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terça-feira, 26 de abril de 2022

Como é o gigantesco 'túnel magnético' que envolve o sistema solar, segundo pesquisadores

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Galáxias, como vários planetas, também possuem um campo magnético. Essa descoberta pode nos ajudar a entender melhor como essas regiões do espaço funcionam.
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TOPO
Por BBC

Postado em 26 de abril de 2022 às 10h25m

Post.- N.\ 10.300

A Via Láctea, nossa galáxia — Foto: NASA/JPL-CALTECH/R. HURT (SSC/CALTECH)
A Via Láctea, nossa galáxia — Foto: NASA/JPL-CALTECH/R. HURT (SSC/CALTECH)

Nosso sistema solar está envolto em um gigantesco "túnel magnético" que liga duas vastas regiões de nossa galáxia que pareciam estar desconectadas.

Essa é a conclusão de um estudo recente na área dos campos magnéticos do cosmos, uma característica do nosso universo sobre a qual ainda existem muitas perguntas sem resposta.

Essa descoberta de uma equipe da Universidade de Toronto (Canadá) pode ser útil para entender melhor como os campos magnéticos do universo funcionam e como eles afetam o comportamento e a evolução das galáxias.

"Este modelo tem implicações para o desenvolvimento de um modelo holístico de campos magnéticos em galáxias", escrevem os autores do estudo.

O que foi descoberto e como isso pode ajudar a melhorar nossa compreensão do universo?

Campos conectados

A investigação foi focada em duas estruturas gigantescas da nossa Via Láctea conhecidas como "Esporão Polar Norte" (NPS, na sigla em inglês) e "Região do Ventilador" (Fan).

O Esporão Polar Norte é uma enorme faixa de gás quente que emite raios-X e ondas de rádio.

Por sua vez, a Região do Ventilador é uma área altamente polarizada, cujo campo elétrico se abre no formato de um ventilador. Ambas as regiões são visíveis através de radiotelescópios e, da Terra, estão localizadas em lados opostos do espaço.

As linhas verdes ilustram como os filamentos magnéticos formam uma estrutura de túnel. — Foto: DUNLAP INSTITUTE FOR ASTRONOMY & ASTROPHYSICS
As linhas verdes ilustram como os filamentos magnéticos formam uma estrutura de túnel. — Foto: DUNLAP INSTITUTE FOR ASTRONOMY & ASTROPHYSICS

Até agora, essas duas estruturas foram estudadas individualmente, mas o trabalho da Universidade de Toronto mostra pela primeira vez que elas estão conectadas por um "túnel" dentro do qual nosso sistema solar está localizado.

"Os campos magnéticos não existem isoladamente", diz Jennifer West, pesquisadora em magnetismo de galáxias no Instituto Dunlap de Astronomia e Física da Universidade de Toronto e principal autora do estudo.

"Todos eles precisam se conectar uns aos outros. Portanto, o próximo passo é entender melhor como esse campo magnético local se conecta tanto ao campo magnético galáctico de maior escala quanto aos campos magnéticos de menor escala do nosso Sol e da Terra."

Esta imagem mostra a região da Via Láctea onde está nosso Sistema Solar. As linhas laranja mostram o túnel formado pela Região do Ventilador (Fan) e o Esporão Polar Norte (NPS). O ponto vermelho representa o Sol. — Foto: DUNLAP INSTITUTE FOR ASTRONOMY & ASTROPHYSICS
Esta imagem mostra a região da Via Láctea onde está nosso Sistema Solar. As linhas laranja mostram o túnel formado pela Região do Ventilador (Fan) e o Esporão Polar Norte (NPS). O ponto vermelho representa o Sol. — Foto: DUNLAP INSTITUTE FOR ASTRONOMY & ASTROPHYSICS

O campo magnético das galáxias

Toda galáxia tem um campo magnético natural, mas ele é fraco, explica Christopher S. Bair, professor de física da West Texas A&M University.

"O campo magnético da nossa galáxia é cerca de cem vezes mais fraco do que o campo magnético da Terra", escreveu Bair no blog Science Questions With Surprising Answers.

O campo magnético de uma galáxia é criado de forma semelhante ao campo magnético da Terra: através do efeito dínamo.

