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quarta-feira, 31 de julho de 2019

O mistério das jararacas que abandonaram o chão e agora vivem em árvores na Amazônia

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Animais estão passando por mudanças morfológicas para poder viver fora do solo, podendo se transformar em outra espécie.
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 Por BBC  

 Postado em 31 de julho de 2019 às 15h00m  
GIPOPE - GARIBA'S Logística for 2012 - 2013

Todos os anos, na época das cheias, jararacas da espécie Bothrops atrox se concentram no alto das árvores — Foto: DivulgaçãoTodos os anos, na época das cheias, jararacas da espécie Bothrops atrox se concentram no alto das árvores — Foto: Divulgação
Um fenômeno que vem ocorrendo com cobras nas várzeas alagáveis da floresta amazônica, na região de Santarém, no Pará, está intrigando os cientistas. Todos os anos, na época das cheias, de fevereiro a julho, um número grande de jararacas da espécie Bothrops atrox se concentra no alto das árvores e em tufos de capim que ficam acima da linha d'água - às vezes, até três em uma única planta.

Além da concentração, também chamou a atenção dos cientistas o fato de que esses ofídios, que são terrícolas, ou seja, vivem no solo, estão passando por mudanças morfológicas para viver nas árvores. Ou seja, elas podem estar se transformando em outra espécie e, assim, se diferenciando das suas irmãs que vivem nas regiões de terra firme da floresta, que raramente alagam. É a evolução, descoberta por Charles Darwin, acontecendo a olhos vistos.

A densidade dos animais nas árvores é tão grande quanto a que até agora só era encontrada em ilhas isoladas, sem predadores, como a de Queimada Grande, conhecida como Ilha das Cobras, no litoral de São Paulo. O local se destaca por ter a segunda maior concentração desses répteis por área no mundo: cerca de 45 por hectare.
Moradores da região enxergam as cobras aglomeradas como um perigo em potencial — Foto: DivulgaçãoMoradores da região enxergam as cobras aglomeradas como um perigo em potencial — Foto: Divulgação

Segundo o pesquisador Rafael de Fraga, da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), jararacas atrox são venenosas e responsáveis por mais de 90% das picadas em pessoas no norte do Brasil.
"Nas comunidades que visitamos, já houve acidentes que resultaram em morte de moradores", conta.
"Por isso, eles enxergam as cobras aglomeradas como um perigo em potencial. Ainda mais pelo fato de que existem sérias restrições logísticas para que os comunitários tenham acesso ao soro antiofídico e ao tratamento hospitalar adequado no caso de ataques."

Para se livrar das cobras, os moradores partiram então para uma ação preventiva: todos os anos, durante a cheia dos rios, se organizam para caçá-las. Grupos saem em canoas capturando jararacas, com ajuda de alguns herpetólogos.

"Antes da participação desses profissionais, os comunitários matavam a maioria das que capturavam, mas atualmente eles doam grande parte para coleções científicas e criação em cativeiro para obtenção de veneno", explica Fraga.

"Ele é necessário para produção de soro antiofídico, mas também faz parte de alguns medicamentos, como os usados para tratar pressão alta, por exemplo."

Mudando o corpo
De um ponto de vista científico, a aglomeração sazonal de cobras sobre as árvores fez com que os cientistas levantassem a hipótese de que, se jararacas da região estão se tornando arborícolas durante as cheias, então elas devem ser morfologicamente diferentes das suas irmãs de terra firme. A questão foi estudada pela bióloga Ana Maria Coelho, durante sua dissertação de mestrado, apresentada na UFOPA.
Jararacas atrox são venenosas e responsáveis por mais de 90% das picadas em pessoas no Norte do Brasil — Foto: DivulgaçãoJararacas atrox são venenosas e responsáveis por mais de 90% das picadas em pessoas no Norte do Brasil — Foto: Divulgação

Ela explica que, embora filhotes de jararacas tenham maior capacidade de subir e caçar em árvores que adultos, a espécie atrox é considerada como principalmente terrícola.

