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quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Begonia maculata 'Wightii': a misteriosa origem da planta queridinha do Instagram

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Ela é confundida com a maculata nativa do RJ, mas a planta ornamental foi criada em viveiros e sua produção atual vem da Holanda. Visual exuberante a tornou febre nas redes.
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Por Rafael Miotto, g1

Postado em 27 de janeiro de 2021 às 08h15m

Post.- N.\ 10.187

Begonia maculata 'Wighti', a planta queridinha do Instagram e de origem misteriosa — Foto: Rafael Miotto/g1
Begonia maculata 'Wighti', a planta queridinha do Instagram e de origem misteriosa — Foto: Rafael Miotto/g1

As folhas são de um verde escuro e profundo. Em contraste, bolinhas brancas se espalham como máculas (manchas) por sua superfície e parecem feitas à mão.

Não bastasse também seu formato recortado e assimétrico, que lembra o de asas de anjo, um vermelho pulsante surge na parte de trás da folha.

Essa combinação acabou tornando a Begonia maculata cv. Wightii(nome científico) uma das plantas mais queridinhas do Instagram. Dona de uma beleza enigmática, outro mistério que ronda as suas folhagens é o de sua própria origem.

Essa planta não é da natureza, não é a planta que dizem ser nativa do Brasil, da região Sudeste, e que está em vias de extinção. Na realidade, essa planta é um cultivar, explica Samuel Gonçalves, doutor em botânica pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Os cultivares como a "Wightii" são vegetais que passaram por transformação durante o cultivo feito por humanos. Novas características surgiram nesta begônia criada em viveiro, e a variedade passou a ser replicada intencionalmente por seu valor comercial.

Begonia maculata 'Wightii' tem suas famosas pintas brancas — Foto: Rafael Miotto/g1
Begonia maculata 'Wightii' tem suas famosas pintas brancas — Foto: Rafael Miotto/g1

Samuel Gonçalves explica que os cultivares podem surgir de maneira natural ou de forma induzida por humanos. "São selecionadas as melhores plantas para que características sejam mantidas. Isso é o melhoramento genético", explica.

A Begonia maculata de fato, ocorre apenas no Rio de janeiro; é uma planta com populações pequenas, explica Eliane de Lima Jacques, doutora em botânica pela Universidade de São Paulo (USP).

Em contraste com o verde da frente, as folhas da Begonia maculata 'wightii' tem uma coloração rubra na parte de traz — Foto: Rafael Miotto/g1
Em contraste com o verde da frente, as folhas da Begonia maculata 'wightii' tem uma coloração rubra na parte de traz — Foto: Rafael Miotto/g1

Mas qual o mistério?

O primeiro registro histórico sobre a Wightii é de 1933, quando o botânico Karl Albert Fotsch a descreveu no livro Die Begonien” ("As Begônias", em tradução livre para português).

A planta nativa do Brasil tem registro anterior, de 1819, descrita pelo italiano Giuseppe Raddi.

"A Begonia maculata 'Wightii' tem que ter vindo da Begonia maculata 'Tipo', a original do sudeste brasileiro. Só não dá pra se afirmar como esse cultivar foi produzido ou como ele surgiu", afirma o botânico Samuel Gonçalves.

Begonia maculata nativa do Rio de Janeiro não tem pintas tão grandes e nem folhas tão recortadas — Foto: J.Wesenberg / Eliane Jacques
Begonia maculata nativa do Rio de Janeiro não tem pintas tão grandes e nem folhas tão recortadas — Foto: J.Wesenberg / Eliane Jacques

No entanto, essa origem não é um consenso entre os estudiosos. Como falta material histórico sobre a criação da "Wightii", a ligação com a Begonia maculata (nome científico) endêmica do Rio de Janeiro acabou se perdendo, afirma Eliane, que é especialista em taxinomia (ciência que classifica organismos vivos) de Begoniaceae, a família de plantas da qual as begônias fazem parte.

"Nós não temos os materiais que atestam esse nome, ficamos acreditando nesta similaridade [entre a Maculata nativa e a 'Wightii'] porque o autor [Fotsch] descreve, mas nenhum material foi encontrado em um herbário com esse nome de 'Wigthii'", aponta Eliane.

A hipótese defendida pela botânica é que a "Wightii" surgiu por meio de variedade de begônia levada para a Europa por naturalistas no século 19. "São plantas que chegavam ao Jardim Botânico de São Petersburgo [Rússia] e eram disseminadas", diz Eliane.

Esse processo pode ter sido o responsável pelo surgimento da "Wightii". "Dentro da própria estufa, muitas deles podiam se hibridizar", diz a botânica.

Existem mais de 2.060 espécies de begônia espalhadas pelo mundo. Elas vivem, sobretudo, em zonas tropicais da América, África e Ásia.