A rotação da galáxia faz com que o gás interestelar cheio de partículas carregadas se mova. Desta forma, a energia cinética das partículas em movimento cria um campo magnético.

Esse campo magnético, por sua vez, atua sobre as partículas carregadas, amplificando assim o campo magnético.

O campo magnético da Terra é 100 vezes mais forte que o da Via Láctea — Foto: Nasa
O campo magnético da Terra é 100 vezes mais forte que o da Via Láctea — Foto: Nasa

Filamentos

Para descobrir esse "túnel", West e seus colegas fizeram simulações de como seria o espaço da Terra se as ondas de rádio do Esporão Polar Norte e da Região do Ventilador estivessem emitindo luz.

Dessa forma, eles perceberam que ambas as regiões estão conectadas por estruturas de filamentos magnéticos.

"Se pudéssemos ver a luz do rádio (ondas), veríamos esse material brilhante se estendendo pelo céu em várias direções diferentes", disse West.

West refere-se a um sistema complexo de partículas carregadas e filamentos magnéticos que formam uma espécie de túnel que envolve o sistema solar e algumas estrelas externas.

De acordo com os cálculos de West, esse túnel teria cerca de mil anos-luz de comprimento.

É assim que nossa galáxia é vista em ondas de rádio — Foto: HASLAM ET AL. (1982) COM ANOTAÇÕES DE J. WEST.
É assim que nossa galáxia é vista em ondas de rádio — Foto: HASLAM ET AL. (1982) COM ANOTAÇÕES DE J. WEST.

Dentro do túnel

Segundo os autores da pesquisa, suas descobertas podem servir para entender melhor outras estruturas de filamentos que estão sendo cada vez mais observadas por radiotelescópios modernos.

"Ainda não entendemos completamente a origem e a evolução dos campos magnéticos regulares nas galáxias e como esses campos são mantidos", escrevem eles em seu estudo.

"Imagine que estamos sentados dentro de um túnel... e o resto da galáxia está fora desse túnel, e o resto do universo está fora desse túnel. Mas nós estaríamos dentro", disse West.

"Como estamos dentro dele, temos que olhar através dele o tempo todo. Acho que é um primeiro passo muito importante para entender o universo de forma mais ampla."

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Grande Inconformidade: o período de até 1 bilhão de anos sem registros geológicos na Terra

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A história do nosso planeta está escrita em um livro cujas páginas são feitas de rochas. O que acontece quando uma boa parte dessas páginas é arrancada?
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TOPO
Por BBC

Postado em 26 de abril de 2022 às 12h45m

Post.- N.\ 10.301

História do nosso planeta está escrita em um livro cujas páginas são feitas de rochas. Mas, o que acontece quando uma boa parte dessas páginas é arrancada? — Foto: Getty Images via BBC
História do nosso planeta está escrita em um livro cujas páginas são feitas de rochas. Mas, o que acontece quando uma boa parte dessas páginas é arrancada? — Foto: Getty Images via BBC

As rochas na superfície da Terra são como um livro que conta toda a história do nosso planeta.

Cada uma das camadas de solo que compõem montanhas, cânions, falésias e outras formas de relevo são como páginas que contêm informações sobre quando e como a paisagem que vemos hoje foi formada.

As rochas mais próximas da crosta terrestre são as primeiras páginas do livro, aquelas que contam o início da história.A partir daí, à medida que mais camadas se sobrepõem, aprendemos com os tempos mais recentes do nosso planeta.

Mas e se faltassem páginas neste livro? Como podemos entender uma história se não podemos ler todos os capítulos?

Camadas de rocha são como páginas de um livro, repletas de informações — Foto: Getty Images via BBC
Camadas de rocha são como páginas de um livro, repletas de informações — Foto: Getty Images via BBC

Isso é exatamente o que acontece com o registro geológico da Terra.

Entre as camadas rochosas mais antigas e as mais recentes, há uma lacuna enorme, muitas páginas faltando.

Essa lacuna, da qual não temos informações, equivale a um período que em algumas partes do mundo corresponde a 1 bilhão de anos, segundo a União Geofísica dos Estados Unidos (AGU, na sigla em inglês).

