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segunda-feira, 23 de abril de 2018

Como um penhasco mudou para sempre a forma como entendemos a Terra

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Formação em área remota da Escócia confirmou as teorias de James Hutton, “o pai da geologia”, e influenciou Charles Darwin a criar a teoria da evolução.

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BBC
Por BBC 
"Só um pouquinho mais à frente, logo após a próxima curva", disse Jim, meu guia, enquanto nosso barco de pescador desbravava as águas densas do Mar do Norte. Não foi muito tranquilizador. Mas, conforme avançávamos lado a lado, eu lembrei que o motivo da viagem valia a pena.

Nós estávamos refazendo uma jornada de 230 anos de existência, que mudou para sempre a perspectiva da humanidade sobre a história da Terra - e até do próprio tempo.

Nosso destino era o Ponto Siccar. Eu o havia visitado mais cedo naquele dia, mas a pé. Ao ficar de pé sobre os penhascos, a uma hora de distância de carro a leste de Edimburgo (Escócia), eu tive a impressão incontestável de estar em uma fronteira. Muito abaixo, lascas pontiagudas de rochas cinzentas mergulhavam no mar cheio de espuma. Nos penhascos em volta, porém, as pedras tinham um tom mais avermelhado.
O Ponto Siccar é uma das localidades geológicas mais importantes do mundo - e foi um fazendeiro de 62 anos quem desvendou sua importância (Foto: John Van Hoesen) 

De repente, Jim deu um tapinha no meu ombro. "Logo ali", apontou ele. Conforme nos aproximávamos, eu comecei a notar os afloramentos rochosos que o anunciam. Mais perto, o contraste entre as camadas verticais de pedra oceânica com a base do penhasco e as camadas horizontais de arenito bem mais acima estava claramente visível.

Em 1788, poucas pessoas entendiam a importância desse contraste. Foi um pensador iluminista - o fazendeiro de 62 anos James Hutton, que fez essa viagem em volta do Ponto Siccar há mais de dois séculos - que percebeu que ele comprovava a existência de um "tempo profundo".

Muito antes da chegada de Hutton, o Ponto Siccar tinha uma importância histórica e geográfica. Mais de mil anos atrás, os britânicos antigos haviam construído um pequeno forte ali para espantar os invasores do norte. Mas ninguém havia percebido como o Ponto Siccar ilustrava a própria história da Terra.

Muito antes de James Hutton, o Ponto Siccar já tinha uma importância histórica (Foto: John Van Hoesen)

Na verdade, quase todas as pessoas na sociedade do século 18 ainda acreditavam que a Terra tinha entre 4 e 10 mil anos de idade, uma estimativa baseada em interpretações literais da Bíblia. Hutton acreditava que a Terra era na verdade muito mais velha. Era uma percepção que mudaria o curso da ciência.

Assim como muitas figuras-chave do Iluminismo Escocês do século 18, como o economista Adam Smith, o filósofo David Hume e o poeta Robert Burns, Hutton era um polimato (quem estuda ciências diversas). Nascido em 1726, ele entrou na Universidade de Edimburgo com apenas 14 anos e com 23 ele tinha um diploma de medicina da Universidade de Leiden, na Holanda, além de um interesse crescente em química.

Alguns anos depois, ele descobriu como isolar cloreto de amônio da fuligem. Hutton começou um negócio produzindo a substância em sais, tintas e metais, o que lhe garantiu riquezas pelo resto da vida.

Apesar do sucesso profissional, a vida pessoal de Hutton havia mudado para pior. Tido como um "homem de pouco caráter" pela elite de Edimburgo após ter um filho ilegítimo, ele se isolou em várias fazendas perto da fronteira entre a Escócia e a Inglaterra, terras que herdou de seu pai. Isso deu início a um fascínio pela agricultura que ele mais tarde descreveu como "o estudo da minha vida". A agricultura levou sua mente inquieta a questionar os processos que formavam a Terra - e a própria idade da Terra.

