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quinta-feira, 19 de maio de 2022

Álcool afeta funcionamento do corpo mesmo quando ingerido em pouca quantidade; entenda o impacto

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Primeiro impacto após a ingestão ocorre nas funções visuais.
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Por g1

Postado em 19 de maio de 2022 às 17h10m

 #.*Post. - N.\ 10.329*.#

Não existe um limite de seguro de álcool no corpo para quem vai dirigir — Foto: Giovanna Gomes / Unsplash / Divulgação
Não existe um limite de seguro de álcool no corpo para quem vai dirigir — Foto: Giovanna Gomes / Unsplash / Divulgação

Não existe um limite seguro de álcool no corpo para quem vai dirigir. Qualquer quantidade ingerida, por mínima que seja, diminui os reflexos e afeta as condições normais de direção. Além disso, o álcool diminui o tempo de reação, concentração e percepção.

O tempo de reação é o momento em que você detecta o obstáculo e pressiona o freio do carro. Na pessoa sóbria, esse tempo é de até um segundo. Quando ela está embriagada, pode subir para até dois segundos.

"O cérebro é todo atingido pela onda do nível de álcool, mas tem algumas regiões que são mais sensíveis, como o cerebelo, que é justamente o controle da parte de equilíbrio", explica o neurologista Fernando Morgadinho.

Teste mostra como a mistura de álcool e direção é destruidoraTeste mostra como a mistura de álcool e direção é destruidora

O neurologista também aponta que outra região do cérebro afetada é a frontal, a região da decisão.

"Quando você decide se vai dar para ultrapassar o outro carro ou não, ela é importante. Se você somar uma decisão errada ou mal adequada com uma dificuldade de coordenação, você então tem um acidente com risco para você e para os outros", analisa o especialista.

Como diferentes concentrações de álcool afetam a capacidade de direção?

Os efeitos da concentração de álcool no sangue

Concentração de álcool no sangue (%) Efeitos previsíveis na direção
0,02% Funções visuais diminuem; Redução da capacidade de fazer duas coisas ao mesmo tempo (atenção dividida)
0,05% Coordenação reduzida; capacidade reduzida de rastrear objetos em movimento; resposta reduzida a situações de direção rápida; dificuldade de direção
0,08% Diminuição da concentração; perda de memória de curto prazo; perda do controle da velocidade; redução da capacidade de processar informações (capacidade de ver placas ou sinalizações); diminuição da percepção
0,10% Redução da capacidade de ficar na mesma pista da estrada e parar corretamente
0,15% Incapacidade substancial para controlar o veículo, prestar atenção às funções de direção e processar informação visual e auditiva
Efeitos do álcool no cérebro podem causar blecauteEfeitos do álcool no cérebro podem causar blecaute

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quarta-feira, 18 de maio de 2022

A explicação científica para a misteriosa 'porta' vista em foto de Marte

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Registro enviado pela sonda Curiosity levantou questões sobre aspecto de formação rochosa no planeta vermelho. Do que se trata?
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TOPO
Por BBC

Postado em 18 de maio de 2022 às 20h55m

 #.*Post. - N.\ 10.328*.#

Registro enviado pela sonda Curiosity levantou questões sobre aspecto de formação rochosa no planeta vermelho — Foto: Nasa
Registro enviado pela sonda Curiosity levantou questões sobre aspecto de formação rochosa no planeta vermelho — Foto: Nasa

A foto de uma formação geológica em Marte viralizou nas redes sociais, suscitando comentários apreensivos e teorias mirabolantes sobre seu aspecto.

Muitos usuários viram nela uma "porta", enquanto outros se aventuraram em suposições sobre se uma civilização extraterrestre poderia criar uma "passagem" no planeta vermelho.

Mas o que é mostrado na foto tirada pelo robô Curiosity, que envia informações sobre Marte desde que pousou ali em 2012, tem uma explicação mais lógica.

Segundo a Nasa, a agência espacial americana, trata-se de uma questão de perspectiva.

A origem e sua explicação

Em 7 de maio, a Nasa publicou uma nova fotografia do solo de Marte que a câmera Mast do robô Curiosity registrou.

A agência espacial americana identificou a imagem como parte da série "Sol 3466" que foi publicada em vários fotogramas no site do Programa de Exploração de Marte.

