Total de visualizações de página

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Desemprego diante da pandemia atinge 14,2% em novembro e bate novo recorde

= =---____------- ===  ----                                            -----________::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::________                       --------- ====  -----------____---= =


Segundo o IBGE, país encerrou o mês com 14 milhões de desempregados, 200 mil a mais que em outubro e quase 4 milhões a mais que em maio.  
= =---____------- ===  ----                                            -----________::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::________                       --------- ====  -----------____---= =
Por Darlan Alvarenga, G1  
23/12/2020 09h02 Atualizado há 3 horas
Postado em 23 de novembro de 2020 às 12h25m


|        .      Post.N.\9.606     .     |
|||.__-_____    _____ ____    ______    ____- _|| 

Desemprego atinge 14,2% em novembro, diz IBGE
Desemprego atinge 14,2% em novembro, diz IBGE

O desemprego diante da pandemia do coronavírus bateu novo recorde em novembro, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o levantamento, o Brasil encerrou o mês de novembro com um contingente de 14 milhões de desempregados, aumento de 2% frente a outubro (13,8 milhões), e de 38,6% desde maio (10 milhões), quando começou a série da pesquisa.

Com isso, a taxa de desemprego ficou em 14,2% em novembro, ante 14,1% no mês anterior e 10,7% em maio.

Os dados são da última edição da PNAD Covid-19, lançada neste ano pelo IBGE para identificar os impactos da pandemia no mercado de trabalho e para quantificar as pessoas com sintomas associados à síndrome gripal no Brasil.

Desempregados diante da pandemia, em milhares. — Foto: Economia G1
Desempregados diante da pandemia, em milhares. — Foto: Economia G1

O desemprego vem renovando recordes sucessivos no país desde julho à medida em que trabalhadores que perderam sua ocupação na pandemia passaram a buscar um emprego em meio ao relaxamento e flexibilização das medidas de restrição.

Esse aumento da população desocupada ocorreu, principalmente, na região Nordeste. Nas demais regiões ficou estável, sendo que no Sul houve queda na desocupação, destacou a coordenadora da pesquisa, Maria Lucia Viera.

Apesar de também avaliar o mercado de trabalho, a Pnad Covid19 não é comparável aos dados da Pnad Contínua, que é usada como indicador oficial do desemprego no país. Os dados da Pnad Contínua mais atuais são referentes ao trimestre terminado em setembro, quando o país atingiu taxa de desemprego recorde, de 14,6%, com cerca de 14,1 milhões de brasileiros em busca de uma oportunidade no mercado de trabalho.

Perspectiva de fim do auxílio emergencial

Segundo o IBGE, o aumento do número de desempregados também pode estar relacionado com a redução e perspectiva de término do Auxílio Emergencial.

"A redução do auxílio pode estar fazendo sim com que as pessoas precisem retornar ao mercado de trabalho", avaliou a pesquisadora, destacando que no Nordeste houve aumento da desocupação entre as pessoas que residiam em domicílio com beneficiados pelo auxílio emergencial.

A proporção de residências que recebeu algum auxílio relacionado à pandemia passou de 42,2% em outubro para 41% em novembro, com valor médio do benefício em R$ 558 por domicílio, segundo o IBGE.

As regiões Norte e Nordeste foram novamente as regiões com os maiores percentuais: 57,0% e 55,3%, respectivamente.

Já a população ocupada subiu para 84,7 milhões, aumento de 0,6% em relação a outubro (84,1 milhões), e, pela primeira vez desde o início da pesquisa, apresentou contingente superior ao de maio (84,4 milhões).

O nível de ocupação, no entanto, segue bem baixo. Ficou em 49,6% em novembro, ou seja, menos da metade da população em idade para trabalhar estava ocupada.

A população ocupada se aproximou do patamar de março, apesar da taxa de desocupação maior. Isso porque temos mais pessoas pressionando o mercado de trabalho em busca de uma ocupação. Esses números refletem a flexibilização das medidas de distanciamento social, com mais pessoas mês a mês deixando de estar fora da força de trabalho, destacou Maria Lucia.

Houve também aumento no número de horas efetivamente trabalhadas, de 35,7 horas em outubro para 36,1 horas em novembro.