"Uma das dificuldades que ele enfrentou foi muita erosão do solo", disse Colin Campbell, chefe-executivo do centro de pesquisas Instituto James Hutton. "Ele ficava se perguntando como manter o solo na terra durante as tempestades. Mas ele começou a perceber que havia um processo de renovação: enquanto o solo era levado, um novo solo começaria a ser formado e esse ciclo levava bastante tempo".

"Uma das dificuldades que ele enfrentou foi muita erosão do solo", disse Colin Campbell, chefe-executivo do centro de pesquisas Instituto James Hutton. 

"Ele ficava se perguntando como manter o solo na terra durante as tempestades. Mas ele começou a perceber que havia um processo de renovação: enquanto o solo era levado, um novo solo começaria a ser formado e esse ciclo levava bastante tempo".

Hutton encontrou sua ilustração ideal da história da Terra no Ponto Siccar (Foto: John Van Hoesen)

Ele partiu Escócia adentro procurando paisagens com junções claras ou inconformidades, que ele acreditava representar intervalos de tempo entre diferentes períodos geológicos. Quanto mais visualmente evidente o contraste, mais fácil era ver que essas características haviam sido criadas separadamente ao longo de enormes períodos de tempo, com intervalos de até milhões de anos.

Assim que Hutton avistou o Ponto Siccar, ele sabia que havia encontrado o que procurava. Como o matemático John Playfair, seu companheiro naquele dia, descreveu mais tarde: "A mente parecia ficar um pouco tonta de olhar para tão longe no abismo do tempo".

O palpite de Hutton estava certo. Hoje sabemos como certas pedras oceânicas foram formadas há 435 milhões de anos. Com o tempo, camadas de lama no fundo marinho endureceram, cresceram na vertical, subiram acima do nível do mar e então lentamente sofreram erosão, revelando as formações.
As pedras grauvaque do Ponto Siccar foram formadas 435 milhões de anos atrás (Foto: John Van Hoesen)

Mas foram necessários outros 65 milhões de anos até que o arenito fosse formado. Isso aconteceu em um período climático muito diferente, quando a Escócia era uma região tropical que ficava um pouco ao sul da Linha do Equador. Lentamente, os rios que se formavam no período chuvoso depositaram desertos de areia no topo da pedra de grauvaque.

"Hutton percebeu que a formação e o movimento dessas rochas para criar o litoral que vemos no Ponto Siccar não poderia ter ocorrido em cataclismas repentinos no intervalo de anos ou décadas", disse Iain Stewart, geólogo da Universidade de Plymouth. 

"Ele entendeu esse conceito da profundidade do tempo: são necessárias dezenas de milhões de anos para ter grandes mudanças no planeta como efeito. E isso é perfeitamente ilustrado pela desconformidade entre as camadas de pedra oceânicas e terrestres".

As ideias de Hutton começaram a se tornar dominantes no começo do século 19, depois que Playfair publicou seu livro de ilustrações da Teoria Huttoniana da Terra, em 1802, resumindo as teorias de seu amigo. O livro incluía uma ilustração do Ponto Siccar.

Muitas décadas depois, o geólogo Charles Lyell escreveu a então inovadora obra de três volumes Os Princípios da Geologia, levando as ideias revolucionárias de Hutton ao público em geral e propondo uma idade indefinidamente longa da Terra.

"O próprio Hutton, durante sua vida, era conhecido por dar essas palestras impenetráveis", diz Stewart. "Boa parte de sua escrita também era inacessível. Mas, para Playfair, e mais tarde Lyell, a lógica do seu pensamento era muito atraente e eles tiveram um papel fundamental na sua popularização e em fazer as pessoas aceitarem a longevidade da história da Terra".
O arenito no local foi formado 65 milhões de anos após a formação da grauvaque, o que deu a Hutton a desconformidade que ele precisava (Foto: John Van Hoesen)

Essas ideias influenciaram intensamente o então jovem Charles Darwin, fornecendo boa parte da base para seus pensamentos, que acabaram o levando à teoria da evolução. "Se você acredita que a Terra tem apenas 4 mil anos, não há muito tempo para seleção natural e evolução", disse Campbell. 

