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quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Setor de serviços tem 6ª alta seguida, mas segue abaixo do nível pré-pandemia

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Em novembro, crescimento foi de 2,6%, mas setor ainda se encontra 3,2% abaixo do patamar de fevereiro, segundo IBGE. Em 12 meses, setor acumula tombo recorde de 7,4%.  
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Por Daniel Silveira e Darlan Alvarenga, G1  
13/01/2021 09h00 Atualizado há 2 horas
Postado em 13 de janeiro de 2021 às 11h00m


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Setor de serviços cresce 2,6% no mês de novembro em relação a outubro, diz IBGE
Setor de serviços cresce 2,6% no mês de novembro em relação a outubro, diz IBGE

O volume de serviços prestados no Brasil cresceu 2,6% em novembro, na comparação com outubro, segundo divulgou nesta quarta-feira (13) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O setor cravou a 6ª alta seguida, mas ainda não conseguiu retomar o patamar pré-pandemia.

Apesar do ganho acumulado de 19,2% nesse período, o resultado ainda é insuficiente para compensar a perda de 19,6% verificada entre fevereiro e maio no setor, que ainda se encontra 3,2% abaixo do patamar de fevereiro, destacou o IBGE.

Segundo o IBGE, além de não ter voltado ao nível pré-pandemia, o volume de serviços no Brasil ainda se encontra 14,1% abaixo do recorde histórico, registrado em novembro de 2014.

O resultado, entretanto, foi melhor do que as expectativas em pesquisa da Reuters, que era de uma alta de 1,2% na comparação mensal.

Na comparação com novembro de 2019, houve queda de 4,8%, a nona taxa negativa seguida nesta base de comparação.

Volume de serviços mês a mês — Foto: Economia G1
Volume de serviços mês a mês — Foto: Economia G1

O IBGE revisou três das cinco altas anteriores, que tiveram crescimento maior que o divulgado anteriormente. A de outubro passou de 1,7% para 1,8%, a de setembro de 2,1% para 2,2% e a de julho de 2,7% para 2,9%.

Tombo de 8,3% no acumulado no ano e queda recorde em 12 meses

No ano, o setor de serviços passou a acumular queda foi de 8,3%, frente ao mesmo período de 2019. Já em 12 meses, o tombo chegou a 7,4%, resultado negativo mais intenso desde o início da série histórica, em dezembro de 2012.

De acordo com o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, as atividades que estão encontrando mais dificuldades são aquelas prestadas de forma presencial, por isso, o setor ainda não conseguiu recuperar as perdas:

Atividades como restaurantes, hotéis, serviços prestados à família de uma maneira geral e transporte de passageiros – seja o aéreo, o rodoviário e ou o metroviário - até mostraram melhoras, mas a necessidade de isolamento social ainda não permitiu o setor voltar ao patamar pré-pandemia, avaliou.

Das cinco grandes atividades do setor de serviços, somente a de outros serviços registrou variação positiva no acumulado no ano, de 6,5%.

A atividade com o pior resultado foi o de serviços prestados às famílias, que acumularam queda de 36,6% no ano - o pior resultado de toda a série histórica da pesquisa iniciada em 2012.

O segundo pior resultado ficou com os serviços profissionais, administrativos e complementares, com queda de 11,8%.

Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio tiveram o terceiro pior resultado acumulado no ano, com queda de 8,1%. Já os serviços de informação e comunicação acumularam queda de 2%.

Só 2 das 5 grandes atividades recuperaram perdas

De acordo com o IBGE, das cinco grandes atividades do setor de serviços, apenas duas recuperaram o patamar observado antes da pandemia - serviços de informação e comunicação e o de outros serviços. Ambos superaram o patamar de fevereiro em, respectivamente, 2,6% e 1,6%.

Distância (em %) do patamar pré-pandemia por atividade de serviços — Foto: Economia G1
Distância (em %) do patamar pré-pandemia por atividade de serviços — Foto: Economia G1

Para retomar ao patamar de fevereiro, a atividade de transportes, serviços auxiliares de transportes e correio precisa avançar 5,4%, enquanto os serviços profissionais, administrativos e complementares ainda precisam crescer 9,5%.