Begonia maculata 'Wigthii' é altamente instagramável — Foto: Rafael Miotto/g1
Begonia maculata 'Wigthii' é altamente instagramável — Foto: Rafael Miotto/g1

Mudas da 'Wightii' vêm da Holanda

A grande onda da Wightii começou em 2020 no Brasil. Com o crescimento da procura por plantas ornamentais para dentro de casa durante a pandemia, a planta cheia de pintinhas virou febre.

No início, a Flora Fujimaki vendia cerca de 100 unidades da planta por semana para lojas – eles não comercializam diretamente ao consumidor. Mas a procura era tanta que a "Wightii" chegou a atingir valores de R$ 400 em alguns revendedores.

Criação da Begonia maculata 'Wightii' no Brasil a partir de mudas vindas da Holanda — Foto: Flora Fujimaki
Criação da Begonia maculata 'Wightii' no Brasil a partir de mudas vindas da Holanda — Foto: Flora Fujimaki

Hoje nós conseguimos uma produção que consegue atingir bem o mercado, e o preço baixou, afirma Rita Takahashi, analista comercial da Flora Fujimaki, uma das pioneiras da venda da "Wightii" no Brasil.

O encarecimento não foi positivo, porque parecia um produto inacessível. Hoje é possível achar por a partir de R$ 49,90 em alguns pontos, diz. A Flora Fujimaki vende até 4 mil dessas begônias em uma semana.

As mudas vêm da Holanda ao Brasil via um importador. Elas chegam bem pequinininhas e podem levar de 15 a 20 semanas para chegar ao porte de venda, dependendo do tamanho do pote [vaso]", conta Rita.

O g1 entrou em contato com a Terra Viva, responsável pela importação da "Wightii", para obter mais informações sobre a origem da planta na Holanda, mas a empresa não respondeu as perguntas enviadas até a última atualização dessa reportagem.

Como cuidar da Begonia maculata “Wightii”

A planta é considerada fácil de cuidar. Veja algumas dicas do botânico Samuel Gonçalves a seguir:

Rega: são plantas que gostam de umidade, mas o substrato não pode ser muito encharcado, permitindo que a superfície seque entre as regas.

Substrato: deve ser fértil, fibroso e rico em matéria orgânica. É preciso de adubação frequente para que a planta se desenvolva. O indicado é o NPK líquido 10 10 10 uma vez ao mês.

Luz: precisa de muita claridade, de luz indireta, para seu desenvolvimento. Pode também ser adaptada ao sol pleno, para isso, deve-se ir aumentando gradativamente a sua exposição ao sol.

Poda: fazer apenas a limpeza, retirando folhas velhas e as flores (sim, ela esporadicamente também dá flores) que secarem.

Begonia maculata 'Wightii' é de fácil cuidado — Foto: Rafael Miotto/g1
Begonia maculata 'Wightii' é de fácil cuidado — Foto: Rafael Miotto/g1

Dá para fazer muda?

Sim, e não é difícil. "Bastar cortar a pontinha de um caule que tenha duas ou três folhas e colocar o caule na água, após o enraizamento, basta plantá-la em substrato adequado [fibroso e rico em matéria orgânica], diz o botânico Samuel Gonçalves.

Também é possível tentar fazer uma muda a partir das folhas. Mas o enraizamento é um pouco mais demorado, explica.

A vela folhagem da Begonia maculata 'wightii' — Foto: Rafael Miotto/g1
A vela folhagem da Begonia maculata 'wightii' — Foto: Rafael Miotto/g1

Veja dicas para sua planta sobreviver em casa:

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quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Brasil piora duas posições em ranking de corrupção

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Entre 180 países analisados, o Brasil ocupou a 96ª colocação no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) no ano passado, segundo levantamento da Transparência Internacional.
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Por g1

Postado em 26 de janeiro de 2022 às 09h00m

Post.- N.\ 10.186

O Brasil piorou duas posições no ranking mundial da corrupção, segundo o levantamento realizado pela Transparência Internacional e divulgado na madrugada desta terça-feira (25).

Entre 180 países analisados, o Brasil ocupou a 96ª colocação no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) no ano passado. Em 2020, estava na 94ª posição (veja vídeo mais abaixo). Quanto melhor a posição no ranking, menos o país é considerado corrupto.

Numa escala de 0 a 100 pontos, o Brasil alcançou 38 pontos - a terceira pior nota da série histórica e a mesma pontuação alcançada na edição anterior.

O desempenho brasileiro ficou abaixo da média global (43 pontos), dos países da América Latina e do Caribe (41 pontos) e das nações que integram o G20 (66 pontos).

No relatório da Transparência Internacional, as maiores pontuações foram alcançadas por Dinamarca, Finlândia e Nova Zelândia (todos com 88 pontos). Na sequência, apareceram Noruega, Singapura e Suécia (85 pontos).