"Habilidade para escalar depende de uma série de características morfológicas, sem as quais alguns processos fisiológicos, principalmente aqueles dependentes da circulação sanguínea, entram em colapso devido à aceleração da força da gravidade", diz Ana Maria.

Fraga lembra que cobras possuem corpo cilíndrico, que é bastante sensível à aceleração da força da gravidade durante movimentos de escalada. Além disso, quando elas estão em posição vertical para subir nas árvores, órgãos vitais como o cérebro podem deixar de receber irrigação sanguínea se o corpo for pouco adaptado.

"Para compensar esse problema, as arborícolas possuem caudas compridas, com vasos sanguíneos longos, e baixa relação entre massa e comprimento do corpo, o que significa que são esguias", explica.

A principal hipótese dos cientistas para explicar as alterações morfológicas pelas quais as atrox estão passando está fundamentada na evolução biológica por seleção natural de Darwin.

"De modo geral, testamos a hipótese de que a pressão seletiva imposta pelo habitat está eliminando jararacas menos aptas a escalar as árvores para dormir, caçar e reproduzir", explica Fraga.

De modo geral, a pesquisa a comprovou.
"As diferenças morfológica que nós observamos são diretamente associadas à vida sobre as árvores", diz Fraga.

"Jararacas de florestas alagáveis de várzea possuem de fato caudas mais longas e corpos mais esguios que as de florestas de terra firme. Essas características tornam-nas habilitadas para escalar e se deslocar por sobre as árvores, sem que isso cause problemas fisiológicos, especialmente processos de colapso no sistema circulatório."

Cobra macho
Além disso, os pesquisadores observaram que as jararacas de florestas de várzea possuem cabeças maiores, o que indica um processo de adaptação para caçar presas específicas desses ambientes, que são diferentes daquelas encontradas em terra firme.

"Interessantemente, as diferenças morfológicas entre florestas de terra firme e várzea não são homogêneas entre machos e fêmeas", revela Fraga. "Isso nos sugere que as forças seletivas impostas pelos habitats alagados agem por caminhos evolutivos diferentes entre machos e fêmeas."

De acordo com ele, isso está diretamente relacionado ao fato de que os machos se deslocam mais para encontrar fêmeas reprodutivas e, por isso, já possuem normalmente corpos mais esguios que as parceiras.

"Elas, por outro lado, são mais sedentárias e precisam de maior acúmulo de energia na forma de gordura para produzir filhotes", explica Fraga.
Para evitar acidentes, moradores saem em canoas capturando jararacas com ajuda de herpetólogos — Foto: DivulgaçãoPara evitar acidentes, moradores saem em canoas capturando jararacas com ajuda de herpetólogos — Foto: Divulgação

"Por isso têm cabeças maiores nas florestas de várzea, o que deve garantir a habilidade para caçar presas também maiores."

Ana Maria concluiu em sua dissertação que as características dos habitats estão de fato direcionando a história evolutiva de jararacas da região por de meio de seleção natural.

"Esse dado é sustentado pelo fato de que uma pesquisa anterior na mesma região demonstrou que populações da espécie são geneticamente distintas entre florestas de várzea e terra firme", diz.

"Resultados semelhantes foram encontrados para populações de cobras que ficaram isoladas em ilhas, e se tornaram espécies arborícolas distintas, devido ao bloqueio total de fluxo gênico com as populações ancestrais do continente."

No caso das várzeas que os cientistas estudaram, ainda não existem evidências robustas de que as jararacas tenham se tornado duas espécies diferentes.

"Achamos que se trata de um cenário mais complexo do que o que tem sido encontrado em ilhas, porque a troca de genes entre várzea e terra firme deve ser consideravelmente aumentada durante a estação seca, quando grandes corredores de dispersão ficam disponíveis entre esses dois tipos de floresta", explica Fraga.

