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sexta-feira, 8 de maio de 2020

Produção de veículos no Brasil despenca 99% em abril, diz Anfavea

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Queda é a maior da história desta indústria, desde 1957, e representa forte impacto da pandemia do coronavírus. 
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 Por Guilherme Fontana, G1  
 08/05/2020 10h34 - Atualizado há uma hora  
 Postado em08 de maio de 2020 às 11h40m  

      Post.N.\9.261  
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Produção de automóveis da Renault em São José dos Pinhais (PR) — Foto: Renault/DivulgaçãoProdução de automóveis da Renault em São José dos Pinhais (PR) — Foto: Renault/Divulgação
Com praticamente todas as fábricas fechadas, a produção nacional de veículos caiu 99,3 % no último mês de abril, na comparação com o mesmo período de 2019.

O número divulgado nesta sexta-feira (8) pela associação das fabricantes, a Anfavea, é o pior da história e mostra o impacto da pandemia do coronavírus na indústria, que começou a retomar as atividades com a reabertura de algumas unidades, de forma gradual (leia mais ao fim da reportagem).
No último mês foram produzidos 1.847 automóveis, comerciais leves (picapes e furgões), caminhões e ônibus, contra 267.561 no mesmo período no ano passado.
"É o pior resultado da série histórica da indústria automobilística desde 1957", disse o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes.
A queda também foi de 99% em comparação com março: o fechamento das fábricas, como medida preventiva contra a pandemia, começou no fim daquele mês.

No acumulado do ano, a queda foi menor, de 39,1%.

Exportação
A exportação de veículos em abril teve seu pior resultado em 23 anos, segundo o presidente da Anfavea. A queda foi de 79,3% em relação ao mesmo mês de 2019 - com 7.212 unidades, contra 34.905.

Quando comparadas com o mês anterior, março, as exportações caíram 76,7%. Já no acumulado, a redução foi de 31%.

Para a entidade, os números já eram esperados não apenas pelo impacto da Covid-19 no Brasil, mas também nos principais mercados importadores de veículos brasileiros. A Argentina, além da crise econômica enfrentada há algum tempo, tem as maiores medidas restritivas da região no combate ao coronavírus.

Empregos
Luiz Carlos Moraes elogiou as medidas tomadas pelo governo federal através da MP 936, da qual a Anfavea participou com sugestões, que permitiu flexibilizar os contratos de trabalho com suspensões e reduções de jornadas durante a pandemia.

Ele também agradeceu aos sindicatos pelas negociações com as fabricantes. Segundo levantamento do G1, 79,2 mil funcionários (74% dos empregados da indústria) foram envolvidos em algum tipo de medida anunciada por 13 fabricantes de carros, caminhões e ônibus até 27 de abril.
"Estamos segurando os empregos por enquanto, utilizando todas as ferramentas disponíveis", disse o presidente da entidade.
Em relação a abril de 2019, o número de trabalhadores empregados na indústria caiu 3,7% em 2020. Em comparação a março, a queda foi de 0,3%, mantendo-se praticamente estável. Atualmente são 125.348 pessoas empregadas no setor.

Vendas
O coronavírus também causou uma queda de 76% nos licenciamentos de veículos, que foram de 231.936 unidades em abril de 2019 para 55.735 em 2020. Em comparação a março, com 163.625, a redução foi de 65,9%.

De acordo com a entidade, o Brasil é o 6º país com maior queda no número de licenciamentos no mundo comparando os meses de abril - desconsiderando a China, que não divulgou números.

Em primeiro lugar está a Índia, com 100% de queda, seguida da Itália, com 98%, e Espanha, com 96%. Em quarto lugar está a França, com redução de 89% e, em quinto, a Argentina, com 88%.

Em entrevista ao G1, na última quarta-feira (6), o presidente da federação dos concessionários, a Fenabrave, defendeu a reabertura de lojas com medidas que evitem aglomerações.

Segundo Alarico Assumpção, presidente da federação, 30% das concessionárias podem "quebrar" em 15 dias, se não puderem voltar a funcionar. O setor emprega 315 mil pessoas em 7.300 lojas.

Produção retomada
Algumas fabricantes já retomaram as atividades, mesmo que ainda de forma gradual. Segundo a Anfavea, desde 13 de abril, 8 fábricas e 30 mil funcionários já voltaram ao trabalho. A partir de 1º de maio, 55 fábricas e 95 mil funcionários permanecem parados.

