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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

Pesquisadores descobrem rochas de plástico no arquipélago quase inabitado mais distante do litoral brasileiro

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Rochas estão sendo formadas com resíduos de redes de pesca na Ilha da Trindade, que fica a 1.140 quilômetros de Vitória, no Espírito Santo.
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Por Viviane Lopes, g1 ES — Vitória

Postado em 09 de fevereiro de 2023 às 10h15m

 #.*Post. - N.\ 10.676*.#

Pesquisadores encontram rochas de plástico em ilha quase inabitada
Pesquisadores encontram rochas de plástico em ilha quase inabitada

Cientistas e pesquisadores identificaram rochas que estão sendo formadas por plástico na Ilha da Trindade, um paraíso quase inabitado que fica a 1.140 quilômetros de Vitória, no Espírito Santo, e é a ilha brasileira mais distante do continente.

O acesso à ilha é controlado e restringido pela Marinha, o que mostra que a ação do homem começou a influenciar processos que antes eram considerados essencialmente naturais, como a formação de rochas.

Os impactos para o meio ambiente podem ser graves, ameaçando, por exemplo, espécies de tartarugas e aves que se alimentam no local, e também espalhando o material para outras regiões (entenda ao final desta reportagem).

No estudo, que é inédito no Brasil, os cientistas buscam entender a relação entre o homem e o meio em que vive, como as ações humanas transformam o meio ambiente e o impacto disso para as próximas gerações.

A pesquisa foi feita pela doutoranda do programa de pós-graduação em Geologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Fernanda Avelar.

Rochas de plástico se formaram na Ilha da Trindade — Foto: Fernanda Avelar Santos
Rochas de plástico se formaram na Ilha da Trindade — Foto: Fernanda Avelar Santos

A pesquisadora fazia um projeto de estudos costeiros nas ilhas oceânicas brasileiras desde 2017. Ela identificou as rochas formadas por plástico ao fazer uma coleta na Ilha da Trindade em 2019.

"Fiquei uns dois meses na ilha realizando a coleta. Um dia, quando fui até o parcel [recife próximo à superfície] das tartarugas, uma região conhecida por ser a maior área de desova de tartaruga-verde no país, encontrei sedimentos esverdeados nas pedras próximas à praia. Realizei a coleta e depois levei para o laboratório para estudar e entender o que era esse material", contou Fernanda.

Após a análise, a geóloga identificou que o que estava atrelado as rochas era plástico, mais especificamente corda de pesca. O material é formado por pedaços jogado no mar, que são levados até a ilha pela ação das correntes marítimas.

Ilha da Trindade — Foto: Daniele Venturini
Ilha da Trindade — Foto: Daniele Venturini

Formação das rochas

A pesquisadora explicou então que, a partir disso, foi possível identificar que as rochas antes só compostas por substâncias naturais como minerais, estavam sendo geradas pela poluição marinha, compostas principalmente por plástico.

"É fácil reconhecer uma rocha gerada a partir da ação do homem. É só identificar materiais visualmente artificiais, como o plástico, que é um material do nosso cotidiano de fácil reconhecimento visual. As ocorrências encontradas na Ilha da Trindade são compostos por materiais naturais (minerais, conchas, fragmentos de rochas) e materiais plásticos (não-naturais)", disse a geóloga.

Rochas estão sendo formadas com resíduos de redes de pesca na Ilha da Trindade, que fica a 1.140 quilômetros de Vitória — Foto: g1

Rochas estão sendo formadas com resíduos de redes de pesca na Ilha da Trindade, que fica a 1.140 quilômetros de Vitória — Foto: g1

De acordo com o resultado do estudo, o material de corda de pesca se formou na rocha e se fixou na superfície da praia.

O plástico se fixou onde havia rocha e areia e se incorporou na parte de cima da superfície. Com isso, conglomerados foram formados, ficando difícil, até quase impossível, de tirar o plástico da rocha, o que mostra que são detritos plásticos com aparência de rocha.