Já os serviços prestados às famílias precisam crescer 34,2% para zerar as perdas da pandemia.

Desempenho por segmentos

Todas as cinco atividades investigadas na pesquisa tiveram crescimento na passagem de outubro para novembro, com destaque para os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (2,4%) e serviços prestados às famílias (8,2%).

Variação do volume de serviços em novembro, por atividade e subgrupos:

  • Serviços prestados às famílias: 8,2%
  • Serviços de alojamento e alimentação: 9,1%
  • Outros serviços prestados às famílias: 1,5%
  • Serviços de informação e comunicação: 0,5%
  • Serviços de tecnologia da informação e comunicação: -0,3%
  • Telecomunicações: -0,5%
  • Serviços de tecnologia da informação: -0,2%
  • Serviços audiovisuais: 5,6%
  • Serviços profissionais, administrativos e complementares: 2,5%
  • Serviços técnico-profissionais: 2,5%
  • Serviços administrativos e complementares: 1,5%
  • Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio: 2,4%
  • Transporte terrestre: 4,2%
  • Transporte aquaviário: -3,8%
  • Transporte aéreo: 6,8%
  • Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio: 1,6%
  • Outros serviços: 0,5%
Serviços cresceram em 19 das 27 unidades da federação

Regionalmente, 19 das 27 unidades da federação tiveram expansão no volume de serviços em novembro. São Paulo (3,2%) registrou a maior alta. Outras contribuições positivas relevantes vieram de Minas Gerais, (2,8%), do Rio de Janeiro (1,3%), do Rio Grande do Sul (3,2%), de Pernambuco (5,2%) e do Paraná (2,1%). Já a principal retração foi do Distrito Federal (-9,9%).

Índice de atividades turísticas tem alta de 7,6% em novembro

O IBGE informou também que o índice de atividades turísticas cresceu 7,6% contra outubro, sétima taxa positiva seguida. O segmento, no entanto, ainda precisa avançar 42,8% para retornar ao patamar de fevereiro.

Crescimento no ano é improvável

O gerente da pesquisa enfatizou ser extremamente improvável que o setor de serviços encerre o ano de 2020 no campo positivo.

Segundo ele, para que possa ter crescimento nulo, ou seja, de 0%, o volume de serviços prestados no país em dezembro teriam que registrar um avanço entre 81,8% e 82,8% na comparação com novembro.

Qualquer que seja o contexto, é extremamente improvável que isso ocorra. Então, a gente terá na próxima divulgação, certamente, a queda mais intensa da série histórica para o setor de serviços, iniciada em 2012, disse Rodrigo Lobo.

Entre 2012 e 2014 o setor de serviços registrou taxas anuais positivas, acumulando alta de 11,3% no período. Nos três anos seguintes, no entanto, teve taxas anuais negativas, acumulando perda de 11%. Em 2018, o resultado foi nulo. Já em 2019 o setor encerrou o ano com alta de 1%.

Perspectivas

Amplamente dependente do contato presencial e de maior mobilidade, o setor de serviços, que tem importante peso sobre o Produto Interno Bruto (PIB) do país, foi o mais abalado pela pandemia de coronavírus e tem mostrando uma retomada bem mais lenta do que a observada no comércio e na indústria, que já retomaram o patamar pré-pandemia.

A confiança do setor de serviços mostrou leve recuperação em dezembro, mas fechou o ano em baixa, segundo pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Para o economista-chefe da Necton, André Perfeiro, o resultado de novembro foi positivo e veio melhor que o esperado. "De maneira geral foi um ótimo número e mais um dado importante na véspera da decisão do Copom que mostra atividade um pouco mais forte e assim pode mudar em parte o balanço de riscos da autoridade monetária", avaliou.

Na semana passada, o IBGE divulgou que a produção industrial cresceu 1,2% em novembro. Na parcial de 2020, porém, o setor acumula queda de 5,5%.

Já os dados do desempenho do comércio em novembro serão divulgados na sexta-feira (15).

Os economistas do mercado financeiro estimam um tombo do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,37% em 2020, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central. Para 2021, projetam uma alta de 3,41%.