Já a taxa de informalidade ficou em 34,5%, a mesma do mês anterior, o que corresponde a 29,2 milhões de pessoas.

A pesquisa mostrou ainda que 13,7 milhões não procuraram trabalho por conta da pandemia ou por falta de trabalho na localidade, mas gostariam de trabalhar, o que indica que a taxa de desemprego pode continuar a subir no país.


Flexibilização do isolamento

Segundo a pesquisa, em novembro, 11,1% de toda a população do país se dizia rigorosamente isolada, em distanciamento social. Em outubro esse percentual era de 12,4%. Em julho, chegou a 23,3%.

A região Norte (8,8%) apresentou o maior percentual de pessoas que não fizeram restrições, e o Nordeste, o maior percentual de pessoas que ficaram rigorosamente isoladas (12,8%).

"Entre os 211,7 milhões de residentes, 10,2 milhões (4,8%) não fizeram nenhuma medida de restrição em novembro, 97,9 milhões (46,2%) reduziram o contato, mas continuaram saindo de casa, 79,3 milhões (37,5%) ficaram em casa e só saíram por necessidade básica e 23,5 milhões (11,1%) ficaram rigorosamente isolados", informou o IBGE.

9,1% dos trabalhadores em trabalho remoto

Segundo o IBGE, em novembro, 94,8% da população ocupada não estavam afastados do trabalho que tinham, contra 94,4% em outubro. Os que trabalharam de forma remota (à distância, home office) representaram uma fatia de 9,1% (7,3 milhões de pessoas) da população ocupada. Em outubro, o percentual era de 9,6% (7,6 milhões de pessoas).

O percentual de mulheres que trabalharam remotamente foi de 12,9%, superior ao dos homens (6,5%). Já a região Norte teve o menor percentual de pessoas ocupadas trabalhando remotamente (3,9%) e o Sudeste, o maior (11,8%).

Rendimento abaixo do habitual

Em novembro, o rendimento médio efetivo ficou em R$ 2.334, o que representa 94,5% do habitualmente recebido. Em outubro correspondia a 93,6%. Segundo o IBGE, os trabalhadores por conta própria e os empregadores tiveram as maiores diferenças entre os rendimentos habitual e efetivamente recebidos, 86,1% e 91,3%, respectivamente.

Veja outros destaques da pesquisa:

  • Em 28 milhões de domicílios (41% do total do país), algum morador recebeu auxílio emergencial
  • Em 9,3% dos domicílios, algum morador solicitou empréstimo, sendo que 87,8% dos que pediram conseguiram
  • 28,6 milhões de pessoas fizeram algum teste para a Covid-19 até novembro
  • 22,7% das pessoas (6,5 milhões) que realizaram testes para coronavírus até novembro testaram
  • 10,2 milhões de pessoas não tomaram nenhuma medida de restrição para evitar o contágio
  • 11,2% dos estudantes não tiveram atividades escolares no país, sendo que no Norte esse percentual foi mais que o dobro (25,4%).
  • 204 mil estudantes não realizaram tarefas devido à falta de acesso à internet, 169 mil não conseguiram se concentrar e 154 mil não tinham computador, tablet e celular

------++-====-----------------------------------------------------------------------=================---------------------------------------------------------------------------------====-++------

Brasil cria 414 mil empregos formais em novembro e atinge melhor resultado para um mês desde 1992, diz governo

= =---____------- ===  ----                                            -----________::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::________                       --------- ====  -----------____---= =


Ministério da Economia informou que esse foi o quinto mês seguido em que a abertura de vagas com carteira assinada superou as demissões. Geração de empregos nos últimos meses não compensou vagas fechadas na pandemia.  
= =---____------- ===  ----                                            -----________::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::________                       --------- ====  -----------____---= =
Por Alexandro Martello, G1 — Brasília  
23/12/2020 10h34 Atualizado há 23 minutos
Postado em 23 de dezembro de 2020 às 11h15m


|        .      Post.N.\9.605     .      |
|||.__-_____    _____ ____    ______    ____- _|| 

Brasil gera 414.556 vagas de emprego com carteira assinada
Brasil gera 414.556 vagas de emprego com carteira assinada

O Brasil gerou 414.556 empregos com carteira assinada em novembro, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quarta-feira (23).

