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sexta-feira, 15 de abril de 2022

Mundo registra mais de 500 milhões de casos de Covid-19, aponta universidade

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Levantamento da Universidade Johns Hopkins também contabiliza 6,1 milhões de mortes pela doença em todo o mundo.
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Por g1

Postado em 15 de abril de 2022 às 11h00m

Post.- N.\ 10.293

Levantamento da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos, até a manhã desta quinta-feira (14) — Foto: Reprodução/ Un. Johns Hopkins
Levantamento da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos, até a manhã desta quinta-feira (14) — Foto: Reprodução/ Un. Johns Hopkins

O mundo ultrapassou os 500 milhões de casos registrados de Covid-19, segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins, que monitora os números desde o início da pandemia.

Até às 8h (horário de Brasília) desta quinta-feira (14), a universidade contabilizava 501.970.999 casos da doença, com mais de 6,1 milhões de mortes.

O número de casos considera apenas os que foram registrados – a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que o número real de infectados seja muito maior, por causa da subnotificação. Na quarta-feira (13), a entidade havia anunciado que continua considerando a pandemia uma emergência de saúde pública internacional.

EUA lideram casos e mortes

Os Estados Unidos lideram o número de infectados e de mortes pela Covid-19 até agora. Segundo o balanço da universidade, são mais de 80,5 milhões de casos no país, que tem quase 1 milhão de mortes registradas. Nos últimos 28 dias, foram mais de 880 mil novos casos.

Já a Coreia do Sul lidera no número de novos casos vistos nos últimos 28 dias, com 7,7 milhões de novos registros. Em seguida vêm Alemanha (quase 5 milhões), França (3,6 milhões) e Vietnã (3,5 milhões).

Embora os casos sigam crescendo, o ritmo de novos registros vem caindo desde o fim de janeiro – quando a variante ômicron levou a um recorde de infectados em vários países, inclusive no Brasil.

Já as doses de vacina contra a Covid-19 aplicadas no mundo inteiro estão na casa dos bilhões, mas a distribuição é desigual: enquanto 64 países já ultrapassaram a meta da OMS de vacinar mais de 70% de suas populações até julho deste ano – o Brasil está entre eles –, outros 68 ainda não chegaram a 40%, que era a meta estabelecida para o final do ano passado. Desse total, 21 ainda não vacinaram nem sequer 10% de seus habitantes.

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quinta-feira, 14 de abril de 2022

Nasa confirma que cometa descoberto por brasileiro é o de maior núcleo já encontrado

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C/2014 UN271 tem um núcleo de 130 km de diâmetro e uma massa de 500 trilhões de toneladas. Astrônomo brasileiro descobriu o astro em 2021.
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Por g1

Postado em 14 de abril de 2022 às 10h30m

Post.- N.\ 10.292

Comparação do tamanho do C/2014 UN271 com outros cometas já detectados  — Foto: NASA, ESA, Zena Levy (STScI)
Comparação do tamanho do C/2014 UN271 com outros cometas já detectados — Foto: NASA, ESA, Zena Levy (STScI)

O telescópio Hubble, da agência espacial americana (Nasa), confirmou que um cometa descoberto pelo astrônomo brasileiro Pedro Bernardinelli é o astro com o maior núcleo avistado até hoje.

O C/2014 UN271 tem um diâmetro de aproximadamente 130 km, cerca de 50 vezes maior do que a maioria dos cometas conhecidos, e foi descoberto por Bernardinelli, astrônomo da universidade de Washington, em maio de 2021, durante uma pesquisa para um projeto de doutorado.

A gente encontrou esse objeto meio que por acaso porque a gente não estava buscando explicitamente um cometa. Estávamos buscando outras coisas, mas desenvolvemos uma metodologia para identificar vários tipos de astros e trombamos com esse, conta o pesquisador.

Bernardinelli explica que, à época, ele nem imaginava que a estrutura era de um cometa e que os cálculos mais precisos só foram feitos por volta de setembro. Foi a partir daí que, juntamente com seu orientador, o astrônomo da Universidade da Pensilvânia, Gary Bernstein, os pesquisadores se depararam diante de uma descoberta surpreendente: estavam diante do cometa com o maior núcleo já encontrado.

Chegar a essa conclusão não é uma tarefa fácil. Os cientistas precisam entender como se comporta a camada de poeira e gás ao redor de um cometa, chamada de coma pelos astrônomos.