Esse imenso vazio é conhecido como Grande Inconformidade e é um dos maiores enigmas da geologia.

"Um bilhão de anos é quase um quarto da história da Terra, é muita informação perdida, muito tempo perdido", diz a geóloga Barra Peak, doutoranda em Ciências Geológicas pela Universidade do Colorado Boulder e especialista na Grande Inconformidade, à BBC News Mundo, o serviço de notícias em espanhol da BBC.

Em um artigo de 2020, um grupo de pesquisadores daquela universidade descreveu a Grande Inconformidade como "amnésia geológica".

A que se deve a Grande Inconformidade, que pistas existem sobre esse tempo perdido e por que é importante resolver o mistério?

'Um bilhão de anos é quase um quarto da história da Terra, é muita informação perdida, muito tempo perdido', diz a geóloga Barra Peak — Foto: Barra Peak/Arquivo Pessoal
'Um bilhão de anos é quase um quarto da história da Terra, é muita informação perdida, muito tempo perdido', diz a geóloga Barra Peak — Foto: Barra Peak/Arquivo Pessoal

Camadas sobre camadas

Na geologia, a passagem do tempo é registrada nas camadas de rocha e sedimento que se depositam umas sobre as outras. As camadas inferiores são as mais antigas e as que se acumulam no topo são cada vez mais recentes.

O tipo de rocha e a localização de cada camada fornecem aos pesquisadores informações sobre como e quando essa região do solo se formou.

O estudo dessas camadas é chamado de estratigrafia e ajuda a saber como era a Terra na época em que essa camada foi formada.

Grand Canyon é um dos lugares onde a Grande Inconformidade é evidente — Foto: Berra Peak
Grand Canyon é um dos lugares onde a Grande Inconformidade é evidente — Foto: Berra Peak

Um dos lugares mais famosos onde essas camadas podem ser claramente identificadas é o Grand Canyon no Arizona, Estados Unidos.

Cada linha horizontal mostra onde, quando e como as rochas que compõem essa camada foram depositadas.

E foi no Grand Canyon, nos Estados Unidos, que a Grande Inconformidade foi identificada pela primeira vez.

O geólogo John Wesley Powell, em 1869, foi quem primeiro notou que havia um pedaço de tempo que não estava escrito naquele livro de pedras.

Uma lacuna no solo

"Inconformidades" nas camadas do solo ocorrem quando rochas ou sedimentos erodem e o tempo passa antes que uma nova camada seja produzida, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês).

Após esse período, em algum momento, uma nova camada de rochas se formará na superfície erodida, mas será impossível preencher essa lacuna durante a qual nenhum sedimento foi acumulado.

Isso explica por que em várias partes do mundo podemos ver camadas de rocha muito antigas em cima de camadas de rocha muito jovens, sem uma camada de rocha de meia-idade entre elas.

Imagem mostra a Grande Inconformidade no Grand Canyon. As linhas azuis mostram as camadas rochosas mais antigas. As linhas amarelas mostram as rochas mais recentes. A linha vermelha mostra onde faltam as camadas rochosas que ligariam a sequência temporal entre as camadas superior e inferior. — Foto: USGS
Imagem mostra a Grande Inconformidade no Grand Canyon. As linhas azuis mostram as camadas rochosas mais antigas. As linhas amarelas mostram as rochas mais recentes. A linha vermelha mostra onde faltam as camadas rochosas que ligariam a sequência temporal entre as camadas superior e inferior. — Foto: USGS

Ao descobrir a idade das pedras mais antigas e mais novas, os pesquisadores deduzem o período de tempo para o qual não têm registro.

E onde estão aquelas rochas perdidas?

Em alguns lugares, explica Peak, as camadas estão faltando porque as rochas foram destruídas pela água ou pela erosão, transformando-as em areia que acabou sendo depositada, por exemplo, em oceanos antigos.

Mas, em outros lugares, não está claro se a camada chegou a existir em algum momento.

"Pode ser que naqueles lugares nunca tenha se depositado areia ou argila que mais tarde se transformou em rocha, que não estivesse realmente acontecendo nada naquela paisagem, como se ela estivesse simplesmente ali parada há muito tempo", diz a geóloga.

