Total de visualizações de página

terça-feira, 10 de novembro de 2020

Negros com ensino superior têm mais dificuldade para encontrar trabalho qualificado

= =---____------- ===  ----                                            -----________::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::________                       --------- ====  -----------____---= =


Segundo estudo da consultoria IDados, 37,9% dos homens negros e 33,2% das mulheres negras com ensino superior estão em ocupações que exigem apenas nível fundamental ou médio.  
= =---____------- ===  ----                                            -----________::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::________                       --------- ====  -----------____---= =
Por Luiz Guilherme Gerbelli, G1  
10/11/2020 07h37 Atualizado há 12 horas
Postado em 10 de novembro de 2020 às 19h45m


|        .      Post.N.\9.535    .       |
|||.__-_____    _________    ______    ____- _|||

Os trabalhadores negros qualificados foram bastante penalizados pela piora do quadro do emprego no país nos últimos anos e compõem o grupo da população com mais dificuldade para atuar na carreira cursada no ensino superior. Diante desse cenário, acabam exercendo ocupações de menor qualidade.

Entre o primeiro trimestre de 2015 e 2020, a parcela dos trabalhadores negros sobre-educados – aqueles que cursaram ensino superior, mas atuam em cargos de nível médio ou fundamental – foi a que mais cresceu, mostra um estudo da consultoria IDados.

Carteira de trabalho — Foto: Mauro Pimentel/AFP/Arquivo
Carteira de trabalho — Foto: Mauro Pimentel/AFP/Arquivo

Pelo levantamento, 37,9% dos homens negros e 33,2% das mulheres negras estavam na condição de sobre-educados no primeiro trimestre deste ano. Em 2015, essa relação era mais baixa, de 33,6% e 27,3%, respectivamente.

Para os trabalhadores brancos, também houve uma piora, com o crescimento de pessoas sobre-educados, mas esse movimento foi observado em menor grau. Entre os homens, a fatia de brasileiros com ensino superior, mas que atuam em cargos menos exigentes passou de 27,2% para 29,6%. No recorte feminino, essa variação foi de 24,9% para 27,8%.

Diploma sem valor — Foto: Economia G1
Diploma sem valor — Foto: Economia G1

"A discriminação é, sem dúvida, um dos motivos do aumento de sobre-educados entre os negros. Há inúmeras evidências de que existe discriminação na hora da contratação quando o funcionário é negro", diz a pesquisadora do IDados e responsável pelo estudo, Ana Tereza Pires.

Há outras razões que ajudam a explicar o aumento mais intenso da quantidade de negros entre os sobre-educados. A política de cotas nas universidades, por exemplo, teve sucesso e ajudou a aumentar a quantidade de negros com diploma de ensino, mas o mercado de trabalho foi incapaz de absorver a chegada desses novos profissionais.

De 2011 a 2015, a quantidade de homens negros ocupados com ensino superior cresceu de 1,7 milhão para 2,7 milhões, enquanto as mulheres negras com diploma aumentou de 2,5 milhões para 4 milhões.

"A própria competitividade do mercado de trabalho também pode fazer com que um diploma não seja suficiente. Às vezes, a facilidade que é dada para o homem branco, por exemplo, de estudar numa escola particular, fazer cursos de inglês e ter outros treinamentos, pode se tornar um fator extra que acaba pesando na hora de o empregador tomar a decisão", diz Ana Tereza.

Um mapeamento realizado pelo Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert) em vários setores da economia também ajuda a identificar como a presença de trabalhadores negros é baixa nas áreas que demandam alta qualificação e especialização, mas cresce em atividades que não exigem diploma de nível superior.

No setor bancário, apenas 23,1% dos empregados formais são negros. Nas empresas aéreas, essa relação é de 29,7% e, no setor de óleo e gás, chega a 34,6%. Na outra ponta, a presença de negros é majoritária no setor de telemarketing (64,1%), limpeza urbana (55,4%), e segurança (52,9%).

"Não existe uma regra dentro da instituição que diga: não, não vamos contratar negros para a coordenação, não vamos colocar negros nos lugares de altos salários, diz o sociólogo e diretor do Ceert, Mario Rogério. "Existe uma informalidade que vai tirando alguns grupos de determinadas posições."

Homens brancos ganham mais que o dobro do que mulheres negras na mesma profissão
Homens brancos ganham mais que o dobro do que mulheres negras na mesma profissão

Demitida na pandemia

Formada em biblioteconomia, Tabata Alves da Silva, 32 anos, foi demitida de uma empresa do setor de educação no início deste ano por causa da pandemia provocada pelo coronavírus. Hoje, trabalha como operadora de negócios.

