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segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Analistas do mercado sobem estimativa de inflação para 3,50% em 2021 e veem alta maior do PIB

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É a terceira semana seguida em que a estimativa de inflação é revisada para cima. Economistas ouvidos pelo BC também passaram a prever uma alta maior do juro básico neste ano e em 2022.  
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Por Alexandro Martello, G1 — Brasília  
25/01/2021 08h32 Atualizado há 2 horas
Postado em 25 de janeiro de 2021 às 10h35m


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Os economistas do mercado financeiro elevaram a estimativa para a inflação em 2021 pela terceira semana seguida e também passaram a prever uma alta maior do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano.

As expectativas fazem parte do boletim de mercado conhecido como relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (25) pelo Banco Central (BC). Os dados foram levantados na semana passada em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.

Para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, a expectativa do mercado para este ano passou de 3,43% para 3,50%.

Apesar da alta, a expectativa de inflação do mercado para este ano segue abaixo da meta central, de 3,75%. Pelo sistema de metas, não haverá descumprimento se a inflação oscilar entre 2,25% e 5,25% em 2021.

Em 2020, pressionado pelos preços dos alimentos, o IPCA ficou em 4,52%, acima do centro da meta para o ano, que era de 4%, mas dentro do intervalo de tolerância. Foi a maior inflação anual desde 2016.

Botijão de gás de gasolina começam o ano mais caros e com reajustes acima da inflação
Botijão de gás de gasolina começam o ano mais caros e com reajustes acima da inflação

A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).

Para 2022, o mercado financeiro manteve em 3,50% sua previsão de inflação. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2% a 5%.

Expansão da economia

Sobre o comportamento da economia brasileira em 2021, os economistas do mercado financeiro elevaram estimativa para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,45% para 3,49% na semana passada. Essa foi a terceira alta consecutiva do indicador.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.

Para 2022, o mercado manteve em 2,50% a estimativa de expansão do PIB.

A expectativa para o nível de atividade foi feita em meio à pandemia de Covid-19, que derrubou a economia mundial e colocou o mundo no caminho de uma recessão. Nos últimos meses, porém, indicadores têm mostrado uma retomada da economia brasileira.

Taxa básica de juros

O mercado segue prevendo alta na Selic em 2021. A expectativa do mercado para a taxa no fim deste ano subiu de 3,25% para 3,50% ao ano.

Na semana passada, o Copom realizou a sua primeira reunião de 2021 e decidiu manter a taxa básica de juros em 2% ao ano.

Para o fechamento de 2022, os economistas do mercado financeiro elevaram a expectativa de 4,75% para 5% ao ano.

Outras estimativas

  • Dólar: a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2021 permaneceu em R$ 5. Para o fechamento de 2022, passou de R$ 4,90 para R$ 5 por dólar.
  • Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2021 ficou estável em US$ 55 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado recuou de US$ 50 bilhões para US$ 49,30 bilhões de superávit.
  • Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano ficou estável em US$ 60 bilhões. Para 2022, a estimativa permaneceu em US$ 70 bilhões.

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domingo, 24 de janeiro de 2021

Como é Palm Beach, a ilha bilionária na Flórida onde Trump pretende viver após a Casa Branca

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Residentes de Palm Beach deram boas-vindas a Donald Trump com bandeiras e aplausos em 20 de janeiro. Mas nem todos estão igualmente felizes -visitamos esta comunidade exclusiva no sul da Flórida 
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TOPO
Por BBC  
24/01/2021 13h27 Atualizado há 3 horas
Postado em 24 de janeiro de 2021 às 16h30m


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Depois de deixar a presidência em 20 de janeiro, Donald Trump foi recebido por seus seguidores em Palm Beach — Foto: Getty Images
Depois de deixar a presidência em 20 de janeiro, Donald Trump foi recebido por seus seguidores em Palm Beach — Foto: Getty Images

Entrar em uma ilha para a qual um ex-presidente dos Estados Unidos acabara de se mudar não seria tarefa fácil de qualquer forma.

Menos ainda se o ex-presidente em questão for Donald Trump, em meio a toda a paixão, fervor, controvérsia e medidas de segurança que costumam acompanhá-lo.

Estradas fechadas, desvios obrigatórios e um rígido controle policial tornam impossível chegar perto de Mar-a-Lago, o balneário onde Trump passou fins de semana e períodos de férias nos últimos quatro anos.

É ali que ele pretende estabelecer sua residência permanente.

A decisão tem gerado desconforto entre alguns dos moradores de Palm Beach, cidade onde se localiza a imponente construção e que é conhecida pela exclusividade, elitismo, riqueza e - sobretudo - pela vontade de manter esse status.