A maioria do material coletado por Fernanda tem uma idade de poucos anos, com no máximo 1 ou 2 décadas.

O que também chamou a atenção da pesquisadora é que o processo da formação da rocha a partir da poluição marinha é rápido.

"Ele depende de três etapas – nas quais o ser humano atua como principal agente geológico – que são: disponibilidade de lixo plástico no ambiente marinho ou costeiro, arranjo e deposição do lixo em um local da praia (quando as pessoas juntam o lixo a fim de descartar ou fazer fogueira) e aumento da temperatura do ambiente por meio de fogo (como as fogueiras) que derrete o plástico interage com os sedimentos da praia formando cimento plástico e consequentemente estas rochas", afirmou.

Pesquisadora descobriu que rochas são compostas por nylon de rede de pesca. — Foto: Reprodução/ Fernanda Avelar Santos
Pesquisadora descobriu que rochas são compostas por nylon de rede de pesca. — Foto: Reprodução/ Fernanda Avelar Santos

A geóloga explicou que a descoberta foi publicada em um artigo em uma das revistas internacionais mais importantes sobre poluição marinha no final do ano passado, a "Marine Pollution Bulletin".

Segundo Fernanda, a descoberta é considerada a primeira sobre o assunto no Brasil. A nível mundial, é a primeira descoberta de um afloramento que teve vários tipos de detrito no mesmo local.

"No trabalho publicado, reconhecemos diferentes tipos das formas plásticas. Os plastiglomerados, análogos às rochas sedimentares e relatados pela primeira vez no Havaí em 2014, foram encontrados recobrindo sedimentos de praia no Parcel das Tartarugas", explicou.

"Também descrevemos piroplásticos, descritos pela primeira vez na costa da Inglaterra. Estes detritos plásticos estão sendo encontrados em nível global e indicam uma possível correlação estratigráfica deste tipo de poluição marinha", completou Fernanda.

A pesquisadora acredita que a descoberta serve de alerta para possíveis consequências graves para o meio ambiente, principalmente por causa da importância da ilha para o ecossistema, não só de tartaruga-verde, que é a única espécie que se reproduz nas ilhas oceânicas brasileiras, mas de diversas aves que se reproduzem no local.

"Durante a pesquisa eu encontrei vários ninhos de tartarugas próximos às rochas com plástico. Muitas aves migratórias também vão até a ilha, além de ser uma região de recife. É um local muito monitorado no país, que possui uma vida bem frágil. É um monumento natural que deveria ser intocável", explicou a geóloga.

Um outro risco apontado por Fernanda é que com a ação das marés nas rochas compostas por plástico, o material pode se espalhar ainda mais.

"Essas rochas maiores podem se fragmentar, se tornar microplástico e se incorporar na areia. Isso pode fazer com que as tartarugas acabem ingerindo esse material. O ser humano está interferindo no sistema natural da praia. O plástico no mar, a gente sabe que afeta a vida marinha, afeta o clima, só que agora está tão profundamente incorporado que está afetando o ciclo geológico. É sinal que está em muita quantidade", falou.

"A presença disso no sistema geológico é um alerta: a composição da terra está sendo mudada. Esse tipo de poluição está sendo relatada no mundo inteiro, então é um alerta preocupante", relatou a pesquisadora.

A geóloga apontou que mais estudos para entender o impacto das rochas compostas por plásticos para o meio ambiente precisam ser feitos.

"Ainda não sabemos quais os impactos e como elas irão se comportar no registro geológico. De qualquer forma, estas ocorrências devem servir como um alerta, pois mostram que o impacto humano, assim como os seus resíduos, estão tão presentes no meio ambiente que começaram a influenciar processos antes considerados essencialmente naturais, como a formação de rochas", disse Fernanda.

Para Fernanda, a descoberta na ilha pode mostrar um panorama que está acontecendo em várias outras regiões.

