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quinta-feira, 7 de abril de 2022

Por que se deslumbrar com o mundo pode ajudar memória e nos deixar mais generosos

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A busca intencional da sensação de deslumbramento pode aumentar a criatividade e reduzir a ansiedade, segundo estudos.
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TOPO
Por David Robson*, BBC

Postado em 07 de abril de 2022 às 08h20m

Post.- N.\ 10.281

Deslumbramento pode melhorar memória, aumentar a criatividade e reduzir ansiedade — Foto: Getty Images via BBC
Deslumbramento pode melhorar memória, aumentar a criatividade e reduzir ansiedade — Foto: Getty Images via BBC

Sempre que Ethan Kross entra em um ciclo mental de preocupação e pensamentos negativos, ele caminha cinco quadras até o jardim público do seu bairro para contemplar uma das magníficas árvores do local e o incrível poder da natureza.

Se não puder ir até o jardim, ele passa alguns momentos pensando sobre as fabulosas possibilidades oferecidas pelas aeronaves e pelas viagens espaciais. "Fico pensando em como nós estávamos tentando acender fogueiras, apenas alguns milhares de anos atrás, e agora podemos aterrissar com segurança em outro planeta", afirma ele.

O propósito, neste caso, é evocar o deslumbramento - que ele define como "a maravilhosa sensação de encontrar algo que não podemos explicar facilmente".

Os hábitos de Kross são baseados em evidências científicas. Como professor de psicologia da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, ele sabe que as sensações de deslumbramento podem ter influência muito profunda sobre a mente — aumentando nossa memória e criatividade, além de nos inspirar a agir de forma mais altruísta com relação às pessoas à nossa volta. Eles podem também ter profundo impacto sobre a nossa saúde mental, permitindo colocar nossas ansiedades em perspectiva.

Como a maioria de nós somente ficamos admirados esporadicamente, ainda não conhecemos seus benefícios. Quando estamos tristes, podemos ser mais propensos a buscar alívio em uma comédia, por exemplo - procurando sentimentos de diversão que são bem menos poderosos.

Mas gerar o deslumbramento pode trazer uma grande mudança mental. Por isso, ele pode ser uma ferramenta essencial para melhorar nossa saúde e bem-estar. E existem muitas formas de cultivar essa emoção na nossa vida diária.

Pequenos terremotos

Michelle Shiota, professora de Psicologia Social da Universidade do Estado do Arizona, nos Estados Unidos, foi uma das pioneiras na descoberta dos benefícios do deslumbramento. O seu interesse específico reside nas formas em que ele pode remover nossos "filtros mentais" para incentivar maior flexibilidade de pensamento.

Quando ficamos maravilhados com algo realmente incrível e grandioso, "nós nos percebemos como menores e menos significativos com relação ao resto do mundo" — Foto: Getty Images via BBC
Quando ficamos maravilhados com algo realmente incrível e grandioso, "nós nos percebemos como menores e menos significativos com relação ao resto do mundo" — Foto: Getty Images via BBC

Vamos considerar a memória. Se alguém nos contar uma história, normalmente nos lembramos do que achamos que devemos ter escutado e não dos detalhes específicos do evento. Isso pode indicar que perdemos elementos incomuns ou inesperados que acrescentam a clareza e especificidade necessária para entendermos o que aconteceu. Podemos até formar falsas memórias de eventos inexistentes, mas que achamos que poderiam ter acontecido nesse tipo de situação.

Alguns anos atrás, Shiota decidiu estudar se evocar uma sensação de deslumbramento poderia evitar isso. Ela pediu aos participantes, em primeiro lugar, que assistissem a um dentre três vídeos: um filme científico que inspira deslumbramento, levando os espectadores em uma viagem do espaço sideral até partículas subatômicas; um filme animador sobre um patinador artístico que ganhou uma medalha de ouro olímpica; ou um filme neutro sobre a construção de uma parede de blocos de concreto.