Esse resultado é a diferença entre as contratações e as demissões. Em novembro, o país registrou 1.532.189 contratações, contra 1.117.633 demissões.

De acordo com o Ministério da Economia, o número de empregos formais criados em novembro de 2020 foi o maior de toda série histórica, que teve início em 1992. Em novembro do ano passado, foram abertas 99.232 vagas formais.

Emprego no Brasil em 2020
em vagas de trabalho
114.937114.937225.021225.021-271.253-271.253-948.857-948.857-366.200-366.200-26.025-26.025137.695137.695242.714242.714314.903314.903389.534389.534414.556414.556JANEIROFEVEREIROMARÇOABRILMAIOJUNHOJULHOAGOSTOSETEMBROOUTUBRONOVEMBRO-1.250k-1.000k-750k-500k-250k0250k500k
Fonte: Ministério da Economia

Esse também foi o quinto mês seguido de geração de empregos com carteira assinada. Em outubro deste ano, foram gerados 394.989 postos.

Também nesta sexta, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o país encerrou o mês de novembro com um contingente de 14 milhões de desempregados, aumento de 2% frente a outubro (13,8 milhões), e de 38,6% desde maio (10 milhões).

Os dados do IBGE fazem parte da pesquisa PNAD Covid-19, que usa uma metodologia diferente da do Caged, do Ministério da Economia. Os dados do Caged são coletados das empresas e abarcam o setor privado com carteira assinada, enquanto que os dados da PNAD Covid são obtidos por meio de pesquisa domiciliar, e abrangem também o setor informal da economia

Parcial de 2020

De janeiro a novembro deste ano, houve a geração de 227.025 empregos com carteira assinada. No mesmo período do ano passado, o Brasil registrou 948.344 contratações a mais do que demissões.

O resultado dos onze primeiros meses de 2020 é o pior para esse período desde 2016, quando foi registrado o fechamento líquido de 858.333 postos de trabalho com carteira assinada.

As demissões no acumulado do ano refletem o impacto da recessão na economia brasileira gerada pela pandemia de Covid-19.

A estimativa mais recente dos economistas dos bancos é de que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro vai cair 4,40% neste ano. Entretanto, nos últimos meses, dados já apontam para uma recuperação do nível de atividade e saída da recessão.

Segundo o Ministério da Economia, mesmo com o crescimento dos empregos formais nos últimos três meses, ainda não houve recuperação das perdas registradas entre março e junho deste ano. No período, o Brasil registrou 1,612 milhão de demissões a mais do que contratações.

De julho a novembro, foram abertas 1,49 milhão de vagas com carteira assinada.

De acordo com o ministro da Economia, Paulo Guedes, a criação de empregos formais, principalmente nos setores de serviços e comércio em novembro, mostra a retomada da economia. Na visão do ministro, esses foram os setores mais afetados pela pandemia.

Só o negacionismo pode negar os números, os números estão aí, um ano de criação líquida de empregos em plena pandemia. Eu não imagino que isso possa ter acontecido em qualquer outro país do mundo, pelo menos no mercado formal de trabalho. Seguimos preocupados com os invisíveis [informais] e vamos, aí na frente, cuidar disso também, disse.

Guedes também mandou um abraço afetuoso aos brasileiros pela “resiliência e pela fraternidade durante a pandemia e disse que a esperança, para 2021, é o início do processo de vacinação em massa.

"O que espero agora é que vocês tenham, se mantenham em boa saúde, celebrem a vida com as famílias e, para o ano que vem, nossa esperança e nosso trabalho vai ser a vacinação em massa pra salvar vidas, garantir um retorno seguro ao trabalho e garantir a retomada do crescimento econômico brasileiro", declarou.