"A pesquisa ajuda no sentido principalmente pela divulgação da informação. O Brasil está alertando algo que nunca poderíamos imaginar. Se no meio do oceano, em um lugar pouco habitável já encontramos isso...", falou.

"A ilha reflete o que chega nela, e o que está no mar como um todo. Quanto sociedade, mostra que é preciso fazer alguma coisa para ter o descarte correto desses materiais. É muito triste você encontrar em um paraíso esse tipo de coisa. É chocante de certa forma", contou a pesquisadora. 
A expedição

Fernanda vai à ilha desde 2017, totalizando quatro viagens até o local. O transporte até a Ilha da Trindade é feito pela Marinha do Brasil. São de quatro a cinco dias de navegação para chegar, e o desembarque é feito de bote ou de helicóptero.

A Ilha da Trindade é um território que tem um posto avançado que é de responsabilidade da Marinha. No local também existe uma estação científica e um posto militar.

Equipe de A Gazeta fez expedição na Ilha da Trindade em 2019Equipe de A Gazeta fez expedição na Ilha da Trindade em 2019

Segundo informações da Marinha do Brasil, a Ilha da Trindade foi descoberta em 1501, pelo navegador português João da Nova.

A ilha foi batizada por Estevão da Gama um ano depois da descoberta, com o nome que conserva até hoje, em homenagem à Santíssima Trindade, em função das três elevações mais avistadas à distância. O ponto mais alto é o pico São Bonifácio, com cerca de 625 metros de altura.

A ilha surgiu há 3 milhões de anos de uma zona de fraturas que se estende desde a plataforma continental brasileira.

Devido à sua origem vulcânica, a presença de lavas, cinzas e areias vulcânicas pode ser constatada. A última erupção vulcânica ocorreu há aproximadamente 50 mil anos.

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IPCA tem alta de 0,53% em janeiro, quarto mês seguido de alta

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Trata-se do quarto mês seguido de alta, segundo o IBGE. No entanto, em relação a dezembro (0,62%), houve desaceleração.
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Por Marta Cavallini e Bruna Miato, g1

Postado em 09 de fevereiro de 2023 às 09h35m

 #.*Post. - N.\ 10.675*.#

Alimentos puxam inflação — Foto: Licia Rubinstein/Agência IBGE Notícias
Alimentos puxam inflação — Foto: Licia Rubinstein/Agência IBGE Notícias

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, variou 0,53% em janeiro. Trata-se do quarto mês seguido de alta, segundo o IBGE. No entanto, em relação a dezembro (0,62%), houve desaceleração.

Nos últimos 12 meses, o indicador acumula alta de 5,77%, que também desacelerou em relação ao avanço de 5,79% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2022, a variação havia sido de 0,54%.

O maior impacto no mês veio de Alimentação e bebidas (0,59%), que contribuiu com 0,13 ponto percentual no índice.

Na sequência, veio o grupo Transportes, com alta de 0,55% e impacto de 0,11 ponto percentual. Veja abaixo a variação dos nove grupos pesquisados:

  • Alimentação e bebidas: 0,59%
  • Habitação: 0,33%
  • Artigos de residência: 0,70%
  • Vestuário: -0,27%
  • Transportes: 0,55%
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,16%
  • Despesas pessoais: 0,76%
  • Educação: 0,36%
  • Comunicação: 2,09%
Alta da batata inglesa e queda da cebola

No grupo Alimentação e bebidas, houve aumento nos preços da batata inglesa (14,14%), do tomate (3,89%), das frutas (3,69%) e do arroz (3,13%). Já os destaques de queda ficaram com cebola (-22,68%), frango em pedaços (-1,63%) e carnes (-0,47%).

A variação da alimentação no domicílio (0,60%) ficou abaixo da registrada em dezembro (0,71%).

Na alimentação fora do domicílio (0,57%), a maior contribuição veio do lanche (1,04%). A refeição, por sua vez, teve alta de 0,38%, acima do mês anterior (0,19%). Os preços de refrigerantes e água mineral (0,81%) e a cerveja (0,43%) também subiram.

