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sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Répteis são os mais atingidos em incêndio no Pantanal que já destruiu uma área 9 vezes do tamanho da cidade de São Paulo

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De acordo com os bombeiros, região do Pantanal, em Corumbá, já registrou 3.967 focos de incêndio, sendo 49 somente nas últimas 48 horas. 
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Por Flávio Dias, G1MS — Campo Grande  
14/08/2020 18h37  Atualizado há 3 horas
Postado em 14 de agosto de 2020 às 21h40m

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Carcaça de iguana após animal não conseguir escapar de chamas no Pantanal de MS. — Foto: Silas Ismael/Arquivo PessoalCarcaça de iguana após animal não conseguir escapar de chamas no Pantanal de MS. — Foto: Silas Ismael/Arquivo Pessoal

Carcaças queimadas de cobras, jacarés, lagartos e de outros répteis já compõem o cenário devastador no Pantanal de Mato Grosso do Sul, que sofre com um grande incêndio responsável por destruir uma área 9 vezes do tamanho da cidade de São Paulo.

De janeiro até agora, Corumbá, já registrou 3.967 focos de incêndio, sendo 49 somente nas últimas 48 horas. A fumaça da queimada esconde a paisagem do Pantanal vista da cidade de Corumbá, que também está encoberta.

Segundo Thainan Bornato, gestora ambiental do Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Renováveis (Ibama), muitos répteis não conseguem fugir dos incêndios florestais.
Além deles, os tamanduás também tem se tornado vítimas, já que estes não possuem uma visão boa e também tem dificuldade para escapar do fogo, aliado com a forte fumaça.
"Fora esses répteis há outras espécies que estão sendo afetadas com o fogo. Muitas aves perderam seus ninhos e por conta desta devastação, árvores frutíferas e outros alimentos de outros animais também acabaram nesse habitat", explicou ao G1.

Cobra não consegue escapar de incêndio no Pantanal de Mato Grosso do Sul. — Foto: Silas Ismael/Arquivo PessoalCobra não consegue escapar de incêndio no Pantanal de Mato Grosso do Sul. — Foto: Silas Ismael/Arquivo Pessoal

Segundo a gestora ambiental, ainda existem aves que tem o hábito de fazer ninho no solo e também procurar alimento neste espaço estão morrendo por conta das chamas: "Outra espécie que têm sofrido é a arara-azul. Elas estão perdendo muito por terem os ninhos no opo de árvores e em palmeiras que foram destruídas e essa triste realidade pode até afetar a população delas", lamenta.

Ainda de acordo com Thainan, a situação de diversos animais ameaçados de extinção pode ficar ainda pior. Pois eles utilizavam esses lugares que antes era o habitat para alimentação, para beber água e uns até para reprodução.

Segundo o médico veterinário que trabalha com onças pintadas, Diego Viana, ele explica que não tem como prevê quanto tempo que a biodiversidade atingida pelo fogo, irá precisar para se recuperar, pois o impacto do fogo varia de acordo com as espécies.
Bombeiros tentam salvar serpente em área devastada pelo fogo, no Pantanal de MS. — Foto: Corpo de Bombeiros/DivulgaçãoBombeiros tentam salvar serpente em área devastada pelo fogo, no Pantanal de MS. — Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação 
A fauna é outra preocupação dos especialistas, conforme Thainan, o fogo tem empobrecido o solo e aí acaba que as espécies exóticas invasoras. Essas plantas tenha mais facilidade de se estabelecer e aí a há um aumento de uma única espécie no ambiente impedindo outras espécies da biodiversidade como árvores e frutos se restabelecerem.
Incêndio já destruiu área do Pantanal 9 vezes do tamanho da cidade de SP. — Foto: Silas Ismael/Arquivo PessoalIncêndio já destruiu área do Pantanal 9 vezes do tamanho da cidade de SP. — Foto: Silas Ismael/Arquivo Pessoal 

O fogo também preocupa no país vizinho: a Bolívia. Os focos de incêndio no Canal do Tamengo, em Porto Quijarro, cidade boliviana vizinha a Corumbá, foram controlados. Mas ainda há risco de atingirem barcaças com combustíveis que estão no porto.
Carcaça de capivara após não conseguir fugir de fogo. — Foto: Silas Ismael/Arquivo PessoalCarcaça de capivara após não conseguir fugir de fogo. — Foto: Silas Ismael/Arquivo Pessoal
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quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Década de 2010 a 2019 foi a mais quente da história, mostra relatório

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O ano passado também esteve entre os 3 mais quentes já registrados. No documento 'State of the Climate 2019', cientistas mostram, com vários indicadores, os danos causados pelo aquecimento do planeta.  
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Por G1  
13/08/2020 12h25 Atualizado há uma hora
Postado em 13 de agosto de 2020 às 13h30m


            .      Post.N.\9.451     .        
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Foto, de junho de 2019, mostra cachorros puxando trenó com as patas submersas na água de gelo derretido no noroeste da Groenlândia — Foto: Steffen M. Olsen/Centre for Ocean and Ice at the Danish Meteoroligical Institute via APFoto, de junho de 2019, mostra cachorros puxando trenó com as patas submersas na água de gelo derretido no noroeste da Groenlândia — Foto: Steffen M. Olsen/Centre for Ocean and Ice at the Danish Meteoroligical Institute via AP

Um relatório elaborado por cientistas do mundo inteiro e publicado na quarta-feira (12) mostra que a década de 2010 a 2019 foi a mais quente da história do planeta e que o ano passado esteve os três mais quentes já registrados desde o século 19.