"Em uma conclusão conservadora, nosso estudo demonstrou um estágio intermediário de evolução biológica, embora processos de especiação [surgimento de uma nova espécie a partir de uma já existente] ainda não sejam claros."

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    O que tem causado os incêndios em grande escala no Ártico

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    Incêndios estão liberando quantidades significativas de gás carbônico, contribuindo ainda mais para o aquecimento global.
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     Por BBC  

     Postado em 31 de julho de 2019 às 13h15m  
    GIPOPE - GARIBA'S Logística for 2012 - 2013

    Incêndio florestal no Alasca, registrado em 29 de julho de 2019 — Foto: Divisão Florestal do Alasca/ReutersIncêndio florestal no Alasca, registrado em 29 de julho de 2019 — Foto: Divisão Florestal do Alasca/Reuters

    A região do Ártico está sendo devastada por incêndios florestais – vastas áreas do norte da Sibéria, Escandinávia, Alasca e Groenlândia estão ardendo em chamas.

    Os incêndios na região costumam ser provocados por relâmpagos mas, neste ano, a situação foi agravada pelas ondas de calor do verão. As temperaturas estão mais altas do que a média em decorrência da mudança climática.
    O fogo é tão intenso que a fumaça pode ser vista até do espaço.

    Mark Parrington, especialista em incêndios florestais do Copernicus Atmosphere Monitoring Service (Cams), descreve o incidente como "sem precedentes".

    Qual a gravidade?
    Há centenas de focos de incêndios consumindo a vegetação, sobretudo em regiões desabitadas do leste da Rússia, norte da Escandinávia, Groenlândia e Alasca.

    Mas a fumaça está afetando áreas vizinhas, encobrindo completamente alguns lugares.
    Cidades do leste da Rússia registraram uma diminuição significativa na qualidade do ar desde o início dos incêndios.

    A fumaça teria chegado até a região russa de Tyumen, no oeste da Sibéria, localizada a seis fusos horários dos focos de incêndio na costa leste.

    Em junho, o fogo liberou cerca de 50 megatoneladas de dióxido de carbono – o equivalente à produção anual de carbono da Suécia, segundo a Cams.

    Quão raro é isso?
    Os incêndios no Ártico são comuns entre maio e outubro e os incêndios florestais são parte natural de um ecossistema, oferecendo alguns benefícios para o meio ambiente, de acordo com o site do Alaska Centers.

    Eles ajudam no crescimento de capim novo e arbustos, atraindo roedores e perdizes - e, depois, raposas, martas e aves de rapina. Além disso, permite que ervas, brotos de árvores e frutas silvestres atraiam alces e ursos, e permitem uma reciclagem de nutrientes do solo.
    Mas a intensidade das chamas, assim como a grande área que elas ocupam, tornam este episódio incomum.
    "É incomum ver incêndios dessa escala e duração em latitudes tão altas em junho", diz Parrington.
    "Mas as temperaturas no Ártico têm aumentado a uma taxa muito mais rápida do que a média global, e as condições mais quentes favorecem os incêndios a se alastrar e perdurar, uma vez que são desencadeados".
    A terra seca e as temperaturas extremamente mais quentes do que a média, combinadas com relâmpagos e ventos fortes, fizeram com que as labaredas se espalhassem de forma agressiva.
    A queima foi sustentada pelo solo da floresta, composto de turfa descongelada, exposta e seca - substância com alto teor de carbono.

    Expansão perigosa
    De acordo com Jonathan Amos, correspondente de ciência da BBC, satélites estão monitorando uma série de incêndios florestais novos e contínuos no Círculo Polar Ártico.

    "O fogo está liberando grandes volumes de dióxido de carbono e metano – reservas de carbono que, em alguns casos, estavam armazenadas no solo há milhares de anos", afirma.

    Segundo ele, os cientistas dizem que o que estamos vendo é uma evidência do tipo de reação que devemos esperar de um mundo mais quente, onde o aumento das concentrações de gases causadores do efeito estufa gera mais aquecimento, levando a condições que liberam ainda mais carbono na atmosfera.