Em seguida, os participantes ouviram uma história de cinco minutos descrevendo um casal que saía para um jantar romântico e responderam perguntas sobre o que eles haviam ouvido. Algumas dessas perguntas referiam-se a eventos tipicamente esperados em qualquer refeição ("o garçom serviu o vinho?"), enquanto outras se referiam a informações incomuns, como se o garçom estava usando óculos.

Confirmando a hipótese formulada por Shiota, os participantes que haviam assistido ao filme científico lembravam-se com mais precisão dos detalhes que haviam ouvido que aqueles que haviam assistido ao filme neutro ou animador.

Qual seria o motivo? Shiota indica que o cérebro está constantemente formando previsões do que acontecerá em seguida. Ele usa suas experiências para formar estímulos mentais que orientam nossa percepção, atenção e comportamento.

Experiências que inspiram o deslumbramento - com sua sensação de grandiosidade, assombro e perplexidade - podem confundir essas expectativas, criando um "pequeno terremoto" na mente que faz com que o cérebro redetermine suas premissas e preste mais atenção ao que realmente está à sua frente.

"A mente reprograma seu 'código de previsão' para simplesmente olhar em volta e coletar informações", afirma ela. Além de ampliar nossa memória para detalhes, isso pode melhorar o pensamento crítico, segundo Shiota, pois as pessoas prestam mais atenção às nuances específicas de um argumento, em vez de confiar nas suas intuições para se convencerem ou não.

Essa capacidade de abandonar as premissas e observar o mundo e seus problemas de uma perspectiva nova poderá também explicar por que essa emoção contribui para maior criatividade. Existe um estudo de Alice Chirico e seus colegas da Universidade Católica do Sagrado Coração em Milão, na Itália, publicado em 2018.

Os participantes que caminharam por uma floresta em realidade virtual tiveram notas mais altas em testes de pensamento original que aqueles que observaram um vídeo mais comum de galinhas passeando na grama. Os participantes inspirados pelo deslumbramento foram mais inovadores quando perguntados sobre como melhorar um brinquedo infantil, por exemplo.

Efeito Attenborough

Os efeitos mais transformadores do deslumbramento podem referir-se à forma como nos observamos.

Quando ficamos maravilhados com algo realmente incrível e grandioso, "nós nos percebemos como menores e mais insignificantes com relação ao resto do mundo", afirma Shiota. Uma consequência é o maior altruísmo.

"Quando estou menos concentrada em mim mesma, nos meus próprios objetivos e necessidades e nos pensamentos que passam pela minha cabeça, tenho mais capacidade de observar você e [perceber] o que você pode estar vivendo", afirma ela.

Para medir esses efeitos, uma equipe liderada por Paul Piff, da Universidade da Califórnia em Irvine, nos Estados Unidos, pediu a um terço dos participantes que assistisse a um clipe de cinco minutos da série Planet Earth, da BBC, composta de imagens grandiosas e arrebatadoras de paisagens, montanhas, planícies, florestas e cânions. Os demais assistiram a um clipe de cinco minutos de vídeos engraçados com animais ou a um vídeo neutro do tipo "faça você mesmo".

Em seguida, os participantes avaliaram o quanto eles concordavam com quatro afirmações, como "sinto a presença de algo maior que eu" e "sinto-me pequeno e insignificante". Por fim, eles participaram de um experimento conhecido como o "jogo do ditador", no qual recebem um recurso - neste caso, 10 cupons de um sorteio de um vale-compras de US$ 100 - que eles poderiam ou não dividir com um parceiro, se desejassem.

As sensações de deslumbramento produziram mudança significativa da generosidade dos participantes, aumentando o número de cupons compartilhados com os parceiros. As análises estatísticas que se seguiram permitiram aos pesquisadores demonstrar que isso foi causado pelas mudanças da sensação de si próprios. Quanto menores se sentiam os participantes, maior a sua generosidade.