No último dia 27 de abril, Scania, em São Bernardo do Campo (SP), e a divisão de caminhões e ônibus da Volkswagen, em Resende (RJ), retomaram suas produções.

Em Curitiba (PR), a divisão de caminhões da Volvo também já voltou a produzir no último dia 4, mas ainda com parte dos funcionários com contratos suspensos e parte com jornada reduzida. No mesmo dia, Renault e BMW reabriram suas linhas de produção em São José dos Pinhais (PR) e Araquari (SC), respectivamente.

A Mercedes-Benz caminhões, em São Bernardo do Campo, retomará as atividades na próxima segunda (11).

Indústria essencial não para
A indústria de bens e serviços sofre com o isolamento social, necessário para a contenção da pandemia do coronavírus. No entanto, setores de itens essenciais, como alimentos, da área de saúde e o agronegócio, bem como a cadeia de suprimentos e logística, estão funcionando e registrando bons números. Veja na reportagem abaixo.

Indústria sente efeitos da queda na demanda por causa do isolamento
Indústria sente efeitos da queda na demanda por causa do isolamento

CORONAVÍRUS


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    quinta-feira, 7 de maio de 2020

    Philco lança primeiro smartphone da marca no Brasil por R$999

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    Com lançamento do Hit, empresa busca competir em segmento de entrada e promete versões mais parrudas do mesmo modelo. 
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     Por G1    
     07/05/2020 18h28 - Atualizado há 4 horas  
     Postado em 07 de maio de 2020 às 22h30m  

    GIPOPE - GARIBA'S Logística for 2012 - 2013
        Post.N.\9.260  
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    A Philco lançou o primeiro smartphone da marca, chamado Hit, no Brasil por R$999. É um modelo de entrada, que busca competir no mesmo mercado que outras empresas que voltaram ao país recentemente.

    A Nokia anunciou o retorno ao Brasil com um modelo a preço semelhante no domingo (3), e a Xiaomi também tem investido nesse segmento no último ano.

    O Hit é um smartphone com 4GB de memória RAM e tela HD+ de 5,4 polegadas. O processador é Unisoc SC9863A, de oito núcleos. O aparelho conta ainda com 64GB de armazenamento interno, expansível por cartão microSD de até 128GB.
    Smartphone Hit, da Philco, vem com versão do Android modificada pela fabricante. — Foto: Thiago Lavado/G1Smartphone Hit, da Philco, vem com versão do Android modificada pela fabricante. — Foto: Thiago Lavado/G1

    Nas câmeras, o Hit tem duas na parte de traseira (13MP e um sensor de profundidade de 2MP, que permite o desfoque nos retratos), e uma na parte frontal, de 5MP.

    Ele vem com Android 9, uma versão do sistema operacional customizada pela própria Philco. A empresa afirma que fez poucas mudanças no Android e que o aparelho será atualizado para o Android 10.

    O Hit vem apenas na cor preta. Outras versões do modelo estão prometidas: Hit Max e Hit Plus devem vir com tela maior e mais armazenamento interno, além de opções de cores cinza e rosa.

    A Philco é uma marca conhecida no Brasil pela venda de TVs e rádios. Atualmente, a empresa opera junto da Britânia no país. Embora tenha fabricação de outros produtos no Brasil, como televisores, a Philco afirmou que ainda não produzirá os aparelhos por aqui.

    Ficha técnica:
    • Processador: Unisoc SC9863A (octa-core 1.6 GHz)
    • Memória RAM: 4 GB
    • Armazenamento interno: 64 GB, expansível por microSD de 128GB
    • Tela: HD+ de 5,45 polegadas e resolução 1440x720
    • Câmera traseira: 13 MP + sensor de profundidade de 2 megapixel
    • Câmera frontal: 5 MP
    • Bateria: 4.000 mAh
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    quarta-feira, 6 de maio de 2020

    Brasil está entre os países que têm maior crescimento de letalidade por coronavírus, diz análise de cientistas

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    Relatório comparou números das mortes no Brasil com 31 países que representam 92% dos óbitos no mundo e país ficou em 8º lugar.  
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     Por Carolina Dantas, G1    
     06/05/2020 16h49  Atualizado há 3 horas  
     Postado em 06 de maio de 2020 às 19h55m  
    GIPOPE - GARIBA'S Logística for 2012 - 2013
        Post.N.\9.259  
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    Letalidade por país — Foto: G1
    Letalidade por país — Foto: G1

    A taxa de crescimento de casos confirmados e de óbitos no Brasil está incluída no grupo que representa 25% dos países em pior situação para a epidemia do coronavírus. A análise é do Núcleo de Operações e Inteligência em Saúde (NOIS) e foi publicada nesta quarta-feira (6).