"Mas se você acredita que o mundo tem milhões e milhões de anos, isso lhe dá todo tempo que você precisa para a evolução. É por isso que Hutton teve um impacto tão grande no pensamento das pessoas nos séculos seguintes".

O próprio Hutton nunca testemunhou o legado de suas ideias. Ele morreu em 1797, com 70 anos de idade, nove anos após sua visita ao Ponto Siccar. Apesar de ser um dos maiores cientistas da Escócia, sua morte mal foi homenageada e ele foi enterrado em uma cova sem identificação. Somente 100 anos mais tarde, um grupo de geólogos juntou recursos para criar uma lápide para ele.

"Ninguém sabe por que isso aconteceu", diz Campbell. "Deve haver várias razões - ele não havia se casado, teve um filho ilegítimo. Algumas pessoas dizem que ele bebia muito e ficava mais feminino, mas isso pode ser um mito. Além de sua genialidade científica, há muita história pessoal sem explicação no caso de Hutton".

Ainda assim, em um intervalo de décadas, as ideias de Hutton influenciaram a cultura popular e se tornaram amplamente aceitas, até mesmo pela Igreja Anglicana. Muito disso se deve não apenas a Hutton, mas ao próprio Ponto Siccar.

"É um contraste tão grande e óbvio não apenas no ângulo mas nas cores das pedras, e isso não dá margem para discussão", disse Campbell. "Resume tão bem as teorias de Hutton, e eu acho que esse é um dos motivos para sua importância".
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Mercado sobe previsão de inflação e prevê alta menor do PIB em 2018

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Expectativa dos analistas dos bancos para inflação deste ano subiu de 3,48% para 3,49%. Para o PIB, estimativa de alta passou de 2,76% para 2,75%.

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Por Alexandro Martello, G1, Brasília 
Os analistas do mercado financeiro elevaram a estimativa para a inflação deste ano e também reduziram a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018.

As previsões estão no relatório de mercado, também conhecido como "Focus", feito com base em pesquisa da semana passada feita pelo Banco Central com mais de 100 instituições financeiras. Os números foram divulgados nesta segunda-feira (23).

A expectativa do mercado para a inflação em 2018 passou de 3,48% para 3,49% na semana passada. Com isso, foi interrompida uma sequência de onze quedas seguidas.

O percentual esperado pelos analistas continua abaixo da meta que o Banco Central precisa perseguir para a inflação neste ano, que é de 4,5%. Entretanto, está dentro do intervalo de tolerância previsto pelo sistema, que considera que a meta terá sido cumprida pelo BC se o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficar entre 3% e 6%.

A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).

Para 2019, o mercado financeiro baixou a expectativa de inflação de 4,07% para 4%. A meta central do próximo ano é de 4,25% e o intervalo de tolerência do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%.

PIB e juros
Para o resultado do PIB em 2018, os economistas dos bancos baixaram a previsão de crescimento de 2,76% para 2,75%. Foi a quarta queda seguida do indicador. Para o ano que vem, a expectativa do mercado para expansão da economia continua em 3%.

O Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Em 2016, o PIB teve uma retração de 3,5%. Em 2017, cresceu 1% e encerrou a recessão no país.

Os analistas do mercado mantiveram em 6,25% ao ano sua previsão para a taxa básica de juros da economia, a Selic, ao final de 2018. Atualmente, a taxa está em 6,5% ao ano.

A redução na expectativa do mercado veio após o próprio Banco Central ter indicado que pode continuar reduzindo a taxa básica de juros nos próximos meses.

Para o fim de 2019, a estimativa do mercado financeiro para a Selic continuou em 8% ao ano. Deste modo, os analistas seguem prevendo alta dos juros no ano que vem.

Câmbio, balança e investimentos
Na edição desta semana do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 subiu de R$ 3,30 para R$ 3,33 por dólar. Para o fechamento de 2019, avançou de 3,39 para R$ 3,40 por dólar.

A projeção do boletim Focus para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), em 2018, caiu de US$ 55,8 bilhões para US$ 55 bilhões de resultado positivo.

Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit recuou de US$ 46 bilhões para US$ 45,33 bilhões.