Isso é fundamental porque a luz do Sol, ao incidir sobre um determinado cometa, é refletida e então possível de ser observada pelos nossos telescópios. Contudo, a distância que o C/2014 UN271 está não é possível observarmos exatamente o seu núcleo, somente a camada de poeira.

O que os cientistas da Nasa fizeram então foi desenvolver um modelo computacional para remover brilho da como e revelar em detalhes o núcleo do cometa descoberto pelo brasileiro.

A imagem abaixo mostra como foi feito o processo.

Sequência de fotos mostra como o núcleo do Cometa foi calculado. — Foto: NASA, ESA, Man-To Hui (Macau University of Science and Technology), David Jewitt (UCLA)/Alyssa Pagan (STScI)
Sequência de fotos mostra como o núcleo do Cometa foi calculado. — Foto: NASA, ESA, Man-To Hui (Macau University of Science and Technology), David Jewitt (UCLA)/Alyssa Pagan (STScI)

Isso é uma medida bem difícil de ser feita porque precisamos de um modelo muito bom para explica essa nuvem de gás sublimado ao redor do cometa. Essa foi a grande diferença do estudo da Nasa, ressalta Bernardinelli.

O cometa, também chamado de Bernardinelli-Bernstein em homenagem aos seus descobridores, está se movimentando a uma velocidade de 35 mil km/h na borda do sistema solar. Além disso, segundo a Nasa informou, sua massa é de 500 trilhões de toneladas, cem mil vezes maior do que a encontrado geralmente para esses objetos espaciais.

Em 2031, o C/2014 UN271 estará a 1,6 bilhão de quilômetros de proximidade do Sol. Essa será a menor distância que a trajetória do cometa chegará da estrela do sistema solar.

Bernardinelli explica que, por isso, ele não oferece nenhum risco para nós terráqueos, mas que entender a dinâmica do seu funcionamento e de sua aproximação com a nossa estrela é fundamental para a ciência.

O astrônomo brasileiro Pedro Bernardinelli em imagem de arquivo pessoal. — Foto: Arquivo Pessoal
O astrônomo brasileiro Pedro Bernardinelli em imagem de arquivo pessoal. — Foto: Arquivo Pessoal

O mais interessante disso, conta ele, é que estamos vendo um cometa ligando. Isso quer dizer que, embora ele ainda esteja numa região muito fria e congelante a cerca de 3 milhões de km do Sol, onde não deveria ocorrer a sublimação de seus materiais, essa sua proximidade cada vez mais perto da estrela, está aumentando a atividade do Bernardinelli-Bernstein, mas os cientistas ainda não sabem explicar o porquê isso ocorre.

E entender isso é importante por diversos motivos. O primeiro é que, desse modo, a gente consegue ver quais são os tipos de material que existem na superfície desses objetos. Isso é interessante porque cometas são relíquias do sistema solar, explica o pesquisador.

Ou seja, olhar para esses astros significa olhar para os primórdios de formação do nosso sistema solar, a cerca de 4 bilhões de anos. E o C/2014 UN271 está fazendo justamente sua primeira aparição por aqui desde então.

Hoje estamos conseguindo ver um material muito fresco do começo do Sistema Solar, um material que não tinha sido evaporado antes e isso é muito interessante, completa Bernardinelli.

Contudo, isso tudo não é algo muito rápido. O cometa está vindo de um ninho congelante de trilhões de outros cometas chamado Nuvem de Oort há mais de 1 milhão de anos. Segundo a Nasa, entender melhor como esses astros funcionam e como chegam aqui também será fundamental para compreendermos o papel dessa concha esférica de gelo na evolução do sistema solar.

Robô Philae é localizado em cometa depois de quase dois anos perdido
Robô Philae é localizado em cometa depois de quase dois anos perdido

"Este cometa é a ponta de um iceberg de muitos milhares de outros cometas que são muito fracos para serem vistos em partes mais distantes do nosso sistema solar", disse David Jewitt, professor de ciência planetária e astronomia da Universidade da Califórnia, em Los Angeles.

"Nós sempre suspeitamos que ele era grande, já que é tão brilhante e está a uma distância tão grande. Agora, nós confirmamos que é mesmo", completou.

O Hubble é considerado o telescópio mais famoso da Nasa e está há 31 anos em órbita. Os resultados da descoberta foram publicados pela revista "The Astrophysical Journal Letters".