Setores da economia

A movimentação das vagas de emprego nos diferentes setores da economia em novembro foi:

Emprego em outubro, por setor da economia
51.45751.45720.72420.724179.077179.077179.261179.261-15.353-15.353Indústria geralConstrução civilComércioServiçosAgropecuária-50k050k100k150k200k
Fonte: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged)

Por região

Segundo o Ministério da Economia, as cinco regiões do país registraram mais contratações do que demissões em novembro:

Emprego em novembro, por região

Número de vagas

215.059215.05971.87971.87992.61092.61019.42119.42116.18716.187SudesteNordesteSulCentro-OesteNorte025k50k75k100k125k150k175k200k225k250k
Fonte: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia

Programa de manutenção do emprego

Segundo o Ministério da Economia, o programa de manutenção do emprego, que possibilita a suspensão do contrato de trabalho e a redução de jornada com pagamento de uma complementação por parte do governo, ajudou a evitar a perda de vagas neste ano e, com isso, contribuiu para o resultado do emprego formal nos últimos meses.

De acordo com dados oficiais, 9,83 milhões de trabalhadores tiveram jornada reduzida ou contrato de trabalho suspenso ao longo dos últimos meses. A previsão do governo é de pagar R$ 34,2 bilhões neste ano dentro do programa. Até o momento, R$ 31,3 bilhões foram gastos. Parte dos valores serão pagos em 2021.

Bruno Bianco, secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, afirmou que ainda há restos a pagar do programa de manutenção do emprego em 2021, relativos a este ano, mas acrescentou que isso não significa que o programa será prorrogado no próximo ano.

[A eventual prorrogação] ainda passará por analise do ministro [Guedes] e do presidente da República. Daremos todos subsídios técnicos e estamos avaliando de maneira criteriosa se ainda há necessidade. Se precisaria de uma prorrogação do BEM [programa de manutenção do emprego], tudo isso depende de um orçamento extraordinário. Há restrições orçamentárias, pois estamos restritos ao ano de 2020. Estamos fazendo os estudos, que levaremos ao Guedes e ao presidente da República, concluiu.

------++-====-----------------------------------------------------------------------=================---------------------------------------------------------------------------------====-++------

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Coronavírus se espalha para a estação de pesquisa da Antártica

= =---____------- ===  ----                                            -----________::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::________                       --------- ====  -----------____---= =


Covid-19 atinge todos os seis continentes depois que 36 pessoas testaram positivo em uma base chilena. 
= =---____------- ===  ----                                            -----________::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::________                       --------- ====  -----------____---= =
TOPO
Por BBC  
22/12/2020 19h43  Atualizado há 3 horas
Postado em 22 de dezembro de 2020 às 22h45m



.|       .    Post.N.\9.604    .      |.
|||.__-_____    _____ ____    ______    ____- _||

Já houve casos de Covid-19 em todos os seis continentes. — Foto: Getty Images via BBC
Já houve casos de Covid-19 em todos os seis continentes. — Foto: Getty Images via BBC

O novo coronavírus atingiu o continente antártico, que até então estava livre da Covid-19.

O Exército chileno registrou 36 casos na estação de pesquisa Bernardo O'Higgins, dos quais 26 em militares e 10 em trabalhadores da manutenção. Todos foram levados de volta para o Chile.

A notícia chega poucos dias depois que a Marinha chilena confirmou três casos em um navio que havia levado suprimentos e pessoal para a estação.

Isso significa que, agora, casos da Covid-19 já foram registrados em todos os seis continentes.

O navio Sargento Aldea chegou à estação de pesquisa em 27 de novembro e navegou de volta ao Chile em 10 de dezembro.

Três de seus tripulantes testaram positivo ao retornar à base naval chilena em Talcahuano.

A Marinha do Chile disse que todos os que embarcaram na viagem à Antártica fizeram testes de PCR e todos os resultados foram negativos.

A estação de pesquisa Bernardo O'Higgins é uma das quatro bases permanentes que o Chile tem na Antártica e é operada pelo Exército.

O Chile é o sexto país mais afetado da América Latina, com mais de 585 mil casos confirmados de coronavírus.

'Nenhum país tem capacidade de tratar pessoas gravemente doentes'

O missão do Reino Unido na Antártica está reduzindo suas pesquisas por causa do coronavírus.

Em agosto, o país anunciou que apenas equipes essenciais retornariam ao continente após o inverno. Toda pesquisa de campo profundo foi adiada por um ano.

A missão britânica argumentou que não teria capacidade para tratar as pessoas que viessem a adoecer.

