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terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Poluição causa mais mortes que Covid e ação é urgente, diz especialista da ONU

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Relatório da ONU informa que a poluição por pesticidas, plásticos e lixo eletrônico está causando violações generalizadas dos direitos humanos.
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TOPO
Por Reuters

Postado em 15 de fevereiro de 2022 às 17h15m

Post.- N.\ 10.210

Crianças recolhem material plástico em Dhaka, Bangladesh, em 24/01/2022  — Foto: Mohammad Ponir Hossain/Reuters
Crianças recolhem material plástico em Dhaka, Bangladesh, em 24/01/2022 — Foto: Mohammad Ponir Hossain/Reuters

A poluição por estados e empresas está contribuindo para mais mortes em todo o mundo do que a Covid-19, mostrou um relatório ambiental da Organização das Nações Unidas (ONU) publicado nesta terça-feira (15), pedindo "ação imediata e ambiciosa" para banir alguns produtos químicos tóxicos.

O relatório informa que a poluição por pesticidas, plásticos e lixo eletrônico está causando violações generalizadas dos direitos humanos, bem como pelo menos 9 milhões de mortes prematuras por ano, e que o problema está sendo amplamente ignorado.

A pandemia de coronavírus causou cerca de 5,9 milhões de mortes, segundo o compilador de dados Worldometer.

"As abordagens atuais para gerenciar os riscos representados pela poluição e substâncias tóxicas estão claramente fracassando, resultando em violações generalizadas do direito a um ambiente limpo, saudável e sustentável, concluiu o autor do documento, o relator especial da ONU David Boyd.

O relatório, que será apresentado no próximo mês ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, pede a proibição de perfluoroalquil e polifluoroalquil, substâncias artificiais usadas em produtos domésticos, como panelas antiaderentes. Essas substâncias têm sido associadas ao câncer e foram apelidadas de "produtos químicos eternos", porque não se decompõem facilmente.

O documento recomenda também a limpeza dos locais poluídos e, em casos extremos, a relocação de comunidades afetadas – muitas delas pobres, marginalizadas e indígenas – das chamadas zonas de sacrifício.

Esse termo, originalmente usado para descrever zonas de testes nucleares, foi expandido no relatório para incluir qualquer local altamente contaminado ou local tornado inabitável pelas mudanças climáticas.

A chefe de direitos humanos da ONU, Michelle Bachelet, chamou as ameaças ambientais de o maior desafio de direitos globais, e um número crescente de casos de justiça climática e ambiental estão invocando os direitos humanos com sucesso.

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Arqueólogos encontram 14 múmias do período pré-Inca no Peru; Veja VÍDEO

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Dos restos mortais, seis deles eram de crianças que teriam sido vítimas de sacrifícios.
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TOPO
Por France Presse

Postado em 15 de fevereiro de 2022 às 14h45m

Post.- N.\ 10.209

Arqueólogos encontram 14 múmias do período pré-Inca no Peru
Arqueólogos encontram 14 múmias do período pré-Inca no Peru

Arqueólogos peruanos encontraram 14 múmias do período pré-Inca no Peru. Dos restos mortais, seis deles eram de crianças, possivelmente sacrifícios, enterradas junto com uma importante figura social no antigo complexo urbano de barro de Cajamarquilla, nos arredores de Lima, há mais de 1.000 anos.

"Os restos mortais de seis crianças envoltos em fardos funerários foram encontrados perto do túmulo de um personagem da elite [da época]", cuja múmia já havia sido encontrada em novembro passado, explicou à AFP o arqueólogo Pieter Van Dalen, coordenador do projeto em Cajamarquilla.

"As crianças, segundo nossa hipótese de trabalho, teriam sido sacrificadas para acompanhar a múmia no caminho para o mundo dos mortos", enfatizou Van Dalen.