Recordista anterior

Antes do C/2014 UN271, o cometa com o maior núcleo já detectado era o C/2002 VQ94 — diâmetro de 96 km. Ele foi descoberto em 2002 pelo projeto Lincoln Near-Earth Asteroid Research (LINEAR) uma parceria entre a Força Aérea dos Estados Unidos, a NASA e o Lincoln Laboratory do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).

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quarta-feira, 13 de abril de 2022

Mega foto do Sol mostra forma humana? Entenda o que está por trás da imagem e o que revela a ciência

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Foto registrada pela Solar Orbiter mostra forma curiosa, mas a ciência busca ir muito além e analisar os dados para prever eventuais interferências do nosso astro sobre itens como o GPS e outros sistemas.
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Por Roberto Peixoto, g1

Postado em 13 de abril de 2022 às 08h00m

Post.- N.\ 10.291

O sol de perto: ESA divulga imagem do astro com resolução mais alta já feita até hoje
O sol de perto: ESA divulga imagem do astro com resolução mais alta já feita até hoje

O que a imagem mais detalhada do Sol já registrada revela? Um zoom em um dos pontos dessa foto composta por um mega mosaico de imagens mostra formas que se assemelham a um homem de costas, olhando para a esquerda.

Por mais que nossos olhos tendam a encontrar figuras humanas em todos os cantos, a ciência explica que por trás das traços amarelos e dourados há, na verdade, conceitos como gás, plasma, arcos magnéticos e tempestades geomagnéticas capazes de interferir na vida na Terra.

Parece complicado, mas são fenômenos que estão sob alguma das camadas da megafoto e eles não ditam apenas a dinâmica da nossa estrela de 4,5 bilhões de anos.

O Sol e seus fenômenos podem afetar desde o funcionamento de sistemas de Internet e GPS aqui na Terra até a segurança de astronautas em missões espaciais. E tudo está ali, revelado ou sob outras áreas que a foto não alcançou.

Forma humana? Imagem mostra um detalhe da foto do Sol com a maior resolução já feita.  — Foto: ESA & NASA/Solar Orbiter/EUI; Processamento de dados: E. Kraaikamp (ROB)
Forma humana? Imagem mostra um detalhe da foto do Sol com a maior resolução já feita. — Foto: ESA & NASA/Solar Orbiter/EUI; Processamento de dados: E. Kraaikamp (ROB)

O que a imagem mostra de fato?

A foto, um conjunto de 25 imagens individuais, foi feita pelo telescópio espacial de alta resolução acoplado à sonda lançada em 2020 pela Nasa juntamente com a Agência Espacial Europeia, a ESA.

Na imagem, além de ser possível enxergar uma figura humana intrigante (um fenômeno que a psicologia chama de pareidolia – o reconhecimento de uma imagem, som ou objeto familiar em um estímulo aleatório, como enxergar formas de animais em nuvens), o que temos em destaque é a última camada da atmosfera do Sol, a coroa solar, que é bem mais quente que superfície da estrela.

Sim, assim como a Terra, o Sol possui uma atmosfera. E ela é dividida em duas partes, a cromosfera, a camada mais inferior, e a coroa (a que de fato vemos nas imagens).

As regiões mais luminosas da foto são chamadas de manchas solares ou regiões ativas, locais de alta concentração de campo magnético. Isso quer dizer que, diferentemente do que imaginamos quando olhamos para o espaço, o Sol não é uma bola estática.

Os campos magnéticos estão a todo tempo produzindo uma dança de gás e plasma, o material que forma a estrela.

O Sol é uma estrela muito ativa. Ele tem períodos em que essas regiões ativas aparecem em maior número (que chamamos de máximo solar) e outros em que elas quase não aparecem, diz Alessandra Abe Pacini, cientista do grupo de Física Espacial do CIRES/NOAA, na Universidade do Colorado.

O que intriga os cientistas por muito tempo é o fato de que a dinâmica de aquecimento dessas regiões é algo único.

Diferentemente do esperado, a camada mais exterior da nossa estrela (a coroa vista na foto da ESA) é mais quente que sua superfície. São temperaturas que ali chegam à casa do milhão, enquanto a superfície solar chega a apenas 5 mil graus Celsius.

Adriana Valio, astrônoma do Centro de Rádio Astronomia e Astrofísica Mackenzie, explica que isso é curioso porque aqui na Terra, quando pensamos numa fogueira, por exemplo, as regiões mais quentes que ardem em chamas ficam justamente nas camadas mais inferiores, o inverso da dinâmica do Sol.

