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segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Como retorno do La Niña ameaça clima no mundo

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Organização Meteorológica Mundial anuncia que novo episódio de fenômeno provavelmente terá efeito de resfriamento em temperaturas globais.
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TOPO
Por BBC  
02/11/2020 07h41 Atualizado há 5 horas
Postado em 02 de novembro de 2020 às 12h45m



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Imagem mostra as águas mais frias do Pacífico que caracterizam La Niña — Foto: Nasa
Imagem mostra as águas mais frias do Pacífico que caracterizam La Niña — Foto: Nasa

Um novo episódio do fenômeno meteorológico La Niña está se desenvolvendo no Oceano Pacífico e está previsto para ser de "moderado a forte", anunciou a Organização Meteorológica Mundial (OMM).

O fenômeno, que ocorre naturalmente, causa resfriamento em grande escala na temperatura da superfície do oceano.

Este episódio, previsto para durar até o primeiro trimestre de 2021, provavelmente terá um efeito de resfriamento nas temperaturas globais.

Mas isso não impedirá que 2020 seja um dos anos mais quentes já registrados.

O La Niña é descrito como uma das três fases do padrão climático conhecido como El Niño-Oscilação Sul (Enso).

Isso inclui a fase quente chamada El Niño, a fase mais fria (La Niña) e uma fase neutra.

O La Niña se desenvolve quando ventos que sopram sobre o Pacífico empurram as águas quentes da superfície para o oeste, em direção à Indonésia.

Em seu lugar, as águas mais frias do oceano profundo sobem à superfície.

Isso causa grandes mudanças climáticas em diferentes partes do mundo.

Há 55% de chance de que as condições persistam no primeiro trimestre do próximo ano — Foto: Nasa
Há 55% de chance de que as condições persistam no primeiro trimestre do próximo ano — Foto: Nasa

Normalmente, o La Niña significa que países como a Indonésia e a Austrália devem receber muito mais chuva do que o normal, e uma monção mais ativa no sudeste da Ásia.

É provável que ocorram mais tempestades ​​no Canadá e no norte dos EUA, inclusive causando neve.

Ao mesmo tempo, os Estados do sul dos EUA podem ser afetados pela seca.

A última vez em que um evento tão intenso como este ocorreu foi em 2010-2011.

A OMM afirma que há agora cerca de 90% de chance de que as temperaturas do Pacífico tropical permanecerão nos níveis do La Niña até o fim deste ano.

Há ainda 55% de chance de que as condições persistam também no primeiro trimestre de 2021.

Embora um evento de La Niña normalmente tenha um efeito de resfriamento no mundo, é improvável que isso tenha muito impacto em 2020.

"O La Niña normalmente tem um efeito de resfriamento nas temperaturas globais, mas isso é compensado pelo calor retido em nossa atmosfera pelos gases do efeito estufa", disse o professor Petteri Taalas da OMM.

"O ano de 2020, portanto, ainda está a caminho de ser um dos anos mais quentes já registrados e espera-se que 2016-2020 seja o período de cinco anos mais quentes já aferidos", disse ele.

"Os anos de La Niña agora são ainda mais quentes do que no passado, com eventos intensos de El Niño", explicou.

Um aspecto importante do La Niña é o efeito que pode ter no resto da temporada de furacões no Atlântico — Foto: NOAA
Um aspecto importante do La Niña é o efeito que pode ter no resto da temporada de furacões no Atlântico — Foto: NOAA

A OMM afirma que está anunciando o La Niña agora para dar aos governos a oportunidade de começar um planejamento em áreas-chave, como gestão de desastres e agricultura.

Um aspecto importante do La Niña é o efeito que ele pode ter no restante da temporada de furacões no Atlântico.

Um evento La Niña reduz o cisalhamento do vento, que é a mudança dos ventos entre a superfície e as camadas superiores da atmosfera.

Isso permite que os furacões cresçam.

A temporada de furacões termina no dia 30 de novembro, e, até agora, ocorreram 27 tempestades tropicais, duas a mais do que as 25 previstas pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA).