    "Muitas das partículas emanadas por esses incêndios vão acabar se instalando em superfícies de gelo mais ao norte, escurecendo as mesmas e acelerando assim seu derretimento", explica Amos.
    Tudo isso faz parte de um processo de expansão.

    O que está sendo feito?
    As autoridades russas não estão combatendo a maior parte dos incêndios, argumentando que o custo seria maior do que o dano causado pelas chamas.

    "Eles (os incêndios) não ameaçam nenhuma comunidade ou economia", declarou a assessoria de imprensa do Ministério Florestal da região de Krasnoyarsk a um site de notícias siberiano.

    As hashtags #putouttheSiberianfires ("apague os incêndios na Sibéria") e #saveSiberianforests ("salve as florestas siberianas") estão ganhando força no Twitter, à medida que os russos reclamam que o governo não está fazendo o suficiente para enfrentar a crise.

    Alguns argumentam que o incêndio que atingiu a catedral de Notre Dame, em Paris, em abril deste ano, recebeu muito mais atenção da imprensa do que os incêndios florestais.
    "Vocês lembram como as notícias sobre o incêndio da Notre Dame se espalharam? Agora é hora de fazer o mesmo com os incêndios florestais na Sibéria", escreveu um usuário.
    "Não vamos esquecer que a natureza não é menos importante que a história. Vários animais perderam suas casas, e muitos deles provavelmente estão mortos. Só de pensar nisso é doloroso", dizia outro tuíte.

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      A luta contra a mina de carvão que dizimou uma floresta na Alemanha

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      Uma das maiores minas de carvão da Europa está na floresta de Hambach, no oeste da Alemanha - país em que mais de um terço da eletricidade ainda é produzida pela queima desse combustível.
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       Por BBC  

       Postado em 31 de julho de 2019 às 11h00m  
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      Ativistas ambientais lutam contra a mudança climática — Foto: BBC News BrasilAtivistas ambientais lutam contra a mudança climática — Foto: BBC News Brasil

      Uma pequena área de floresta na Alemanha, próxima à fronteira com a Holanda, se tornou o centro da disputa em torno da exploração de carvão no país.

      Um terço da eletricidade alemã ainda é produzida a partir da queima de carvão - principalmente o lignito (carvão marrom).
      Para mudar esse cenário, ativistas ambientais concentram esforços na floresta de Hambach, no oeste da Alemanha, a 30 km da cidade de Colônia. Eles vivem em casas no alto das árvores e chamam a floresta de "Hambi".

      Eles usam algo como um uniforme: botas pesadas, calças escuras, blusa com capuz e um lenço que cobre o nariz e a boca. Mona, Omo e Jim parecem ter 20 e poucos anos e dizem que querem mudar o mundo.

      "Nós lutamos contra o capitalismo e as grandes empresas que governam o mundo e o destroem para o lucro", diz Jim.

      Só sobraram 10%
      Os ativistas estão no "Hambi" porque a floresta está ameaçada de destruição total.
      Abaixo da floresta está uma das maiores jazidas de carvão da Europa. Desde que começou a extração, em 1978, as árvores foram arrancadas gradualmente para permitir que as escavadeiras conseguissem acessar a riqueza abaixo: milhões de toneladas de carvão - que mantêm a indústria funcionando nesta parte da Alemanha e é um modo de vida para milhares de pessoas.

      Para piorar a situação, o carvão que é extraído nessa área é o carvão marrom, que emite níveis particularmente altos de dióxido de carbono.

      Somente 10% da floresta ainda estão de pé. Esse percentual se tornou um símbolo poderoso do movimento contra as mudanças climáticas na Alemanha.