Por isso, após uma consulta a parceiros internacionais, decidiu adotar medidas rígidas para manter o coronavírus fora da região.

"Nenhuma nação tem instalações médicas para lidar com pessoas gravemente doentes", explicou a cientista Jane Francis, diretora da missão.

"Todos estão tomando medidas de precaução muito duras para garantir que qualquer atividade na Antártica neste ano seja a mais segura possível."

 Pinguins na Antártica em foto de janeiro de 2015 — Foto: AP Photo/Natacha Pisarenko, File
Pinguins na Antártica em foto de janeiro de 2015 — Foto: AP Photo/Natacha Pisarenko, File

Desafio logístico

O principal desafio logístico é a incerteza em torno das rotas aéreas.

Muitos dos que vão para a Antártica a cada temporada de verão o fazem viajando de avião para a África do Sul, a Austrália/Nova Zelândia ou o Chile.

Dali, pegam um novo voo ou um navio para cruzar o oceano até o continente.

Mas, com os corredores aéreos interrompidos no momento, estes tradicionais pontos de partida para o continente antártico não estão operando como deveriam.

A pandemia do coronavírus atingiu o mundo em meados da temporada de verão de 2019/2020.

Tirar todo o pessoal temporário do continente e trazê-lo para casa também provou ser uma dor de cabeça logística — e obrigou alguns cientistas e técnicos a enfrentar longas esperas e quarentena.

------++-====-----------------------------------------------------------------------=================---------------------------------------------------------------------------------====-++------

IPCA-15: prévia da inflação oficial sobe 1,06% em dezembro e fecha 2020 em 4,23%

= =---____------- ===  ----                                            -----________::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::________                       --------- ====  -----------____---= =


Foi a maior variação mensal do índice desde junho de 2018 (1,11%). Taxa em 12 meses ficou acima da meta central do governo para o IPCA em 2020, que é de 4%. Alimentos tiveram alta de 14,36% no ano.  
= =---____------- ===  ----                                            -----________::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::________                       --------- ====  -----------____---= =
Por Darlan Alvarenga, G1  
22/12/2020 09h00 Atualizado há 3 horas
Postado em 22 de dezembro de 2020 às 12h00m



.|       .    Post.N.\9.603    .     |.
|||.__-_____    _____ ____    ______    ____- _||

Movimentação de clientes em supermercado de São Paulo. — Foto: Bruno Rocha/Fotoarena/Estadão Conteúdo
Movimentação de clientes em supermercado de São Paulo. — Foto: Bruno Rocha/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Pressionado mais uma vez pelos preços dos alimentos, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), que é considerado uma prévia da inflação oficial do país, ficou em 1,06% em dezembro, após ter registrado avanço de 0,81% em novembro, informou nesta terça-feira (22) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com o resultado, o índice fechou o ano com aumento de 4,23%, indicando que a alta dos preços encerrará o ano pouco acima do centro da meta do governo para o IPCA em 2020, que é de 4%.

A alta de 4,23% em 2020 foi a maior taxa anual desde 2016 (6,58%). Em 2019, o acumulado do IPCA-15 foi de 3,91%.

IPCA-15, prévia da inflação oficial (variação mensal) — Foto: Economia G1
IPCA-15, prévia da inflação oficial (variação mensal) — Foto: Economia G1

A variação de 1,06% registrada em dezembro foi o maior índice mensal desde junho de 2018 (1,11%). Em dezembro de 2019, o IPCA-15 foi de 1,05%.

Apesar da aceleração, o resultado veio um pouco abaixo do esperado. A expectativa era de uma alta de 1,14%, segundo a mediana das estimativas de 26 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data. As projeções variavam de aumento de 0,98% a 1,30%.

Alimentos acumulam alta de 14,36% no ano

Segundo o IBGE, a maior alta em dezembro foi mais uma vez registrada pelo grupo alimentação e bebidas (2%), que respondeu por um impacto de 0,42 ponto percentual no índice geral. No acumulado no ano, a inflação dos alimentos foi de 14,36% – mais de o triplo do índice geral.

