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domingo, 10 de fevereiro de 2019

Como o plástico mudou a sociedade brasileira

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Material se popularizou no Brasil nos anos 50, quando o país buscava imagem de modernidade, e hoje indústria do plástico é importante geradora de empregos. Junto com avanços, plásticos trouxe graves impactos ambientais.

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Por Deutsche Welle 

Postado em 10 de fevereiro de 2019 às 15h00m 
Aterro sanitário em Manaus: acúmulo de resíduos plásticos nas cidades tem reflexos tanto na degradação ambiental quanto na saúde pública — Foto: Adneison Severiano/G1 AMAterro sanitário em Manaus: acúmulo de resíduos plásticos nas cidades tem reflexos tanto na degradação ambiental quanto na saúde pública — Foto: Adneison Severiano/G1 AM

"Jazida arqueológica". É assim que a pesquisadora em antropologia e arqueologia da Universidade Federal de Minas Gerais, Vanúzia Gonçalves Amaral, se refere a um antigo aterro sanitário de Belo Horizonte, que abriga toneladas de lixo domiciliar depositados numa área de 60 hectares ao longo de 32 anos.

"O lixo é uma narrativa sobre os pequenos hábitos cotidianos de uma sociedade, é reflexo do que somos e do que temos", afirma a pesquisadora.
Desde fevereiro de 2018, ela faz escavações no aterro sanitário mineiro, separando os resíduos sólidos aterrados de acordo com cada uma das décadas entre 1975 e 2007, ano em que o lugar foi desativado.

"É possível ver quando o plástico passou a substituir materiais como o vidro", afirma Amaral, se referindo ao final da década de 1970, quando as garrafas PET aparecem, e as retornáveis de vidro foram deixando de existir. Foi nessa época também que as fraldas descartáveis começaram a aparecer no lixo.
Outra revolução pode ser vista no lixo a partir da década de 1990, com uma avalanche de produtos descartáveis, embalagens e sacolas plásticas.

Amaral aponta que foi justamente nessa época que se iniciaram as importações brasileiras de produtos populares chineses. Incrivelmente baratos, os importados da China trouxeram para o Brasil um novo comportamento de negócio, de consumo e também de hábitos sociais, marcado pelo surgimento das lojas de R$ 1,99 em todo o país e pela formação de grandes camelódromos.

Se por um lado são mais acessíveis, por outro lado, os produtos de plástico geram um acúmulo de lixo difícil de ser resolvido. "Os resíduos plásticos que compõem esses produtos são muito resistentes. Vasculhando o lixo de décadas passadas, é possível encontrar plásticos da década de 70, aterrados há mais de 40 anos, ainda com marcas legíveis e muitos até com restos de alimentos preservados em seu interior", descreve Amaral.

Com a finalidades de substituir materiais encontrados na natureza usados na indústria, como o marfim, e permitir produções em grande escala e mais baratas, o plástico totalmente sintético foi inventado em 1909.

A partir de 1930, diversos outros plásticos foram criados, como poliéster, náilon, teflon, silicone, entre outros, para atender a inúmeras demandas de mercado do século 20. Foi o caso da invenção do disco de vinil e da fita cassete, que revolucionaram o mercado fonográfico; e do PVC, que barateou os processos da construção civil, por exemplo.

No Brasil, assim como em diversas outras partes do mundo, a adoção do plástico na indústria moderna também barateou bens de consumo, alterando o estilo de vida sobretudo da classe média.

"Popularizado no Brasil na década de 1950, com o estabelecimento da indústria de resinas termoplásticas, o plástico passou a ser empregado em peças que antes utilizavam madeira, vidro, tecido, papel, etc., em especial em bens manufaturados, de uso pessoal e doméstico, como brinquedos, calçados, utensílios domésticos, embalagens", explica Silvia Helena Zanirato, professora de Gestão Ambiental da Universidade de São Paulo (USP) .

"Na década de 1950, o Brasil buscava uma imagem de país moderno, e os produtos fabricados com materiais plásticos foram tidos como mais práticos, modernos e acessíveis, ainda que menos duráveis", afirma.