A que se deve a Grande Inconformidade?

A resposta é que ninguém sabe.

Peak, no entanto, diz que há pelo menos quatro hipóteses principais que tentam explicar essa era perdida.

A primeira tem a ver com a formação de um antigo supercontinente chamado Rodínia, que se formou entre 1 bilhão e 800 milhões de anos atrás.

Isso foi antes da formação do famoso supercontinente Pangeia.

Quando Rodínia estava sendo formada, devido aos movimentos tectônicos, um grande número de rochas foi exposto às condições atmosféricas, o que poderia favorecer a destruição do novo material rochoso que estava se formando.

Esta é a aparência da Terra há 600 milhões de anos — Foto: Getty Images via BBC
Esta é a aparência da Terra há 600 milhões de anos — Foto: Getty Images via BBC

"Quando as rochas são novas, elas são muito suscetíveis aos processos que as destroem", diz Peak.

A segunda refere-se a um processo muito semelhante: a formação de outro supercontinente chamado Panótia, há cerca de 580 milhões de anos.

Uma terceira explicação possível também tem a ver com Rodínia, mas não com a formação desse supercontinente e sim com sua fragmentação, que ocorreu há cerca de 750 milhões de anos.

Nesse processo de separação das massas de terra, também fica exposto muito material que os geólogos chamam de "rocha fresca", que é facilmente vulnerável à erosão.

A Hipótese do Clima

E Peak menciona um quarto possível motivo, que não tem mais a ver com supercontinentes, mas com as mudanças climáticas ao longo da história do planeta.

A geóloga explica haver evidências de que durante um período dentro do que corresponde à chamada iconformidade houve uma fase de resfriamento da Terra, há cerca de 700 milhões de anos.

Nesse período, é provável que quase todo o planeta estivesse coberto por geleiras.

Assim, a hipótese é que esse gelo tenha removido o que eram então as camadas mais externas.

"Se todo o globo estiver coberto de gelo, não há muito material sendo depositado para formar novas rochas", diz Peak.

Sem resposta

Para cada uma dessas hipóteses, existem estudos que as reforçam ou tentam refutá-las.

Segundo Peak, porém, o fato é que por enquanto não há uma única resposta que explique a Grande Inconformidade.

"Talvez não exista uma resposta única e simples que explique o fenômeno a nível global", diz a especialista.

"Pode não ser apenas devido à formação dos continentes ou clima, mas características regionais que controlam a erosão das rochas", diz. "Globalmente, não podemos dizer que há uma causa única."

Parque Natural Ilha Maria, na Austrália — Foto: Getty Images via BBC
Parque Natural Ilha Maria, na Austrália — Foto: Getty Images via BBC

As chaves que a Grande Inconformidade guarda

Para determinar a idade das rochas e, portanto, as camadas que faltam, os geólogos observam o decaimento radioativo das rochas, ou seja, analisam os elementos químicos em que as rochas se decompõem ao longo do tempo.

No caso de Peak, por exemplo, ela analisa o processo de resfriamento das rochas, para saber a qual período elas pertencem.

Juntar as peças que explicam a Grande Inconformidade é uma maneira de aprender como era a Terra primitiva. Isso, assinala Peak, é importante porque nesse período ocorreram grandes mudanças, não apenas geológicas, mas também biológicas, para as quais pode fornecer informações sobre a evolução da vida no planeta.

Um artigo da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara de 2020 sobre a Grande Inconformidade menciona que esse fenômeno está ligado a outro grande enigma da ciência: o súbito surgimento de vida complexa nos períodos Ediacarano (entre 635 milhões de anos e 541 milhões de anos atrás) e o Cambriano (entre 541 milhões de anos e 485 milhões de anos).

"A explosão cambriana foi o dilema de Darwin", diz Francis Macdonald, geólogo da UC Santa Barbara. "Esta é uma questão que tem 200 anos. Se conseguirmos resolvê-la, seremos rockstars", brinca.

