Especialistas alertam que os estoques de peixes podem ser afetados.

Alguns animais predadores, como tubarões, podem se tornar mais agressivos porque ficam confusos em temperaturas mais altas.

"Neste momento, há um branqueamento generalizado de corais em recifes rasos na Flórida (nos EUA) e muitos corais já morreram", diz Kathryn Lesneski, que está monitorando uma onda de calor marinha no Golfo do México para o Administração Oceânica e Atmosférica Nacional.

"Estamos colocando os oceanos sob mais estresse do que em qualquer outro momento da história", diz Matt Frost, do Plymouth Marine Lab, no Reino Unido.

Ele diz que a poluição e a pesca excessiva também afetam os oceanos.

Março deveria ser quando os oceanos globalmente estão mais quentes, não agosto ou setembro. O fato de termos visto o recorde agora me deixa nervoso sobre o quanto o oceano pode ficar mais quente entre agora e março próximo.
— Samantha Burgess, do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus

"É preocupante ver essa mudança acontecendo tão rapidamente. Tivemos uma onda de calor marinha de 247 dias no Reino Unido entre agosto de 2022 e abril de 2023", disse o professor Mike Burrows, que está monitorando os impactos nas costas marítimas escocesas com a Associação Escocesa de Ciência Marinha.

🚨 Os cientistas dizem que as mudanças climáticas estão diretamente ligadas ao aquecimento dos oceanos, por que os mares estão absorvendo a maior parte do aquecimento das emissões de gases de efeito estufa.

"Quanto mais queimamos combustíveis fósseis, mais excesso de calor será absorvido pelos oceanos, o que significa que mais tempo levará para estabilizá-los e trazê-los de volta para o nível onde estavam", explica Burgess.

O novo recorde de temperatura média supera o registrado em 2016, quando a flutuação natural do clima El Niño estava em pleno andamento e em seu ponto mais forte.

O El Niño ocorre quando a água quente sobe à superfície na costa oeste da América do Sul, elevando as temperaturas globais.

Outro El Niño já começou, mas os cientistas dizem que ele ainda é fraco — o que significa que as temperaturas do oceano devem subir ainda mais acima da média nos próximos meses.

Os novos dados de temperatura foram registrados após uma série de ondas de calor marinhas este ano, incluindo no Reino Unido, no Atlântico Norte, no Mediterrâneo e no Golfo do México.

"As ondas de calor marinhas que estamos vendo estão ocorrendo em locais incomuns onde não esperávamos", diz Burgess.

  • Em junho, as temperaturas nas águas do Reino Unido ficaram de 3°C a 5°C acima da média, de acordo com a agência meteorológica britânica Met Office e a Agência Espacial Europeia.
  • Na Flórida, a temperatura da superfície do mar atingiu 38,44°C na semana passada — comparável a uma banheira de hidromassagem. Normalmente as temperaturas devem ficar entre 23°C e 31°C, de acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA ma sigla em inglês).

As ondas de calor marinhas dobraram de frequência entre 1982 e 2016 e se tornaram mais intensas e mais longas desde a década de 1980, de acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).

Embora as temperaturas do ar tenham sofrido alguns aumentos dramáticos nos últimos anos, os oceanos demoram mais para aquecer, mesmo tendo absorvido 90% do aquecimento da Terra devido às emissões de gases de efeito estufa.

Mas agora há sinais de que as temperaturas oceânicas podem estar subindo. Uma teoria é que muito calor foi armazenado nas profundezas do oceano, que agora está vindo à superfície, possivelmente ligado ao El Niño, diz Karina von Schuckmann, da ONG Mercator Ocean International.

Embora os cientistas soubessem que a superfície do mar continuaria aquecendo devido às emissões de gases de efeito estufa, eles ainda estão investigando exatamente por que as temperaturas subiram tanto em relação aos anos anteriores.


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