"Eu fiquei desempregada no início da pandemia em junho. Há 15 dias, comecei a trabalhar como operadora de negócios, que é como uma operadora de telemarketing", diz.

Desemprego bate recorde no trimestre encerrado em agosto
Desemprego bate recorde no trimestre encerrado em agosto

Ao longo da sua carreia, Tabata já passou por empresas grandes empresas nacionais e por multinacionais e diz que a dificuldade que mais enfrentou foi subir de posições na carreira. Agora, com um emprego de mais baixa qualidade, o que ela recebe de salário só é suficiente para pagar o aluguel.

"Quando eu perdi o trabalho, tinha algumas dívidas e parte do dinheiro (da rescisão) foi para quitá-las. Considerando o salário que recebo, ele não cobre metade dos custos que eu tenho. Só pago o aluguel", afirma. "O que está segurando as pontas é uma reserva financeira."

Morando em São João da Boa Vista, Tabata diz que é difícil encontrar vagas na sua área no interior de São Paulo, mas espera se restabelecer nos próximos meses.

"Aparecerem algumas vagas na capital, em São Paulo, mas a concorrência é enorme", afirma. "O meu plano é que eu consiga me reestruturar daqui a seis meses e encontrar um outro trabalho para equilibrar as minhas contas." 
Novas práticas

Nos últimos meses, algumas empresas optaram por iniciar processos seletivos exclusivos para contratar trabalhadores negros.

Em julho, a Ambev abriu programa de estágio para recrutar 80 universitários negros. Em setembro, a Magazine Luiza também anunciou um programa de trainee destinados para trabalhadores negros.

A decisão das empresas de abrir processos seletivos para negros levou a uma discussão sobre a legalidade do processo, mas as medidas foram endossadas por advogados.

"As ações afirmativas vão sendo o caminho para mudar essa realidade de alguma forma", afirma Mario, Ceert. "Essa realidade só pode ser superada por meio de ações direcionadas e específicas."

------++-====-----------------------------------------------------------------------=================---------------------------------------------------------------------------------====-++------

China coloca em órbita o primeiro satélite com tecnologia 6G do mundo

= =---____------- ===  ----                                            -----________::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::________                       --------- ====  -----------____---= =


Esse tipo de conexão de internet móvel é até 100 vezes mais rápido que a do 5G, disponível no mercado; segundo a estatal CGTN, ele deve operar no rastreio e prevenção de desastres ambientais. 
= =---____------- ===  ----                                            -----________::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::________                       --------- ====  -----------____---= =
Por G1  
10/11/2020 16h05  Atualizado há uma hora
Postado em 10 de novembro de 2020 às 17h10m



|        .      Post.N.\9.534    .       |
|||.__-_____    _________    ______    ____- _|||
China lança satélite 6G
China lança satélite 6G

A China colocou em órbita o primeiro satélite com tecnologia 6G do mundo nesta terça-feira (10). O equipamento foi transportado com a ajuda de um foguete descartável feito inteiramente pelo país asiático.

Segundo a emissora estatal de notícias CGTN, essa nova tecnologia de transmissão de dados é 100 vezes mais rápida que a atual 5G.

O satélite será usado para a construção de cidades inteligentes, prevenção de desastres e proteção do meio ambiente.

A China é uma das primeiras potências a desenvolver também o sinal 5G, que começa a ser implementada ao redor do mundo.

Guerra comercial

Os Estados Unidos travam uma guerra comercial com a China para que eles sejam os responsáveis pelo fornecimento desta tecnologia para diversos países, inclusive o Brasil.

A internet móvel de quinta geração, o 5G, promete ser até dez vezes mais rápida do que o 4G. Além da maior velocidade, conexões mais estáveis e consumo de energia 90% menor do que o 4G.

A tecnologia vai integrar diversas máquinas que utilizem o 5G, como celulares, notebooks, eletrodomésticos e veículos, permitindo o desenvolvimento de casas e cidades inteligentes, com a interligação de sistema de iluminação pública, tráfego, transporte público, por exemplo.