Para reproduzir a descoberta em um ambiente mais natural, um dos pesquisadores levou os estudantes para uma caminhada por um bosque de eucaliptos da Tasmânia - que crescem até mais de 60 metros. Enquanto os estudantes contemplavam o esplendor das árvores, os pesquisadores "acidentalmente" deixaram cair as canetas que estavam carregando e observaram se os participantes se ofereciam para pegá-las.

Eles perceberam com total segurança que os participantes eram mais prestativos durante essa caminhada inspiradora do deslumbramento que os estudantes que haviam passado o tempo contemplando um edifício alto, mas não tão majestoso.

Colocando em perspectiva

Além de tudo isso, os benefícios para a nossa saúde mental são enormes. Eles são causados, como o aumento da generosidade, pela redução do sentido de si próprio, que parece reduzir o pensamento ruminante.

Isso é potencialmente muito importante, pois a ruminação é um fator de risco conhecido para a depressão, a ansiedade e transtornos de estresse pós-traumático. "Você muitas vezes está tão concentrado na situação que não pensa em mais nada", afirma Ethan Kross, cujo livro Chatter: The voice in our head, why it matters and how to harness it ("Falatório: A voz na sua cabeça, por que ela é importante e como dominá-la", em tradução livre) explora os efeitos dessas conversas negativas consigo mesmo.

O deslumbramento nos força a ampliar nossa perspectiva, segundo ele, de forma a interromper o ciclo de pensamento ruminante. "Quando você está na presença de algo vasto e indescritível, você se sente melhor e seu falatório negativo também diminui", afirma ele.

Para comprovar seu ponto de vista, Kross indica um experimento extraordinário realizado por pesquisadores da Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos. Os participantes eram militares veteranos e jovens de comunidades desfavorecidas, muitos dos quais sofriam estresse sério na vida (alguns até com sintomas persistentes de estresse pós-traumático).

Todos eles haviam se inscrito anteriormente em uma viagem para praticar rafting em águas claras no Rio Verde, em Utah, nos Estados Unidos, patrocinado por uma organização filantrópica. Antes e depois da viagem, eles foram questionados sobre seu bem-estar psicológico geral, incluindo seus sentimentos de estresse e sua capacidade de lidar com os desafios da vida. E, após cada dia de rafting, pediu-se aos participantes que preenchessem um questionário, avaliando suas sensações de deslumbramento, diversão, contentamento, gratidão, alegria e orgulho.

Como se poderia esperar, a viagem, de forma geral, foi muito agradável para a maioria dos participantes. Mas foi a sensação de deslumbramento que indicou as melhorias mais importantes do seu estresse e bem-estar em geral.

Estas foram circunstâncias claramente excepcionais, mas os pesquisadores observaram efeitos muito similares em um segundo estudo que examinou o contato diário dos estudantes com a natureza. Novamente, eles concluíram que as experiências de deslumbramento apresentam impacto muito maior sobre o bem-estar dos estudantes a longo prazo, em comparação com as sensações de contentamento, diversão, gratidão, alegria e orgulho.

Isso é bom ou ruim?

Antes que fiquemos deslumbrados com essa pesquisa, Shiota alerta que os cientistas ainda precisam examinar se essa potente emoção tem algum efeito negativo. Ela suspeita, por exemplo, que o deslumbramento pode explicar o apelo exercido por muitas teorias da conspiração - com suas explicações intricadas e misteriosas do funcionamento do mundo. Mas, de forma geral, os benefícios do deslumbramento precisam ser considerados sempre que sentirmos que nosso pensamento ficou preso em uma rotina improdutiva ou prejudicial.

"A capacidade [que temos] de sair de nós mesmos é uma técnica muito valiosa", afirma Kross. Ele acredita que andar no jardim público do seu bairro e pensar em viagens espaciais traz os sentimentos necessários de assombro, respeito e reverência, mas indica que cada um de nós terá suas preferências pessoais. "Tente identificar quais são os seus próprios gatilhos", sugere ele.