Múmia de criança encontrada em Cajamarquilla, Peru, em foto de 13 de fevereiro de 2022 — Foto: Guadalupe Pardo / AFP
Múmia de criança encontrada em Cajamarquilla, Peru, em foto de 13 de fevereiro de 2022 — Foto: Guadalupe Pardo / AFP

Junto com as múmias das seis crianças, também foram encontradas ossadas de sete adultos que, ao contrário das crianças, não estavam embrulhados em fardos.

A descoberta elevou para 14 o total de restos mortais que os pesquisadores da Universidade de San Marcos descobriram na área desde novembro de 2021.

"As crianças podiam ser parentes próximas e foram colocadas dentro de embrulhos funerários feitos de tecidos colocados em várias partes da entrada do túmulo da múmia", explicou o pesquisados.

"A antiguidade destas múmias seria entre o ano 800 e o ano 1.000 depois de Cristo", informou. Ossadas de camelídeos, como as lhamas, também foram encontradas no local.

Escavações em Cajamarquilla, no Peru, em foto de 13 de fevereiro de 2022 — Foto: Guadalupe PARDO / AFP
Escavações em Cajamarquilla, no Peru, em foto de 13 de fevereiro de 2022 — Foto: Guadalupe PARDO / AFP

'Senhor de Cajamarquilla'

A descoberta ocorreu perto da câmara funerária de cerca de três metros de comprimento e a uma profundidade de 1,40 metros, onde em novembro foi encontrada a múmia de quem agora se presume ser uma pessoa importante.

Esse personagem "alcançou status econômico e social,[e foi] uma autoridade possivelmente política" e poderíamos até chamá-lo de "senhor de Cajamarquilla".

A múmia encontrada no final de novembro de 2021 é de um homem que possivelmente tinha entre 18 e 22 anos no momento de sua morte.

Seu rosto estava coberto por suas mãos e ele estava amarrado com cordas.

Cajamarquilla "era um centro urbano onde se desenvolveram múltiplas funções", com setores "administrativos, domésticos, residenciais", acrescentou Van Dalen.

Vista aérea do sítio arqueológico de Cajamarquilla em foto de 13 de fevereiro de 2022 — Foto: Guadalupe PARDO / AFP
Vista aérea do sítio arqueológico de Cajamarquilla em foto de 13 de fevereiro de 2022 — Foto: Guadalupe PARDO / AFP

Cajamarquilla é considerada uma cidade pré-hispânica que poderia ter abrigado entre 10.000 e 20.000 pessoas em um total de 167 hectares.

Foi construída por volta do ano 200 a.C e ocupado até o ano 1500.

A cidade está localizada a 24 km a leste de Lima e é um dos maiores complexos arqueológicos da capital peruana, metrópole que hoje conta com 10 milhões de habitantes.

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Lucro dos grandes bancos do Brasil salta 32,5% em 2021 e atinge recorde de R$ 81,6 bilhões

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Trata-se do maior valor nominal para um ano considerando os resultados de Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Santander, segundo Economatica. Em valores ajustados pela inflação, foi o 4º maior já registrado no país.
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Por Darlan Alvarenga, g1

Postado em 15 de fevereiro de 2022 às 12h00m

Post.- N.\ 10.208

Os quatro grandes bancos do país de capital aberto tiveram lucro líquido somado de R$ 81,6 bilhões em 2021, um salto de 32,5% em relação ao ano anterior, segundo levantamento da provedora de informações financeiras Economatica.

Trata-se do melhor resultado nominal (sem considerar a inflação) já registrado pelos grandes bancos com capital aberto na bolsa. O lucro conjunto de 2021 superou inclusive o resultado de 2019 (R$ 81,5 bilhões) – o maior até então.

Lucro anual dos 4 maiores bancos — Foto: Economia g1
Lucro anual dos 4 maiores bancos — Foto: Economia g1

O levantamento considera os demonstrativos financeiros contábeis disponibilizados pelo Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Santander desde 2006.

Em valores ajustados pela inflação medida pelo IPCA, porém, o resultado do ano passado foi o quarto maior, atrás do registrado em 2019 (R$ 93,7 bilhões), 2015 (R$ 84,3 bilhões) e 2018 (R$ 82,8 bilhões).