Combustíveis puxam Transportes

Nos Transportes, os combustíveis tiveram alta de 0,68%, puxados pelo aumento nos preços da gasolina (0,83%) e do etanol (0,72%).

Por outro lado, o óleo diesel (-1,40%) e o gás veicular (-0,85%) tiveram queda.

Outros destaques foram emplacamento e licença (1,60%), por causa do IPVA de 2023, e automóvel novo (0,83%). No lado das quedas, os preços dos transportes por aplicativo recuaram 17,03%, após alta de 10,67% em dezembro.

Outro destaque ficou com a alta de 0,91% dos ônibus urbanos, consequência dos reajustes de 6,17% no Rio de Janeiro (4,20%) e de 7,04% em Vitória (4,61%). Também houve reajustes de táxi (3,03%) no Rio de Janeiro (7,74%), onde as tarifas subiram 8,88%, e em Salvador (15,67%), com aumento de 16,74%. O IBGE destaca ainda os reajustes em praças de pedágio (4,29%) de São Paulo (5,08%), Vitória (4,12%) e Curitiba (2,14%).

INPC tem alta de 0,46%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de 0,46% em janeiro, abaixo do registrado no mês anterior (0,69%).

O INPC acumula alta de 5,71% nos últimos 12 meses, abaixo dos 5,93% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2022, a taxa foi de 0,67%.

Salvador é a capital com maior alta

Das 16 capitais pesquisadas, 14 tiveram alta do IPCA em janeiro. O maior resultado foi em Salvador (1,09%), onde pesaram as altas na energia elétrica (8,07%) e na gasolina (6,34%). Já a menor variação foi em Curitiba (-0,05%), por conta da queda de 3,92% nos preços da gasolina.

  • Salvador 1,09%
  • Vitória 0,92%
  • Fortaleza 0,86%
  • Belo Horizonte 0,82%
  • São Paulo 0,68%
  • Rio Branco 0,67%
  • Aracaju0,63%
  • Campo Grande 0,60%
  • Rio de Janeiro 0,43%
  • Belém 0,41%
  • Brasília 0,33%
  • Goiânia 0,24%
  • Porto Alegre 0,23%
  • Recife 0,03%
  • São Luís -0,01%
  • Curitiba -0,05%
Inflação e os juros no Brasil

A inflação acumulada em 12 meses até janeiro continua acima da meta estabelecida pelo Banco Central em 3,25% neste ano, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ou seja, entre 1,75% e 4,75%.

A expectativa do próprio BC e de instituições do mercado financeiro nacional, segundo a última edição do Boletim Focus, aponta para o IPCA em 5,78% neste ano.

Em 2022, a inflação encerrou o ano acima do teto da meta. Enquanto a meta estabelecida pelo BC era de 3,5%, com margem de tolerância entre 2% e 5%, a inflação acumulada em 2022 foi de 5,79%. Foi o 4º ano consecutivo em que os preços ficam acima do teto da meta.

Para frear o avanço dos preços, o BC promoveu um ciclo de altas na taxa básica de juros, a Selic, que saiu de 2% ao ano em março de 2021 para 13,75% ao ano em agosto de 2022, o maior percentual dos últimos seis anos. Na semana passada, o Copom escolheu manter, pela quinta vez consecutiva, a Selic no mesmo patamar porque ainda enxerga a força da pressão inflacionária.

Quanto maior é a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso porque os preços dos produtos aumentam sem que o salário necessariamente acompanhe esse crescimento.

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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

GWM, nova marca de carros no Brasil, tem SUV híbrido e até clone elétrico do Fusca

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Fabricante chinesa pretende lançar dez carros no país até 2025, incluindo veículos elétricos
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Por Emily Nery

Postado em 08 de fevereiro de 2023 às 09h55m

 #.*Post. - N.\ 10.674*.#

GWM Haval H6
GWM Haval H6 Divulgação

A primeira campanha publicitária da Great Wall Motors, ou GWM, está no ar desde janeiro. Mas a nova marca de carros no Brasil já está de olho no mercado há algum tempo. Tanto que já comprou a fábrica que pertencia à Mercedes-Benz e anunciou um investimento bilionário no país.