Mas como funciona esse recanto seleto ao sul da Flórida já definido por Trump como o "paraíso na Terra"?

Casarões de Palm Beach têm paisagismo exuberante — Foto: BBC Mundo
Casarões de Palm Beach têm paisagismo exuberante — Foto: BBC Mundo

Descanso

Palm Beach é uma cidade com apenas 11 mil habitantes.

Esse número que triplica na alta temporada (de novembro a abril), quando chegam as chamadas "aves migratórias", como são chamadas por aqui as pessoas que residem nas partes mais frias do país.

Separados do continente por uma enorme faixa de água, o lago Worth, os residentes se referem à cidade como uma ilha que pode ser acessada pela estrada costeira ou por uma série de pontes, uma das quais leva diretamente para Mar-a-Lago.

Os controles e bloqueios de estradas nos impediram de chegar perto do resort Mar-a-Lago — Foto: BBC Mundo
Os controles e bloqueios de estradas nos impediram de chegar perto do resort Mar-a-Lago — Foto: BBC Mundo

Depois de dirigir por uma hora e meia vindo de Miami, eu seguia em direção a Palm Beach quando me deparei com a primeira barreira: uma placa com uma grande seta que desviava todo o tráfego para a esquerda.

Eu queria repetir a jornada feita pelo comboio que transportou Trump e sua família na última quarta-feira, 20 de janeiro, horas após deixar a Casa Branca e a presidência do país.

Naquele dia, dezenas de apoiadores em ambos os lados da estrada o receberam com bandeiras e cartazes de apoio.

Nesta sexta-feira (22), no entanto, o que vi foi um caos de carros dando meia-volta em busca de um caminho alternativo para chegarem a seus destinos.

Os engarrafamentos e bloqueios de estradas costumam ser a principal fonte de frustração para esta comunidade de pessoas que, em sua maioria, escolheu Palm Beach como um refúgio para evitar ter que lidar exatamente com esses aborrecimentos do dia a dia.

Luxo por toda parte

Uma vez encontrada uma alternativa de acesso a Palm Beach, o contraste com a cidade que ficou para trás, West Palm Beach, é marcante.

Os dois lugares não são apenas separados por uma ponte, mas também por milhões de dólares.

Carros de luxo são comuns nas ruas de Palm Beach. — Foto: BBC Mundo
Carros de luxo são comuns nas ruas de Palm Beach. — Foto: BBC Mundo

Grandes casarões, protegidos por enormes arbustos e plantas nas paredes, uma longa e estreita faixa de praia, lojas das marcas mais exclusivas, galerias de arte e restaurantes com mesas ao sol aguardam o visitante curioso.

Os residentes, no entanto, não são tão abertos a quem vem de fora.

Quando questionados sobre como se sentem agora que Trump não está passando apenas férias, a maioria prefere não responder.

Melissa, uma jovem que fuma do lado de fora da loja de roupas onde trabalha na Worth Avenue, o centro do luxo comercial da cidade, diz à BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC, que para ela nada muda.

"Trump vem para Mar-a-Lago como presidente há quatro anos, e antes disso ele também veio. Estamos acostumados. A única coisa que muda é que agora ficamos mais conhecidos, embora essa atenção também passe."

A avenida Worth é a via comercial mais luxuosa de Palm Beach. — Foto: BBC
A avenida Worth é a via comercial mais luxuosa de Palm Beach. — Foto: BBC

Mas nem todos os residentes vêm a presença de Trump na cidade com tanta naturalidade.

Batalha legal

"Recebi e-mails e ligações de residentes que não querem que o presidente more no condado de Palm Beach", disse à BBC Mack Bernard, comissário do condado de Palm Beach para o Distrito 7, ao qual Mar-a-Lago pertence.

"Ele está na cidade e vai ter que fazer um acordo com a prefeitura para ver se consegue continuar usando Mar-a-Lago como residência. Entendo que haja limitações", ele diz.

Donald Trump comprou Mar-a-Lago em 1985 por US$ 10 milhões — Foto: Getty Images
Donald Trump comprou Mar-a-Lago em 1985 por US$ 10 milhões — Foto: Getty Images

As limitações a que se refere o comissário datam de 1993, ano em que Trump e a Câmara Municipal de Palm Beach assinaram um pacto pelo qual o então magnata recebia permissão para transformar a mansão em um clube.

Em contrapartida, ele se comprometera a não poder usar o prédio como residência.

Segundo o acordo, sua permanência no clube só poderia ser de 21 dias por ano, distribuídos em três semanas não-consecutivas. Além disso, um limite de 500 pessoas foi imposto ao espaço, e Trump prometeu que pelo menos 50% destes residiriam ou trabalhariam em Palm Beach.