Para Michelle Shiota, as possibilidades são tão infinitas quanto o universo. "As estrelas no céu noturno nos relembram do universo além da nossa experiência. O som do oceano nos relembra suas imensas profundezas; o pôr do sol brilhante nos relembra como é vasta e espessa a atmosfera em volta do nosso planeta", afirma ela. Isso sem mencionar as sublimes experiências oferecidas pela música, cinema ou arte.

"Tudo é questão de experimentar e prestar atenção no extraordinário à nossa volta, em vez daquilo que, para nós, é rotina", conclui ela.

*David Robson é escritor de ciências residente em Londres. O seu último livro, O efeito da expectativa: como o seu pensamento pode transformar a sua vida (em tradução livre do inglês) foi publicado no Reino Unido em 6 de janeiro de 2022 e, nos EUA, será publicado em 15 de fevereiro de 2022. Sua conta no Twitter é @d_a_robson.

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quarta-feira, 6 de abril de 2022

Após primeiro voo no país, dois caças Gripen F-39E pousam em Gavião Peixoto para testes

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As primeiras aeronaves ficarão em centro de ensaios para obter certificado militar. Brasil assinou contrato para desenvolvimento e produção de 36 caças da empresa sueca Saab, em 2014.
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Por g1 São Carlos e Araraquara

Postado em 06 de abril de 2022 às 19h10m

Post.- N.\ 10.280

Caça Gripen fez primeiro voo no país, saindo de Navegantes (SC) para Gavião Peixoto (SP) — Foto: Saab do Brasil
Caça Gripen fez primeiro voo no país, saindo de Navegantes (SC) para Gavião Peixoto (SP) — Foto: Saab do Brasil

Os primeiros caças Gripen F-39E pousaram em Gavião Peixoto (SP), na tarde desta quarta-feira (6), após o primeiro voo no país. Eles chegaram ao Brasil na última sexta-feira (1º).

As aeronaves saíram do Aeroporto Internacional de Navegantes (SC) para o Centro de Ensaios em Voo do Gripen, na planta da Embraer, onde passarão por testes em ambientes controlados para garantir máxima segurança do piloto e da máquina.

Os novos caças permanecerão no interior de SP até que obtenham o certificado de tipo militar. O Brasil assinou contrato para desenvolvimento e produção de 36 aeronaves da empresa sueca Saab, em 2014, por US$ 4,5 bilhões.

Voos

Os voos, que duraram cerca de 50 minutos, foram conduzidos por dois pilotos brasileiros da Força Aérea Brasileira (FAB), que realizaram treinamentos na Suécia.

Dois caças Gripen F-39E saíram de Navegantes e pousaram em Gavião Peixoto para testes — Foto: Saab/Divulgação
Dois caças Gripen F-39E saíram de Navegantes e pousaram em Gavião Peixoto para testes — Foto: Saab/Divulgação

Após a obtenção do certificado de tipo militar, as aeronaves serão transferidas para Anápolis para as etapas finais da fase de entrega.

O Brasil participa ativamente do desenvolvimento, da campanha de ensaios em voo e da produção dos caças, como parte do amplo pacote de transferência de tecnologia para a indústria de defesa brasileira. A chegada das duas aeronaves de produção em série é resultado dessa grande colaboração, destacou Jonas Hjelm, vice-presidente sênior e head da unidade de negócios Aeronautics da Saab.

 Piloto da FAB conduziu primeiro voo do gripen para Gavião Peixoto — Foto: Saab/DivulgaçãoPiloto da FAB conduziu primeiro voo do gripen para Gavião Peixoto — Foto: Saab/Divulgação