Os analistas do mercado passaram a projetar também uma Selic em 3,25% no final de 2021 e em 4,75% em 2022.

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terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Índice de inflação oficial no país fecha 2020 em 4,52%, o maior desde 2016

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A alta dos preços foi sentida principalmente na hora de abastecer a geladeira pela população com renda mais baixa.  
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Por Jornal Nacional  
12/01/2021 22h05 Atualizado há 1 horas
Postado em 12 de janeiro de 2021 às 23h10m


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IPCA fecha 2020 em 4,52%, o maior índice desde 2016
IPCA fecha 2020 em 4,52%, o maior índice desde 2016

O IPCA, o índice oficial de inflação do país, fechou 2020 em 4,52%. É o maior desde 2016, de acordo com o IBGE. E foi na hora de abastecer a geladeira que os brasileiros mais perceberam a alta dos preços, principalmente a população com renda mais baixa.

O essencial para sobreviver com custo nada básico. O preço da comida em 2020 teve um aumento que não se via desde 2002: alta de 14,09%. Vários itens da cesta básica dispararam. O carrinho vai mais vazio, diz a professora Lilian Guimarães.

O óleo de soja mais que dobrou; o arroz subiu 76,01%; e o feijão fradinho acompanhou: mais 68,08%. A batata inglesa subiu 67,27% e o tomate quase 53%. A lista de alimentos que ficaram mais caros é extensa.

Nem fazendo substituições deu para montar um prato mais barato. E a desvalorização do real tem a ver com isso. Desvalorizando a nossa moeda, o Brasil fica mais competitivo e aproveitou essa competitividade exportando mais. Isso é bom para a balança comercial, mas acabou gerando um desafio para a inflação porque desabasteceu o mercado doméstico e forçou o aumento de preços aqui, explicou o economista da FGV André Braz.

Mas em dezembro a grande vilã foi a energia elétrica, com tarifa na bandeira vermelha. A inflação no mês registrou a maior variação desde fevereiro de 2003.

Só que foi mesmo a pressão dos alimentos que contribuiu para o IPCA fechar 2020 em 4,52%, a maior taxa anual desde 2016, acima do centro da meta da inflação estabelecida pelo Banco Central, de 4%. Mas ainda dentro da margem de tolerância (5,5%).

Mas a inflação foi ainda mais cruel com quem ganha menos, pessoas que comprometem a maior parte da renda justamente com o que mais subiu em 2020, com comida. E aí foi preciso fazer adaptações, não só no cardápio, mas também na vida para poder sobreviver.

A gente comia carne toda semana, hoje em dia a gente reduziu a carne por um frango, por um ovo, conta a manicure Luciana Gonçalves.

Os gastos com comida aumentaram tanto que Luciana não conseguiu mais pagar uma pessoa para cuidar dos filhos. A manicure deixou de trabalhar fora e montou um salão em casa.O

impacto da inflação entre os brasileiros de renda mais baixa é medido pelo INPC e ficou mais alto que o IPCA: bateu 5,45% em 2020.

Enquanto o IPCA mede o impacto dos preços no custo de vida de famílias que ganham entre um e 40 salários-mínimos, o INPC mede a variação nas famílias mais pobres, que têm renda entre um e cinco salários-mínimos e sentem mais a alta dos alimentos. E a diferença entre os dois índices é a maior registrada desde 2003.A inflação para ela é percebida através do aumento do preço dos alimentos, que é a principal despesa dessas famílias, diz André Braz.

Os gastos com comida morderam ainda mais a renda da Luciana com as crianças fora da escola na pandemia e sem merenda escolar. A geladeira e o armário mais vazios agora fazem parte da nova vida da família: Tem hora que não tem. E dói, dói porque a gente quer o melhor para os nossos filhos.