No dia 15 de dezembro, o advogado Reginald Stambaugh, representante da família DeMoss, dona de uma quinta próxima a Mar-a-Lago, enviou uma carta à prefeitura e ao Serviço Secreto dos Estados Unidos na qual denunciava uma violação do referido acordo.

Trump recebeu líderes internacionais como Bolsonaro e o presidente da China, Xi Jinping, em Mar-a-Lago — Foto: Getty Images
Trump recebeu líderes internacionais como Bolsonaro e o presidente da China, Xi Jinping, em Mar-a-Lago — Foto: Getty Images

"Sob o acordo de uso de 1993, Mar-a-Lago é um clube social e ninguém pode residir na propriedade", escreveu Stambaugh.

"Para evitar constrangimento a todos e dar tempo ao presidente para fazer outros planos de moradia na região, acreditamos que sua equipe trabalhará para lembrar dos parâmetros do acordo de uso [do casarão]", continua a carta.

"Palm Beach tem muitas propriedades adoráveis ​​à venda e vocês certamente encontrarão uma que atenda às suas necessidades."

As Organizações Trump, em resposta, emitiram um comunicado que dizia o seguinte:

"Não há nenhum documento ou acordo em vigor que proíba o Presidente Trump de usar Mar-a-Lago como residência."

As propriedades em Palm Beach costumam ser muito isoladas do exterior — Foto: BBC Mundo
As propriedades em Palm Beach costumam ser muito isoladas do exterior — Foto: BBC Mundo

A BBC News Mundo tentou falar com o advogado Stambaugh, mas não teve resposta.

Figura extravagante

Conhecedores de Palm Beach, como o escritor Laurence Leamer, ou o corretor de imóveis Rick Rose, apontaram em diferentes entrevistas que o desprezo de uma parte da sociedade de Palm Beach por Donald Trump não é novidade.

Já o jornalista Ronald Kessler, autor de mais de 20 livros sobre a Casa Branca, o Serviço Secreto e agências de inteligência como o FBI ou a CIA, acredita que essa imagem de rejeição, no entanto, é exagerada.

Trump tem apoio político na Florida, estado onde venceu nas eleições de 2016 e 2020. — Foto: BBC
Trump tem apoio político na Florida, estado onde venceu nas eleições de 2016 e 2020. — Foto: BBC

À BBC, Kessler lembra que, tanto em 2016 quanto em 2020, a maioria das pessoas de Palm Beach votou em Trump.

"Sempre houve a conhecida 'velha guarda' que tende a ser anti-semita e racista, para os quais [Trump] nunca caiu bem. O clube de Trump admite negros e judeus", diz ele.

"Alguns não gostam do estilo dele, acham que é extravagante, algo que quase todos concordam, mas acho que é só isso, e é um segmento da população".

Para Kessler, a tese da carta não tem base legal.

"O fato de ele morar lá agora não é muito diferente do que acontecia quando ele era presidente e vinha de sexta a domingo ou duas semanas no Natal. Ou mesmo antes de ser presidente", afirma.

A cidade das doações

Palm Beach recebeu o status de cidade em 17 de abril de 1911, depois de a vizinha West Palm Beach tentar anexar a ilha naquele mesmo ano.

Após mais de 100 anos, Palm Beach se tornou uma comunidade voltada a eventos sociais, e não à toa seus residentes doam mais dinheiro per capita para organizações de caridade do que qualquer outra comunidade nos Estados Unidos.

"A cidade gira em torno dos bailes de caridade", diz Ron Kessler.

Palm Beach hospeda vários eventos de arrecadação de fundos para causas sociais — Foto: BBC Mundo
Palm Beach hospeda vários eventos de arrecadação de fundos para causas sociais — Foto: BBC Mundo

"Eles dão tanta atenção à decoração e à comida quanto ao dinheiro que doam. Há comitês para esses bailes, onde brigas internas acontecem para ver quem é o membro mais querido ou a rainha da alta sociedade de Palm Beach", acrescenta.

"Essa é a indústria deles. Eles são todos ricos e não precisam trabalhar, portanto, têm determinadas formas de socialização e essas hierarquias."

Mar-a-Lago

Trump chegou ali em 1985, quando comprou Mar-a-Lago por US$ 10 milhões.

A mansão de 126 cômodos pertencia a Marjorie Merriweather Post, proprietária da General Foods, que morreu em 1973 e a deixou para o governo dos Estados Unidos como uma possível "Casa Branca de Inverno".