Trajetória do Gripen no Brasil

  • Em dezembro de 2013, a Saab foi selecionada para o início das negociações contratuais do programa F-X2, que tinha por objetivo substituir a frota de aeronaves de caça da Força Aérea Brasileira (FAB).
  • Em outubro de 2014, a Saab e Governo Brasileiro assinaram o contrato para o desenvolvimento e produção de 36 aeronaves Gripen E/F, incluindo suporte logístico, armamentos, simuladores, equipamentos e treinamento.
  • Em 2015, a Saab deu início ao programa de transferência de tecnologia do Gripen, um dos maiores já realizados para a Aeronáutica e o maior já feito pela Saab para outro país. O programa visa proporcionar o conhecimento prático necessário para a execução de diversas atividades de desenvolvimento, produção e manutenção dos caças no Brasil. Até 2025, mais de 350 engenheiros e técnicos brasileiros de empresas parceiras terão participado de treinamentos teóricos e práticos na Saab, em Linköping, na Suécia.
  • Cerca 300 profissionais brasileiros de empresas parceiras da Saab já foram treinados e estão de volta ao país. A maioria trabalha no Centro de Projetos e Desenvolvimento do Gripen, localizado na planta da Embraer em Gavião Peixoto, e na fábrica de aeroestruturas da Saab em São Bernardo do Campo, ambos no estado de São Paulo.
  • Como parte do programa de transferência de tecnologia, em 2018, a Saab apresentou sua planta em São Bernardo do Campo, concebida para realizar a montagem de aeroestruturas do Gripen. Dois anos depois, a unidade agregou outros serviços de suporte ao mercado de defesa e civil. Além disso, é no local que será realizada a manutenção dos radares e sistemas de guerra eletrônica do F-39 Gripen.
  • primeiro Gripen chegou ao Brasil em 20 de setembro de 2020 para realizar a campanha de ensaios em voo no país no GFTC. A atividade é integrada ao programa de testes em andamento na Saab, em Linköping, Suécia, desde 2017. As atividades no Brasil incluem testes nos sistemas de controle de voo e de climatização, assim como testes na aeronave em condições climáticas tropicais.
Transferência de tecnologia
Caças Gripen decolam de aeroporto em Navegantes (SC) em abril de 2022 — Foto: Saab/Divulgação
Caças Gripen decolam de aeroporto em Navegantes (SC) em abril de 2022 — Foto: Saab/Divulgação

Os aviões do projeto Gripen foram comprados no governo da ex-presidente Dilma Rousseff. O contrato com a empresa sueca, assinado em 2014. Em agosto dE 2019 foi realizado o voo inaugural na Suécia.

A transferência de tecnologia foi um dos principais motivos para o governo optar pelo Gripen e não pelo Boeing (dos EUA) ou pelo Rafale (da francesa Dassault).

Seis empresas brasileiras foram escolhidas para trabalhar na montagem da nova geração do Gripen e receber conhecimentos tecnológicos da montadora.

Os projetos incluem treinamento teórico, pesquisa, desenvolvimento de sistemas de aviões e treinamentos práticos na fábrica da Saab, na Suécia.

Desde o início do contrato, tem havido intercâmbio de funcionários brasileiros na Suécia. Até agora, cerca de 200 engenheiros, montadores e pilotos já estiveram em Linkoping, e os treinamentos variam de 3 meses a dois anos, dependendo da função.

O programa também prevê que os últimos 15 aviões serão produzidos e montados em solo brasileiro.


Veja mais notícias da região no g1 São Carlos e Araraquara.

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terça-feira, 5 de abril de 2022

57 prêmios da Mega-Sena e 1,4 bilhão de cafezinhos: quanto vale e o que dá para fazer com a fortuna dos jovens bilionários brasileiros

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Os empresários brasileiros Pedro Franceschi e Henrique Dubugras foram incluídos nesta terça-feira (5) na lista de bilionários da Forbes. A fortuna de cada um é avaliada em US$ 1,5 bilhão (cerca de R$ 7 bilhões).
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Por g1

Postado em 05 de abril de 2022 às 20h15m

Post.- N.\ 10.279

Henrique Dubugras (26) e Pedro Franceschi (25) são os novos bilionários brasileiros, com patrimônio de US$ 1,5 bilhão cada — Foto: Divulgação/Arte g1
Henrique Dubugras (26) e Pedro Franceschi (25) são os novos bilionários brasileiros, com patrimônio de US$ 1,5 bilhão cada — Foto: Divulgação/Arte g1

Nesta terça-feira (5), a revista Forbes incluiu os empresários brasileiros Pedro Franceschi e Henrique Dubugras na sua lista de bilionários.