Entre os itens que mais subiram no mês, destaque para batata-inglesa (17,96%), óleo de soja (7%), carnes (5,53%), arroz (4,96%) e frutas (3,62%). Entre as quedas, ficaram mais baratos o tomate (-4,68%), o alho (-2,49%) e o leite longa vida (-0,74%).

Em dezembro, apenas o grupo vestuário apresentou deflação (-0,44%).

Veja o resultado de dezembro e em 2020 para cada um dos grupos:

  • Alimentação e bebidas: 2%/14,36%
  • Habitação: 1,50%/3,10%
  • Artigos de residência: 1,35%/5,29%
  • Vestuário: -0,44%/-1,75%
  • Transportes: 1,43%/1,36%
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,03%/1,11%
  • Despesas pessoais: 0,39%/0,97%
  • Educação: 0,34%/1,23%
  • Comunicação: 0,46%/3,22%
Energia elétrica e combustíveis mais caros

A segunda maior alta em dezembro veio do grupo habitação (1,50%), que contribuiu com 0,23 p.p. no índice do mês. A principal influência foi o aumento do item energia elétrica (4,08%), puxado pela volta da bandeira vermelha patamar 2 (com acréscimo de R$ 6,243 a cada 100 quilowatts-hora consumidos) após 10 meses consecutivos de bandeira verde, em que não há cobrança extra.

Os transportes (1,43%) apresentaram o segundo maior impacto no índice de dezembro (0,29 p.p.). A maior contribuição (0,14 p.p.) veio das passagens aéreas (28,31%). Além disso, os combustíveis (2,40%) registraram aumento frente a novembro, com destaque para a gasolina (2,19%) e o etanol (4,08%).

IPCA-15, prévia da inflação oficial (variação anual) — Foto: Economia G1
IPCA-15, prévia da inflação oficial (variação anual) — Foto: Economia G1

Todas as regiões tiveram alta em dezembro

Todas as regiões do pais pesquisadas apresentaram alta em dezembro, sendo o menor resultado registrado por Brasília (0,65%) e o maior em Porto Alegre (1,53%).

Meta de inflação e perspectivas

O ano de 2020 começou com o cenário de inflação baixa. Entretanto, em meados do ano os preços passaram a apresentar repique, com os alimentos subindo forte no final do ano em meio às exportações, fortalecimento do dólar e estímulo do auxílio emergencial.

Os analistas projetam uma inflação para 2020 acima da meta central do governo, de 4%. A expectativa do mercado para este ano passou 4,39%, de acordo com a última pesquisa Focus do Banco Central.

Apesar da aceleração nesta reta final do ano, a inflação oficial ainda está dentro do intervalo de tolerância existente. Pela regra vigente, o IPCA pode oscilar de 2,5% a 5,5% neste ano sem que a meta seja formalmente descumprida.

Para Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, o resultado de dezembro do IPCA-15 abaixo do esperado sugere revisões para as projeções do IPCA de dezembro e perspectiva deflacionária para janeiro.

Metas para a inflação estabelecidas pelo Banco Central — Foto: Aparecido Gonçalves/Arte G1
Metas para a inflação estabelecidas pelo Banco Central — Foto: Aparecido Gonçalves/Arte G1

A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic), atualmente em 2% – mínima histórica.

O mercado segue prevendo manutenção da taxa básica de juros neste patamar até o fim deste ano, subindo para 3% no final de 2021. Ou seja, a expectativa é que a Selic deve voltar a subir no ano que vem.

Para o IPCA de 2021, o mercado financeiro espera uma inflação de 3,37%. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,75% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2,25% a 5,25%.

O BC vem ainda mantendo a avaliação de que os choques atuais ligado à inflação deverão ser passageiros, ao mesmo tempo em que prevê retomada mais lenta no mercado de trabalho e na volta à normalidade após as restrições impostas pela pandemia do coronavírus, projetando crescimento da economia de 3,8% em 2021.

Na avaliação de economistas ouvidos pelo G1, espera-se que a inflação não registre em 2021 picos como os observados nos último meses. Mas, para permanecer dentro da meta central de 3,75%, o Banco Central terá de se posicionar de forma mais firme nos primeiros meses do ano, afirmam os analistas.

------++-====-----------------------------------------------------------------------=================---------------------------------------------------------------------------------====-++------