O governo devolveu a propriedade em 1981. Depois de comprá-la, Trump gastou milhões em reformas enquanto morava lá sazonalmente, geralmente entre novembro e maio, quando o clima da Flórida é ameno.

O clube tem 7 hectares no total — Foto: Reuters
O clube tem 7 hectares no total — Foto: Reuters

No início da década de 1990, Trump passou por dificuldades financeiras devido à queda dos preços dos imóveis e à falência de vários de seus negócios. Ele então disse ao conselho municipal que não poderia pagar os US$ 3 milhões anuais necessários para manter o clube.

Foi assim que foi assinado o acordo pelo qual Trump conseguiu transformar Mar-a-Lago em um clube social no qual, hoje, os associados pagam uma taxa inicial de US$ 200.000 e uma taxa anual de US$ 14.000.

"Mar-a-Lago é a coisa mais próxima do paraíso. Trump diz isso e eu concordo", diz Ron Kessler, que já visitou o lugar em várias ocasiões.

"Quem está lá fica deslumbrado com a beleza, a folhagem, a água dos dois lados da ilha, o clube de praia à beira-mar, as duas piscinas aquecidas a cerca de 25 graus o ano todo, a comida, as bebidas... é espetacular, uma maravilha."

Autoridades

A descrição feita pelo escritor norte-americano bate com o padrão das demais mansões que se escondem por trás dos portões e palmeiras exuberantes.

Autoridades e dos moradores de Palm Beach evitam falar com a imprensa — Foto: BBC Mundo
Autoridades e dos moradores de Palm Beach evitam falar com a imprensa — Foto: BBC Mundo

Quando tento me aproximar de Mar-a-Lago pelo norte, uma barreira semelhante à da ponte anterior indica que a passagem de todos os veículos, exceto para moradores, é proibida.

Há um posto de controle da polícia a um quilômetro da casa de Trump. Os agentes explicam que o local permanecerá ativo por alguns dias.

"Aos poucos vamos retomando a normalidade. Agora tudo é muito recente e as ameaças são reais", me diz um dos policiais.

Tanto o Gabinete do Xerife do Condado de Palm Beach quanto o Departamento de Polícia da Cidade respondem às perguntas da reportagem com a mesma mensagem.

"A prioridade é garantir a segurança não apenas de Trump, mas de todos os residentes."

Gabinete do Xerife do Condado de Palm Beach trabalha com o Serviço Secreto dos EUA há anos para proteger Trump e sua família — Foto: EPA
Gabinete do Xerife do Condado de Palm Beach trabalha com o Serviço Secreto dos EUA há anos para proteger Trump e sua família — Foto: EPA

Em relação à disputa sobre a possível residência permanente de Trump, as autoridades da cidade são evasivas.

A prefeita republicana Gail Coniglio não respondeu aos nossos pedidos de entrevista.

O administrador da cidade, Kirk Blouin, nos envia uma breve mensagem: "A Câmara Municipal não tem conhecimento da intenção de Trump a esse respeito. Quando soubermos, de fato, que o presidente Trump pretende residir em Mar-a-Lago, trataremos do assunto de forma adequada".

Função positiva

Por sua vez, o comissário Mack Bernard, do governo do condado, tenta encontrar as vantagens de ter uma figura tão destacada no bairro.

A diferença de riqueza entre Palm Beach e a vizinha West Palm Beach é impressionante — Foto: BBC Mundo
A diferença de riqueza entre Palm Beach e a vizinha West Palm Beach é impressionante — Foto: BBC Mundo

"Quando se tem um ex-presidente morando em seu distrito, minha maneira de pensar é me perguntar o que isso pode trazer de positivo", disse Bernard à BBC.

Para o comissário, Trump poderia ajudar a cidade e o condado a enfrentarem melhor os problemas causados ​​pela pandemia.

"Temos muitos moradores que não foram vacinados e também muitos de seus seguidores que não acreditam no distanciamento social ou na importância do uso de máscara", explica.

A praia de Palm Beach tem em torno de 5 km de extensão — Foto: BBC Mundo
A praia de Palm Beach tem em torno de 5 km de extensão — Foto: BBC Mundo

"Assim como existem ex-presidentes que abraçam causas que são monumentais e que podem mudar o país, espero que, enquanto Trump for um de nossos residentes, ele use seu poder e sua voz para influenciar as atitudes de seus apoiadores e defender que os residentes do condado de Palm Beach se vacinem."