Os novos produtos plásticos de consumo dominavam a propaganda na televisão da época. "As empresas que patrocinavam programas apresentaram esses produtos como componentes de um novo estilo de vida, de uma nova sociedade que se voltava agora para o consumo", aponta Zanirato.

Impactos ambientais
Além dos inúmeros avanços, o plástico também trouxe diversos impactos ambientais. Apesar de muitos alertas sobre os efeitos sobre a natureza, a indústria do plástico ainda é uma das que mais crescem no mundo.

"Hoje, a produção mundial de plásticos está acima de 400 milhões de toneladas ao ano. Em termos comparativos, em 2012, a produção mundial era de 280 milhões de toneladas", afirma Luciana Ziglio, doutora em Geografia Humana pela USP, citando dados da ONU.

"O Brasil acompanhou esse crescimento, produzindo, somente em 2017, 6,4 milhões de toneladas de plásticos", compara a geógrafa. Atualmente, a indústria de transformação de plástico é um dos setores que mais emprega no país.

A fim de ilustrar como os benefícios do uso do plástico são relativos quando comparados aos estragos, o coordenador do Grupo de Estudos de Meio Ambiente e Sociedade do Instituto de Estudos Avançados da USP, Pedro Roberto Jacobi, chama atenção para a área da saúde.

Enquanto as resinas plásticas permitiram a criação de materiais hospitalares descartáveis, que reduzem os riscos de contaminação, o descarte irregular dos produtos plásticos ameaça a saúde pública.

"O acúmulo de resíduos plásticos nas cidades contribui para o aumento de enchentes urbanas, e eles servem de vetores de insetos e roedores, tendo reflexos tanto na degradação ambiental quanto na saúde pública", explica Jacobi.

Segundo o coordenador, o maior problema relacionado ao plástico no Brasil está associado ao seu uso excessivo e desnecessário, como as embalagens plásticas de baixo custo e os canudos, e ao descarte inadequado, principalmente em córregos urbanos, rios e praias.

De acordo com a Fiocruz, água parada em pequenos reservatórios, como vasos de plantas, calhas entupidas, garrafas e lixo a céu aberto são um dos principais criadouros do Aedes Aegypti, mosquito transmissor da febre amarela, chicungunya, zika e dengue no meio urbano.

Reciclar, reutilizar e reduzir
Segundo Jacobi, a solução para o problema do uso do plástico no Brasil deve ser pensada a partir dos "3R": reciclar, reutilizar e reduzir.

"Reduzir é o mais difícil, já que implica a criação de novos hábitos", afirma o pesquisador. "Quanto mais os consumidores mudarem seus hábitos, menos o plástico, hoje usado como solução para todos os problemas, terá valia na nossa sociedade."

A Ilha de Porto Belo, em Santa Catarina, foi uma das primeiras localidades do país a proibir canudos de plástico, em dezembro de 2016. Em julho de 2018, foi a vez dos estabelecimentos comerciais do Rio de Janeiro eliminarem o produto.

"Novos hábitos também começam a se multiplicar nas feiras de orgânicos e em algumas cadeias de supermercados que cobram pela sacola", destaca Jacobi, afirmando, contudo, que essas ainda são mudanças muito pequenas e isoladas.

Além disso, a reciclagem do plástico ainda deixa a desejar no país. Segundo dados do Ibope de 2018, 75% dos brasileiros não separam materiais recicláveis, e 39% não separam sequer o lixo orgânico do inorgânico. Ainda segundo a pesquisa, 77% sabem que os plásticos são recicláveis, mas somente 40% têm essa consciência sobre as garrafas PET.

No mundo, dados do Ellen MacArthur Foundation de 2017, mostram que cerca de 8 milhões de toneladas de plástico são despejados nos oceanos anualmente. Se essa situação não mudar, em 2050, haverá mais plásticos do que peixes nos oceanos. Pesquisas apontaram que cerca de 90% das aves marinhas têm plástico no seu organismo.

"Considerando que o Brasil tem a maior costa da América do Sul, o problema do lixo plástico nos oceanos deve ser uma das nossas principais preocupações", afirma Ziglio. "É fundamental a ação do Estado na regulação e fiscalização da produção, assim como no descarte e reutilização do plástico no Brasil."