Os dados seguem a tendência histórica: desde a década de 1980, cada ciclo de dez anos tem sido mais quente que o intervalo correspondente anterior. Entre 2010 e 2019, a média foi 0,2ºC mais quente que a registrada entre 2000 e 2009.
Além disso, segundo os cientistas, apenas o ano de 2016 – e, para alguns dados, o ano de 2015 – foram mais quentes do que 2019. Depois de 2013, todos os anos subsequentes foram mais quentes que os anteriores, desde meados do século 19.

Esta é a 30ª edição do relatório anual "State of the Climate" e se refere ao ano passado, que teve a contribuição de 528 autores e editores de 61 países. A série histórica mostra, ano a ano, as consequências das mudanças climáticas.

No Brasil
Gado pasta em meio à fumaça causada por um foco de queimada da Amazônia em Rio Pardo, Rondônia, em setembro de 2019. — Foto: Ricardo Moraes/ReutersGado pasta em meio à fumaça causada por um foco de queimada da Amazônia em Rio Pardo, Rondônia, em setembro de 2019. — Foto: Ricardo Moraes/Reuters

Os cientistas pontuaram que, no ano passado, as emissões causadas por incêndios em regiões florestais de vários países, inclusive no Brasil, compensaram a tendência de queda global de longo prazo nas emissões das regiões de savana.
Em 2019, tanto a Nasa (a agência espacial americana) quanto o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) classificaram o período de queimadas na Amazônia como o pior desde 2010. Também foi registrado aumento nos focos de queimadas no Cerrado, e altas inéditas no desmatamento amazônico.

Uma onda de calor no sudeste brasileiro também contribuiu para temperaturas extremas na América do Sul, que registrou seu segundo ano mais quente na história. Em Santiago, no Chile, houve um novo recorde de temperatura máxima: 38,3°C em 27 de janeiro.

Temperaturas e derretimento recordes
Foto de arquivo mostra uma vista aérea de grandes icebergs flutuando enquanto o sol nasce perto de Kulusuk, na Groenlândia. A Groenlândia está derretendo mais rapidamente na última década e, neste verão, viu dois dos maiores derretimentos já registrados desde 2012.  — Foto: Felipe Dana/AP
Foto de arquivo mostra uma vista aérea de grandes icebergs flutuando enquanto o sol nasce perto de Kulusuk, na Groenlândia. A Groenlândia está derretendo mais rapidamente na última década e, neste verão, viu dois dos maiores derretimentos já registrados desde 2012. — Foto: Felipe Dana/AP

O documento também cita temperaturas recordes alcançadas em alguns países, assim como altas inéditas no nível de derretimento de geleiras, que contribuem para o aumento do nível do mar.

Veja alguns destaques:

França e Bélgica estão em alerta por causa do calor França e Bélgica estão em alerta por causa do calor



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quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Novo dinossauro 'primo' do Tiranossauro Rex é descoberto em ilha britânica

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Quatro ossos encontrados em uma praia na Ilha de Wight, no Reino Unido, pertenciam a uma nova espécie de dinossauro terópode, segundo um estudo. 
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Paleontologistas da Universidade de Southampton acreditam que quatro ossos encontrados no ano passado na Ilha de Wight, na costa sul da Inglaterra, pertencem a uma nova espécie de dinossauro terópode. Os ossos foram descobertos em uma praia chamada Shanklin.

O dinossauro viveu no período Cretáceo, 115 milhões de anos atrás, e estima-se que tivesse até 4 metros de comprimento.
Foi denominado Vectaerovenator inopinatus e pertence ao grupo de dinossauros que inclui o Tyrannosaurus rex e os pássaros modernos.
O nome se refere aos grandes espaços de ar encontrados em alguns dos ossos — do pescoço, costas e cauda da criatura — que é uma das características que ajudaram os cientistas a identificarem suas origens terópodes.

Esses sacos de ar, também vistos em pássaros modernos, eram extensões do pulmão, e é provável que "ajudassem a alimentar um sistema respiratório eficiente, ao mesmo tempo que tornavam o esqueleto mais leve", segundo a Universidade de Southampton.
Uma silhueta de um terópode indicando de onde eram os ossos. — Foto: Darren NaishUma silhueta de um terópode indicando de onde eram os ossos. — Foto: Darren Naish

Os fósseis foram encontrados em três descobertas distintas em 2019 e entregues ao Museu dos Dinossauros na ilha, em Sandown, onde estão sendo exibidos.