Itaú lidera ganhos

O maior lucro entre os grandes bancos em 2019 foi o do Itaú, que registrou ganhos de R$ 24,98 bilhões, o segundo maior resultado nominal da história de um banco brasileiro de capital aberto, atrás apenas do lucro registrado pelo Itaú em 2019 (R$ 26,5 bilhões).

O Bradesco registrou um lucro líquido R$ 21,9 bilhões no ano passado, uma alta de 32% na comparação com 2020.

O crescimento do lucro dos bancos em 2021 foi impulsionado pelo avanço das carteiras de créditos, pela redução nas despesas com provisões de crédito e pelo aumento nas receitas de prestação de serviços em meio a um cenário de elevação da taxa básica de juros.

No 4º trimestre, o lucro dos quatro bancos somou R$ 18,5 bilhões, um recuo de 13% na comparação com os R$ 21,3 bilhões do 3° trimestre.

Bancos distribuíram R$ 33,4 bilhões a acionistas

O ano de 2021 também foi de bonança para os acionistas dos quatro bancos. No total, foram distribuídos R$ 33,4 bilhões, em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP).

O valor distribuído em 2021 superou os R$ 29,7 bilhões de 2020, mas ficou abaixo dos R$ 33,4 bilhões de 2019.

Taxa Selic a 10,75%: Remédio contra inflação deixa crédito mais caroTaxa Selic a 10,75%: Remédio contra inflação deixa crédito mais caro

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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

Dólar fecha cotado a R$ 5,21, menor valor desde 6 de setembro de 2021

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Nesta segunda-feura (14), a moeda norte-americana recuou 0,43%, a R$ 5,2186.
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Por g1

Postado em 14 de fevereiro de 2022 às 15h05m

Post.- N.\ 10.207

Notas de dólar — Foto: pasja1000/Creative Commons
Notas de dólar — Foto: pasja1000/Creative Commons

O dólar fechou em queda de 0,43%, cotado a R$ 5,2186 nesta segunda-feira (14), refletindo a percepção de ambiente doméstico atraente, enquanto investidores de todo o mundo avaliavam a perspectiva de possível ataque russo à Ucrânia

O valor da cotação é o menor desde 6 de setembro do ano passado (R$ 5,1764). Na mínima do dia, chegou a R$ 5,1953.

Com o resultado, a moeda acumula queda de 1,64% no mês e de 6,39% no ano. Veja mais cotações.

O real lidera com folga os ganhos em 2022 entre seus principais rivais ao subir 6,78%, o equivalente a uma queda do dólar de 6,35%.

Dólar comercial está em queda desde janeiro, depois de subir 7,47%, em 2021Dólar comercial está em queda desde janeiro, depois de subir 7,47%, em 2021

Cenário

Participantes do mercado atribuíram a performance do real à percepção de que o Brasil está atrativo para novos fluxos de dinheiro estrangeiro, com o patamar elevado dos juros básicos aumentando a rentabilidade do mercado de renda fixa local.

O Banco Central indicou na ata da última reunião do Copom que o próximo aumento da taxa básica de juros, em meados do mês de março, será menor. Na interpretação de diversos analistas, porém, o BC indicou um ritmo mais lento de elevação da taxa Selic, mas sem uma pausa iminente.

Quanto mais fluxo estrangeiro novo para o mercado acionário local, maior a oferta de dólar e, portanto, mais pressão de baixa sobre a moeda norte-americana.

Os economistas do mercado financeiro elevaram pela quinta semana seguida a estimativa de inflação para 2022, que passou de 5,44% para 5,50%, segundo boletim Focus divulgado nesta segunda-feira pelo BC.

Os analistas também passaram a prever uma alta maior no juro básico da economia, a Selic, de 11,75% para 12,25% ao ano para o fim de 2022.

Para o crescimento do PIB no ano foi mantida a projeção de apenas 0,30%. Para 2023, o mercado reduziu a expectativa de alta do PIB de 1,53% para 1,50%.