Desde o início da produção em massa de plástico, na década de 1950, 8,3 bilhões de toneladas de plástico foram produzidas no mundo, das quais apenas 9% foram reciclados, segundo estudo publicado em dezembro passado na revista "Science".

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    sábado, 9 de fevereiro de 2019

    Imagens mostram como construção de hidrelétrica secou um dos principais rios da Colômbia

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    O rio Cauca é o segundo maior da Colômbia, mas quase desapareceu em poucas semanas. Como isso pode ocorrer, e por quê? E qual será o impacto no meio ambiente e na população local?

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    Por Eva Ontiveros e Ana Lucia Gonzalez, BBC 

    Postado em 09 de fevereiro de 2019 às 16h45m 




    A Hidroituango, hidrelétrica em construção no leito do rio Cauca, seria a maior hidrelétrica da Colômbia, capaz de gerar um quinto da energia usada no país — Foto: Planet LabsA Hidroituango, hidrelétrica em construção no leito do rio Cauca, seria a maior hidrelétrica da Colômbia, capaz de gerar um quinto da energia usada no país — Foto: Planet Labs

    Ao longo de mais de 1.350 quilômetros, o rio Cauca atravessa a Colômbia, desde sua nascente no alto das montanhas dos Andes até o mar do Caribe. Estima-se que 10 milhões de pessoas – cerca de um quinto da população colombiana – vivam às suas margens.

    Nesse trajeto, o Cauca passa por algumas das terras mais férteis do país. Além disso, costumava abastecer usinas hidrelétricas, complexos de mineração, diversas indústrias, cidades e povoados e proporcionou um meio de vida para agricultores e pescadores.

    Em maio de 2018, o excesso de chuva e um sério problema de construção em um ponto onde o rio estava sendo represado geraram enchentes à jusante. Como resultado, milhares de pessoas precisaram abandonar suas casas.

    Mas agora o rio Cauca praticamente desapareceu. Entre dezembro de 2018 e fevereiro de 2019, o nível da água ficou tão baixo que não é mais possível registrá-lo.

    O que ocorreu com o rio Cauca?
    O Cauca abasteceria a represa de Hidroituango, uma hidrelétrica que estava sendo construída perto das cidade de Puerto Valdivia e Ituango, no noroeste da Colômbia.
    Mapa da localização do rio Cauca e da represa de Hidroituango — Foto: BBC 
    Mapa da localização do rio Cauca e da represa de Hidroituango — Foto: BBC

    A construção da barragem da represa é um projeto conduzido pela empresa EPM - que chegou a construir três túneis para permitir o fluxo do Cauca enquanto a obra estava em curso.

    Na foto abaixo, feita pela empresa Planet Labs em 26 de março de 2018, era possível ver o projeto inteiro, com a hidrelétrica localizada no topo da imagem.
    Barragem de Hidroituango em 26 de março de 2018, quando a construção estava em curso — Foto: Planet LabsBarragem de Hidroituango em 26 de março de 2018, quando a construção estava em curso — Foto: Planet Labs

    É possível ver que a água do rio fluía a partir da parte debaixo da imagem, em direção ao alto. A partir do ponto em que o rio era interrompido pela hidrelétrica, ao centro, a água passava a escorrer pelos três túneis, que atravessavam a hidrelétrica. Então, ressurgia do outro lado da construção, à direita da usina.

    Porém, em seguida, dois desses túneis acabaram inutilizados. A partir de então, o rio continuou a correr apenas pelo terceiro túnel.
    Então, em 8 de abril de 2018, o represamento da água do Cauca foi iniciado. A imagem abaixo mostra o nível da água do rio aumentando (na parte inferior da imagem).
    Essa imagem de 8 de abril de 2018 mostra a represa começando a encher — Foto: Planet LabsEssa imagem de 8 de abril de 2018 mostra a represa começando a encher — Foto: Planet Labs

    Mas, no início de maio, os problemas começaram a aparecer. A imagem abaixo, feita em 7 de maio, revela o surgimento de uma cratera. A cratera pode ser vista à direita do rio, na parte baixa da imagem de satélite, e chegou a engolir uma parte de uma estrada de terra que passava por ali.

    Um pouco acima, em direção à hidrelétrica, é possível ver um deslizamento de terra.