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Trem é salvo por escultura de rabo de baleia na Holanda

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Nome da escultura é 'Salvo por um rabo de baleia', mas ela não tinha como propósito ser uma barreira para evitar a queda do trem.  
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Por G1  
02/11/2020 13h06 Atualizado há uma hora
Postado em 02 de novembro de 2020 às 14h10m



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Trem saiu dos trilhos, mas foi amparado por uma escultura em Roterdã, na Holanda — Foto: Eva Plevier/Reuters
Trem saiu dos trilhos, mas foi amparado por uma escultura em Roterdã, na Holanda — Foto: Eva Plevier/Reuters

Um trem que circula em uma estrutura elevada saiu dos trilhos na manhã desta segunda-feira (2) na cidade de Roterdã, na Holanda, e só não caiu porque foi amparado por uma escultura de um rabo de baleia.

Imagem de trem que saiu dos trilhos em Roterdã em 2 de novembro de 2020 — Foto: Eva Plevier/Reuters
Imagem de trem que saiu dos trilhos em Roterdã em 2 de novembro de 2020 — Foto: Eva Plevier/Reuters

O condutor não ficou ferido. A composição não levava passageiros.

Imagem do trem que quase caiu em Roterdã, em 2 de novembro de 2020 — Foto: Eva Plevier/Reuters
Imagem do trem que quase caiu em Roterdã, em 2 de novembro de 2020 — Foto: Eva Plevier/Reuters

A estátua tem o nome Salvo por um rabo de baleia, mas a intenção da peça não era servir como arrimo do trem.

O carro de trem suspenso era visível da rua --os engenheiros estudam como tirá-lo de lá.

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domingo, 1 de novembro de 2020

Perda de biodiversidade ameaça acesso a medicamentos

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Pesquisadores dizem que, sem plantas e fungos medicinais, o futuro da saúde humana corre sério risco. 
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TOPO
Por Deutsche Welle  
30/10/2020 12h06 Atualizado há 2 dias
Postado em 01 de novembro de 2020 às 14h00m


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Palntas e fungos fazem parte da cadeia de produção de medicamentos — Foto: Unsplash
Palntas e fungos fazem parte da cadeia de produção de medicamentos — Foto: Unsplash

A destruição de ecossistemas coloca recursos essenciais para a saúde humana em risco. Mais de um terço dos medicamentos modernos é derivado de produtos naturais, como plantas, microrganismos e animais. Antigamente, o etnobotânico etíope Ermias Lolekal Molla costumava coletar kosso, ou sequoia africana, não muito longe de Adis Abeba, capital da Etiópia. A casca, as folhas e a raiz da árvore em forma de guarda-chuva são comumente usadas para tratar verminoses e disenteria, num país onde menos da metade da população tem acesso à água potável.

Agora, ele leva alguns dias até chegar a uma área rural onde pode encontrar kosso selvagem, já que o habitat da floresta local onde a árvore crescia está encolhendo como resultado do desmatamento.

"Essas plantas precisam urgentemente de atenção no sentido de conservá-las", disse Molla à DW, observando que as espécies não são importantes apenas por suas propriedades curativas, mas também por reduzir a erosão e formar parte de um importante reservatório de carbono.

Kosso é uma entre pelo menos 60 mil plantas e fungos no mundo todo conhecidos por agregar valor medicinal. Ela também pertence a um grupo maior que corre o risco de se extinguir completamente: só nos últimos quatro anos, o número de plantas e fungos ameaçados de extinção dobrou para 40%. E isso envolve apenas as espécies que conhecemos.

Medicamentos essenciais sob ameaça

Pesquisadores como Molla dizem que, sem essas plantas e fungos medicinais, o futuro da saúde humana corre sério risco.

Mais de um terço dos medicamentos modernos é derivado direta ou indiretamente de produtos naturais, como plantas, microrganismos e animais, e entre 60% e 80% dos antibióticos e medicamentos anticâncer se originam de compostos químicos encontrados no mundo natural.

Longe de serem prerrogativa de um nicho de tradições de cura, as plantas medicinais e os fungos são fundamentais para a farmacologia moderna, diz João Calixto, professor aposentado de Farmacologia e diretor do Centro de Inovação e Ensaios Pré-clínicos (CIEnP), entidade sem fins lucrativos localizada em Florianópolis, Santa Catarina.