Já estimativa para a taxa de câmbio no fim de 2022 recuou de R$ 5,60 para R$ 5,58. Para o fim de 2023, caiu de R$ 5,50 para R$ 5,45 por dólar.

No exterior, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, sugeriu nesta segunda-feira ao presidente russo, Vladimir Putin, que Moscou mantenha o caminho diplomático em seus esforços para extrair garantias de segurança do Ocidente, à medida que as tensões sobre a Ucrânia aumentam.

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Cientistas desvendam mistério de vida 'tipo alienígena' nas profundezas do Ártico

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Esponjas gigantes sobrevivem dos restos de animais extintos em águas frias e profundas perto do Polo Norte.
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TOPO
Por BBC

Postado em 14 de fevereiro de 2022 às 14h45m

Post.- N.\ 10.206

Esponjas gigantes sobrevivem dos restos de animais extintos em águas frias e profundas perto do Polo Norte — Foto: INSTITUTO ALFRED WEGENER
Esponjas gigantes sobrevivem dos restos de animais extintos em águas frias e profundas perto do Polo Norte — Foto: INSTITUTO ALFRED WEGENER

Cientistas dizem que resolveram o mistério de como as esponjas gigantes florescem nas águas profundas e geladas do Ártico.

As esponjas marinhas sobrevivem alimentando-se de restos de vermes e outros animais extintos que morreram há milhares de anos, sugerem eles.

Esponjas são animais antigos muito simples encontrados em mares de todo o mundo, de oceanos profundos a recifes tropicais rasos.

Elas foram encontrados vivendo em grande número e em tamanho impressionante no fundo do Oceano Ártico.

Esses enormes "jardins de esponja" fazem parte de um ecossistema único que prospera sob o oceano coberto de gelo perto do Polo Norte, diz Teresa Morganti, do Instituto Max Planck de Microbiologia Marinha em Bremen, na Alemanha.

Ártico é uma das regiões mais afetadas pelas mudanças climáticas — Foto: Getty Images via BBCÁrtico é uma das regiões mais afetadas pelas mudanças climáticas — Foto: Getty Images via BBC

"Encontramos esponjas enormes — elas podem atingir até um metro de diâmetro", explica.

"Esta é a primeira evidência de esponjas comendo matéria fóssil antiga."

Ao balançar uma câmera nas profundezas do gelo, os pesquisadores conseguiram fotografar as coleções de esponjas que formam um jardim no fundo do mar.

Na época, eles ficaram confusos sobre como os animais primitivos sobreviveram nas profundezas frias e escuras, longe de qualquer fonte de alimento conhecida.

Mais recentemente, após analisar amostras da expedição ao Ártico, eles descobriram que as esponjas tinham em média 300 anos.

E que esses seres sobrevivem comendo os restos de uma extinta comunidade de animais — com a ajuda de bactérias amigáveis ​​que produzem antibióticos.

"Onde as esponjas gostam de viver, há uma camada de material morto", diz a professora Antje Boetius, do instituto Alfred Wegener em Bremerhaven, que liderou a expedição ao Ártico.

"E finalmente nos ocorreu que esta pode ser a solução para o porquê de as esponjas serem tão abundantes, porque elas podem explorar essa matéria orgânica com a ajuda dos simbiontes."

Esponjas atuam como engenheiros do ecossistema, mantendo saúde do meio ambiente — Foto: INSTITUTO ALFRED WEGENER
Esponjas atuam como engenheiros do ecossistema, mantendo saúde do meio ambiente — Foto: INSTITUTO ALFRED WEGENER

A descoberta mostra que temos muito mais a aprender sobre o Planeta Terra e pode haver mais formas de vida esperando para serem descobertas sob o gelo.

"Há tanta vida tipo alienígena e especialmente nos mares cobertos de gelo, onde mal temos a tecnologia para acessar, olhar ao redor e fazer um mapa", acrescenta.

Mas com o gelo marinho do Ártico recuando a uma taxa sem precedentes, os pesquisadores alertam que essa teia única de vida está sob crescente pressão das mudanças climáticas.