Cofundadores da startup de cartões de crédito corporativos Brex, Franceschi tem 25 anos e Dubugras, 26. Cada um detém US$ 1,5 bilhão (cerca de R$ 7 bilhões).

Oficialmente, ambos tornaram-se bilionários em janeiro, quando a empresa que fundaram foi avaliada por investidores em US$ 12,3 bilhões, cerca de R$ 57,3 bilhões.

Com a fortuna de cada um, daria para comprar:

  • 1,4 bilhão de cafezinhos (Média de R$ 5);
  • 79,5 mil unidades do Fiat Strada (carro mais vendido de 2021) modelo Adventure 1.8 2020 (R$ 87.991).

Esse valor também equivale a:

Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmioEntenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio

A fortuna dos novos bilionários também corresponde a:

Elon Musk se tornou o homem mais rico do mundo — Foto: Reuters via BBC Brasil
Elon Musk se tornou o homem mais rico do mundo — Foto: Reuters via BBC Brasil

A Brex

A Brex foi criada em 2017. Um ano depois, lançou os primeiros produtos voltados para startups, sendo eles o seu primeiro cartão corporativo e um programa de pontos.

De lá para cá, a empresa se dedica a criar todo um sistema de gestão financeira voltado a empresas de crescimento acelerado. Entre os produtos, estão conta para gerenciamento de caixa, controle de despesas, automatização de pagamentos e outras soluções. Hoje, são mais de 1 mil funcionários.

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segunda-feira, 4 de abril de 2022

IPCC alerta que é possível reduzir emissões em todos os setores e expõe desigualdade: 10% das casas liberam até 45% do carbono

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Nova edição de relatório foi publicada nesta segunda-feira (4). Ao menos 18 países do planeta já estão no rumo da descarbonização.
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Por Carolina Dantas, g1

Postado em 04 de abril de 2022 às 14h00m

Post.- N.\ 10.278

Ativistas climáticos participam de uma manifestação do lado de fora do local da Cúpula do Clima COP26 da ONU em Glasgow, em 12 de novembro de 2021 — Foto: AP/Scott Heppell, Arquivo
Ativistas climáticos participam de uma manifestação do lado de fora do local da Cúpula do Clima COP26 da ONU em Glasgow, em 12 de novembro de 2021 — Foto: AP/Scott Heppell, Arquivo

O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) publicou nesta segunda-feira (4) uma nova edição de seu relatório. De acordo com os mais de 270 autores, de 65 países, é possível reduzir as emissões de gases em todos os setores da economia. O documento também apresenta um dado da desigualdade ligada ao problema: 10% das casas correspondem a até 45% do carbono liberado no planeta.

"Globalmente, 10% dos domicílios mais emissores do planeta contribuem de 34% a 45% das emissões dos gases do efeito estufa domésticos", aponta o IPCC.

"Já metade dos que menos emitem no planeta gastam menos de US$ 3 per capita por dia. Já os 10% que mais emitem gastam mais de US$ 23 per capita por dia", complementa.

Esta é a terceira e última edição do 6º Relatório de Avaliação do IPCC. A primeira delas foi publicada em agosto de 2021 e apontou que parte das ações diretas do homem em relação ao planeta têm consequências irreversíveis. Já a segunda parte, de março de 2022, foi voltada para os impactos da crise do clima, os possíveis caminhos de adaptação e as vulnerabilidades globais.

Enquanto o painel chama atenção para o fato de a humanidade já ter consumido 80% do carbono que podia para ter a chance de barrar o aumento da temperatura, ele apresenta soluções e defende que todos os setores da economia são capazes de reduzir as emissões que causam o aquecimento global até 2030.