    Os cientistas compararam a evolução da doença em 40 países com 81% dos casos confirmados. Já no caso dos óbitos, foram 31 países com mais de 50 mortes, representando 92% das vítimas da doença pelo mundo.

    Nas duas situações, o Brasil está na fatia de 25% dos países em pior situação, de acordo com o relatório. O país está em 8º lugar ao se referir às taxas de letalidade e em 3º no crescimento de casos.
    "O país apresentou taxas de crescimento de casos confirmados e de letalidade superiores à 75% dos outros países. O crescimento diário de número de mortes do Brasil também é um dos piores entre os países analisados, posicionando-o entre os países onde a epidemia cresce mais rápido", dizem os pesquisadores.
    Crescimento de casos por país — Foto: G1Crescimento de casos por país — Foto: G1

    A evolução diária da doença está mais grave do que a média dos países. Com o passar do tempo, há uma expectativa de que as curvas de novos casos sejam suavizadas e, com isso, haja uma diminuição da taxa. No dia 33 após o 50º caso, a média dos países mostrava um acréscimo de 4,3% de novos casos, em comparação com o dia anterior. Ao chegar no 53° dia, o valor caiu para 1,6%. No Brasil, nos mesmos marcos, as taxas eram de 7,8% e 6,7%, respectivamente.

    Os dados utilizados pelo NOIS são da base de dados da John Hopkins University e contemplou as datas entre 14 de abril e 04 de maio.

    Na América Latina
    O Brasil é o que tem a maior taxa de letalidade da região e também é o segundo em crescimento de casos da América do Sul. Os países na comparação são: Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru (1º lugar em crescimento de casos), Uruguai e Venezuela.

    "Destaca-se que o Peru apresentou baixas taxas de letalidade, apesar de ser o país com a maior taxa de crescimento mediana. Uma hipótese para este resultado é o alto índice de testagem no país, com taxa de subnotificação mais baixa que outros países, como o Brasil. 

    Adicionalmente, observa-se a alta variabilidade das taxas de letalidade no Equador e da Venezuela, entre 3% e 5%, e uma menor dispersão do Chile, que também mostrou a menor taxa de letalidade", disseram os autores.
    Entenda algumas das expressões mais usadas na pandemia do covid-19
    Entenda algumas das expressões mais usadas na pandemia do covid-19

    Coronavírus: qual a letalidade?
    Coronavírus: qual a letalidade?

    CORONAVÍRUS


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      Pesquisa da Unicamp descobre como coronavírus pode infectar neurônios humanos

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      Testes em laboratório mostram que o Sars-CoV-2 acessa a proteína ACE-2, que é assimilada pelas células neurológicas. Estudo segue para apontar de que forma o vírus modifica o neurônio.
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       Por G1 Campinas e Região  
       06/05/2020 13h44  Atualizado há 25 minutos  
       Postado em 06 de maio de 2020 às 14h50m  
      GIPOPE - GARIBA'S Logística for 2012 - 2013
          Post.N.\9.258  
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      Pesquisa da Unicamp ajuda a compreender de que forma a Covid-19 influencia no corpo humano
      Pesquisa da Unicamp ajuda a compreender de que forma a Covid-19 influencia no corpo humano

      Uma pesquisa da Unicamp descobriu, por meio de testes em laboratório, como o novo coronavírus (Sars-CoV-2) pode acessar as células neurológicas humanas. Com a descoberta, o estudo busca, agora, entender quais as mudanças biológicas causadas pelo vírus nos neurônios.

      O estudo teve como ponto de partida a constatação clínica de que pacientes com a Covid-19, doença causada pelo vírus, apresentaram dificuldade de fala, de organizar os pensamentos e até convulsões.

      Os sintomas levaram os pesquisadores da Unicamp a cultivar em laboratório as células neurológicas e contaminá-las com o novo coronavírus para identificar como elas podem ser atingidas.