A Great Wall Motors é a maior fabricante privada da China e está presente em mais de 60 países. Em 2022, a empresa vendeu pouco mais de 1 milhão de veículos no mundo. Ao todo, tem 19 fábricas (a maior parte na China) e oito centros de Pesquisa e Desenvolvimento em países como Estados Unidos, Canadá, Áustria, Alemanha e Coreia do Sul.

Em agosto de 2021, a empresa comprou a fábrica da Mercedes-Benz em Iracemápolis (SP). Meses depois anunciou o investimento de R$ 10 bilhões no Brasil e o plano de fabricar carros elétricos nacionalmente. Até 2025, a fabricante projeta ter 60% de nacionalização de seus veículos, empregar 2 mil funcionários diretos e 8 mil colaboradores indireto.

Antiga fábrica da Mercedes-Benz em Iracemápolis (SP) agora pertence a GWM — Foto: Divulgação
Antiga fábrica da Mercedes-Benz em Iracemápolis (SP) agora pertence a GWM — Foto: Divulgação 

A GWM é dona de quatro submarcas: Haval, para SUVs de uso urbano, Tank, de SUVs off-road, Poer, especializada em picapes, e ORA, responsável pela produção de compactos elétricos. Inicialmente, a linha será composta apenas por veículos da Haval, Tank e Poer.

Haval H6

O primeiro carro dos dez lançamentos que a GWM fará até 2025 será o Haval H6, que vai estrear no primeiro semestre deste ano. No SUV híbrido plug-in, o motor 1.5 turbo a gasolina trabalha em conjunto com outros dois elétricos. A marca afirma que o veículo desenvolve 393 cv de potência, mas o torque, os números de desempenho e a velocidade máxima ainda não foram revelados.

Apenas no modo elétrico, o Haval H6 pode rodar 170 km. A autonomia completa, combinando todos os motores, supera os 1.000 km, de acordo com a marca. Assim como o Tiggo 8, o SUV da Great Wall tem câmbio do tipo DHT com duas marchas, pois trabalha na maior parte do tempo apenas com o elétrico. Confira nosso teste do Haval aqui.

GWM Haval H6 GT terá apenas 41 unidades à venda no Brasil — Foto: Divulgação
GWM Haval H6 GT terá apenas 41 unidades à venda no Brasil — Foto: Divulgação

O utilitário terá ainda uma versão esportiva, a Haval H6 GT, com visual cupê e potência de até 426 cv.

Veículo nacional

Inicialmente, o SUV será importado da China, mas há planos de produzi-lo na fábrica de Iracemápolis (SP). O que se sabe é que o primeiro veículo nacional da marca será uma picape híbrida, prevista para estrear no ano que vem.

Fusca chinês

ORA Ballet Cat é um veículo com apelo polêmico para o público feminino — Foto: Divulgação
ORA Ballet Cat é um veículo com apelo polêmico para o público feminino — Foto: Divulgação

A GWM é dona da ORA, submarca especializada em carros elétricos com visual retrô. Um deles, inclusive, é o Ballet Cat, que ficou conhecido pela sua semelhança com o Fusca. O carro, que é uma releitura do Fusca dos anos 1960, é oferecido com três motorizações distintas (que vão de 170 cv a 544 cv) e oferece algumas soluções para o público feminino para lá de polêmicas.

O compacto até chegou a ser registrado no Brasil, onde concorreria com outros carros pequenos como o Mini Cooper elétrico e o Fiat 500e, mas a GWM afirmou que, por enquanto, focará só nos SUVs e picapes no Brasil.

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terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

Como está o buraco gigante do Chile seis meses depois?