"Emissões líquidas cumulativas históricas de CO2 entre 1850 e 2019 equivalem a 80% do carbono total disponível para ter uma chance de 50% de limitar o aquecimento do planeta em 1,5ºC", disse o IPCC.

Ao menos 18 países do mundo já estão implementando medidas efetivas para a descarbonização nos últimos 10 anos. Os pesquisadores afirmam que "limitar o aquecimento global exigirá grandes transições no setor de energia", com uma redução nos combustíveis fósseis, um nível mais alto de eficiência energética e a implementação de alternativas para a geração de energia limpa.

"Ter a política, a infraestrutura e a tecnologia certas para permitir mudanças no nosso estilo de vida e comportamento podem resultar em até 70% de redução nas emissões de gases de efeito estufa até 2050", disse Priyadarshi Shukla, presidente do grupo de trabalho da terceira edição do relatório.

Na última conferência do clima da ONU, a COP26, o documento final assinado pelos mais de 200 países-membros contemplou pela primeira vez a redução gradativa dos subsídios aos combustíveis fósseis e do uso do carvão. Por outro lado, países já afetados pelas mudanças climáticas, como Ilhas Marshall, Tuvalu e África do Sul, ainda defendem o financiamento de países ricos pelos problemas causados — medida que não saiu do papel.

Além disso, o relatório desta segunda-feira faz uma defesa às novas "oportunidades" para as cidades e áreas urbanas. Segundo o documento, os grandes e médios centros podem ter um menor consumo de energia com a criação de cidades mais compactas e caminháveis, uso de eletricidade para o transporte e novas fontes de geração de energia.

"As áreas urbanas podem criar oportunidades para aumentar a eficiência no uso de recursos e reduzir significativamente as emissões . Isso pode ocorrer por meio da transição sistêmica da infraestrutura e da urbanização que leve a um desenvolvimento de baixas emissões, em direção a emissões líquidas zero", disse Mercedes Bustamante, cientista e professora da Universidade de Brasília, uma das autoras da nova edição do IPCC.

"Esforços ambiciosos de mitigação, tanto para cidades já estabelecidas, como para aquelas em rápido crescimento e emergentes, abrangerão redução ou mudança no consumo de energia e materiais, eletrificação, e aumento na absorção e armazenamento de carbono no ambiente urbano", disse.

A pesquisadora afirma, ainda, que é importante considerar "as emissões fora das fronteiras administrativas das cidades", por meio das cadeias de fornecimento. Segundo ela, tais medidas terão efeitos benéficos em cascata em outros setores da economia.

Metas do Brasil

Na COP26, o governo brasileiro assumiu o compromisso de zerar o desmatamento ilegal em 2028, reduzindo progressivamente a prática: 15% ao ano até 2024; 40% ao ano em 2025 e em 2026; 50% em 2027; até finalmente, em 2028, desmatamento ilegal zero.

Apesar desse comprometimento, segundo dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), o desmatamento na Amazônia em 2021 foi o pior em dez anos.

Já de acordo com números mais recentes, compilados pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), os alertas de desmatamento na Amazônia Legal em janeiro e fevereiro foram os maiores já registrados para esses dois meses desde o começo desse monitoramento pelo instituto, em 2016.

Em entrevista ao g1 durante visita a São Paulo, o presidente da COP 26, Alok Sharma, cobrou que os compromissos assumidos pelo país sejam cumpridos.

Se você quer ter investimento privado, se você quer garantir o progresso, aqueles compromissos que foram feitos definitivamente precisam ser cumpridos, destacou.

Presidente da COP26, Alok Sharma, discursa em evento em São Paulo nesta segunda-feira (28). — Foto: Embaixada Britânica/Divulgação
Presidente da COP26, Alok Sharma, discursa em evento em São Paulo nesta segunda-feira (28). — Foto: Embaixada Britânica/Divulgação 

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