Já as piores avaliações foram registradas por Venezuela (14 pontos), Somália e Síria (13 pontos) e Sudão do Sul (11 pontos).

Brasil cai duas posições no ranking global de percepção da corrupçãoBrasil cai duas posições no ranking global de percepção da corrupção

O que explica o desempenho do Brasil

A Transparência Internacional afirma que o Brasil está "estagnado em um patamar muito ruim em relação à percepção da corrupção no setor público" e aponta que as ações do governo federal, do Congresso Nacional e do Judiciário "levaram a retrocessos no arcabouço legal e institucional anticorrupção do país".

"O Brasil está passando por uma rápida deterioração do ambiente democrático e desmanche sem precedentes de sua capacidade de enfrentamento da corrupção", afirma Bruno Brandão, diretor executivo da Transparência Internacional - Brasil.

"São marcos legais e institucionais que o país levou décadas para construir. Isso traz consequências ainda mais graves por ocorrer em meio à pandemia da Covid-19, quando a transparência e o controle dos recursos públicos deveriam ser priorizados para garantir seu bom uso frente à tragédia humanitária", acrescenta.

A organização destacou que, nos últimos anos, vem denunciando o enfraquecimento do combate à corrupção, diante das falas antidemocráticas do presidente Jair Bolsonaro, por exemplo. A Transparência Internacional também tem destacado as investigações realizadas pela CPI da Covid e as relações criadas entre o governo federal e o Congresso por meio do chamado orçamento secreto.

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Por fim, a entidade ainda aponta que a falha no combate à corrupção prejudica os direitos humanos nos países. No ano passado, 17 defensores de direitos humanos foram assinados no Brasil.

"A corrupção é indutora de violações e ativa um ciclo vicioso no qual os direitos e liberdades são erodidos, a democracia perde fôlego e o autoritarismo ganha espaço", diz Nicole Verillo, gerente de Apoio e Incidência Anticorrupção da Transparência Internacional - Brasil.

"Portanto, a luta contra a corrupção não é um mero detalhe quando se fala em direitos humanos. É uma luta imperativa para garantir direitos", afirma.

Metodologia

Criado em 1995, o IPC passou por um revisão metodológica em 2012. O índice é composto por 13 pesquisas e avaliações de especialistas, produzidas por instituições reconhecidas internacionalmente. Para construir o índice, a Transparência Internacional analisa os resultados de perguntas destas pesquisas, que tratam da percepção de corrupção no setor público.

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terça-feira, 25 de janeiro de 2022

Mundo atinge maior média diária de mortes por Covid em 4 meses

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Em meio à proliferação da ômicron pelo planeta, média de novos casos bateu recorde pelo 7º dia seguido. Brasil voltou a ser um dos países com mais infectados e óbitos do mundo.
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Por Lucas Sampaio, g1

Postado em 25 de janeiro de 2022 às 09h00m

Post.- N.\ 10.185

Novas sepulturas abertas em cemitério em Antoninow, na Polônia, em 11 de janeiro de 2022, em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19) — Foto: Kacper Pempel/Reuters
Novas sepulturas abertas em cemitério em Antoninow, na Polônia, em 11 de janeiro de 2022, em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19) — Foto: Kacper Pempel/Reuters

Em meio à proliferação da variante ômicron do novo coronavírus, a média diária de mortes por Covid-19 no mundo atingiu o maior patamar em 4 meses, apontam dados do "Our World in Data", projeto ligado à Universidade de Oxford.

Os dados mostram também que a média móvel de novos casos bateu recorde pelo 7º dia seguido e passou de 3,4 milhões de infectados por dia nos últimos sete dias.

O mundo registrou uma média diária de 8.209 mortes na segunda-feira (24), o maior patamar desde 24 de setembro de 2021 (quando a média móvel estava em 8.358 — e em trajetória de queda).

Apesar da alta nos óbitos, o atual patamar está muito abaixo do recorde da pandemia, registrado há praticamente um ano (14,7 mil em 26 de janeiro de 2021).

E, com o avanço da vacinação contra a Covid-19, o número de vítimas da pandemia não tem crescido na mesma proporção da explosão no número de infectados (veja nos gráficos abaixo).


Ondas causadas pelas variantes

O número de novos casos explodiu com a variante ômicron, que é mais transmissível, e o atual recorde (média de 3,4 milhões infectados por dia) é mais de 300% maior do que o pico da onda anterior.

Em 25 de abril de 2021, impulsionado pelas variantes delta na Índia e gama no Brasil, o mundo registrou uma média de 827 mil novos casos por dia.

Quatro dias depois, no dia 29, a média de mortes chegou a um pico de 13,9 mil, patamar próximo ao do recorde mundial que perdura até hoje (14,7 mil em 26 de janeiro do mesmo ano).