"Se olharmos para a história do desenvolvimento da medicina moderna, ela foi quase inteiramente baseada no estudo de plantas medicinais e microrganismos, especialmente para a fabricação de agentes anti-infecciosos", disse Calixto à DW.

Morfina e codeína, por exemplo, que estão entre os analgésicos mais consumidos, derivam da flor da papoula; o paclitaxel (taxol) é um medicamento quimioterápico comumente usado e obtido a partir da casca do teixo do Pacífico; a penicilina, um dos primeiros antibióticos, deriva de um mofo; e remédios para reduzir o colesterol se baseiam nas propriedades encontradas em fungos.

Todos eles são um recurso vital para uma indústria farmacêutica global avaliada em cerca de 1,1 trilhão de dólares e um comércio global de espécies de plantas aromáticas e medicinais no valor de 3,3 bilhões de dólares. 

Uso não sustentável e perda de habitat

Danna Leaman, presidente da Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) de espécies de plantas medicinais ameaçadas de extinção, faz parte de um grupo de conservacionistas que há décadas se preocupa com questão da extração insustentável. Ela alerta, porém, que a perda de habitat é apenas parte da história.

"A perda de habitat é a principal ameaça que essas espécies enfrentam", disse Leaman à DW.

O desmatamento, visando abrir espaço para a agricultura, e a expansão das cidades em áreas ricas em biodiversidade, como Brasil, Etiópia, Índia e América do Norte, dizimaram grandes áreas de floresta e habitats selvagens onde essas plantas e fungos são encontrados.

"Tem havido pouca, mas muito pouca consciência sobre a real e potencial ameaça ao provimento dessas espécies, das quais as empresas farmacêuticas e de produtos herbais dependem e das quais as pessoas dependem para sua saúde", disse Leaman.

Dado que 80% dessas plantas são colhidas na natureza e de fontes que se esgotam rapidamente, uma solução aparentemente lógica seria o cultivo.

Embora isso seja eficaz e necessário para uma pequena parcela de plantas medicinais em alta demanda do mundo, como a equinácea, Leaman diz que é arriscado e irreal propor o cultivo como uma panaceia para o aumento da demanda e a diminuição dos ambientes naturais.

"Se pensarmos na devastação que a conversão de habitats nativos em espaços destinados à agricultura criou, trazer para o cultivo tantas espécies nativas de florestas e outros habitats selvagens criariam ainda mais pressão sobre esses habitats", aponta Leaman, acrescentando que o tempo e o esforço necessário para pesquisar e criar essas espécies é "enorme" e totalmente em desacordo com o nível atual de atenção global que está sendo dado às plantas medicinais e fungos.

Isso sem mencionar os problemas inerentes à dependência de uma amostra genética limitada de uma determinada espécie, sobretudo à luz de como seus parentes selvagens são mal tratados, diz Leaman.

Saúde pública em risco

Além de seu valor direto para a saúde humana, muitas dessas plantas medicinais desempenham um papel crucial no apoio à biodiversidade – um fator determinante na saúde humana.

A Prunus africana, ou cereja africana, uma árvore nativa das regiões montanhosas da África tropical e de Madagascar, é uma dessas espécies-chave, responsável por ajudar uma série de outras plantas, animais e organismos a prosperar no ecossistema imediato. Colhida devido ao papel medicinal de sua casca no tratamento de problemas de próstata, a Prunus africana também é uma espécie de planta ameaçada de extinção.

Conforme delineou recentemente a Organização das Nações Unidas (ONU) em sua avaliação histórica da biodiversidade – que mostrou, aliás, que o mundo não conseguiu atingir por completo nenhuma das 20 metas globais de biodiversidade estabelecidas há 10 anos – , uma população humana saudável depende totalmente de ecossistemas saudáveis e ricos em biodiversidade.

Ao danificar esses ecossistemas e as espécies de plantas medicinais que vivem neles, não apenas diminui-se o acesso às matérias-primas para a descoberta de drogas, biotecnologia e modelos médicos, mas também são criadas as condições para a propagação de vírus a partir de animais selvagens para humanos.

Proteger ambientes saudáveis é "absolutamente essencial" para a descoberta de medicamentos em potencial, alerta Leaman. "De onde virá o próximo tratamento para leucemia? E o tratamento para Covid-19?"