      Mona, Omo e Jim - o núcleo duro, preparado para viver lá nas noites frias de inverno e defender suas árvores - receberam centenas de visitantes, que foram mostrar solidariedade aos ativistas e revolta contra a empresa RWE Power, de energia e mineração. "Hambi bleibt!", eles cantam ("deixe Hambi").
      A 'linha vermelha' formada por manifestantes ao redor da floresta: eles não querem intervenção no que restou da floresta — Foto: BBC News Brasil A 'linha vermelha' formada por manifestantes ao redor da floresta: eles não querem intervenção no que restou da floresta — Foto: BBC News Brasil

      Eles são de Colônia, Aachen e cidades próximas. Uma mulher é dos Países Baixos, do outro lado da fronteira.

      "Eu vim aqui para protestar", diz Peter, que é originalmente do Quênia, mas agora trabalha em Bonn, na Alemanha. "Acho que a Alemanha deveria ter um papel mais ativo no combate aos combustíveis fósseis".

      Eles se juntam nos arredores da aldeia de Morschenich e caminham algumas centenas de metros em direção à floresta, parando no caminho para contemplar a escala da mina, uma enorme ferida na paisagem, e o tamanho das máquinas de escavar, gigantes de metal.

      Eles foram convidados a usar vermelho e formar uma linha ao longo de um banco de terra que separa a floresta da área da mina. A "linha vermelha" envia uma mensagem clara: até aqui e não além.

      Despejos
      No ano passado, o "Hambi" foi palco de um grande confronto. A empresa RWE queria voltar a derrubar árvores. A polícia chegou, aos milhares, para expulsar os ativistas, que moravam ali há vários anos, e desmontar suas casas nas árvores.

      "É difícil ver como eles destroem a sua casa", diz Omo. "A casa da árvore que você construiu e onde você viveu e passou tanto tempo."

      Os despejos foram temporariamente suspensos quando um jovem, que foi descrito como ativista e jornalista, caiu de um viaduto e morreu. Então, após um pedido da associação "Friends of the Earth", um tribunal impôs uma proibição temporária de derrubar árvores, em nome da conservação.
      Duas centrais elétricas são abastecidas a partir do carvão marrom da Floresta de Hambach — Foto: Divulgação/UnsplashDuas centrais elétricas são abastecidas a partir do carvão marrom da Floresta de Hambach — Foto: Divulgação/Unsplash

      A RWE disse que não tem planos de começar a cortar árvores novamente, pelo menos até o fim do verão de 2020 (23 de setembro, no Hemisfério Norte).

      Há indícios de que a floresta ainda possa sobreviver. Um relatório encomendado pelo governo e publicado no início deste ano, que recomendou o fechamento de todas as usinas a carvão na Alemanha até 2038, também estabeleceu que a conservação do que restou da floresta Hambach seria "desejável".
      Mas os ativistas desconfiam.

      "Em outubro de 2020, eles poderiam ter permissão para entrar novamente", diz Jim. "Então, precisamos aumentar a pressão sobre o governo e a empresa, para que eles não tenham permissão."

      Carvão marrom
      • A Alemanha é a maior fonte de lignito do mundo, seguida pela China e pela Turquia. Em 2016, a União Europeia foi responsável por 37,5% da produção mundial.
      • A mina de Belchatow, na Polônia, com 12 km de comprimento e 200 metros de profundidade, é a maior do mundo.
      • O carvão marrom é pior que o carvão comum, para a saúde e o clima, porque é necessário queimar uma quantidade maior para produzir a mesma quantidade de energia.
      • A poluição na Alemanha e na Polônia se estende por toda a Europa, inclusive para o Reino Unido, dependendo da direção do vento
      Fonte: HEAL

      Vilas fantasma
      Além de "Hambi bleibt", outra música ecoa pelas árvores. "Alle Dörfer Bleiben" (deixe todas as vilas ficarem).

      As minas de superfície, como a mina de Hambach, têm tão pouco respeito pelas vilas quanto pelas florestas. Estima-se que 300 vilas alemãs tenham sido demolidas desde 1945 para dar lugar à extração de carvão.