      Segundo o coordenador da pesquisa, Daniel Martins-de-Souza, que é professor do Instituto de Biologia da Unicamp, a proteína usada pelo novo coronavírus para se conectar ao corpo humano, a ACE-2 (sigla em inglês para enzima conversora de angiotensina 2) também está presente nos neurônios.
      Pesquisadores da Unicamp identificam como Covid-19 pode atingir sistema neurológico — Foto: Reprodução/EPTVPesquisadores da Unicamp identificam como Covid-19 pode atingir sistema neurológico — Foto: Reprodução/EPTV

      "Nós temos em laboratório estes neurônios cultivados, sabemos que os neurônios têm a porta de entrada do vírus, que é a proteína ACE-2. A gente sabe que os vírus conseguem invadir essas células e estamos investigando agora o que é o que vírus muda biologicamente dentro do neurônio".

      A "porta de entrada" descrita pelo pesquisador, a ACE-2, é a sigla em inglês para a enzima conversora de angiotensina 2, uma das proteínas envolvidas no controle da pressão arterial. A enzima está presente na membrana de várias células humanas espalhadas pelo corpo.

      Imagina que essa proteína é uma porta na qual o vírus tem a chave para entrar. Então ele usa dessa proteína para invadir as células humanas e muitas têm, explica o pesquisador.

      Hipóteses para o ‘caminho’ até o cérebro
      O pesquisador explicar que são duas as principais hipóteses, ainda não comprovadas, da forma que o novo coronavírus chega os neurônios.

      Uma delas é por meio do próprio sangue. Para isso, o vírus precisaria passar pela barreira hematoencefálica, que é uma proteção responsável pela triagem das substâncias presentes na corrente sanguínea que podem ou não chegar no cérebro.

      É para proteger o cérebro de patógenos. Em principio, vírus e outros micro-organismos não deveriam ser passiveis de passar pela barreira hematoencefálica, mas alguns passam. Essa é uma hipótese, porque ainda não se sabe se o coronavírus pode passar por essa barreira, afirma Souza.

      Outra possibilidade é a entrada pelo nervo olfatório, considerando que um dos sintomas dos pacientes é a perda do olfato. Esse nervo tem uma terminação nervosa no nariz, então eventualmente poderia ser que o vírus se instalasse e chegasse por lá.

      Próxima fase
      Para a segunda fase da pesquisa, a equipe vai comparar as substâncias que compõem as células antes e depois da contaminação para localizar as diferenças existentes. Tudo isso a partir das células produzidas em laboratório.
      "[Vamos]Compreender melhor como ele funciona dentro de neurônios, mesmo que in vitro, ainda pode nos ajudar a melhor compreender o curso da doença", afirma o professor.
      A pesquisa ocorre por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

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      Telescópio encontra buraco negro mais próximo da Terra até agora

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      Instrumento fica no Observatório La Silla, no pé do deserto do Atacama, no Chile. Astrônomos dizem que esta pode ser apenas 'a ponta de um iceberg' de descobertas. 
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       Por Carolina Dantas, G1  
       06/05/2020 09h00  Atualizado há 2 horas  
       Postado em 06 de maio de 2020 às 11h00m  
      GIPOPE - GARIBA'S Logística for 2012 - 2013
          Post.N.\9.257  
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      Representação artística mostra as órbitas do sistema de duas estrela no buraco negro descoberto pelos astrônomos. — Foto: ESO/L. CalçadaRepresentação artística mostra as órbitas do sistema de duas estrela no buraco negro descoberto pelos astrônomos. — Foto: ESO/L. Calçada

      Um telescópio de 2,2 metros localizado no Observatório La Silla, no Chile, detectou o buraco negro mais próximo da Terra até o momento. O estudo com a descoberta foi publicado nesta quarta-feira (6) na revista Astronomy & Astrophysics.

      O Observatório La Silla fica localizado no pé do deserto do Atacama e os instrumentos estão a uma altitude de 2,5 mil metros. 

      Administrado pelo Observatório Europeu do Sul (ESO), o La Silla é o primeiro fundado pela instituição e existe desde 1960. São cerca de 300 artigos científicos publicados por ano, com pesquisas sobre planetas fora do Sistema Solar e revelação de supernovas.
      Timelapse mostra o céu do Observatório La Silla, no Chile
      Timelapse mostra o céu do Observatório La Silla, no Chile