"Isso determina a nossa capacidade de ter acesso não apenas às fontes de medicamentos nas quais confiamos e conhecemos, mas também às fontes que ainda desconhecemos", argumentou.

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sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Desemprego no Brasil atinge recorde de 14,4% no trimestre encerrado em agosto, diz IBGE

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Número de desempregados no país aumenta 1,1 milhão em 3 meses e chega a 13,8 milhões. Em 1 ano, Brasil perdeu 12 milhões de postos de trabalho e viu população ocupada encolher para o menor contingente já registrado pela pesquisa, iniciada em 2012.  
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Por Darlan Alvarenga e Daniel Silveira, G1  
30/10/2020 09h00 Atualizado há 47 minutos
Postado em 30 de outubro de 2020 às 11h00m


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Desemprego no Brasil bate recorde e chega a 14,4% da população
Desemprego no Brasil bate recorde e chega a 14,4% da população

O desemprego no Brasil saltou para uma taxa recorde de 14,4% no trimestre encerrado em agosto. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a maior taxa já registrada na série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.

Esse aumento da taxa está relacionado ao crescimento do número de pessoas que estavam procurando trabalho. No meio do ano, havia um isolamento maior, com maiores restrições no comércio, e muitas pessoas tinham parado de procurar trabalho por causa desse contexto. Agora, a gente percebe um maior movimento no mercado de trabalho em relação ao trimestre móvel encerrado em maio, afirmou a analista da pesquisa, Adriana Beringuy.

O índice de 14,4% corresponde a um aumento de 1,6 ponto percentual em relação ao trimestre encerrado em maio (12,9%), e de 2,6 pontos percentuais frente ao mesmo intervalo do ano passado. O resultado ficou acima da mediana das expectativas de 28 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, que apontava para uma alta da taxa para 14,2%.

Os dados mostram que foram fechados 4,3 milhões de postos de trabalho em apenas 3 meses, levando o total de desempregados a 13,8 milhões de pessoas, um aumento de 8,5% frente ao trimestre anterior.

"São cerca de 1,1 milhão de pessoas a mais à procura de emprego frente ao trimestre encerrado em maio", destacou o IBGE. No mesmo trimestre de 2019, o país tinha 12,6 milhões de desempregados.

Desemprego em agosto/2020 — Foto: Economia G1
Desemprego em agosto/2020 — Foto: Economia G1

Apesar o salto do número de desempregados no país, o recorde da série foi registrado no trimestre encerrado em março de 2017, quando o número de desocupados em busca de um trabalho chegou a 14,1 milhões.

Além do desemprego recorde, a pesquisa do IBGE mostra que:

  • O país atingiu o menor número histórico de trabalhadores ocupados
  • O nível de ocupação no mercado de trabalho atingiu o menor patamar histórico
  • Em 12 meses, o país perdeu 12 milhões de postos de trabalho, considerando todas as formas de atuação no mercado de trabalho
  • Das 4,3 milhões de vagas perdidas em 3 meses, metade era de carteira assinada
  • Segmentos de comércio, alojamento e alimentação foram os que mais perderam vagas
  • O número de trabalhadores informais é o menor de toda a série histórica da pesquisa
  • Contingente de trabalhadores domésticos (4,6 milhões de pessoas) também é o menor da série
Pnad Covid

Na semana passada, o IBGE mostrou que o desemprego diante da pandemia do novo coronavírus bateu recorde em setembro, chegando a uma taxa de 14%, mas trata-se de uma pesquisa com uma outra metodologia e que não é comparável aos dados da Pnad Contínua, que é usada como indicador oficial do desemprego no país.

População ocupada cai para nova mínima histórica

A população ocupada no Brasil encolheu 5% em 3 meses, recuando para 81,7 milhões, nova mínima histórica da série. O número representa uma redução de 4,3 milhões pessoas em relação ao trimestre encerrado. Já em 12 meses, o país perdeu 12 milhões de postos de trabalho, considerando todas as formas de atuação no mercado de trabalho.