Robin Ward, um "caçador" de fósseis de Stratford-upon-Avon, cidade onde Shakespeare nasceu, estava visitando a Ilha de Wight com sua família quando fizeram a descoberta.

"A alegria de encontrar os ossos foi absolutamente fantástica", disse ele.
James Lockyer, de Spalding, Lincolnshire, no leste da Inglaterra, também estava visitando a ilha quando encontrou outro osso.

"Parecia diferente das vértebras de répteis marinhos que encontrei no passado", disse ele.
"Eu estava procurando em um lugar em Shanklin onde me haviam dito - e eu havia lido - que não encontraria muito lá."
"No entanto, sempre procuro as áreas onde os outros não procuram e, nesta ocasião, valeu a pena."
Paul Farrell, de Ryde, cidade da própria Ilha de Wight, também encontrou um osso: "Eu estava caminhando na praia, chutando pedras e me deparei com o que parecia um osso de um dinossauro".
"Fiquei realmente chocado ao descobrir que poderia ser uma nova espécie."

'Esqueleto delicado'
Chris Barker, que liderou o estudo da Universidade de Southampton, disse que os cientistas ficaram "impressionados com o quão 'vazio' este animal era". "Ele era repleto de espaços aéreos."
"Partes de seu esqueleto devem ter sido bastante delicadas."

"O registro de dinossauros terópodes do período 'médio' do Cretáceo na Europa não é tão bom, então tem sido realmente emocionante ser capaz de aumentar nossa compreensão da diversidade das espécies de dinossauros dessa época."

"Você não costuma encontrar dinossauros nos depósitos de Shanklin, pois eles foram depositados em um habitat marinho. É muito mais provável que você encontre ostras fósseis ou madeira, então este é um achado raro."

É provável que o Vectaerovenator vivesse em uma área logo ao norte de onde seus restos foram encontrados, com a carcaça tendo sido levada para o mar raso próximo.

As descobertas da universidade devem ser publicadas na revista Papers in Palaeontology, com os que acharam os fósseis como coautores.

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Astrônomos captam imagem de galáxia em forma de anel a mais de 12 bilhões de anos-luz da Terra

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Cientistas dizem que a imagem estável revela um pouco sobre a origem do Universo e desfaz a ideia de um início turbulento das galáxias.  
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Por G1  
12/08/2020 12h00 Atualizado há 57 minutos
Postado em 12 de agosto de 2020 às 13h00m

            .      Post.N.\9.449     .        
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Galáxia SPT0418-47 aparece no céu como um anel de luz quase perfeito — Foto: ALMA (ESO/NAOJ/NRAO), Rizzo et al.Galáxia SPT0418-47 aparece no céu como um anel de luz quase perfeito — Foto: ALMA (ESO/NAOJ/NRAO), Rizzo et al.

Astrônomos europeus divulgaram nesta quarta-feira (12) na revista "Nature" a imagem da SPT0418-47, uma das mais distantes galáxias conhecidas do Universo. Em formato de um anel iluminado, o conjunto de estrelas está a mais de 12 bilhões de anos-luz de nós.

Isso significa que a imagem mostra a galáxia quando o Universo tinha "apenas" 1,4 bilhões de anos, ou seja, a foto dá uma ideia de como era o início do Universo. Inclusive, dizem os pesquisadores, o registro de um anel de luz estável desfaz a noção de que as galáxias desse período eram todas turbulentas.

A imagem foi obtida por pesquisadores de instituições da Alemanha e da Holanda e divulgada pelo Observatório Europeu do Sul (ESO). Os cientistas utilizaram os recursos do observatório Alma (Atacama Large Millimiter Array), no Chile. Localizado a 5 mil metros de altitude, o equipamento astronômico foi inaugurado em 2013 como um dos maiores do mundo.
Observatório Alma, no Deserto do Atacama, aumentou capacidade de resolução do 'telescópio virtual'. — Foto: AlmaObservatório Alma, no Deserto do Atacama, aumentou capacidade de resolução do 'telescópio virtual'. — Foto: Alma

Semelhanças com a Via Láctea

Segundo os pesquisadores, há duas grandes semelhanças da SPT0418-47 com a Via Láctea, galáxia que abriga a Terra: ambas são um disco que gira em torno do próprio eixo e formam uma aglomeração de estrelas ao redor do centro galático. A diferença é que a Via Láctea tem braços em espiral.
"O resultado representa uma novidade no campo da formação das galáxias ao mostrar que estruturas que observamos em galáxias espirais próximas e na nossa Via Láctea já existiam 12 bilhões de anos atrás", comenta Francesca Rizzo, doutoranda no Instituto Max Planck de Astrofísica (Alemanha).

Ao estudar galáxias distantes como a SPT0418-47, pesquisadores entendem a formação e a evolução dessas estruturas desde a formação do Universo. Apesar das semelhanças com a Via Láctea, a SPT0418-47 pode ter se desenvolvido de outra forma.

Em estudos futuros, os pesquisadores vão desvendar se galáxias circulares como a SPT0418-47 são de fato comuns no Universo — o que abre caminho para novas pesquisas sobre a evolução dessas estruturas espaciais.

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