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Inflação de 2020: óleo de soja tem maior subida de preço do ano; veja as maiores altas e baixas

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Seguindo a lógica que se observou ao longo da pandemia do novo coronavírus, as 15 maiores altas são de alimentos. Isolamento social coloca vestuário e turismo entre as quedas de preço.  
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Por G1  
12/01/2021 10h50 Atualizado há 2 horas
Postado em 12 de janeiro de 2021 às 12h55m


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Óleo de soja: alta de 103% foi o recorde do IPCA de 2020 — Foto: Reprodução/TV Morena
Óleo de soja: alta de 103% foi o recorde do IPCA de 2020 — Foto: Reprodução/TV Morena

O óleo de soja foi o grande campeão das altas de preços no ano de 2020, como mostram os dados da inflação oficial do país divulgados nesta terça-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A lista de subitens do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) tem um domínio completo dos alimentos entre as maiores altas do ano. Os 15 primeiros colocados estão na categoria. Além do óleo de soja, encabeçam o ranking o arroz (76,01%), feijão fradinho (68,08%) e batata-inglesa (67,27%).

Desde o início da pandemia do novo coronavírus, a procura por alimentos se intensificou no mercado interno. A alta do dólar também tornou produtos brasileiros mais competitivos no exterior, elevando as exportações e gerando impacto nos preços.

Por outro lado, as restrições de circulação necessárias para conter a disseminação da Covid-19 trouxeram consequências para o setor de serviços. Entre as principais quedas de preços em 2020 estão passagens áereas (-17,15%) e hospedagem (-8,07%), por exemplo.

IPCA: inflação oficial fecha 2020 em 4,52%, maior alta desde 2016
IPCA: inflação oficial fecha 2020 em 4,52%, maior alta desde 2016

Abaixo, confira a lista de maiores altas e quedas de preços em 2020.

20 maiores altas

  1. Óleo de soja: 103,79%
  2. Arroz: 76,01%
  3. Feijão fradinho: 68,08%
  4. Batata-inglesa: 67,27%
  5. Laranja-lima: 53,1%
  6. Tomate: 52,76%
  7. Batata-doce: 48,1%
  8. Repolho: 46,43%
  9. Cenoura: 45,98%
  10. Feijão preto: 45,38%
  11. Laranja baía: 44,23%
  12. Maçã: 42,76%
  13. Banana-d'água: 39,28%
  14. Peixe tainha: 38,98%
  15. Banana-maçã: 38,55%
  16. Colchão: 36,93%
  17. Morango: 36,56%
  18. Abobrinha: 34,58%
  19. Pimentão: 34,16%
  20. Carne de Peito: 33,99%
20 maiores baixas

  1. Passagem aérea: -17,15%
  2. Limão: -14%
  3. Agasalho feminino: -13,78%
  4. Mochila: -11,81%
  5. Agasalho infantil: -10,53%
  6. Agasalho masculino: -9,01%
  7. Ônibus interestadual: -8,32%
  8. Hospedagem: -8,07%
  9. Móvel para copa e cozinha: -8,03%
  10. Seguro voluntário de veículo: -7,91%
  11. Peixe-serra: -7,8%
  12. Neurológico: -7,47%
  13. Saia: -7,38%
  14. Mudança: -7%
  15. Anti-infeccioso e antibiótico: -6,8%
  16. Filé-mignon: -6,28%
  17. Antidiabético: -6,26%
  18. Caderno: -6,23%
  19. Brinquedo: -6,05%
  20. Móvel infantil: -5,92%
Inflação ao longo dos últimos anos — Foto: Economia G1
Inflação ao longo dos últimos anos — Foto: Economia G1

Alimento como vilão

O principal motor das altas de preços é a diferença entre a oferta e a demanda dos produtos. Quando a oferta é baixa e a demanda é alta, os preços tendem a subir. Na situação oposta, quando tem pouca gente querendo comprar e muita mercadoria para vender, o natural é que os preços caiam.

Mas, na situação atual do Brasil, surgiram novos "vilões": a procura por alimentos e commodities no mercado internacional e, principalmente, o dólar alto levaram a inflação de produtos às alturas. Todos os produtos, além de verem seus preços subirem em dólar, também sofrem efeito de uma desvalorização forte do real frente à moeda americana.