Aumentou também a fatia de brasileiros que não está trabalhando. O nível de ocupação (46,8%) atingiu o patamar mais baixo da série histórica, com queda de 2,7 pontos percentuais ante o trimestre anterior (49,5%), quando, pela primeira vez na história da pesquisa menos da metade da população em idade de trabalhar estava ocupada.

O cenário que temos agora é da queda da ocupação em paralelo com o aumento da desocupação. As pessoas continuam sendo dispensadas, mas essa perda da ocupação está sendo acompanhada por uma maior pressão no mercado, afirma a pesquisadora.

Ou seja, o aumento da procura por um emprego acontece em meio a um cenário em que o país continuou eliminando postos de trabalho.

A população fora da força de trabalho (79,1 milhões de pessoas) também bateu recorde, com altas de 5,6% (mais 4,2 milhões de pessoas) em relação ao trimestre anterior e de 21,9% (mais 14,2 milhões de pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2019.

Já a população subutilizada foi estimada em 33,3 milhões de pessoas, também foi recorde, subindo 9,7% (mais 3 milhões de pessoas) frente ao trimestre móvel anterior e 20% (mais 5,6 milhões de pessoas) contra o mesmo trimestre de 2019. A taxa composta de subutilização saltou para 30,6%, ante 27,5% no trimestre encerrado em maio.

Desalento também é recorde

Apesar do maior número pessoas que passaram a buscar um trabalho, a população desalentada (que desistiu de procurar emprego) somou 5,9 milhões e também renovou recorde, com alta de 8,1% (mais 440 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e de 24,2% (mais 1,1 milhão de pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2019. 

O percentual de desalentados em relação à população na força de trabalho ou desalentada (5,8%) também foi recorde, chegando a 5,8%, contra 5,2% no trimestre anterior e 4,3% 1 ano atrás.

Só agropecuária amplia número de postos no trimestre

Variação trimestral de vagas, por setor — Foto: Economia/G1
Variação trimestral de vagas, por setor — Foto: Economia/G1

Dos 10 grupos de atividade analisados, apenas que reúne agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura teve aumento na população ocupada. A alta foi 2,9% no trimestre, o que representa 228 mil pessoas a mais trabalhando no setor.

No mesmo período, a população ocupada da indústria caiu 3,9%, perdendo 427 mil trabalhadores, enquanto comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas teve retração de 4,7%, ou menos 754 mil pessoas. Já na Construção, o cenário foi de estabilidade.

Perda de postos entre formais e informais

Desde o início da pandemia, a redução de emprego foi generalizada e atingiu praticamente todos os setores da economia, mas os números do IBGE mostram que os trabalhadores informais (sem carteira assinada e por conta própria) foram mais impactados. No trimestre encerrado em agosto, porém, houve uma desaceleração na intensidade da queda do emprego informal.

País perdeu 12 milhões de postos de trabalho em um ano, segundo o IBGE — Foto: Economia/G1
País perdeu 12 milhões de postos de trabalho em um ano, segundo o IBGE — Foto: Economia/G1

A categoria dos empregados no setor privado com carteira de trabalho foi estimada em 29,1 milhões de pessoas, menor nível da série histórica, o que representa uma queda de 6,5% (menos 2 milhões) na comparação com o trimestre encerrado em maio e de 12% (menos 4 milhões de pessoas) ante o mesmo trimestre de 2019.

Já o número de empregados sem carteira assinada (8,8 milhões de pessoas) caiu 5% (menos 463 mil pessoas) em relação ao trimestre móvel anterior, mas saltou 25,8% (menos 3 milhões) em 12 meses.

Na mesma direção, o número de trabalhadores por conta própria somou 21,5 milhões de pessoas, o que representa uma queda de 4% (menos 894 mil) frente ao trimestre anterior e um avanço de 11,4% (menos 2,8 milhões) ante o mesmo período de 2019.

A taxa de informalidade no trimestre encerrado em agosto foi de 38%, ante 37,6% no trimestre anterior, o que equivale a 31 milhões de trabalhadores que trabalham por conta própria ou que não têm carteira assinada.

Massa salarial cai 5,7% em 12 meses

O rendimento médio real habitual ficou em R$ 2.542 no trimestre terminado em agosto, alta de 3,1% frente ao trimestre anterior e de 8,1% em relação ao mesmo trimestre de 2019, influenciada principalmente pela maior redução do contingente de trabalhadores informais no país.