Desde a publicação, alguns usuários começaram a teorizar sobre sua forma e sua aparência de "porta" ou "passagem".

Mas essa imagem em particular é apenas uma parte de uma série que, vista em toda a sua composição, muda a perspectiva de sua dimensão e forma.

"É uma foto muito, muito, muito ampliada de uma pequena rachadura em uma rocha", explicou a Nasa à BBC News Mundo, o serviço de notícias em espanhol da BBC.

Na imagem a seguir você pode ver a composição que forma toda a série de imagens 3466 e quão pequena é a fissura naquela rocha da cratera Jezero, que o robô Curiosity explorou nas últimas semanas.

Composição que forma toda a série de imagens 3466 em rocha da cratera Jezero — Foto: Nasa
Composição que forma toda a série de imagens 3466 em rocha da cratera Jezero — Foto: Nasa

Cientistas do Laboratório de Propulsão a Jato destacaram o quão pequena é a rachadura, com cerca de 30 cm de largura por 45 cm de comprimento.

"Existem rachaduras lineares em todo este afloramento, e este é um lugar onde várias rachaduras lineares se cruzam", explicou a NASA.

Uma rachadura 'curiosa'

Vários especialistas avaliaram o registro nos últimos dias.

Neil Hodgson, um geólogo britânico que estudou as formas de relevo marcianas, diz que, embora seja uma "imagem curiosa", não é misteriosa.

"Em suma, parece-me uma erosão natural", disse ele ao site especializado Live Science.

Os estratos, ou seja, as camadas rochosas que podem ser vistas em imagens como esta, são leitos de lodo e areia.

"Eles foram depositados há cerca de 4 bilhões de anos em condições sedimentares, possivelmente em um rio ou em uma duna levada pelo vento", disse Hodgson.

As fraturas do solo podem formar tais rachaduras naturalmente. Neste caso, uma rachadura vertical cruza com os estratos ou camadas para formar tais fendas.

Robô Perseverance da NASA coleta amostras de rocha do solo de MarteRobô Perseverance da NASA coleta amostras de rocha do solo de Marte

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'Estamos cada vez mais próximos de uma catástrofe climática', diz António Guterres sobre novo relatório da ONU

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Documento da Organização Mundial Meteorológica foi divulgado nesta quarta (18) aponta 'incapacidade humana em combater problemas climáticos'. Além disso, reafirma aumento do nível do mar e derretimento das camadas de gelo.
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Por g1

Postado em 18 de maio de 2022 às 08h45m

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Secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial durante apresentação do relatório que aponta recorde de temperatura dos mares, em Genebra, em 18 de maio de 2022 — Foto: Reuters
Secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial durante apresentação do relatório que aponta recorde de temperatura dos mares, em Genebra, em 18 de maio de 2022 — Foto: Reuters

A Organização Mundial Meteorológica (OMM) divulgou nesta quarta-feira (18) uma nova edição do relatório "Estado do Clima", que confirma que os últimos sete anos tem sido os mais quentes já registrados no planeta.

Em análise do documento, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou que o "sistema energético global está quebrado" e, com isso, que estamos "cada vez mais próximos de uma catástrofe climática".

Além disso, Guterres disse que o "Estado do Clima" mostra a "triste repetição do fracasso humano em combater os problemas climáticos" com "recordes alarmantes" atingidos em 2021 em várias frentes: aumento do nível do mar, aquecimento dos oceanos, concentração de gases de efeito estufa e acidificação dos oceanos.

O secretário-geral aponta que os combustíveis fósseis são um caminho sem saída e ressalta, ainda, que a guerra na Ucrânia e seus efeitos sobre o preço da energia é um outro aviso para que o mundo "acorde" para as mudanças climáticas.

Dados sobre oceanos

Em um dos pontos de destaque apresentados pela OMM, os cientistas relatam que os oceanos do planeta inteiro chegaram em 2021 ao maior nível de temperatura e acidez já registrados na história da humanidade.

O documento também reafirma - como já dito em outros relatórios climáticos - que há um aumento do nível do mar por conta do derretimento contínuo de camadas de gelo.