De acordo com medições científicas, tanto a espessura quanto a extensão do gelo marinho de verão no Ártico mostraram um declínio dramático nos últimos 30 anos, o que é consistente com as observações de um Ártico em aquecimento.

"Com a cobertura de gelo marinho em declínio rápido e o ambiente oceânico mudando, um melhor conhecimento dos ecossistemas de hotspots é essencial para proteger e gerenciar a diversidade única desses mares do Ártico sob pressão", diz Boetius.

O estudo foi publicado na revista científica "Nature Communications".

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sábado, 12 de fevereiro de 2022

Paulistano de 5 anos que mapeou asteroides em projeto da Nasa citou nomes de planetas no Museu Catavento aos 2 anos, conta mãe

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Miro Latansio Tsai identificou 15 corpos celestes que poderiam colidir com a Terra e quer ser engenheiro aeroespacial quando crescer ‘para salvar o mundo’. Ele fala inglês e chinês e aprendeu a ler aos 3 anos.
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Por Bárbara Muniz Vieira, g1 SP — São Paulo

Postado em 12 de fevereiro de 2022 às 10h00m

Post.- N.\ 10.205

Miro posa com as medalhas ganhadas pela descoberta de 15 asteroides no projeto Caça Asteroides 2021 do MCTI promovido em parceria com o IASC e a NASA — Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação
Miro posa com as medalhas ganhadas pela descoberta de 15 asteroides no projeto Caça Asteroides 2021 do MCTI promovido em parceria com o IASC e a NASA — Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação

O paulistano de 5 anos que descobriu 15 asteroides em um projeto da Nasa, a agência espacial americana, mostrou seu entendimento sobre astronomia aos dois anos durante uma visita ao Museu Catavento, na região central da capital paulista.

Miro Latansio Tsai se tornou a pessoa mais jovem do mundo a realizar a descoberta de asteroides em um projeto em parceria com a Nasa que tem por objetivo mapear constantemente o céu em busca de objetos próximos que possam apresentar risco de colisão com a Terra (saiba mais abaixo).

Desde bem pequeno, Miro Latansio Tsai preferia os museus aos parquinhos. Ao chegar ao Museu Catavento, ele foi citando os nomes de todos os planetas do Sistema Solar, de acordo com a mãe, a advogada Carla Latansio, de 40 anos.

Apesar de ser um bebê de 2 anos, ele ficou alucinado! O passeio preferido dele sempre foi ir a museu. Ele não queria ir para o parquinho, sempre queria ir ao museu (risos). Miro não tinha livro de astronomia nessa época ainda e chegou lá mostrando todos os planetas por nome. Eu acho que ele viu na TV, porque ele vê muitos documentários, conta a mãe.

Mas esse não foi o primeiro feito de Miro, que aos 5 anos é fluente em inglês e está aprendendo mandarim com o pai, o administrador chinês Jack Tsai, de 45 anos. Carla também conta que Miro começou a ler durante a pandemia, aos 3 anos. Com um ano e meio falava frases completas, como Eu quero ir embora, e deu os primeiros passos aos 9 meses, de acordo com a mãe.

Ele não é desenvolvido só na parte da fala, mas em toda a parte cognitiva. Ele tem um raciocínio muito avançado para a idade. Miro sempre teve interesse muito grande por ciência e tecnologia, sempre foi curioso e queria entender como as coisas aconteciam.

Miro aparece em uma publicação do Instagram oficial da Nasa, a agência espacial americana — Foto: Reprodução/Instagram
Miro aparece em uma publicação do Instagram oficial da Nasa, a agência espacial americana — Foto: Reprodução/Instagram

A fase dos "porquês" de Miro começou aos 2 anos. Antes de se interessar pelo espaço, Miro já escolhia livros comoAtlas do Corpo Humano e Atlas Geográfico, segundo Carla.