A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2018, recuou de US$ 80 bilhões para US$ 77,5 bilhões. Para 2019, a estimativa dos analistas ficou estável em US$ 80 bilhões.
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domingo, 22 de abril de 2018

O canudo que permite beber água suja de esgoto sem ficar doente

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A contaminação da água ainda mata milhões de pessoas todos os anos, mas uma invenção pode remover os micróbios dela conforme eles são sugados em direção à sua boca. Você beberia essa água?

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BBC
Por BBC 
Postado em 22 de abril de 2018 às 19h45m 



Os fabricantes do LifeStraw dizem que ele pode remover 99.9% dos parasitas e bactérias presentes na água não tratada (Foto: Zaria Gorvett) 

"Eu não beberia isso se fosse você".
O conselho vem de um homem em um barco próximo, que me observava com uma divertida expressão de perplexidade por algum tempo. Estou desajeitadamente deitada à beira do Rio Tâmisa, em Londres, inclinada para colocar um pouco de seu líquido verde e tenebroso dentro da minha garrafa vazia de água.

Meu plano maluco começa com um fato alarmante. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), há 2,1 bilhões de pessoas no planeta que não têm uma fonte segura de água para beber. Consequentemente, mais pessoas morrem ao beber água contaminada todo ano do que de qualquer forma de violência, incluindo guerras. 

Conforme a população mundial aumenta e as mudanças climáticas pioram, nossos problemas com a água estão ficando cada vez piores. Até 2025, metade da população estará vivendo em locais onde a demanda por água limpa é maior do que seu fornecimento.

Há uma nova geração de soluções ousadas, desde purificadores de água que funcionam a base de fezes até máquinas que filtram partículas usando água com gás. Uma dessas é a LifeStraw, um canudo que limpa a água conforme ela passa por uma série de fibras longas e ocas, inseridas em um tubo de plástico.

A versão original funciona como um canudo normal, você simplesmente mergulha uma extremidade em alguma água e suga do outro lado. Qualquer coisa maior que dois mícrons - ou um centésimo da grossura de um fio de cabelo humano – ficará preso ali antes de chegar à sua boca. Isso inclui 99,9% dos parasitas e 99,9999% das bactérias, como as que causam cólera, disenteria e febre tifóide. Quando sugada por um LifeStraw, até mesmo a água mais lamacenta fica tão limpa quanto as de riachos de montanhas. 

Uma ideia nascida há duas décadas
Tudo começou em 1996, quando um empreendedor dinamarquês, Mikkel Frandsen, transformou o negócio do seu avô, de confecção de uniformes, em algo que pudesse melhorar a vida de pessoas na África. A primeira versão do LifeStraw foi criada para ajudar a erradicar o verme da Guiné, uma das mais cruéis doenças a persistir no século 21.


A doença é causada por uma série de fatores - água suja, infectada por moscas contaminadas por larvas de verme. Se você tiver o infortúnio de beber essa água, os vermes vão ficar maduros e se reproduzir dentro do seu corpo durante vários meses e eventualmente vão aparecer na superfície da sua pele, através da qual eles tentarão passar para sair. O resultado é frequentemente infeccioso e ocasionalmente resulta em membros amputados. É terrivelmente dolorido e não há vacina ou droga que possa tratá-la.

Para começar, o canudo contém uma rede simples, que poderia remover insetos relativamente grandes. Ao longo de duas décadas, a empresa de Frandsen ajudou na erradicação da doença com 37 milhões de unidades, o que ajudou a reduzir o número de casos de doença do verme da Guiné de 3,5 milhões em 1986 para apenas 25 no ano passado. "Essa será a segunda doença erradicada na história", diz DeWitte.

Hoje, a tecnologia evoluiu a ponto de um canudo filtrar todas as bactérias, parasitas e moscas de 4 mil litros de água, o bastante para manter seu dono seguro por vários anos. Versões dele já foram usadas após desastres no Haiti, Equador, Paquistão e Tailândia e a companhia que os produz já está na metade do caminho para oferecer água limpa a um milhão de estudantes no Quênia.