"Isso eu acho bárbaro", diz. "É uma questão que intriga há mais de 30 anos e que a sonda poderá resolver".

O Sol visto pelo Solar Orbiter em luz ultravioleta extrema a uma distância de aproximadamente 75 milhões de quilômetros.  — Foto: ESA & NASA/Solar Orbiter/EUI; Processamento de dados: E. Kraaikamp (ROB)
O Sol visto pelo Solar Orbiter em luz ultravioleta extrema a uma distância de aproximadamente 75 milhões de quilômetros. — Foto: ESA & NASA/Solar Orbiter/EUI; Processamento de dados: E. Kraaikamp (ROB)

A 'tomografia' da atmosfera solar

A ESA também divulgou imagens que mostram a cromosfera do Sol. São quatro imagens 'coloridas' que revelam detalhes sobre essa camada da atmosfera que não é visível aqui da Terra.

Adriana Valio explica que a sonda tem dois grupos de instrumentos: câmeras imageadoras, que tiram as fotos em alta resolução do começo desta reportagem, e ferramentas que fazem uma espécie de "tomografia" do Sol, medindo a densidade de partículas da estrela e do vento solar.

Na Solar Orbiter, esse "tomógrafo" é um instrumento chamado de SPICE. A função dele é entender como o Sol cria e controla a heliosfera, a região do espaço onde o nosso sol exerce sua influência.

"O Sol tem um fluxo continuo de partículas. Esse fluxo preenche todo o Sistema Solar", explica Valio. "E a Solar Orbiter conseguiu mapear, pela primeira vez, de onde sai esse vento solar".

Cores mostram diferentes pontos da atmosfera do Sol.  — Foto: ESA & NASA/Solar Orbiter/SPICE team; Data processing: G. Pelouze (IAS)
Cores mostram diferentes pontos da atmosfera do Sol. — Foto: ESA & NASA/Solar Orbiter/SPICE team; Data processing: G. Pelouze (IAS)

Por que mapear de onde sai esse vento solar?

As 4 regiões mais brilhantes e esbranquiçadas ao centro das imagens da figura acima mostram áreas mais ativas do nosso Sol. É justamente nelas onde há maior concentração de campo magnético.

Um exemplo de região ativa capturada pela sonda da ESA é a imagem do topo desse matéria, que se assemelha à figura de um homem saindo do Sol. Nela podemos ver arcos magnéticos, partículas super energéticas em forma de espiral.

Pacini explica que essas regiões ativas podem eventualmente explodir. Elas têm altíssimas temperaturas, mas ainda não são chamadas de erupções solares. Elas têm cerca de 400 mil a 1 milhão de graus Celsius. Se, de fato, explodirem, chegam a dezenas de milhões de graus.

Um dos objetivos da Solar Orbiter é justamente entender melhor a atividade do Sol e como esse campo magnético solar funciona. Mostrar como e de onde partem os ventos solares.

É com essa atividade magnética que ocorrem as explosões solares e as ejeções de massa, quando bilhões de toneladas de matéria são lançadas para o meio interplanetário e podem até atingir a Terra, ressalta Adriana Valio.

Entender esses processos será fundamental para descobrir como essas explosões solares surgem e como isso influencia o nosso clima espacial.

Satélites europeus do programa Galileo devem ser lançados no 2º semestre para concorrer com sistema GPS — Foto: ESA/P. Carril/Divulgação
Satélites europeus do programa Galileo devem ser lançados no 2º semestre para concorrer com sistema GPS — Foto: ESA/P. Carril/Divulgação

Isso é importante porque não é somente a aurora boreal que é provocada pelos efeitos da atividade solar. Sinais de Internet, o GPS e até a transmissão de energia elétrica podem ser impactados por essas tempestades geomagnéticas, daí a importância de prevermos esses eventos.

"A gente tem também doses letais de radiação solar. Se tivermos algum astronauta desprotegido enquanto faz uma missão fora da Estação Espacial Internacional, por exemplo, isso é um problema", diz a astrônoma.

A professora ainda explica que, no passado, diversos satélites de bilhões de dólares eram perdidos por causa desse problema. Hoje em dia, a principal preocupação é com os sistemas de GPS.

Os GPS utilizam satélites. Hoje os aviões todos pousam e decolam automaticamente por conta dessa tecnologia. Então isso pode ser realmente um problema grave, alerta a pesquisadora.