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domingo, 24 de abril de 2022

Chuva de meteoros poderá ser observada em todo o país; saiba melhor horário para ver

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Para visualizar o fenômeno, é preciso estar em local de baixa poluição luminosa e olhar na direção norte. Em condições ideais de visualização, será possível visualizar até 18 meteoros por hora, segundo Observatório Nacional.
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Por g1

Postado em 24 de abril de 2022 às 10h00m

Post.- N.\ 10.299

Chuva de Meteoros Lyrids terá pico na noite de 22 para 23 de abril — Foto: Divulgação/Observatório Nacional
Chuva de Meteoros Lyrids terá pico na noite de 22 para 23 de abril — Foto: Divulgação/Observatório Nacional

A chuva de meteoros Lyrids ou Líridas atingirá seu pico na noite desta sexta-feira (22) e início da madrugada de sábado (23) e poderá ser vista em todo o Brasil.

Segundo o Observatório Nacional (ON), o melhor horário para observar o fenômeno será a partir da 1h da madrugada do dia 23, sendo que as regiões Norte e Nordeste terão uma visão mais privilegiada.

Em condições ideais de visualização, será possível visualizar até 18 meteoros por hora. Mas a lua deve atrapalhar um pouco. Segundo astrônomo Marcelo de Cicco, coordenador do EXOSS – projeto brasileiro de pesquisas de meteoros com colaboração do ON, neste ano, a Lua com cerca de 67% de iluminação deverá atrapalhar a visibilidade dos meteoros menos brilhantes da chuva.

Para observar o fenômeno, é preciso estar em local de baixa poluição luminosa e olhar na direção norte. "Para facilitar essa orientação indicamos que o observador direcione seu braço direito para o local onde o sol nasce (o leste) e o braço esquerdo para o local onde o sol se põe (o oeste), assim ele estará de frente para o norte", orienta o Observatório.

O que são meteoros

Os meteoros são pequenos corpos celestes que se deslocam no espaço e entram na atmosfera da Terra, queimando parcial ou totalmente devido à ablação com a atmosfera terrestre e ao contato com moléculas de oxigênio. Este fenômeno deixa um risco luminoso no céu, que é popularmente chamado de estrela cadente.

Uma chuva de meteoros ocorre quando vários meteoros passam pelo céu noturno partindo aparentemente de um mesmo ponto: o radiante.

Todos os anos, no final do mês de abril, o planeta Terra passa pelo rastro empoeirado do Cometa Tatcher (C/1861 G1) e, desta passagem, resulta a chuva de meteoros chamada Lyrids ou Líridas, por estar localizada na direção da constelação de Lyra.

Desde o dia 15 até o dia 29 deste mês, o planeta Terra estará passando pela região do espaço onde estão os detritos do cometa Tatcher.

Chuva de meteoro atrai os olhares de várias pessoas nesta madrugadaChuva de meteoro atrai os olhares de várias pessoas nesta madrugada

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sexta-feira, 22 de abril de 2022

Causas do câncer: as descobertas da maior análise de DNA da doença já feita

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Uma 'escavação arqueológica' de milhares de tumores no Reino Unido revelou novos padrões no DNA do câncer.
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TOPO
Por BBC

Postado em 22 de abril de 2022 às 13h10m

Post.- N.\ 10.298

Cientistas do Reino Unido realizaram uma enorme "escavação arqueológica" do câncer, analisando a sequência completa do genoma de tumores de cerca de 12 mil pacientes. — Foto: Getty Images
Cientistas do Reino Unido realizaram uma enorme "escavação arqueológica" do câncer, analisando a sequência completa do genoma de tumores de cerca de 12 mil pacientes. — Foto: Getty Images

Cientistas do Reino Unido realizaram uma enorme "escavação arqueológica" do câncer, analisando a sequência completa do genoma de tumores de cerca de 12 mil pacientes.

A equipe diz que a quantidade inédita de dados permitiu que eles descobrissem novos padrões no DNA do câncer — sugerindo causas que ainda não são compreendidas.

Eles acrescentam que as "pistas genéticas" ajudarão a melhorar o diagnóstico e o tratamento. A pesquisa foi publicada na revista Science.

O câncer é uma versão corrompida de nossas células saudáveis — mutações em nosso DNA mudam nossas células até que elas cresçam e se multipliquem de forma descontrolada.