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sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

EUA passam de 17 milhões de vacinas contra Covid aplicadas; Biden prometeu 100 milhões em 100 dias

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País mais afetado pela pandemia lidera o ranking mundial de vacinação e tem meta ambiciosa. Proporcionalmente, Israel está muito à frente das outras nações.  
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Por G1  
22/01/2021 11h17 Atualizado há uma hora
Postado em 21 de janeiro de 2021 às 12h20m


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Agente do departamento de polícia de Nova York (NYPD) recebe dose da vacina contra a Covid-19 da farmacêutica Moderna Covid-19 na sede da academia da polícia no Queens, no subúrbio de NY, em 11 de janeiro de 2021 — Foto: Jeenah Moon/Pool via Reuters
Agente do departamento de polícia de Nova York (NYPD) recebe dose da vacina contra a Covid-19 da farmacêutica Moderna Covid-19 na sede da academia da polícia no Queens, no subúrbio de NY, em 11 de janeiro de 2021 — Foto: Jeenah Moon/Pool via Reuters

Os Estados Unidos aplicaram 17 milhões doses de vacinas contra a Covid-19 até o momento e lideram o levantamento desta sexta-feita (22) do projeto Our World in Data, ligado à Universidade de Oxford.

Mas a quantidade está muito abaixo da promessa não cumprida pelo ex-presidente Donald Trump (20 milhões no ano de 2020), e seu sucessor precisa correr para cumprir a meta de aplicar 100 milhões de vacinas nos primeiros 100 dias de governo.

Com mais de 24 milhões de infectados e 410 mil mortes por Covid-19, os EUA são o país mais afetado do mundo.

Até o momento, 15 milhões de americanos receberam a primeira dose da vacina e 2,4 milhões, as duas doses recomendadas. Mas, proporcionalmente, apenas 4,55% da população foi vacinada – contra 28,21% dos israelenses, que lideram este ranking (veja mais abaixo).

Meta ambiciosa

Denise Garrett, médica epidemiologista e vice-presidente do Instituto de Vacina Sabin em Washington, diz que a meta de Biden é super ambiciosa, mas possível. Isso porque foi feita junto com um plano, ao contrário da promessa de Trump.

A proposta de Biden envolve US$ 20 bilhões acelerar o processo de vacinação. Entre as medidas estão aumentar os locais de vacinação, contratar 100 mil profissionais, investir em pessoal e fortalecer os departamentos estaduais e municipais de saúde.

O plano está olhando para o problema como um todo, afirma a médica brasileira, que mora nos EUA. Ele [Biden] está tendo uma visão bem ampla do controle da pandemia.

A epidemiologia elogia os especialistas escolhidos pelo presidente eleito para a área – assessores muito bons, de grande reputação – e o fato de o plano ser guiado pela ciência e focado no que realmente importa:

O controle dessa pandemia não é simples, mas é básico: são as medidas de distanciamento, o uso de máscara, testagem e rastreamento e vacinas, afirma Garrett. É o que a gente precisa. O básico.

O presidente eleito dos EUA, Joe Biden, recebe sua segunda dose de vacina contra o coronavírus no ChristianaCare Christiana Hospital, em Delaware, na segunda-feira (11) — Foto: AP Photo/Susan Walsh
O presidente eleito dos EUA, Joe Biden, recebe sua segunda dose de vacina contra o coronavírus no ChristianaCare Christiana Hospital, em Delaware, na segunda-feira (11) — Foto: AP Photo/Susan Walsh

Ranking de vacinação

Mais de 56,5 milhões de doses de vacina contra a Covid-19 foram aplicadas em todo o mundo, segundo oOur World in Data. Os EUA lideram com 17,55 milhões, seguido de China (15 milhões), Reino Unido (5,44 milhões), Israel (3,29 milhões) e Emirados Árabes Unidos (2,25 milhões).

Do quinto ao décimo estão Alemanha (1,4 milhão), Itália (1,28 milhão), Turquia (1,12 milhão), Espanha (1,1 milhão) e Índia (1,04 milhão), que começou a vacinação há seis dias e apareceu pela primeira vez no top dez.

O Brasil aparece em 16º da lista, com 193.699 doses aplicadas, logo atrás da Argentina (265.724).

População vacinada

No ranking proporcional de vacinação, Israel segue isolado na liderança. O país já aplicou pelo menos uma dose em 28,21% dos israelenses e as duas doses em 9,83% da população.

Na sequência vêm Emirados Árabes Unidos (20,81%), Bahrein (8,47%), Reino Unido (7,33%) e Estados Unidos (4,55%), terceiro país mais populoso do mundo.

Completam o top dez: Dinamarca (3,09%), Irlanda (2,47%), Espanha (2,25%), Itália (2,08%) e Islândia (1,68%). O Brasil aplicou uma dose em 0,09% da população até o momento.

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