O real sofreu desvalorização recorde em relação ao dólar por causa das incertezas com o plano de recuperação fiscal brasileiro, juros mais baixos, crescimento tímido e a despreocupação do governo com o meio ambiente. E, sempre que o real se desvaloriza, acaba convidando os países a comprar do Brasil.

Real é a moeda que mais desvalorizou em relação ao dólar em 2020
Real é a moeda que mais desvalorizou em relação ao dólar em 2020

Por um lado, há melhora dos números da balança comercial. Por outro, acontece um desabastecimento do mercado brasileiro para itens que são matéria-prima para fabricação de alimentos que chegam às gôndolas. A alta da soja, por exemplo, aumenta o preço de ração animal, que se reflete nos custos da carne.

A principal vilã da inflação em 2020 foi a alimentação. Os preços do conjunto de alimentos e bebidas tiveram alta acumulada de 14,09% ao longo do ano, o maior aumento desde 2002 (19,47%). Segundo o IBGE, os alimentos responderam sozinhos por quase metade da inflação do ano, com um impacto de 2,73 pontos percentuais sobre o índice geral.

Depois da alimentação, o segundo maior impacto sobre a inflação de 2020 partiu da habitação, que acumulou alta de 5,25% no ano.

A inflação de 2020 — Foto: G1 Economia
A inflação de 2020 — Foto: G1 Economia

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segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

Ford inaugurou a primeira fábrica de automóveis do Brasil; veja o histórico

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Empresa anunciou nesta segunda-feira (11) que fechará todas as fábricas da marca no país. Mercado brasileiro será atendido apenas por veículos importados.  
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Por G1  
11/01/2021 19h15 Atualizado há uma hora
Postado em 11 de janeiro de 2021 às 20h20m


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Ford anuncia fim da produção de veículos no Brasil
Ford anuncia fim da produção de veículos no Brasil

A decisão da Ford de encerrar a produção de veículos no Brasil coloca ponto final em uma história de mais de 100 anos de investimentos no país.

A primeira fábrica de automóveis do Brasil foi da Ford. Em 1º de maio de 1919, a montadora abriu as portas de uma planta na Rua Florêncio de Abreu, no centro de São Paulo. O modelo de produção era o Ford T, também chamado de Ford Bigode. As peças eram importadas e a montagem, feita aqui.

Começam a ser montados os primeiros carros no Brasil, em 1921. Muita gente aparecia interessada em acompanhar de perto a construção de um automóvel. E isso podia ser feito no prédio da Ford na Rua Solon, no bairro do Bom Retiro, Zona Central de São Paulo — Foto: Estadão Conteúdo/Arquivo
Começam a ser montados os primeiros carros no Brasil, em 1921. Muita gente aparecia interessada em acompanhar de perto a construção de um automóvel. E isso podia ser feito no prédio da Ford na Rua Solon, no bairro do Bom Retiro, Zona Central de São Paulo — Foto: Estadão Conteúdo/Arquivo

Desde 1904 carros da marca já chegavam ao país, ainda como importados. Por decisão do próprio Henry Ford, fundador da montadora, a empresa decidiu abrir sua subsidiária brasileira.

5 pontos: Ford encerra produção no Brasil
5 pontos: Ford encerra produção no Brasil

Entre 1920 e 1921, a montadora foi transferida para a Praça da República e, em seguida, para a Rua Sólon, no bairro do Bom Retiro. Ali, foi estruturada a primeira linha de montagem em série, onde funcionou até os anos 1950.

Em 1953, foi inaugurada a fábrica do Ipiranga. A produção diária da Ford passava para 125 veículos ao dia e mais de 2.500 funcionários circulavam pela planta de 200 mil metros quadrados. A nova planta possibilitou o avanço tecnológico para desenvolvimento do primeiro modelo totalmente brasileiro da montadora, o caminhão F-600, criado em 1957.