      A preocupação dos ativistas chegou tarde para Manheim, a apenas alguns quilômetros.
      Se você parar à tarde no cruzamento onde ficava a antiga padaria, você vai ouvir aves.
      Mas você não vai ouvir mais nada. Nenhum cachorro latirá, nenhuma buzina de bicicleta tocará. Você não ouvirá nenhuma saudação amigável. Na verdade, você não verá ninguém.

      Quando você passar pelo quartel dos bombeiros, você começará a entender o porquê. Existem espaços abertos onde ruas inteiras desapareceram. Algumas casas ainda estão de pé, abandonadas e em mau estado, esperando que as equipes de demolição cheguem e destruam os muros.

      Manheim é um povoado fantasma, uma sombra da agitada comunidade agrícola que já foi. Dos 1.600 moradores, restaram apenas alguns, e todos partirão nos próximos anos. Morschenich aguarda o mesmo destino - são duas aldeias que desaparecerão.

      No ano passado, depois de serem expulsos da floresta, ativistas ocuparam várias casas. A polícia chegou para retirá-los, e a RWE decidiu demolir parte da aldeia antes do prazo para desencorajar a ocupação.
      "Eu vim para ver como a casa estava sendo demolida e não nego ter derramado algumas lágrimas", diz Claudia Jakobs, que agora mora com o marido Marco na nova aldeia, Manheim-Neu, que está lentamente tomando forma, a poucos quilômetros de distância. Mas ela diz que está mais feliz agora que sua antiga casa não está mais lá.
      Antes de a casa ser derrubada, ela passava todos os dias para verificar se estava tudo bem com a casa e se nenhum ativista havia entrado.

      Kurt e Cilly Rüttgers também estavam preocupados com a presença dos ativistas.
      Eles administravam um dos bares da vila, o Zum Roten Hahn, que pertenceu à família há 150 anos. As fotografias adornam as paredes e os troféus estão alinhados na prateleira acima do bar. Mas uma cerveja não é servida aqui há quase dez anos. Os filhos de Kurt e Cilly não quiseram assumir o negócio em uma cidade que não tinha muito tempo de vida.

      Eles receberam recentemente o que Cilly descreve como "convidados não convidados". Kurt me mostra a casa do jardim nos fundos do bar, uma pequena sala com equipamentos básicos de cozinha. "Eles quebraram as janelas e rasgaram as cortinas", diz.

      "Kohlegegner", diz Cilly, bruscamente. O significado literal: "oponentes do carvão". Em outras palavras, "ativistas contra a mudança climática". Cilly afirma que nunca teve medo de viver em Manheim, mas a visão de manifestantes na aldeia com lenços sobre os rostos a assusta.

      Essa descrição, "Kohlegegner", é reveladora. As pessoas em Manheim, ao que parece, são defensoras do carvão, apesar da perda iminente de seu povoado. O carvão proporciona empregos nesta região há décadas.

      Kurt diz que já nos anos 50, quando era criança, sabia-se que algum dia a cidade desapareceria. Isso pode explicar por que alguns dos moradores estão incomodados com o fato de pessoas de fora irem para Manheim agora e lhes dizerem o que pensar e como se comportar.

      Hubert Perschke é uma dessas pessoas de fora. Ele é um ativista e fotógrafo que mora em uma cidade próxima e documentou a destruição gradual de Manheim por vários anos.
      "É verdade que a maioria das pessoas aqui não quer que as casas vazias sejam ocupadas", diz ele.

      Mas ele acrescenta que também havia sinais de simpatia pelos ativistas.
      "Algumas pessoas trouxeram comida e roupas", diz ele. "E alguns disseram a eles onde poderiam encontrar a chave para uma casa vazia."

      Ele defende o direito dos ativistas de usar a floresta de Hambach para o protesto.
      "O carvão tem uma tradição aqui. É um bem cultural", afirma ele. "E, como pessoas de fora, estamos desafiando isso. Estamos claramente dizendo que há coisas mais importantes, como o clima."

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