Uma experiência no Tâmisa
Para checar a tecnologia, eu testei o LifeStraw original no líquido mais nojento que pude encontrar em Londres: a água do Tâmisa. Mas exatamente quão arriscado foi isso? E por que deveríamos nos importar?

"Há uma lista muito longa de patógenos no Tâmisa", diz Andrew Singer, um cientista do Centro NERC de Ecologia e Hidrologia. Quando eu falo a ele sobre o LifeStraw, ele dá risada. "Bem, seu experimento certamente irá testá-lo com precisão".

Apesar de muitos de nós pensarmos que água tratada do esgoto é relativamente limpa, a realidade é bem diferente. Na verdade, uma proporção muito grande do que sai dos londrinos – cerca de 15 milhões de pessoas - acaba no Tâmisa.

"A quantidade de água lá é pequena comparada ao número de pessoas, o que significa que temos menos água para diluir do que despejamos ali. Nossos rios chegam a ter entre 10% e 100% de esgoto", diz Singer. 

Quase sempre, trata-se de esgoto tratado, mas mesmo esse não pode ser considerado limpo. "Patógenos podem ser reduzidos em número, mas é tudo que podemos dizer com certeza", diz Singer.

Os principais perigos na maioria dos rios são os parasitas Cryptosporidium e Giardia lamblia, que causam diarreia e têm esporos tão pequenos e são tão difíceis de matar que às vezes chegam à água da nossa torneira.

Em vez disso, o objetivo primário do tratamento de esgoto é reduzir a quantidade de microorganismos prejudiciais e material orgânico na água, potencial exterminador de vida aquática.

O esgoto também traz consigo uma dose elevada de fármacos. Um estudo de 2013 sobre tratamentos de água do mundo inteiro apontou que apenas metade das 42 substâncias presentes no esgoto, como cafeína e antibióticos, foram removidos pelos processos de tratamento.

E há também todas as coisas que são despejadas nos rios quando chove: pesticidas, herbicidas, resíduos animais, pequenas quantidades de metais tóxicos como cádmio - e tudo mais que os vários patos, gaivotas e ratos de esgoto da cidade expelirem. E, por fim, há o plástico. 

Um estudo de 2016 encontrou cerca de 35 mil partículas de plástico em amostras tiradas do Tâmisa, a maioria de embalagens de comida e bebida.

Essa poluição tem vários efeitos colaterais desagradáveis, inclusive peixes que se tornaram presas fáceis após sofrer mudança de gênero em águas contaminadas com o plástico das pílulas contraceptivas, que imitam a química do estrogênio, e antidepressivos que os deixam tontos. Os eventos de natação no Tâmisa, que geralmente têm como consequência casos de doenças em massa.

"Praticamente todo vírus que já existiu na Terra está no Tâmisa", diz Singer.

Mesmo se você não for irresponsável o bastante para tomar água direto de um rio, a poluição nos nossos rios pode não estar tão distante quanto gostaríamos de imaginar. Hoje, 83% da água da torneira no mundo contêm fibras plásticas, enquanto o estrogênio dissolvido poderia estar contribuindo para o declínio rápido do número de espermas nos homens.
"As questões com água limpa não param no nível microbiológico", diz Alison Hill, diretor da LifeStraw.

"E enquanto pensarmos que a contaminação da água é um problema do mundo em desenvolvimento, eu acredito que o que vimos nos últimos cinco anos em lugares como Flint, em Michigan (EUA) demonstra que a preocupação de ter água limpa é uma preocupação americana também".
Depois de certo tempo, consegui coletar água do Tâmisa o suficiente sem cair ou ser atacada por patos. Para evitar mais olhares de desconhecidos, decidi bebê-la já no meu apartamento.


Operar o canudo é fácil – basta remover as proteções de ambas as extremidades, mergulhá-la no líquido impalatável de sua escolha e usá-lo como um canudo normal.

Levou alguns segundos, mas logo um fluxo de água filtrada do rio estava fluindo por ali. O veredito? Estava muito gelada e surpreendentemente refrescante. Eu achei que pude detectar notas de vegetação pantanosa, mas isso provavelmente foi a minha imaginação. E não, eu não fiquei doente. 
INGLATERRA

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