    Em consequência disso, o túnel que estava em funcionamento acabou bloqueado. Os engenheiros tentaram reabrir os outros dois que haviam sido fechados, mas não conseguiram. Assim, a água ficou presa antes da hidrelétrica e o reservatório passou a encher sem nenhum mecanismo de escoamento.
    Em 7 de maio de 2018, havia evidências do surgimento de uma cratera e da ocorrência de um desmoronamento de terra — Foto: Planet LabsEm 7 de maio de 2018, havia evidências do surgimento de uma cratera e da ocorrência de um desmoronamento de terra — Foto: Planet Labs

    Dez dias depois, o nível da água havia subido tanto que a cratera foi engolida pela água. Além disso, passou a haver evidências de outros desmoronamentos de terra ao redor da represa.

    Nessa altura, a água já havia atingido o local onde estava sendo construída a área de trabalho da hidrelétrica – essa invasão da água não estava prevista no plano de construção original.

    Já a imagem acima mostra a água sendo escoada do outro lado da hidrelétrica, à medida que um dos túneis que estavam fechados acabou voltando a funcionar naturalmente - não devido a uma intervenção humana.

    Isso gerou uma mudança repentina nas condições do rio naquele ponto. O fluxo da água atingiu três vezes o valor médio, gerando inundações e fazendo com que 25 mil pessoas precisassem ser evacuadas.
    Em 17 de maio de 2018, o nível da água estava alto, mas ainda não havia atingido o topo, onde a água poderia ser escoada de maneira controlada — Foto: Planet LabsEm 17 de maio de 2018, o nível da água estava alto, mas ainda não havia atingido o topo, onde a água poderia ser escoada de maneira controlada — Foto: Planet Labs

    Mas os problemas na hidrelétrica de Hidroituango ainda não haviam acabado. Ao longo das semanas seguintes, houve um aumento nas chuvas e na acumulação de sedimentos na estação de trabalho. Isso acabou fazendo com que a água se espalhasse através de galerias e jorrasse de forma descontrolada pela hidrelétrica, erodindo e enfraquecendo algumas de suas estruturas.

    Engenheiros manifestaram preocupações de que a hidrelétrica pudesse vir abaixo. Assim, a EPM deixou mais de 130 mil pessoas sob alerta de evacuação.

    Da enchete à seca e, então, o desaparecimento
    Desde então, a principal preocupação em relação à Hidroituango é evitar que a barragem acabe rompendo, além de interromper processos de erosão provocados pela água.

    Uma vez que o sistema de túneis não é mais confiável, a única forma de controlar a liberação da água é permitir que ela atinja o topo do reservatório para então abrir comportas construídas para esse fim.

    O problema é que quando a estação seca começou, se tornou difícil acumular água suficiente para encher a represa até a parte mais alta.

    Em 16 de janeiro de 2019, a EPM decidiu que a melhor forma de lidar com o problema era reduzir drasticamente a quantidade de água liberada - de 800 metros cúbicos por segundo para 395 (dados do Ministério do Meio Ambiente da Colômbia).

    Mas, em seguida, a EPM avaliou que essa medida não seria suficiente. Em 5 de fevereiro, cortou completamente o fluxo da água. Dessa forma, o rio Cauca desapareceu.

    De acordo com medições feitas por funcionários do Ministério do Meio Ambiente em Puerto Valdivia, o nível da água era de 196 centímetros, em 4 de fevereiro. Dois dias depois, havia caído drasticamente para 42 centímetros.

    O órgão afirma que, no local onde antes o rio corria, há hoje um longo trajeto de lama e pedra, repleto de milhares de peixes encalhados e mais de 700 voluntários tentando salvá-los.

    Depois de fechar as comportas de água, a EPM disse que não estava mais medindo o fluxo do rio do outro lado da hidrelétrica, porque estava recalibrando seus sensores. Já funcionários do Ministério do Meio Ambiente informaram que não há mais água suficiente para fazer qualquer medição - assim, suas medidas mostraram que o fluxo de água era zero.

    Enquanto isso, comunidades que antes haviam sido evacuadas devido a enchentes, agora enfrentavam problemas para pescar e irrigar seus campos agrícolas.