Tradicionalmente, muitos cânceres são categorizados pelos médicos com base em onde eles estão localizados no corpo e no tipo de células envolvidas — mas o sequenciamento do genoma inteiro pode fornecer novas informações importantes, dizem os especialistas.

'Pegadas de dinossauro'

O sequenciamento do genoma completo é relativamente novo, mas já está disponível no sistema público de saúde britânico (NHS, na sigla em inglês) para um pequeno número de cânceres específicos, incluindo alguns do sangue.

A pesquisadora-chefe Serena Nik-Zainal, consultora dos Hospitais da Universidade de Cambridge, explicou à BBC que o estudo é uma espécie de "escavação arqueológica" do câncer das pessoas.

"Podemos ver padrões ou impressões no campo do câncer — como pegadas de dinossauros — do que está acontecendo de errado. E o câncer de cada pessoa é diferente. Saber que podemos personalizar o relatório de câncer de cada pessoa significa que estamos um passo mais perto de personalizar o tratamento para elas."

Liderada pela Universidade de Cambridge, a equipe de pesquisadores analisou dados de DNA anonimizados fornecidos pelo Projeto 100.000 Genomas — um plano em toda a Inglaterra para sequenciar os genomas inteiros de pacientes afetados por câncer e doenças raras.

Com milhares de alterações genéticas observadas em cada tumor analisado, os pesquisadores foram capazes de detectar combinações específicas de alterações genéticas — as chamadas "assinaturas mutacionais" — que podem ser a chave para o desenvolvimento de cânceres.

Comparando os dados com outros projetos internacionais, eles confirmaram alguns padrões já conhecidos e descobriram 58 novos.

Algumas assinaturas podem fornecer pistas sobre se os pacientes tiveram exposição a causas ambientais de câncer - como o tabagismo.

Outros fornecem mais informações sobre anormalidades genéticas que podem ser passíveis de drogas específicas, dizem os pesquisadores.

Os pesquisadores também criaram um programa de computador para ajudar cientistas e médicos a verificar se os pacientes que tiveram o sequenciamento completo do genoma têm alguma das pistas mutacionais recém-descobertas.

Melhor tratamento

Aubrey, uma menina de dois anos de Bedfordshire, no Reino Unido, foi diagnosticada com câncer quando tinha apenas 16 meses de idade.

Ela não participou do estudo. Mas o sequenciamento completo do genoma ajudou os médicos a identificar o tipo de câncer que ela tem — um rabdomiossarcoma — um câncer raro que geralmente afeta os músculos ligados aos ossos. Os resultados ajudaram a escolher o melhor tratamento possível.

Anna, mãe de Aubrey, disse: "Por causa da forma incomum como o câncer de Aubrey surgiu, os médicos não tinham certeza do tipo exato de câncer. O sequenciamento completo do genoma ajudou os médicos a saber como tratá-la e mantê-la estável."

"Embora ainda tenhamos uma jornada desafiadora com o diagnóstico e tratamento de Aubrey, estamos aliviados em saber que ela não tem câncer herdado geneticamente e que não precisamos nos preocupar que isso possa afetar nosso outro filho ou outros membros da família também."

O que é genoma?

  • O genoma é a informação necessária para construir o corpo humano e mantê-lo saudável
  • Ele está escrito em uma "linguagem química" chamada DNA
  • O genoma é feito de segmentos de DNA chamados de genes
  • A maioria dos cânceres é causada por células com alterações incomuns no genoma

O professor Matt Brown, diretor científico da Genomics England, disse: "Assinaturas mutacionais são um exemplo de uso de todo o potencial do sequenciamento de genoma completo".

"Esperamos usar as pistas mutacionais observadas neste estudo e aplicá-las de volta à nossa população de pacientes, com o objetivo final de melhorar o diagnóstico e o tratamento de pacientes com câncer."