"Ele fazia perguntas como por que o sol é quente e a lua não? Perguntava tudo, ficava horas analisando um formigueiro, um sapinho, sempre foi muito investigativo. Na livraria eu mostrava livros infantis e ele não queria, ia direto nos atlas. Ele decorou como funciona o sistema digestivo e dava uma aula para a gente, os pais.

Miro posa com os certificados internacionais que já recebeu aos 5 anos — Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação
Miro posa com os certificados internacionais que já recebeu aos 5 anos — Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação

Parceria com a Nasa

O projeto em que Miro identificou 15 asteroides é o Caça-Asteroides 2021, realizado pelo International Astronomical Search Collaboration (IASC – Programa de Colaboração de Pesquisa Astronômica Internacional, em tradução livre), em parceria com a Nasa e o Panoramic Survey Telescope and Rapid Response System (Pan-STARRS).

O objetivo é mapear constantemente o céu em busca de objetos próximos que possam apresentar risco de colisão com a Terra.

No Brasil, o projeto acontece por intermédio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).

Os relatórios são revisados e validados pelo IASC e então submetidos ao Minor Planet Center (MPC) em Harvard. O MPC é reconhecido pela International Astromonical Union, em Paris, como o repositório oficial mundial de dados sobre asteroides.

Miro tem asteroides provisórios e preliminares. Os preliminares são a confirmação de que o que ele identificou é mesmo um asteroide, porém a autoria da descoberta só se dá oficialmente quando termina o processo de análise.

Miro posa com a imagem de uma galáxia em sua casa, na Zona Sul da capital paulista — Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação
Miro posa com a imagem de uma galáxia em sua casa, na Zona Sul da capital paulista — Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação

Assim, apesar de ele ter realmente visto um asteroide novo, ele ainda não teve a autoria confirmada. Os preliminares são prováveis asteroides que já passaram pelo crivo de Harvard e do IASC e foram cadastrados no site internacional de observações MPC.

Com o tempo, se essas detecções forem confirmadas por observações adicionais feitas por grandes pesquisas do céu (por exemplo, Pan-STARRS, Catalina Sky Survey), elas podem se tornar descobertas que são numeradas pela União Astronômica Internacional.

Esse processo, desde a primeira detecção até o status de descoberta, leva de 6 a 8 anos. Uma vez numerados, os descobridores podem propor nomes à IAU.

No vídeo abaixo, Miro ensina a localizar asteroides:

Brasileiro de 5 anos é o mais jovem do mundo a descobrir asteroide
Brasileiro de 5 anos é o mais jovem do mundo a descobrir asteroide

Clubinho do Miro

Além do Caça-Asteroides, Miro participa de vários outros projetos em parceria com a Nasa ou diretamente com a agência espacial americana, como é o caso do Globe, que faz monitoramento do clima planetário. O menino já foi inclusive homenageado nas redes sociais da agência (veja foto acima).

Agora que já conquistou o feito de identificar os asteroides, Miro está ensinando os interessados a aprender a fazer o mesmo. Carla criou o Clubinho do Miro, onde divulga vídeos do filho dando aulas sobre o assunto. Ele adora ensinar, conta Carla.

E como nem o céu é o limite para o pequeno Miro, ele também já sabe o que quer ser quando crescer. Além de piloto de monster truck, um tipo de caminhonete gigante, feita para competições, Miro quer, nas palavras do próprio, salvar o planeta para defender as pessoas. Identificar asteroides que podem colidir com a Terra foi o primeiro passo do menino de 5 anos que em todo aniversário pede que o tema seja Superman.

Miro na exposição oficial da NASA em shopping de São Paulo, a primeira fora dos Estados Unidos. Trouxeram as roupas originais do Neil Armstrong suja com poeira da lua, e o painel original todo de Houston do programa Apollo 11 que chegou a lua. — Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação
Miro na exposição oficial da NASA em shopping de São Paulo, a primeira fora dos Estados Unidos. Trouxeram as roupas originais do Neil Armstrong suja com poeira da lua, e o painel original todo de Houston do programa Apollo 11 que chegou a lua. — Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação

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