<<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>>
País tem uma inflação acumulada de 3,69% em 12 meses. Resultado veio acima das expectativas do mercado financeiro, que esperavam alta de 0,35% no mês.<<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por Bruna Miato, g1
Postado em 10 de maio de 2024 às 10h00m
#.*Post. - N.\ 11.198*.#
O aumento dos preços no mês passado foi puxado, principalmente, pelos produtos farmacêuticos e alimentos. O grupo de Saúde e cuidados pessoais foi o que apresentou a maior alta, de 1,16%, enquanto Alimentação e bebidas subiu 0,70%.
A inflação brasileira voltou a acelerar em relação ao mês anterior. Os preços haviam subido 0,16% março. No entanto, esse é o menor percentual para abril desde 2021. No mesmo mês do ano passado, o IPCA havia subido 0,61%.
Com os resultados, o IPCA acumula 3,69% em 12 meses. No ano, a alta é de 1,80%.
A inflação de abril veio acima das expectativas do mercado financeiro, que esperavam uma alta menos acentuada, de 0,35%.
Entre os nove principais grupos de produtos e serviços medidos pelo IPCA, sete apresentaram alta em abril.
De acordo com André Almeida, gerente da pesquisa do IBGE, os maiores vilões da inflação no mês passado foram os medicamentos, alimentos e a gasolina. Em contrapartida, a passagem aérea foi destaque entre as quedas.
Veja o resultado dos grupos do IPCA:
- Alimentação e bebidas: 0,70%;
- Habitação: -0,01%;
- Artigos de residência: -0,26%;
- Vestuário: 0,55%;
- Transportes: 0,14%;
- Saúde e cuidados pessoais: 1,16%;
- Despesas pessoais: 0,10%;
- Educação: 0,05%;
- Comunicação: 0,48%.
Os produtos farmacêuticos foram os que apresentaram a maior alta dentro do grupo de Saúde e cuidados pessoais: um avanço de 2,84% nos preços, correspondendo a um peso de 0,10 ponto percentual na alta geral do grupo.
Essa alta é sazonal, e pode ser explicada pelos reajustes de até 4,50% nos preços dos medicamentos, válidos a partir de 31 de março.
Entre os medicamentos, as maiores altas vieram das classes de do antidiabético (4,19%), de anti-infeccioso e antibiótico (3,49%) e de hipotensor e hipocolesterolêmico (3,34%).
Grupo de Saúde e cuidados pessoais foi o que teve a maior alta nos preços em abril. — Foto: Reprodução/RBS TV
Os alimentos também voltaram a pesar sobre a inflação de abril. A Alimentação no domicílio teve alta de 0,81% (contra 0,59% em março), enquanto a Alimentação fora do domicílio avançou 0,39% (versus 0,35% no mês anterior).
Entre os alimentos in natura que tiveram as maiores altas de preços, destaque para o mamão, que subiu 22,76%, para a cebola, com 15,63%, para o tomate, com 14,09%, e o café moído, com 3,08%.
Já na Alimentação fora do domicílio, o subitem lanche teve uma desaceleração em abril, caindo de 0,66% para 0,44%. Por outro lado, a refeição avançou 0,34%, contra alta de 0,09% em março.
No grupo de Transportes (0,14%), o subgrupo de combustíveis teve alta importante, de 1,74% em abril. O gás veicular foi o único a apresentar deflação, com queda de 0,51%. O etanol (4,56%), óleo diesel (0,32%) e a gasolina (1,50%) subiram. A gasolina, inclusive, foi o subitem com o maior impacto no IPCA de abril, com força de 0,8 ponto percentual no índice geral.
Por outro lado, os preços da passagem aérea despencaram 12,09%, o que ajudou a amenizar a alta do grupo de Transportes.
Visão do mercado é otimista, mas com cautela
Apesar da aceleração do IPCA, especialistas destacam que o resultado não reflete um cenário ruim, ao olhar para a composição da inflação de abril. As médias dos núcleos da inflação, que descontam choques sazonais sobre os preços, continuou recuando na comparação anual.
No acumulado em 12 meses, a média dos núcleos recuou de 3,74% em março para 3,49% em abril.
Para Rafael Costa, analista de estratégia macro da BGC Liquidez, o resultado foi favorável, apresentando medidas importantes de tendência de baixas na inflação dos núcleos e dos serviços subjacentes.
"Temos apenas que tomar cuidado para não extrapolar o otimismo que pode ser gerado devido à boa leitura dessa divulgação. Particularmente, estamos preocupados com o efeito altista nos preços da alimentação que pode ocorrer pela triste destruição provocada pelas chuvas no Rio Grande do Sul", destaca o analista.
Por fim, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) — que é usado como referência para reajustes do salário mínimo, pois calcula a inflação para famílias com renda mais baixa — teve alta de 0,38% em abril. Em março, a alta foi de 0,19%.
Assim, o INPC acumula alta de 1,95% no ano e de 3,23% nos últimos 12 meses. Em abril de 2023, a taxa foi de 0,53%.
Nenhum comentário:
Postar um comentário