      Os astrônomos do ESO Chile fizeram a descoberta em parceria com a equipe da Alemanha e também com o Observatório Monte Wilson, nos Estados Unidos. Estes são alguns dos detalhes encontrados sobre o buraco negro "vizinho" da Terra:
      • O buraco negro detectado está localizado a 1.000 anos-luz da Terra, sendo que 1 ano-luz equivale a 9.461.000.000.000 quilômetros;
      • Ele faz parte de um sistema triplo, com duas estrelas companheiras, localizado em uma constelação chamada Telescopium;
      • Uma das estrelas orbita o buraco negro em um período que dura 40 dias;
      • É um dos primeiros buracos negros estelares, que se forma a partir do colapso gravitacional de uma estrela massiva, e não interage de forma violenta com seu entorno;
      • Ele tem pelo menos 4 vezes a massa do Sol.
      De acordo com os cientistas, além de ser o buraco negro localizado mais perto do Sistema Solar até o momento, suas estrelas também podem ser vistas a olho nu no Hemisfério Sul em noites escuras e limpas, sem a ajuda de telescópios. Os astrônomos estavam inicialmente rastreando a dupla de estrelas, mas encontraram o objeto invisível. Eles acreditam que esta pode ser apenas a "ponta de um iceberg" de descobertas nessa região do universo.

      "Nos surpreendemos muito quando nos demos conta de que tratava do primeiro sistema estelar com um buraco negro que pode ser visto a olho nu", disse Petr Hadrava, pesquisador da Academia de Ciências da República Tcheca, em Praga, e coautor do estudo. O sistema é chamado HR 6819.
      Localização do sistema HR 6819 onde está o buraco negro na constelação Telescopium — Foto: ESO, IAU and Sky & TelescopeLocalização do sistema HR 6819 onde está o buraco negro na constelação Telescopium — Foto: ESO, IAU and Sky & Telescope

      Como é um dos primeiros buracos negros estelares que não interagem de forma agressiva com o entorno, ele parece realmente negro. Até o momento, os astrônomos conseguiram detectar dezenas de buracos negros na Via Láctea, e quase todos se relacionam com o entorno.

      "As observações necessárias para determinar o período de 40 dias tiveram que se estender por vários meses. Isso foi possível graças ao esquema pioneiro de observação do ESO, em que a equipe faz observações em nome de outros cientistas que precisam deles", disse Dietrich Baade, astrônomo do ESO na Alemanha que também assina o estudo.
      Localização do Observatório La Silla, no Chile — Foto: Guilherme Luiz Pinheiro/G1 
      Localização do Observatório La Silla, no Chile — Foto: Guilherme Luiz Pinheiro/G1

      Mas, afinal, o que é um buraco negro?
      Stephen Hawking, físico e cosmólogo britânico, explica em alguns de seus livros como é o mecanismo de um buraco negro. Segundo o cientista, o primeiro a falar sobre o assunto foi John Michell, de Cambridge, em 1783.

      Hawking usa o seguinte exemplo para explicar o fenômeno: "Se dispararmos uma partícula - pense em uma bala de canhão - verticalmente para cima, ela vai ser desacelerada pela gravidade. No fim, a partícula vai parar o movimento para cima e vai cair. Entretanto, se a velocidade inicial para o alto for superior a determinado valor crítico - chamado de velocidade de escape - a gravidade não terá força suficiente para deter a partícula e ela irá embora".

      Para entender os buracos negros, o físico explica que a velocidade de escape da Terra é de aproximadamente 12 quilômetros por segundo; no Sol, 100 quilômetros por segundo - muito mais elevadas do que a velocidade de uma bala de canhão. E continua a explicação:
      "Mas [essas velocidades] são pequenas se comparadas à velocidade da luz, que é de 300 mil quilômetros por segundo. Assim, a luz pode escapar da Terra ou do Sol sem grande dificuldade. Entretanto, Michell argumentou que devia haver estrelas muito mais massivas que o Sol, com velocidades de escape maiores do que a velocidade da luz. Não conseguiríamos vê-las porque toda luz emitida seria puxada de volta pela gravidade. Dessa forma, elas seriam o que Michell denominou de estrelas negras e que hoje chamamos de buracos negros".

      Esse trecho foi retirado do livro "Breves respostas para grandes questões", última obra lançada pelo cientista, que morreu em março 2018.
      Astrônomos observaram pela primeira vez o 'café da manhã' de um buraco negro
      Astrônomos observaram pela primeira vez o 'café da manhã' de um buraco negro

      Astrônomos apresentam a primeira imagem de um buraco negro já registrada
      Astrônomos apresentam a primeira imagem de um buraco negro já registrada
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