------++-====-----------------------------------------------------------------------=================---------------------------------------------------------------------------------====-++------

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Equipe de transição de Biden anuncia conselho consultivo contra Covid; brasileira está na lista

= =---____------- ===  ----                                            -----________::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::________                       --------- ====  -----------____---= =


Luciana Borio é pesquisadora sênior de saúde global do Conselho de Relações Exteriores dos EUA e especializada em biodefesa, segundo comunicado. Veja perfil da brasileira. 
= =---____------- ===  ----                                            -----________::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::________                       --------- ====  -----------____---= =
Por G1  
09/11/2020 11h14  Atualizado há 4 horas
Postado em 09 de novembro de 2020 às 15h15m



|        .      Post.N.\9.533    .       |
|||.__-_____    _________    ______    ____- _|||
Joe Biden e Kamala Harris no discurso em que a dupla comemorou a vitória nas eleições dos EUA — Foto: ANDREW HARNIK/REUTERS via BBC
Joe Biden e Kamala Harris no discurso em que a dupla comemorou a vitória nas eleições dos EUA — Foto: ANDREW HARNIK/REUTERS via BBC

A equipe de transição do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta segunda-feira (9) o conselho consultivo para o combate à Covid-19. Entre os membros anunciados está a brasileira Luciana Borio.

Borio é pesquisadora sênior de saúde global do Conselho de Relações Exteriores dos EUA, ex-diretora de preparação médica e de biodefesa do Conselho de Segurança Nacional do país e ex-cientista-chefe interina da FDA (sigla em inglês para Food and Drug Administration), órgão equivalente à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) veja mais abaixo.

A equipe de especialistas em saúde pública vai aconselhar Biden, a vice-presidente, Kamala Harris, e a equipe de transição do governo para enfrentar a pandemia. O conselho consultivo será liderado pelos copresidentes David Kessler, Vivek Murthy e Marcella Nunez-Smith.

"Lidar com a pandemia do coronavírus é uma das batalhas mais importantes que nosso governo enfrentará, e serei guiado pela ciência e por especialistas", afirmou Biden no comunicado.

Segundo o presidente eleito dos EUA, o conselho consultivo "ajudará a moldar a abordagem para gerenciar o aumento nas infecções relatadas; garantir que as vacinas sejam seguras, eficazes e distribuídas de forma eficiente, equitativa e gratuita; e proteger as populações em risco".

Na campanha, Biden prometeu uma estratégia completamente diferente da adotada por Donald Trump, a começar por garantir que as decisões de saúde pública seriam amparadas na ciência e informadas por profissionais da área. Essa era uma das principais promessas do democrata.

Biden diz que vai nomear força-tarefa contra Covid-19 nos EUA
Biden diz que vai nomear força-tarefa contra Covid-19 nos EUA

Pandemia nos EUA

Atual presidente americano e derrotado por Biden na disputa eleitoral, Donald Trump chegou a dizer em março que o coronavírus iria simplesmente "desaparecer". No final de outubro, o chefe de gabinete de Trump afirmou "não vamos controlar a pandemia" e voltou a comparar o vírus com a da gripe.

São mais de 10 milhões de casos no país, e o número óbitos passa de 237 mil. Na sequência, vêm Índia (8,5 milhões e 126 mil, respectivamente) e Brasil (5,6 milhões e 162 mil).

Além dos copresidentes e da cientista brasileira, o conselho terá como membros Rick Bright, Ezekiel Emanuel, Atul Gawande, Celine Gounder, Julie Morita, Michael Osterholm, Loyce Pace, Robert Rodriguez e Eric Goosby.

Quem é Luciana Borio

Luciana Borio, em foto de setembro de 2014 — Foto: Alex Wong/Getty Images North America/Getty Images via AFP/Arquivo
Luciana Borio, em foto de setembro de 2014 — Foto: Alex Wong/Getty Images North America/Getty Images via AFP/Arquivo

O comunicado da equipe de transição de Biden diz que Borio é especialista em biodefesa, doenças infecciosas emergentes, desenvolvimento de produtos médicos e emergências complexas de saúde pública.

A cientista brasileira é pesquisadora sênior de saúde global do Conselho de Relações Exteriores americano e já foi diretora de preparação médica e de biodefesa do Conselho de Segurança Nacional do país e cientista-chefe interina da FDA.

Borio também já foi diretora do escritório de contraterrorismo e de ameaças emergentes e comissária assistente para política de contraterrorismo do Conselho de Segurança Nacional, segundo o comunicado da equipe de transição de Biden.

Alerta de 2018

Borio vive desde o fim da década de 1980 nos EUA, segundo a BBC, e era assessora da Casa Branca em maio de 2018 quando alertou, durante um simpósio, que uma pandemia de gripe seria a principal ameaça à segurança sanitária do país.