Há 1 ano, a vacinação contra a Covid-19 ainda engatinhava no mundo e os Estados Unidos e a Europa sofriam com a variante beta no auge do inverno no hemisfério norte.

Covid-19 no Brasil

Hospital Universitário de Brasília (DF) recebeu em janeiro pacientes com Covid-19 de Manaus (AM) — Foto: Divulgação/HUB
Hospital Universitário de Brasília (DF) recebeu em janeiro pacientes com Covid-19 de Manaus (AM) — Foto: Divulgação/HUB

Com a explosão no número de infectados e a alta no número de óbitos nas últimas semanas, o Brasil voltou a ser um dos países com mais casos e mortes por Covid-19 do mundo (veja o ranking abaixo).

A média móvel de novos casos também bateu recorde pelo 7º dia seguido e passou de 150 mil — a maior já registrada —, segundo o consórcio de veículos de imprensa.

A média de óbitos também está em trajetória de alta e voltou a ficar acima de 300, o maior patamar desde 31 de outubro.


Os 10 países com as maiores médias de mortes por Covid-19 nos últimos 7 dias são:

  1. Estados Unidos: 2.188 mortes
  2. Rússia: 669
  3. Índia: 529
  4. Itália: 355
  5. Brasil: 308
  6. Reino Unido: 264
  7. México: 262
  8. França: 251
  9. Polônia: 220
  10. Colômbia: 192

Os 10 países com as maiores médias de novos casos confirmados nos últimos 7 dias são:

  1. Estados Unidos: 731 mil
  2. França: 361 mil
  3. Índia: 311 mil
  4. Itália: 173 mil
  5. Brasil: 150 mil
  6. Espanha: 122 mil
  7. Alemanha: 115 mil
  8. Argentina: 106 mil
  9. Reino Unido: 92 mil
  10. Israel: 90 mil
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segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

Telescópio James Webb, da Nasa, chega ao destino final, a 1,5 milhão de quilômetros da Terra

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Telescópio espacial James Webb foi lançado ao espaço em 25 de dezembro de 2021 pela agência espacial americana. Ele vai complementar o Hubble, telescópio mais famoso da agência, que está há 31 anos em órbita.
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Por g1

Postado em 24 de de janeiro de 2022 às 17h35m

Post.- N.\ 10.184

A Nasa, agência espacial americana, anunciou nesta segunda-feira (24) que o telescópio James Webb, lançado ao espaço no dia 25 de dezembro, chegou ao destino final, a cerca de 1,5 milhão de quilômetros da Terra.

O James Webb é o novo telescópio espacial da Nasa (JWST, na sigla em inglês: James Webb Space Telescope). Ele é, basicamente, um grande observatório espacial que consegue enxergar objetos – como estrelas, galáxias e exoplanetas – super distantes no espaço.

Sua massa é de 6,5 toneladas. Ele custou US$ 10 bilhões (cerca de R$ 56,4 bilhões).

Ele vai permitir aos astrônomos, literalmente, enxergar coisas no Universo que eles não conseguiam ver antes – como as primeiras galáxias que surgiram nele.

Isso é possível por dois motivos: o primeiro é que o James Webb é muito grande: seu espelho primário tem 6,5m de diâmetro (quase 3 vezes maior que o do telescópio Hubble, seu antecessor).

Nasa lança com sucesso telescópio James WebbNasa lança com sucesso telescópio James Webb

O segundo é que ele consegue enxergar em infravermelho. O Hubble só enxergava uma faixa limitada desse comprimento de onda.

Como a luz infravermelha tem um comprimento de onda mais longo que os outros, o James Webb vai conseguir olhar mais para trás no tempo – e enxergar as primeiras galáxias que se formaram no início do Universo.

É como olhar para o passado.

Telescópio James Webb, da Nasa. — Foto: Reprodução/Twitter Nasa Webb Telescope
Telescópio James Webb, da Nasa. — Foto: Reprodução/Twitter Nasa Webb Telescope

"Quanto mais longe [está a galáxia], mais no passado. É um efeito meio maluco de relatividade, mas você pode pensar assim: quando a gente está vendo uma coisa muito distante, está vendo uma coisa que aconteceu há muito tempo atrás – há bilhões de anos – e simplesmente levou muito tempo para a luz chegaàr até aqui", explica o astrônomo Thiago Signorini Gonçalves, do Observatório do Valongo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Nas palavras da própria Nasa, o telescópio vai "alterar de forma fundamental o nosso entendimento sobre o universo".

Entenda a importância do telescópio James Webb, lançado em 25 de dezembro de 2021 pela NasaEntenda a importância do telescópio James Webb, lançado em 25 de dezembro de 2021 pela Nasa

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