"Nosso clima está mudando diante de nossos olhos. O calor retido pelos gases de efeito estufa induzidos pela humanidade aquecerá o planeta por muitas gerações", declarou o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas. 
Mais carbono na atmosfera

A organização identificou que os níveis de dióxido de carbono e metano na atmosfera ultrapassaram em 2021 o recorde anterior.

Na média, apontou o relatório, a temperatura mundial em 2021 foi 1.11ºC mais alta que na era pré-industrial, que líderes e organizações mundiais usam como referência. Pelos principais estudos atuais, caso o mundo alcance a média de 1.5ºC acima da era pré-industrial, os efeitos do aquecimento global se tornam drásticos e eminentes.

A temperatura registrada em 2021 tenha sido ligeiramente mais baixa que a de 2020, o que o estudo relaciona com o esfriamento do Pacífico causado pelo fenômeno La Niña. Ainda assim, o ano passado entrou na lista dos sete anos mais quentes já registrados pela humanidade.

As mudanças já são visíveis em todos os continentes, e o relatório cita como exemplo ondas de calor extremas, incêndios florestais e enchentes registradas ao longo do ano passado.

E as consequências também já chegaram aos cofres públicos, que tiveram prejuízo de ao menos US$ 100 bilhões (cerca de R$ 494 bilhões) por conta de episódios causados pela mudança climática apenas em 2021. 
Maior acidez em 26 mil anos

O aumento da temperatura fez com que os oceanos alcançassem a maior acidez dos últimos 26 mil anos do planeta, apontou o estudo. O aumento ocorre por conta da reação produzida pelo mar por conta da maior presença de dióxido de carbono na atmosfera.

Como consequência do aumento das temperaturas, o nível do mar aumentou 4,5 centímetros em 2021, concluiu a OMM.

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terça-feira, 17 de maio de 2022

Vida em Marte? Sonda Perseverance da Nasa inicia busca inédita por sinais

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A sonda Perseverance da Nasa atingiu um momento importante de sua missão em Marte. Nesta terça-feira (17/5), o robô de seis rodas começará a escalar um antigo delta na cratera onde pousou.
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TOPO
Por Jonathan Amos, BBC

Postado em 17 de maio de 2022 às 11h50m

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 Primeira selfie do robô Perseverance em Marte, divulgada em abril de 2021 — Foto: Nasa

A sonda Perseverance, da Nasa, atingiu um momento importante de sua missão em Marte. Nesta terça-feira (17/5), o robô de seis rodas começará a escalar um antigo delta na cratera onde pousou.

Ela vai rolar morro acima, parando de vez em quando para examinar rochas que parecem ter mais chance de possuir sinais de vida passada no planeta.

No caminho de volta, a Perseverance coletará algumas dessas rochas, colocando as amostras na base do delta para serem recuperadas por missões posteriores. O objetivo é trazer esse material de volta à Terra na década de 2030 para uma análise mais detalhada.

"O delta na Cratera Jezero é o principal alvo astrobiológico da Perseverance", diz a vice-cientista do projeto, Katie Stack Morgan, à BBC.

"Estas são as rochas que acreditamos ter o maior potencial para conter sinais de vida antiga e também podem nos contar sobre o clima de Marte e como isso evoluiu ao longo do tempo", disse ela.

Desde então, a sonda vem testando ferramentas e instrumentos, pilotando um mini-helicóptero experimental e coletando uma impressão geral do local.

Mas o principal objetivo do robô ao ir para o local no Planeta Vermelho sempre foi estudar o enorme monte de sedimentos no oeste de Jezero.

Com base em imagens de satélite, cientistas suspeitam se tratar de um delta. As observações iniciais do Perseverance no solo agora confirmaram essa avaliação.

O delta contém rochas de granulação fina depositadas em camadas — Foto: NASA/JPL-CALTECH/ASU/MSSS
O delta contém rochas de granulação fina depositadas em camadas — Foto: NASA/JPL-CALTECH/ASU/MSSS

Um delta é uma estrutura que se forma a partir do lodo e da areia despejados por um rio quando ele entra em um corpo de água maior. A desaceleração repentina que ocorre no fluxo do rio permite que qualquer coisa transportada em suspensão caia.

No caso de Jezero, o corpo de água mais largo era muito provavelmente um lago com a largura de uma cratera que existia há bilhões de anos.