"Estamos preparados para responder a uma pandemia? Receio que a resposta seja não", afirmou Borio durante uma palestra para marcar os 100 anos da pandemia de gripe espanhola, de acordo com a BBC.

Naquele mês, Trump decidiu fechar o departamento que era chefiado por Borio e que seria responsável pela resposta a uma nova pandemia. Em março de 2020, o presidente americano afirmou que "ninguém sabia que haveria uma pandemia ou epidemia dessa proporção".

------++-====-----------------------------------------------------------------------=================---------------------------------------------------------------------------------====-++------

Economistas do mercado elevam estimativa de inflação para 3,20% em 2020

= =---____------- ===  ----                                            -----________::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::________                       --------- ====  -----------____---= =


Projeção anterior era de 3,02%. Economistas ouvidos pelo Banco Central ainda reduziram a previsão de queda do PIB neste ano, para 4,80%.  
= =---____------- ===  ----                                            -----________::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::________                       --------- ====  -----------____---= =
Por Alexandro Martello, G1 — Brasília  
09/11/2020 08h35 Atualizado há 3 horas
Postado em 09 de novembro de 2020 às 11h40m


|        .      Post.N.\9.532    .       |
|||.__-_____    _________    ______    ____- _|||

Os economistas do mercado financeiro elevaram sua estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, de 3,02% para 3,20% em 2020. Essa foi a décima terceira alta seguida no indicador.

A expectativa faz parte do boletim de mercado conhecido como relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (9) pelo Banco Central (BC). Os dados foram levantados na semana passada em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.

No decorrer do ano, com a pandemia do novo coronavírus e a recessão na economia brasileira, o mercado baixou a estimativa de inflação. Nos últimos meses, porém, com a alta do dólar e com a retomada da economia, os preços voltaram a subir.

Em setembro, a inflação oficial do país avançou 0,64%, a maior alta para o mês desde 2003. Em outubro, subiu para 0,86%, a maior desde 2002.

Apesar da alta, a expectativa de inflação do mercado para este ano segue abaixo da meta central, de 4%, e acima do piso do sistema de metas, que é de 2,5% em 2020.

Pela regra vigente, o IPCA pode oscilar de 2,5% a 5,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. Quando a meta não é cumprida, o BC tem de escrever uma carta pública explicando as razões.

A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).

Para 2021, o mercado financeiro subiu de 3,11% para 3,17% sua previsão de inflação. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,75% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2,25% a 5,25%.

Retração da economia

Sobre o comportamento da economia brasileira em 2020, os economistas do mercado financeiro baixaram sua estimativa de tombo do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,81% para 4,80% na semana passada.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.

PREVISÕES DO MERCADO PARA O PIB DE 2020
(EM %)
04/01/201929/03/201905/06/201901/08/201920/11/201919/02/202013/03/202027/03/202009/04/202024/04/202008/05/202022/05/202005/06/202019/06/202003/07/202017/07/202031/07/202014/08/202028/08/202011/09/202025/09/202009/10/202023/10/202006/11/20200-7,5-5-2,52,55
Fonte: BANCO CENTRAL

Na última semana, o mercado baixou de 3,34% para 3,31% a estimativa de expansão do PIB para 2021.

A expectativa para o nível de atividade foi feita em meio à pandemia do novo coronavírus, que tem derrubado a economia mundial e colocado o mundo no caminho de uma recessão. Nos últimos meses, porém, indicadores têm mostrado uma retomada da economia brasileira.

  • Taxa básica de juros

Após a manutenção da taxa básica de juros em 2% ao ano no fim de outubro, o mercado segue prevendo estabilidade na Selic neste patamar até o fim deste ano.

Para o fim de 2021, a expectativa do mercado ficou estável em 2,75% ao ano. Isso quer dizer que os analistas seguem estimando alta dos juros no ano que vem.