Caminhões F-600 da Ford Motors do Brasil, produzidos na fábrica do Ipiranga, Zona Sul de São Paulo, no Plano de Fabricação Nacional da empresa, com destino a Limeira, no interior de SP. Foto de setembro de 1957 — Foto: Estadão Conteúdo/Arquivo
Caminhões F-600 da Ford Motors do Brasil, produzidos na fábrica do Ipiranga, Zona Sul de São Paulo, no Plano de Fabricação Nacional da empresa, com destino a Limeira, no interior de SP. Foto de setembro de 1957 — Foto: Estadão Conteúdo/Arquivo

A unidade do ABC era uma das fábricas de veículos mais antigas do Brasil. Antes de ficar nas mãos da Ford por mais de cino décadas, ela foi idealizada e construída pela extinta Willys-Overland do Brasil. A inauguração foi em 1954, com a produção do Jeep Willys.

Em 1967, a Ford comprou a Willys, e assumiu a fábrica de São Bernardo. Além da unidade, a empresa do oval azul terminou o desenvolvimento do Corcel, o primeiro Ford a ser produzido ali, no ano seguinte.

Em 1968, o Corcel foi um novo marco da montadora no segmento de carros médios. No ano seguinte, ganhou as versões cupê e GT, tornando-se o recordista de vendas da marca.

Naquele ano, foi inaugurado o Centro de Pesquisas de São Bernardo do Campo. A produção subiu para 250 veículos por dia, em turnos duplos de trabalho. Ali, surgiram outros lançamentos marcantes como Belina, Maverick, Del Rey, Verona e Pampa, todos montados no espaço.

Ford Motors do Brasil comemora 60 anos no país, em agosto de 1979 — Foto: Osvaldo Luiz/Estadão Conteúdo/Arquivo
Ford Motors do Brasil comemora 60 anos no país, em agosto de 1979 — Foto: Osvaldo Luiz/Estadão Conteúdo/Arquivo

Em 1974, foi inaugurada a fábrica de Taubaté, com investimento de US$ 400 milhões. Em 1978, foi a vez da abertura do Campo de Provas de Tatuí, em São Paulo.

Em 1987, a Ford e Volkswagen criaram a holding Autolatina para compartilhamento de plataformas de carros produzidos no Brasil e Argentina. A parceria durou até 1995.

O fim da Autolatina deu espaço a uma nova rodada de investimento da Ford no Brasil. A fábrica de São Bernardo do Campo passou a produzir o Fiesta em 1996, que seria um dos grandes sucessos da marca. No ano seguinte, surgiu o Ka.

Em 2001, foi inaugurada a fábrica de Camaçari, puxando para si a maior parte da produção de veículos de passeio, como o novo Fiesta e EcoSport. Em contrapartida, São Bernardo recebeu a linha de caminhões, vinda da extinta unidade do Ipiranga, na capital paulista. Em 2015, a planta comemorou o marco de 1 milhão de unidades produzidas.

Linha de produção do Ka, em São Bernardo do Campo, em 1997 — Foto: Divulgação
Linha de produção do Ka, em São Bernardo do Campo, em 1997 — Foto: Divulgação

Dali em diante, a crise global da montadora passou a se impor também no Brasil. A marca, que chegou a ser a quarta mais vendida no país, passou a amargar queda de vendas. Globalmente, a Ford revelou um plano para cortar custos e redução de portfólio, eliminando sedãs como Fusion e Fiesta.

De volta ao Brasil, a Ford anunciou em 2019 que iria fechar a fábrica de São Bernardo do Campo, tirar de linha o Fiesta e que parar de vender caminhões na América do Sul. Em outubro do ano passado, foi concluída a venda da fábrica do ABC paulista para a Construtora São José e com a FRAM Capital.

Raio-X do Ford no Brasil — Foto: G1
Raio-X do Ford no Brasil — Foto: G1

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Cesta básica fica mais cara em todas as capitais ao longo de 2020, aponta Dieese

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Salvador foi a capital com maior alta nos preços dos alimentos básicos. Comprometimento médio do salário mínimo com os alimentos básicos no país foi o maior em 12 anos.  
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Por Daniel Silveira, G1 — Rio de Janeiro  
11/01/2021 11h48 Atualizado há 2 horas
Postado em 11 de janeiro de 2021 às 13h50m


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Base na refeição dos brasileiros, arroz foi um dos alimentos com maior alta de preços em todas as capitais pesquisadas pelo Dieese em 2020 — Foto: Reprodução/TV Diário
Base na refeição dos brasileiros, arroz foi um dos alimentos com maior alta de preços em todas as capitais pesquisadas pelo Dieese em 2020 — Foto: Reprodução/TV Diário

Um levantamento divulgado nesta segunda-feira (11) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que o preço médio da cesta básica aumentou em todas as 17 capitais pesquisadas ao longo de 2020.