"Os rios que fluem para um delta trazem nutrientes, que são úteis para a vida, obviamente; e então o sedimento de grão fino que é trazido e depositado em alta taxa em um delta é bom para preservação", explica o cientista da missão, Sanjeev Gupta, do Imperial College London, Reino Unido.

"Além disso, se houvesse vida no interior, isso poderia ter sido levado rio abaixo e concentrado em um delta."

Nos últimos dias, a Perseverance se deslocou em direção a uma "rampa" no delta apelidado de Hawksbill Gap. Esta é uma inclinação suave que levará o robô a uma elevação de algumas dezenas de metros acima do chão da cratera.

A sonda tem um poderoso conjunto de ferramentas e instrumentos em seu braço robótico — Foto: NASA/JPL-CALTECH
A sonda tem um poderoso conjunto de ferramentas e instrumentos em seu braço robótico — Foto: NASA/JPL-CALTECH

A subida é uma missão de reconhecimento. Perseverance vai "passear" em busca das rochas mais interessantes.

"A sonda tem um conjunto incrível de instrumentos que podem nos informar sobre a química, mineralogia e estrutura do delta, examinando os sedimentos até a escala de um grão de sal", diz a cientista da missão Briony Horgan, da Universidade de Purdue, no Estado americano de Indiana.

"Vamos aprender sobre a química deste antigo lago, se suas águas eram ácidas ou neutras, se era um ambiente habitável e que tipo de vida ele poderia ter sustentado."

É preciso ser claro: ninguém sabe se houve mesmo vida em Marte, mas essas três ou quatro rochas que a Perseverance vai recolher no fundo da cratera podem talvez achar sinais — caso eles existam.

Uma ilustração mostra a Cratera Jezero, como ela teria sido há bilhões de anos atrás, se tivesse sido um lago — Foto: NASA/JPL-CALTECH
Uma ilustração mostra a Cratera Jezero, como ela teria sido há bilhões de anos atrás, se tivesse sido um lago — Foto: NASA/JPL-CALTECH

É pouco provável que o próprio robô seja capaz de atingir conclusões definitivas — por mais inteligentes que sejam seus instrumentos. Mesmo na Terra, onde sabemos que a vida microbiana existe há bilhões de anos, a evidência de suas primeiras formas fossilizadas é de difícil interpretação, e ainda é polêmica.

Estabelecer se houve mesmo vida em Marte terá que esperar até que as rochas cheguem na Terra para uma análise detalhada que apenas os maiores laboratórios estão equipados para realizar.

"A afirmação de que existe vida microscópica em outro planeta do nosso Sistema Solar é uma afirmação enorme. E, portanto, a prova também precisa ser enorme", diz Jennifer Trosper, gerente do projeto Perseverance da Nasa.

"Eu não acho que os instrumentos que temos por si só possam fornecer esse nível de prova. Eles podem fornecer algo como 'achamos que pode ser isso', e depois, quando trouxermos as amostras de volta à Terra e usarmos instrumentos mais sofisticados, poderemos ter certeza", disse ela à BBC News.

Ilustração das amostras deixando Marte para a Terra em um foguete lançado da Cratera Jezero — Foto: NASA
Ilustração das amostras deixando Marte para a Terra em um foguete lançado da Cratera Jezero — Foto: NASA

No final do ano, espera-se que a Perseverance deposite um primeiro conjunto de rochas quando ela retornar ao fundo da cratera. Isso incluirá não apenas as rochas coletadas durante a descida de Hawksbill, mas quatro amostras coletadas nos meses anteriores no fundo da cratera.

A Nasa, juntamente com a Agência Espacial Europeia, está em estágios avançados de planejamento das missões necessárias para pegar essas rochas depositadas e enviá-las à Terra. Esses projetos — que envolvem outra sonda, um foguete de Marte e uma espaçonave transportadora — devem ser lançados no final desta década.

A Perseverance ainda tem anos de trabalho pela frente. Depois de depositar seu primeiro estoque de rochas, a sonda voltará para Hawksbill Gap até o topo do delta e além dele, para visitar rochas que parecem ser os restos da costa do antigo lago Jezero.

Esses depósitos são feitos de minerais de carbonato e, novamente, parecem ter se formado em um ambiente propício ao registro da vida passada em Marte — se é que ela existiu.

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