Segundo a Nasa, a tempestade geomagnética mais forte já registrada foi o chamado Evento Carrington, que levou o nome astrônomo britânico Richard Carrington. Foi ele quem observou a erupção solar de 1º de setembro de 1859 que desencadeou o evento.

Na época, os sistemas de telégrafo do mundo todo apresentaram problemas e seus operadores chegaram a levar descargas elétricas.

O evento foi tão atípico que auroras boreais puderem ser vistas em países da América Central, como Cuba, Bahamas, Jamaica, El Salvador.

Tudo o que acontece no Sol vai perturbar o ambiente da Terra. Hoje a nossa sociedade depende fortemente de tecnologia espacial e tudo isso depende, por sua vez, do clima espacial, lembra a astrônoma Alessandra Pacini.

A importância de entendermos a origem dessas explosões solares é realmente a capacidade de a prevermos. Temos que saber quando elas vão acontecer para que consigamos nos proteger.

Comparação ilustrativa mostra a enorme diferença do tamanho entre o Sol e a Terra. Os cientistas calculam que mais de 1 milhão de planetas Terra poderiam ocupar o volume da estrela.   — Foto: ESA & NASA/Solar Orbiter/EUI; Processamento de dados: E. Kraaikamp (ROB)
Comparação ilustrativa mostra a enorme diferença do tamanho entre o Sol e a Terra. Os cientistas calculam que mais de 1 milhão de planetas Terra poderiam ocupar o volume da estrela. — Foto: ESA & NASA/Solar Orbiter/EUI; Processamento de dados: E. Kraaikamp (ROB)

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terça-feira, 12 de abril de 2022

21 países não vacinaram nem 10% da população contra Covid-19, diz OMS

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Ao todo, são 68 nações com cobertura abaixo de 40%, que era a meta estabelecida pela entidade para o final do ano passado. No Brasil, percentual da população vacinável com duas doses é de 81%; com o reforço, de 50%.
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Por g1

Postado em 12 de abril de 2022 às 10h45m

Post.- N.\ 10.290

Homem recebe dose de reforço de vacina contra Covid-19 em Guadalajara, no México, no dia 6 de abril. — Foto: Ulises Ruiz / AFP
Homem recebe dose de reforço de vacina contra Covid-19 em Guadalajara, no México, no dia 6 de abril. — Foto: Ulises Ruiz / AFP

21 países do mundo não vacinaram não vacinaram nem 10% de suas populações contra a Covid-19, divulgou nesta segunda-feira (11) a Organização Mundial de Saúde (OMS). Ao todo, 68 países ainda não atingiram a meta de 40% de cobertura vacinal, estabelecida pela entidade para o final do ano passado.

Três países aparecem com 0% da população vacinada no relatório da organização: a Coreia do Norte, o Burundi e a Eritreia, os dois últimos no continente africano. Dos 21 que não têm nem sequer 10% de seus habitantes vacinados, 16 estão na África.

Em nota, a OMS observou que as baixas coberturas deixam as populações mais vulneráveis desses países em risco.

Além de cobrir 40% da população de todos os países até o fim de 2021, a organização também estabeleceu a meta de 70% de cobertura vacinal contra a Covid-19 até meados deste ano. Poucos países, entretanto, atingiram o percentual até agora; o Brasil é um deles, com 81% da população vacinável já tendo recebido as duas doses do esquema primário. Cerca de metade dos brasileiros que estão aptos já receberam uma dose de reforço.

Outras campanhas

A entidade também chamou atenção para o atraso causado pela pandemia em outras campanhas de vacinação, como a da pólio e do HPV, responsável pela maioria dos casos de câncer de colo de útero.

O Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas da OMS (SAGE, na sigla em inglês) observou que, no ritmo atual, a implementação da vacinação contra o HPV não vai atingir as metas da estratégia global para eliminação do câncer do colo de útero em 2030.

O comitê recomendou que todos os países introduzam urgentemente a vacina contra o HPV – primeiro para meninas de 9 a 14 anos e, quando viável e acessível, para meninas mais velhas. Já a vacinação de meninos e de grupos mais velhos deve ser "cuidadosamente gerenciada até que haja suprimento irrestrito de vacina".

Já no caso da pólio, a entidade expressou preocupação com o caso recente de poliovírus selvagem detectado no Malaui e com a transmissão contínua de poliovírus derivado de vacinas – principalmente na África, onde a Nigéria ainda enfrenta surtos.