Já a massa de rendimento real do trabalho teve redução de 2,2% (menos R$ 4,6 bilhões) em 3 meses e de 5,7% (menos R$ 12,3 bilhões) na comparação anual.

País atinge o menor número de contribuintes do INSS

O levantamento do IBGE mostrou, também, que o país atingiu o menor número de contribuintes do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

No trimestre terminado em agosto, havia 53,3 milhões de contribuintes no país, cerca de 3 milhões a menos que o registrado no trimestre terminado em maio.

Antes, o menor número de contribuintes havia sido registrado no trimestre terminado em maio de 2012, com 54,6 milhões.

Perspectivas

Integrantes do governo têm afirmado que a pior parte da crise provocada pela pandemia da Covid-19 ficou para trás e que a economia tem dado sinais de recuperação. O mercado de trabalho, no entanto, deve continuar pressionado, e analistas avaliam que a taxa de desemprego deve continuar em trajetória de alta considerando o fim dos programas de auxílio emergencial.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que a taxa de desemprego no país feche o ano em 13,4%, e suba ainda mais em 2021, para 14,1%.

Na quinta-feira (29), o Ministério da Economia divulgou que a economia brasileira criou 313.564 empregos com carteira assinada em setembro. No acumulado nos 9 primeiros meses do ano, no entanto, foram fechados 558.597 postos formais no país.

Desemprego no Brasil vai saltar para 14,1% em 2021, prevê FMI
Desemprego no Brasil vai saltar para 14,1% em 2021, prevê FMI

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quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Cientistas afirmam ter identificado nova variante do coronavírus na Europa

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Pesquisa, que ainda não foi publicada em revista científica, aponta que a mutação do Sars-CoV-2 surgiu no início do verão europeu, provavelmente na Espanha, e se espalhou por vários países.  
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Por G1  
29/10/2020 14h46 Atualizado há 3 horas
Postado em 29 de outubro de 2020 às 17h50m


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Reprodução em 3D do modelo do novo coronavírus (Sars-CoV-2) criada pela Visual Science. — Foto: Reprodução/Visual Science
Reprodução em 3D do modelo do novo coronavírus (Sars-CoV-2) criada pela Visual Science. — Foto: Reprodução/Visual Science

Cientistas de vários institutos e universidades na Suíça e na Espanha afirmam ter identificado uma nova variante do novo coronavírus (Sars-CoV-2) na Europa. Ela foi batizada de 20A.EU1.

O estudo aponta que a nova "versão" do Sars-CoV-2 surgiu em junho, no início do verão europeu, provavelmente na Espanha, e se espalhou por vários países.

Os cientistas não souberam dizer se o aumento de casos no continente está relacionado com a nova variante.

A pesquisa com o resultado do estudo foi divulgada em uma plataforma de pré-print, ou seja, o texto ainda não foi revisado por outros especialistas, etapa na qual as revistas científicas avaliam a qualidade do trabalho e decidem se ele será publicado.

As mutações ocorrem normalmente em vírus, incluindo o Sars CoV-2, e não necessariamente refletem em uma versão "mais forte" ou mais transmissível. Os pesquisadores ainda precisarão estudar o impacto das mudanças no código genético para confirmar qualquer diferença na infecção em seres humanos.

Frequência

De acordo com a pesquisa, a nova variante do vírus tem aparecido com frequência acima de 40% entre os infectados em território espanhol desde julho. Fora da Espanha, ele se manteve em níveis mais baixos até 15 de julho, mas depois chegou a ficar com percentuais entre 40% e 70% em setembro na Suíça, Irlanda e Reino Unido. A mutação também é prevalente na Noruega, Letônia, Holanda e França.

A pesquisa foi feita por cientistas das universidades de Basel, na Suíça; do Instituto Suíço de Bioinformática; do ETH Zürich em Basel; do Instituto de Biomedicina e da Universidade de Valência, na Espanha; e do Centro de Pesquisa Biomédica em Epidemiologia e Rede de Saúde Pública (Ciberesp, na sigla em espanhol), em Madri.

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