Outras estimativas

  • Dólar: a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2020 permaneceu estável em R$ 5,45. Para o fechamento de 2021, continuou em R$ 5,20 por dólar.
  • Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2020 caiu de US$ 58,70 bilhões para US$ 57,90 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado permaneceu em US$ 55 bilhões de superávit.
  • Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano continuou em US$ 50 bilhões. Para 2021, a estimativa permaneceu estável em US$ 65 bilhões.
------++-====-----------------------------------------------------------------------=================---------------------------------------------------------------------------------====-++------

Após vitória de Biden, dólar tem dia de volatilidade e fecha estável

= =---____------- ===  ----                                            -----________::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::________                       --------- ====  -----------____---= =


Nesta segunda-feira (9), moeda dos EUA fechou estável, com recuo de 0,08%, cotada a R$ 5,3877.  
= =---____------- ===  ----                                            -----________::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::________                       --------- ====  -----------____---= =
Por G1  
09/11/2020 09h04 Atualizado há 25 minutos
Postado em 09 de novembro de 2020 às 10h00m



|        .      Post.N.\9.531    .       |
|||.__-_____    _________    ______    ____- _|||
Notas de dólar — Foto: REUTERS/Dado Ruvic
Notas de dólar — Foto: REUTERS/Dado Ruvic

O dólar teve um dia de volatilidade nesta segunda-feira (9) e fechou estável (recuo de 0,08%), cotado a R$ 5,3877, com a vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais americanas, apesar da recusa de Donald Trump a reconhecer a derrota. Também impactou análise preliminar que apontou que a vacina da Pfizer contra Covid-19 é mais de 90% eficaz.

Na mínima do dia, a moeda norte-americana chegou a R$ 5,2247 e na máxima, a R$ 5,4252. Veja mais cotações.

Na parcial do mês, o dólar acumula queda de 6,10%. No ano, ainda tem alta de 34,36%.

 
Cenário externo e local

"Há coisas boas e ruins (para os mercados financeiros) com a vitória de Biden, mas ao menos o risco de um processo eleitoral prolongado desapareceu", declarou Shoji Hirakawa, estrategista do Instituto de Pesquisas Tokai Tokio.

Os mercados repercutiam também o anúncio da Pfizer, informando que sua vacina experimental é mais de 90% eficaz na prevenção à Covid-19, segundo dados iniciais do estudo da fase 3.

"Isto é muito importante (notícia) porque valida a visão do mercado de que a economia e os resultados podem voltar àquele caminho de crescimento que tinham antes da crise (COVID-19) ter ocorrido", disse Andrea Cicione, chefe de estratégia da TS Lombard de Londres.

O otimismo vem dominando os mercados desde quarta-feira da semana passada, com os investidores aliviados com os resultados das eleições nos Estados Unidos, diante da percepção de que o equilíbrio de poder que se perfila entre republicanos e democratas no Congresso dificultará a execução de grandes mudanças, incluindo um aumento de impostos, um endurecimento das regulamentações ou controle mais rigoroso de grandes empresas.

Entre os investidores, há também a percepção de que as políticas de Biden colaborariam para um dólar globalmente mais fraco, principalmente com a expectativa de aprovação de novas medidas de auxílio fiscal na maior economia do mundo, o que pode dar apoio a moedas de países emergentes.

Embora o índice do dólar contra uma cesta de moedas fortes apresentasse leve alta de 0,12%, a divisa norte-americana apresentava amplas perdas contra algumas das principais moedas arriscadas, como peso mexicano, lira turca, rand sul-africano e dólar australiano.

Biden disse que convocará uma força-tarefa sobre coronavírus nesta segunda-feira para examinar o problema número 1 que enfrentará quando assumir o cargo em janeiro.

Na agenda de indicadores domésticos, os economistas do mercado financeiro elevaram sua estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, de 3,02% para 3,20% em 2020. Já a projeção para tombo do PIB no ano foi revisada de 4,81% para 4,80%. O mercado segue prevendo estabilidade na Selic em 2% ano até o fim de 2020 e taxa de câmbio de R$ 5,45 no final do ano.

Por aqui, permanecem, porém preocupações em torno da trajetória da dívida pública, com os investidores à espera de uma indicação clara sobre se o governo respeitará ou não seu teto de gastos. A principal dúvida é sobre como um pacote de auxílio social seria financiado diante de um orçamento apertado para 2021, e se o governo conseguirá dar prosseguimento à agenda de reformas estruturais.

Esse cenário, somado ao patamar extremamente baixo da taxa Selic e a um crescimento econômico fraco, ajudam a explicar a forte alta dólar no ano ante o real.

Biden promete criar força-tarefa para combater a nova onda de Covid-19 nos EUA
Biden promete criar força-tarefa para combater a nova onda de Covid-19 nos EUA


Variação do dólar em 2020 — Foto: G1
Variação do dólar em 2020 — Foto: G1

------++-====-----------------------------------------------------------------------=================---------------------------------------------------------------------------------====-++------