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Entenda Governo estabeleceu para mineradora multa máxima prevista no Código de Águas, que é de 120 milhões de pesos chilenos - aproximadamente R$ 700 mil.
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Por g1

Postado em 07 de fevereiro de 2023 às 10h25m

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Buraco misterioro e gigante surge no deserto do Atacama, no Chile — Foto: JOHAN GODOY / AFP PHOTO
Buraco misterioro e gigante surge no deserto do Atacama, no Chile — Foto: JOHAN GODOY / AFP PHOTO

Seis meses após a descoberta de um buraco gigante em Tierra Amarilla, no Deserto do Atacama, no Chile, a mineradora que atua na região foi multada pelo governo e há processos judiciais tramitando na Suprema Corte do país.

Não se sabe exatamente como o buraco surgiu, mas o prefeito de Tierra Amarilla, Cristobal Zúñiga, disse à mídia local que tratava-se de uma consequência de atividades extrativistas desmedidas realizadas na área. Além disso, há possíveis consequências ambientais para a área ainda sendo investigadas.

O Ministério de Obras Públicas do Chile afirmou que os trabalhos realizados na exploração da mina Alcaparrosa danificaram o Rio Copiapó. Por esse motivo, foi estabelecida a multa máxima prevista no Código de Águas, que é de 120 milhões de pesos chilenos (aproximadamente 700 mil reais).

A fiscalização do governo determinou ainda que, além da multa, a mineradora Ojos del Salado deve apresentar um plano de monitoramento e acompanhamento da quantidade e da qualidade das águas do rio Copiapó.

A autoridade de mineração da região, o diretor de Rodrigo Sáez, afirmou também que não se sabe a extensão completa dos prejuízos.

Não se conhece toda a extensão dos seus efeitos [da abertura do buraco] e devemos vigiar cuidadosamente a forma como se desenvolverão os ditos efeitos no futuro, a médio e longo prazo, disse Saéz. 
Processo na Suprema Corte

O Instituto Nacional de Direitos Humanos (INDH) apresentou à Suprema Corte do Chile um parecer afirmando que os moradores da região afetada devem ter informações sobre o desenrolar do imbróglio judicial. O buraco gigante causado pela mineradora teria afetado a vida de pessoas que moram a 500 metros do sumidouro.

A ação do INDH foi realizada após o Tribunal de Justiça de Copiapó negar um recurso da população local, que pediu a preservação da região. De acordo com o tribunal, a situação está "absolutamente controlada" e os órgãos fiscais especializados adotaram "todas as medidas urgentes, necessárias e pertinentes".

O relatório do INDH, no entanto, argumenta que o Estado deve garantir o direito da população de viver em um ambiente sem poluição. O recurso cita ainda o Acordo de Escazu, do qual o Chile é parte desde o último dia 13 de junho, que visa garantir um ambiente saudável para as pessoas.

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Número de mortos em terremoto na Turquia e na Síria passa de 5 mil

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Condições climáticas nas regiões afetadas na Turquia dificultaram o acesso das equipes de resgate, segundo vice-presidente turco Fuat Oktay.
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Por g1

Postado em 07 de fevereiro de 2023 às 08h20m

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Imagem aérea em Hatay, na Turquia, mostra prédio que caiu para trás após terremoto de magnitude 7,8 na Turquia e na Síria, em 6 de fevereiro de 2023.  — Foto: Umit Bektas/ Reuters
Imagem aérea em Hatay, na Turquia, mostra prédio que caiu para trás após terremoto de magnitude 7,8 na Turquia e na Síria, em 6 de fevereiro de 2023. — Foto: Umit Bektas/ Reuters

A contagem oficial de mortos por conta do maior terremoto em 80 anos na Turquia e na Síria, na madrugada de segunda-feira (6), já passa de 5.000.