    De acordo com autoridades de Puerto Valdivia e Ituango, não se sabe até quando essa situação irá durar.

    Lidar com pressões ambientais adicionais
    Essa não é a primeira crise a afetar o rio Cauca. Ao longo do tempo, o rio sofreu com despejo de esgoto de cerca de 10 milhões de pessoas.

    De acordo com notícias de 2007 do jornal local El Tiempo, o Cauca recebia na época em torno de 500 toneladas de resíduos por dia.
    O rio também sofreu com poluição provocada pela mineração de ouro, carvão e bauxita, além de poluentes industriais como mercúrio.

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    sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

    Via Láctea: novo mapa mostra que nossa galáxia é 'retorcida e deformada'

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    Mapa tridimensional elaborado por astrônomos da Austrália e da China mostra a galáxia não como uma espiral plana, mas como um disco de estrelas em forma de 'S', que se deforma retorcendo-se de forma progressiva.

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    Por BBC 

    Postado em 08 de fevereiro de 2019 às 14h35m 



    O mapa 'em forma de S deformado' foi elaborado com base em informações de mais de 1,3 mil estrelas — Foto: Chen Xiaodian O mapa 'em forma de S deformado' foi elaborado com base em informações de mais de 1,3 mil estrelas — Foto: Chen Xiaodian

    A galáxia em que vivemos tem uma forma bem distinta da que se pensava.
    Cientistas costumavam descrever a Via Láctea como uma espiral plana com cerca de 250 bilhões de estrelas.

    O Sol e os planetas que orbitam ao seu redor, incluindo a Terra, ocupam um espaço pequeno em um dos braços menores dessa espiral.
    Mas um novo estudo publicado na revista Nature Astronomy apresenta uma imagem bem diferente da nossa galáxia.

    Com base em informações de mais de 1,3 mil estrelas, pesquisadores da Austrália e da China concluíram que ela é uma espiral deformada e que se retorce progressivamente - fica mais helicoidal quanto mais longe as estrelas se encontram de seu centro.

    Estrelas pulsantes
    O novo mapa em 3D da Via Láctea foi elaborado por astrônomos da Academia de Ciência da China e da Universidade Macquarie, na Austrália.
    A Via Láctea é geralmente apresentada como um disco espiral plano — Foto:  NASA/Adler/U. Chicago/Wesleyan/JPL-Caltech A Via Láctea é geralmente apresentada como um disco espiral plano — Foto: NASA/Adler/U. Chicago/Wesleyan/JPL-Caltech

    O mapa tridimensional foi construído a partir dos dados de 1.339 estrelas chamadas cefeidas clássicas, que têm brilho até 100 mil vezes mais forte que o Sol.

    As cefeidas são estrelas que pulsam de forma regular - as pulsações podem ser observadas através de mudanças no padrão de brilho desses astros.

    Assim, combinando o período de pulsação com as variações no brilho é possível estimar a distância de cada uma delas ao centro da Via Láctea com um alto grau de precisão - a margem de erro é de aproximadamente 5%.

    Em forma de 'S'
    "Pensamos em geral que as galáxias em espiral são bem planas, como a Andrômeda, que pode ser visualizada com facilidade de um telescópio", destaca Richard de Grijs, astrônomo Universidade de Macquarie e um dos autores do estudo.

    No mapa elaborado por De Grijs e seus colegas, contudo, o disco da Via Láctea se retorce progressivamente quanto mais longe do centro.
    Isso se deve ao fato de que a força da gravidade é mais fraca nas extremidades da galáxia. Por causa disso, dizem os pesquisadores, o disco em espiral vai ganhando a forma de um "S" distorcido.

    "Nas regiões externas da Via Láctea vimos que o disco em forma de 'S' vai se deformando em um padrão em espiral que se retorce de maneira progressiva", explica De Grijs.

    Chen Xiaodian, também autor do estudo, ressaltou que o mapa tridimensional "é crucial para estudar os movimentos das estrelas dentro da nossa galáxia".

    A aparência deformada da Via Láctea é pouco frequente no Universo, mas não é única.
    Cientistas já observaram cerca de uma dezena de galáxias que apresentam retorcimento progressivo nas extremidades de seus discos.

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