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quinta-feira, 21 de abril de 2022

Unicamp cria gel de óleo vegetal capaz de substituir gordura saturada em pães e sorvetes e reduzir riscos à saúde

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'Oleogel' promete diminuir chances de infarto e AVC a partir da diminuição do consumo de gordura animal. Pesquisa da Engenharia de Alimentos foi publicada em duas revistas científicas.
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Por EPTV

Postado em 21 de abril de 2022 às 10h50m

Post.- N.\ 10.297

Pesquisa da Unicamp desenvolve óleo gel que pode substituir gordura saturadaPesquisa da Unicamp desenvolve óleo gel que pode substituir gordura saturada

Pesquisadores da Unicamp desenvolveram um gel feito de óleos de soja, linhaça ou girassol que pode ser usado na alimentação para substituir a gordura saturada. O novo produto promete ser menos prejudicial ao coração e ao cérebro, já que reduz as chances de acidente vascular cerebral (AVC).

O "oleogel" foi criado a partir dos óleos tradicionais de gordura insaturada, que aumentam os níveis do colesterol HDL, popularmente chamado de colesterol bom. Segundo os pesquisadores do Departamento de Engenharia de Alimentos, o gel poderá ser usado em sorvetes, embutidos, margarinas e biscoitos.

Para dar mais consistência ao produto, a pesquisa da Universidade Estadual de Campinas usou uma cera natural extraída de frutas vermelhas, além de um emulsificante a base de soja para garantir a mistura. Ao fim do estudo, a pesquisa foi publicada em duas revistas científicas.

"O que a gente procurou aqui é que fosse saudável, mas que mantivesse as características que o consumidor está acostumado no seu alimento tradicional. Ele é um sólido, embora mais de 90% seja de óleo líquido", explicou a professora da Faculdade de Engenharia de Alimentos, Rosiane Lopes da Cunha.

Gel produzido a base de gorduras vegetais pode ser usada em alimentos, diz pesquisa da Unicamp — Foto: Reprodução/EPTV
Gel produzido a base de gorduras vegetais pode ser usada em alimentos, diz pesquisa da Unicamp — Foto: Reprodução/EPTV

A junção dos três elementos gerou o produto. Os pesquisadores indicam que o gel pode ser usado na indústria alimentícia para compor a textura dos alimentos, papel que atualmente é das gorduras saturadas.

Enquanto as gorduras insaturadas são originárias de óleo vegetal, como azeite, amêndoas, nozes e castanha de caju, as saturadas são encontradas em fontes de origem animal, como carne, leite e ovos. Quando consumidas em excesso, aumentam o colesterol ruim e as chances de infarto e AVC.

"Vai fazer com que a gente forme placa de ateroma, que são placas mesmo, dentro dos nossos vasos, e vai causar a deficiência do fluxo de sangue, provocando um entupimento, desencadeando um infarto do miocárdio e o acidente vascular cerebral", disse a nutricionista Adriana Passos.

As gorduras de origem animal estão presentes no nosso cotidiano alimentar, mas Adriana alerta que elas devem ser ingeridas com parcimônia.

"Vou dar um exemplo: um indivíduo que consume 2 mil calorias no dia. Dessas 2 mil, no máximo 7% era gordura saturada. Então vai fazer parte da nossa alimentação, não tem como excluir totalmente. Porém, quando a gente excede, começa a ser prejudicial".

Pesquisadora da Unicamp mostra 'oleogel' produzido a partir do óleo de cozinha — Foto: Reprodução/EPTV
Pesquisadora da Unicamp mostra 'oleogel' produzido a partir do óleo de cozinha — Foto: Reprodução/EPTV

Parece banha ou toucinho

Segundo Rosiane, o novo produto tem uma textura familiar, bem parecida com a da banha, por exemplo. "Nós pegamos um óleo comum, aquele que a gente usa na cozinha, e transformamos em um gel que é parecido com uma gordura sólida, como banha ou toucinho, que a gente também conhece".

Agora, a meta é buscar métodos para introduzir o gel na indústria.

"Existe uma série de indústrias que podem se beneficiar dessa tecnologia: a indústria de produtos panificados, os biscoitos, recheios de biscoito... Os produtos como salame, mortadela, presunto. As margarinas, os chocolates, os sorvetes", completou a professora.

Gel criado por pesquisadores da Unicamp foi produzido com óleos de soja, linhaça ou girassol  — Foto: Reprodução/EPTV
Gel criado por pesquisadores da Unicamp foi produzido com óleos de soja, linhaça ou girassol — Foto: Reprodução/EPTV

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