A cesta básica é o conjunto de alimentos necessários para as refeições de uma pessoa adulta. Segundo o Dieese, em 2020, a maior parte dos produtos que fazem parte dela apresentou elevação de preços em todo o país. O maior aumento foi observado em Salvador, enquanto o menor, em Curitiba.

Todas as 17 capitais pesquisadas pelo Dieese registraram aumento no preço da cesta básica em 2020 — Foto: Economia/G1
Todas as 17 capitais pesquisadas pelo Dieese registraram aumento no preço da cesta básica em 2020 — Foto: Economia/G1

A alta dos preços, segundo o órgão, foi reflexo, principalmente, da desvalorização cambial e do alto volume das exportações. Além disso, fatores climáticos, em decorrência de longos períodos de estiagem ou de chuvas intensas, também impactaram nos preços dos alimentos.

Entre os principais itens da cesta com maior aumento nos preços em todas as capitais pesquisadas, o Dieese destacou:

  • Carne bovina de primeira - por diversos motivos, como o intenso ritmo de exportação, principalmente para a China, a baixa disponibilidade de boi gordo no pasto, o encarecimento de importantes insumos pecuários importados e de alimentação do gado.
  • Leite UHT e manteiga - na maior parte do ano, foram verificados baixos estoques nacionais de leite no campo e custos elevados de produção, principalmente de insumos como soja e milho; além de problemas climáticos, como chuvas irregulares e secas extremas.
  • Arroz agulhinha foi um dos vilões da inflação de alimentos em 2020, pressionado pela desvalorização do real frente ao dólar, o que aumentou o custo de produção e elevou o volume de grão exportado, além da diminuição da área plantada e do abandono da política de estoques reguladores por parte do governo.
  • Óleo de soja: o Brasil exportou um elevado volume de soja e derivados, devido ao real desvalorizado em relação ao dólar e à forte demanda externa, o que fez aumentar o preço do produto no mercado interno.
  • Batata: produção foi impactada ao longo do ano devido a condições climáticas, que resultou em redução na oferta do produto e, consequentemente, na alta de preços.
  • Açúcar: também foi impactado pelo grande volume de exportações diante da desvalorização do real frente ao dólar.
  • Farinha de trigo e pão francês: como o Brasil não produz a quantidade de trigo suficiente para a demanda interna, o país depende da importação do produto, cujo preço foi elevado diante da desvalorização cambial.
  • Tomate: além da redução de área plantada, houve impacto por fatores climáticos que prejudicaram a produção.
Maior comprometimento do salário mínimo em 12 anos

De acordo com o Dieese, o preço médio mais caro da cesta básica em 2020 foi observado em São Paulo onde, em dezembro, chegou a R$ 631,46. Este valor correspondeu a 53,45% do salário mínimo vigente, que era de R$ 1.045 - foi o maior percentual observado desde 2008, quando foi de 57,68%.

São Paulo registrou o preço médio mais alto da cesta básica em 2020 — Foto: Economia/G1
São Paulo registrou o preço médio mais alto da cesta básica em 2020 — Foto: Economia/G1

Entre 2009 e 2019, o comprometimento do salário mínimo com a cesta básica só ficou acima de 50% em 2016, quando foi de 51,87%.

"O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta para o conjunto das capitais, considerando um trabalhador que recebe salário mínimo e trabalha 220 horas por mês, foi, em dezembro, de 115 horas e 08 minutos, maior do que em novembro, quando ficou em 114 horas e 38 minutos", destacou o Dieese.

Considerando o valor da cesta básica de São Paulo, o Dieese estimou que o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 5.304,90, o que corresponde a 5,08 vezes o vigente. O cálculo é feito levando-se em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças.

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