Mais de 30 horas após o tremor, que durou um minuto e meio e abalou fortemente a região central da Turquia e o noroeste da Síria, milhares de pessoas ainda estão sendo resgatadas, e outras milhares seguem desaparecidas.

O número total de mortos leva em conta as contagens dos dois países. Na manhã desta terça-feira, o vice-presidente da Turquia, Fuat Oktay, disse que o número de mortos em seu país por conta do tremor aumentou para 3.419. Na Síria, o balanço de mortos é de 1.612.

Até agora, se sabe que:

  • O terremoto ocorreu na madrugada de segunda-feira (6) no povoado de Kahramanmaras, no sudoeste da Turquia, perto da fronteira com a Síria.
  • O raio de alcance do tremor foi de 250 quilômetros, e, portanto ele foi fortemente sentido em centenas de municípios e cidades dos dois países.
  • O epicentro ocorreu a 10 quilômetros da superfície - esta é uma profundidade considerada baixa e pode explicar, em parte, o tamanho da destruição provocada.
  • O tremor também foi sentido em Israel, no Iraque, no Chipre e no Líbano. Não há registro de vítimas ou feridos nesses países.
  • Foi o pior terremoto desde 1939 na região, muito propensa ao fenômeno por ser uma área de encontro de placas tectônicas.
  • Horas depois do tremor principal, outro de magnitude de 7,5 atingiu a mesma região.
  • Outras cerca de 50 réplicas também foram registradas.
  • Segundo o último balanço do governo turco, 3,419 pessoas morreram na Turquia.
  • Na Síria, foram 1.612 mortos, segundo levantamento do governo e da ONU.
  • Mais de 10 mil pessoas ficaram feridas, e milhares ainda estão desaparecidas.
  • Segundo o governo turco, mais de 45 países já anunciaram que enviarão ajuda humanitária e equipes de busca, entre eles EUA, Reino Unido, Alemanha e Israel (leia mais abaixo).
4 pontos sobre o terremoto na Turquia: onde aconteceu e quais as causas e consequências 
4 pontos sobre o terremoto na Turquia: onde aconteceu e quais as causas e consequências

Resgate de vítimas do terremoto em Iskenderun, na Turquia, na noite desta segunda-feira (6). — Foto: Umit Bektas/Reuters
Resgate de vítimas do terremoto em Iskenderun, na Turquia, na noite desta segunda-feira (6). — Foto: Umit Bektas/Reuters

O inverno no Hemisfério Norte - que provoca temperaturas negativas na região - deve ser um dos grandes desafios nas buscas dos próximos dias.

O vice-presidente turco disse também nesta terça-feira que as condições climáticas severas dificultaram os resgates e o envio de ajuda às regiões afetadas. Ele disse que apenas veículos de resgate e ajuda estão autorizados a entrar ou sair de Hatay, Kahramanmaras e Adiyaman, três das províncias mais afetadas.

As operações de resgate estão se concentrando nessas três províncias e em Malatya, acrescentou Oktay.

'Áreas silenciosas' preocupam OMS

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, disse nesta terça-feira que está especialmente preocupado com áreas da Turquia e da Síria de onde nenhuma informação havia surgido após o terremoto.

"Estamos especialmente preocupados com as áreas em que ainda não temos informações. O mapeamento de danos é uma maneira de entender onde precisamos focar nossa atenção", disse Adhanom.

Mais de 45 países, além de organismos internacionais como a própria OMS, enviaram ajuda humanitária ou equipes de resgate para ajudar na busca por sobreviventes na Turquia e na Síria.

Brasileiros na Síria: 'tremor só aumentava'

Brasileiros na Síria relatam como foi a madrugada em AlepoBrasileiros na Síria relatam como foi a madrugada em Alepo

Os terremotos que atingiram a Síria e a Turquia nesta segunda-feira (6) deixaram brasileiros desabrigados em território turco, de acordo com o conselheiro da Embaixada do Brasil na Turquia Marcelo Viegas. Não há informações sobre brasileiros mortos ou feridos pelos tremores.
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